Peças para o próximo leilão

389 Itens encontrados

Página:

  • NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO  MUITO GRANDE IMAGEM EM MADEIRA DOURADA E POLICROMADA COM RESPLENDOR EM PRATA DE LEI. MAGNIFICO PANEJAMENTO E ELEGANTE MOVIMENTO. ROSTO MUITO EXPRESSIVO! BASE COM CINCO ANJOS QUE EMERGEM DE NUVEM. MINAS GERAIS, SEC. XIX/XX. 124 CM DE ALTURA (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA BASE VERMELHA SOB A IMAGEM QUE TAMBÉM ACOMPANHARÁ O LOTE)NOTA: Muitos perguntam o porque do manto das imagens de Nossa Senhora sempre serem azuis. Alguns relacionam com o céu, a pureza mas na verdade o motivo de ter sido destinado ao Manto da Virgem essa cor é o de ser no período românico a cor mais cara e rara, pela composição do pigmento.
  • DOM JOÃO VI E DONA CARLOTA JOAQUINA  IMPORTANTE LEQUE DE CORTE EM FOLHA ITALIANA E MARFIM COMEMORATIVO DO CASAMENTO DE DOM JOÃO VI E DE DONA CARLOTA JOAQUINA. DECORADO COM MEDALHÕES CONTENDO RETRATO DE DOM JOÃO VI E DE DONA CARLOTA JOAQUINA, OCASIÃO EM QUE RECEBERAM O TÍTULO DE PRINCÍPES DO BRASIL. Uma curiosidade é que na juventude de dom João, era habitual empoar o cabelo, dando-lhe um aspecto grisalho. As pinturas dessa fase retratam o então príncipe regente com cabelos brancos, enquanto em obras posteriores, em que aparece mais velho, o cabelo é escuro PORQUE EMPOAR OS CABELOS JÁ ESTAVA FORA DE MODA.NÃO EXISTE REGISTRO DE OUTRA PEÇA DE INDUMENTÁRIA COMO ESTA ONDE FIGURAM O CASAL DE MONARCAS O QUE FAZ DESSA UMA PEÇA EXTRAORDINÁRIA NÃO SÓ PARA COLECIONADORES MAS TAMBÉM PARA MUSEUS DE GRANDE IMPORTÂNCIA. FUNDO NA TONALIDADE VERDE ÁGUA POSSUI DELICADA DECORAÇÃO COM GUIRLANDAS DE FLORES, FILETES EM OURO E CORNUCÓPIAS COM TOCHAS CRUZADAS SIMBOLIZANTO FERTILIDADE, ABUNDÂNCIA E ILUMINAÇÃO. OS RETRATOS SÃO EMOLDURADOS POR LAURÉIS EM OURO.  HAVIA UMA GRANDE EXPECTATIVA PARA ESSE MATRIMÔNIO QUE UNIRIA DUAS GRANDES POTÊNCIAS ULTRAMARINAS, A HISTÓRIA MOSTRA ENTRETANTO QUE OS RESULTADOS DA UNIÃO NÃO FORAM OS ESPERADOS. PORTUGAL, FINAL DO SEC. XVIII. 40 X 50 CM (ESTOJO). Algumas varetas possuem defeitos mas a folha está em ótimo estado. NOTA: Dom João VI, O Clemente, nasceu no palácio de Queluz, em Lisboa, Portugal, no dia 13 de maio de 1767. Seu nome completo era João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís Antônio Domingos Rafael de Bragança.  Era filho da rainha dona Maria I e de Pedro III, que tinha o título de rei, mas não participava do governo por ser um rei consorte.  Não participava da política até que seu irmão mais velho, dom Miguel, faleceu de varíola no ano 1788, e ele se tornou herdeiro do trono português. No dia 1º de fevereiro de 1792 assumiu a regência portuguesa em virtude da doença mental de sua mãe, a rainha dona Maria I. Em 1799 casou-se com a princesa espanhola dona Carlota Joaquina, que tinha apenas dez anos de idade, com quem teve nove filhos. Ele sofria de depressão, e teve sua primeira crise em 1805, quando se isolou completamente da corte. Por causa disso, sua esposa dona Carlota tentou afastá-lo do poder para assumir a regência. Alertado pelo seu médico particular, Domingos Vandelli, dom João conseguiu evitar o golpe e a partir daí o casal passou a viver separado. Dom João foi residir no palácio de Mafra. Sempre cercado por padres, era muito religioso e assistia a missa todos os dias. De hábitos regulares, não gostava de mudanças e era desleixado com sua indumentária. Mesmo já casado com Carlota Joaquina, apaixonou-se por Eugênia José de Menezes, dama de honra de Carlota e filha de dom Rodrigo José Antônio de Menezes, primeiro conde de Cavaleiros, mordomo-mor de Carlota e futuro governador de Minas Gerais. Em maio de 1803 Eugênia ficou grávida, embora solteira, e a suspeita caiu sobre dom João. Comentava-se que os dois se encontravam com o auxílio de um padre e do médico João Francisco de Oliveira, físico-mor do Exército. Com a notícia da gravidez, o pai de Eugênia levou-a para a Espanha e a abandonou ao atravessar a fronteira, na cidade de Cadiz. Ela foi acolhida pelas freiras do convento de Conceição de Puerto de Santa Maria, onde sua filha nasceu. Depois se mudou para outros dois conventos e faleceu em um deles, na cidade de Portalegre, no dia 21 de janeiro de 1818. Dom João fez um governo progressista e por algum tempo manteve o império português neutro nos conflitos entre a poderosa Inglaterra e a França de Napoleão Bonaparte. Em 1806, por causa do chamado bloqueio continental imposto pelo imperador francês Napoleão Bonaparte, Portugal tornou-se alvo principal dos inimigos. Sentindo que não poderia combater os franceses em seu próprio território, dom João resolveu transferir a sede da monarquia lusitana para o Brasil. No dia 29 de novembro de 1807 a esquadra da Família Real portuguesa saiu do Rio Tejo, em Lisboa, rumo à colônia, sendo escoltada por 19 navios ingleses, amigos de Portugal. A esquadra inglesa era composta de 8 naus, 4 fragatas, 4 brigues, 1 corveta e 2 escunas. O príncipe-regente viajou em navio separado do navio da sua esposa e suas filhas. Segundo alguns historiadores, a esquadra Real enfrentou grande tempestade perto da ilha da Madeira, no dia 8 de dezembro, que dispersou as naus que traziam a Família Real, e elas aportaram em Salvador, Bahia, às 16h00 do dia 22 de janeiro de 1808, mas o desembarque só se realizou às 17h00 do dia 26 de janeiro do mesmo ano, com a aclamação do povo baiano. No dia 28 de janeiro, ainda em Salvador, dom João VI fez seu primeiro decreto, quando abriu os portos brasileiros às nações amigas, o que ajudou a melhorar o comércio da colônia, que até então só podia negociar com Portugal. Depois, no dia 26 de fevereiro do mesmo ano, a esquadra Real seguiu viagem para o Rio de Janeiro, aonde chegou no dia 7 de março. A partir daí o Brasil começou a receber os benefícios reais: dom João VI criou a Imprensa Régia, Academia de Belas Artes, Teatro Real, Jardim Botânico, Casa da Moeda, Banco do Brasil, Faculdade de Medicina, Academia Militar, Academia da Marinha e 1 casa de pólvora. Em 16 de dezembro de 1815 dom João VI criou o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, retirando do Brasil a condição de colônia e permitindo aos brasileiros os mesmos direitos dos portugueses. Por causa da guerra contra a França, dom João VI invadiu a Guiana Francesa, devolvendo-a depois da queda de Napoleão, em 1817. Também conquistou a colônia espanhola Banda Oriental, hoje Uruguai, anexando-a ao Brasil com o nome de Província Cisplatina. Dom João VI permaneceu no Brasil mesmo depois da prisão de Napoleão pelos ingleses na Ilha de Santa Helena, em 1815, e depois de se tornar rei de Portugal, com o falecimento de sua mãe, dona Maria I, ocorrido no dia 20 de março de 1816. Em 1820 ocorreu uma revolução em Portugal, onde os revolucionários tinham 3 objetivos: dar uma constituição ao reino, limitando os poderes do rei; exigir a volta imediata de dom João VI a Portugal e voltar o Brasil à antiga condição de colônia. Sem alternativas, dom João VI regressou a Portugal no dia 26 de abril de 1821. Imaginando que os brasileiros não aceitariam mais o retorno do Brasil à condição de colônia, deixou aqui seu filho, dom Pedro, com um conselho: Pedro, se o Brasil se separar de Portugal, toma a coroa para ti, antes que algum aventureiro lance mão dela. Pouco tempo depois, dom Pedro, seguindo o conselho do pai, proclamou a independência do Brasil, tornando-se seu primeiro imperador, com o título de dom Pedro I. Dom João VI só reconheceu a Independência do Brasil em 1825, depois que todas as nações do mundo já o tinham feito. Com essa atitude, recebeu uma indenização e o título de imperador do Brasil, mas esse título não lhe dava qualquer autoridade sobre os brasileiros. No dia 10 de março de 1826 saiu para um passeio de carruagem e no caminho parou para almoçar, tendo como guloseimas galinha assada na manteiga, um pedaço de queijo e algumas laranjas. Depois de algum tempo começou a vomitar e ter convulsões, e faleceu seis dias depois. O corpo do rei foi levado para o mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa. As vísceras e o coração foram colocados em um pote de porcelana e enterrados no chão da Capela dos Meninos de Palhavã, no mesmo mosteiro. Em 1993, um arqueólogo encontrou o pote, num trabalho de restauração. Depois de analisar as vísceras, ficou comprovado que dom João morreu envenenado, como se suspeitou na época do seu falecimento.  Existem suspeitas de que o mandante do envenenamento tenha sido a própria esposa, a Rainha Dona Carlota Joaquina que desejava ver no trono o seu filho Dom Miguel. PROCESSO DE FABRICO DOS LEQUES: Em França as profissões artesanais estavam estruturadas através de rígidas regras das corporações, sendo necessário um período de aprendizagem de vários anos para o seu exercício autónomo. Tal aplicava-se também, aos fabricantes de leques que até 1780 estavam distribuídos por duas corporações: a dostabletiersque fabricavam a estrutura quer ela fosse em madeira, osso ou marfim e a doséventaillistesque se dedicavam à execução, decoração e montagem da folha. A aprendizagem previa um período inicial de quatro anos (aprendiz) seguido de mais dois como companheiro e finalmente o candidato a mestre tinha que demonstrar os conhecimentos adquiridos através da execução de uma estrutura (no caso dostabletiers) ou de uma folha e respectiva montagem (no caso doséventaillistes), a prova de exame. O processo de fabrico de um leque (além de passar por artesãos diferentes) previa várias e minuciosas fases. Começava pelo corte inicial e grosseiro das peças constitutivas da estrutura (guardas e varetas) designada por armação que podia ser feita de materiais variados como madeiras, madrepérola, casca de tartaruga, marfim, corno, osso. Seguia-se um entalhamento e polimento das mesmas que depois eram vazadas, segundo um modelo pré-existente. Esta fase era particularmente delicada e morosa dada a fragilidade de alguns dos materiais, em particular da madrepérola, mas também porque muitas vezes a decoração era muito pormenorizada. Finalmente, a peça podia ser dourada e montada antes de ser enviada para uméventaillisteque de seguida lhe adaptava uma folha. A montagem da folha não era menos complexa que a criação da estrutura sendo feita em função desta, prevendo inúmeros passos como a gravação de uma placa em nogueira com raios equidistantes que saem mesmo ponto, sobre a qual é colocada a folha do leque na qual se decalcam esses raios (destinados a marcar o plissado) sendo ainda recortada, dobrada em dobras alternadas, por forma a permitir o fecho do leque. As dobras ou o plissado eram feitas através de um molde, exigindo esta fase um bom conhecimento técnico, para que nada de importante da decoração ficasse escondido pelas pregas e assim desaparecesse da decoração. Finalmente, a folha era encaixada e fixada nas varetas. Também neste caso, os materiais usados eram muito variados sendo possível encontrar leques com folha de couro, velino, papel, seda, renda, penas, mica, lantejoulas. Em geral, as folhas não eram assinadas e quando tal acontecia, podiam apresentar a assinatura do pintor, mas não necessariamente a do fabricante. Por outro lado, as varetas eram frequentemente reutilizadas quando a folha se estragava ou quando alguma se partia, sendo nesse caso, a folha cortada ao tamanho de menor número de varetas.
  • DI CAVALCANTI  MULHER COM PÁSSAROS  DESENHO A CANETA ESFEROGRÁFICA SOBRE PAPEL. ASSINADO NO CANTO INFERIOR DIREITO, DATADO 66  (1966) E LOCALIZADO RIO (RIO DE JANEIRO). EXPRESSIVA REPRESENTAÇÃO COM INSPIRAÇÃO SURREALISTA. BRASIL, 1966. 35 X 26 CM (SOMENTE O PAPEL SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA. NOTA: Emiliano Augusto Cavalcanti de Paula Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, 6 de setembro de 1897 Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1976), foi um pintor modernista, desenhista, ilustrador, muralista e caricaturista brasileiro. Sua arte contribuiu significativamente para distinguir a arte brasileira de outros movimentos artísticos de sua época, através de suas reconhecidas cores vibrantes, formas sinuosas e temas tipicamente brasileiros como carnaval, mulatas e tropicalismos em geral.Di Cavalcanti é, juntamente com outros grandes nomes da pintura como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Graça Aranha, um dos mais ilustres representantes do modernismo brasileiro. Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque nasceu dia 6 de setembro de 1897 no Rio de Janeiro, filho de Frederico Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo e Rosalia de Sena. Seu pai era membro da tradicional família pernambucana Cavalcanti de Albuquerque. Já pelo lado materno, era sobrinho da esposa de José do Patrocínio, grande abolicionista negro brasileiro. Estudou no Colégio Pio Americano e aprendeu piano com Judith Levy, e começou a trabalhar fazendo ilustrações para a revista Fon-Fon, uma revista que consagrou-se principalmente na caricatura política, na charge social e na pintura de gênero. Em 1916, transferindo-se para São Paulo, ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Seguiu fazendo ilustrações e começou a pintar. O jovem Di Cavalcanti frequentou o ateliê do impressionista George Fischer Elpons e tornou-se amigo de Mário e Oswald de Andrade. Entre 11 e 18 de fevereiro de 1922, idealizou e organizou a Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo, criando, para essa ocasião, as peças promocionais do evento: catálogo e programa. Fez sua primeira viagem à Europa em 1923, permanecendo em Paris até 1925. Frequentou a Academia Ranson. Expôs em diversas cidades: Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdã e Paris. Conheceu Pablo Picasso, Fernand Léger, Matisse, Erik Satie, Jean Cocteau e outros intelectuais franceses. Retornou ao Brasil em 1926 e ingressou no Partido Comunista. Seguiu fazendo ilustrações. Fez nova viagem a Paris e criou os painéis de decoração do Teatro João Caetano no Rio de Janeiro. Os anos 1930 encontram um Di Cavalcanti imerso em dúvidas quanto à sua liberdade como homem e artista e quanto a dogmas partidários. Iniciou suas participações em exposições coletivas e salões acionais e internacionais, como a International Art Center em Nova Iorque. Em 1932, fundou, em São Paulo, com Flávio de Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado, o Clube dos Artistas Modernos. Sofreu sua primeira prisão em 1932 durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Casou-se com a pintora Noêmia Mourão. Publicou o álbum "A Realidade Brasileira", série de doze desenhos satirizando o militarismo da época. Em Paris, em 1938, trabalhou na rádio "Diffusion Française" nas emissões "Paris Mondial". Viajou ao Recife e Lisboa, onde expôs no salão "O Século"; ao retornar, foi preso novamente no Rio de Janeiro. Em 1936, escondeu-se na Ilha de Paquetá e foi preso com Noêmia. Libertado por amigos, seguiu para Paris, lá permanecendo até 1940. Em 1937, recebeu medalha de ouro com a decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira, na Exposição de Arte Técnica, em Paris. Com a iminência da Segunda Guerra, deixou Paris e retornou ao Brasil, fixando-se em São Paulo. Um lote de mais de quarenta obras despachadas da Europa não chegaram ao destino, extraviando-se. Passou a combater abertamente o abstracionismo através de conferências e artigos. Viajou para o Uruguai e Argentina, expondo em Buenos Aires. Conheceu Zuília, que se tornou uma de suas modelos preferidas. Em 1946, retornou a Paris em busca dos quadros desaparecidos; nesse mesmo ano, expôs no Rio de Janeiro, na Associação Brasileira de Imprensa. Ilustrou livros de Vinícius de Morais, Álvares de Azevedo e Jorge Amado. Em 1947, entrou em crise com Noêmia Mourão - "uma personalidade que se basta, uma artista, e de temperamento muito complicado...". Participou com Anita Malfatti e Lasar Segall do júri de premiação de pintura do Grupo dos 19. Seguiu criticando o abstracionismo. Expôs na Cidade do México em 1949. Foi convidado e participou da I Bienal Internacional de Arte de São Paulo em 1951. Fez uma doação generosa ao Museu de Arte Moderna de São Paulo, constituída de mais de quinhentos desenhos. Beryl passou a ser sua companheira. Negou-se a participar da Bienal de Veneza. Recebeu a láurea de melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo, prêmio dividido com Alfredo Volpi. Em 1954, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realizou exposição retrospectiva de seus trabalhos. Fez novas exposições na Bacia do Prata, retornando a Montevidéu e Buenos Aires. Publicou "Viagem de minha vida". 1956 foi o ano de sua participação na Bienal de Veneza. Recebeu o I Prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste. Adotou Elizabeth, filha de Beryl. Seus trabalhos fizeram parte de exposição itinerante por países europeus. Recebeu proposta de Oscar Niemeyer para a criação de imagens para tapeçaria a ser instalada no Palácio da Alvorada; também pintou as estações para a via-sacra da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, em Brasília.
  • ESPLENDOROSO CRUCIFIXO EM JACARANDÁ COM CRISTO EM MARFIM. RICA GUARNIÇÃO EM PRATA DE LEI. FATURA LUSÍADA DO PERÍODO JOSEFINO. CRISTO VIVO DE EXTRAORDINÁRIO REALISMO MORFOLÓGICO. PONTEIRAS, PLACA INRI E RESPLENDORES EM PRATA DE LEI. ASSIM COMO EMBLEMA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS. O RESPLENDOR TEM EM TORNO DO CRISTO REPRESENTAÇÃO DE NUVENS. TODAS ESSAS CARACTERÍSTICAS FAZEM DESSA UMA OBRA TÃO BELA QUANTO SIGNIFICATIVA DO ALTO BARROCO PORTUGUÊS. SEC. XVIII. 87 CM DE ALTURA.
  • GRANDE PAR DE PINHAS (Boule DEscalierS ) EM CRISTAL DOUBLE COUCHE EM VIOLETA E LEITOSO COM LAPIDAÇÃO GEOMÉTRICA. ASSENTES SOBRE BASE EM BRONZE. FRANÇA, SEC. XIX/XX. 28 CM DE ALTURANOTA: Boule DEscalier ou bolas de escada começaram a ser fabricas em cristal pela manufatura SAINT LOUIS em 1845. Além do aspecto ornamental, elas tinham uma razão prática para existir: a conveniência de ocultar intersecção do corrimão no balaústre na base da escada.  A manufatura de BACCARAT começou logo a seguir em 1846. Seguiu-lhes a manufatura de CLICHY (1849). A Whiterfriars Manufactory (Reino Unido) começou um pouco atrasada e não lançou as primeiras bolas de vidro até 1855. Inicialmente elas eram em blocos de cristal maciço (e logo depois passaram a ser ocadas). As Grandes cristalleries francesas como Baccarat e Saint-Louis produziram verdadeiras obras de arte cujas facetas capturavam a iridescência azulada da iluminação a gás. Em seguida, a bola foi adornada à maneira do cristal da boêmia, alternando a transparência das peças lapidas com as áreas planas do vidro colorido. Assim o artesão criava efeitos de luz a partir de formas geométricas sob uma segunda camada de cristais coloridos colocados na superfície: técnica chamada de "sobreposição". Das escadas, as Boule DEscaliers passaram a adornar as salas dos colecionadores que reúnem modelos e cores diferentes o que as torna encantadoras e decorativas.
  • BVLGARI  LUXUOSA ALIANÇA EM OURO 18K COM SEU ESTOJO E CAIXA ORIGINAIS. SUNTUOSAMENTE CRAVEJADAS COM BRILHANTES LAPIDADOS EM BAGUETE. 35 PEDRAS EXTREMAMENTE BRANCAS DE EXCEPCIONAL QUALIDADE TOTALIZANDO APROXIMADAMENTE. FOI A ÚNICA PEÇA DESSA COLEÇÃO FEITA EM OURO AMARELO ENVIADA PARA COMERCIALIZAÇÃO NO BRASIL. 4,5 CT. ARO 17. 4,3 G.
  • ROLEX PRESIDENT DAYDATE LUXUOSO RELÓGIO EM OURO 18 K (CAIXA E PULSEIRA) COM PROFUSA CRAVAÇÃO DE BRILHANTES. COM VIDRO DE SAFIRA, CÂMBIO RÁPIDO, DOUBLE QUICKLY. 38 MM DE DIAMETRO. 154,4 G, APROXIMADAMENTE 11 CT DE BRILHANTES. ACOMPANHA LUXUOSO ESTOJO E MANUAL
  • 4000 RÉIS DATADO DE 1806. RARA MOEDA EM OURO CUNHADO SOB A REGÊNCIA DO PRÍNCIPE DOM JOÃO, FUTURO DOM JOÃO VI. CASA DA MOEDA DE BAHIA SEM LETGRA MONETÁRIA. CUNHAGEM PEQUENA (11557 EXEMPLARES). EXCEPCIONAL ESTADO DE CONSERVAÇÃO!  BRASIL, SEC. XIX. 8,16 G. NOTA: O ano de 1806 foi decisivo para o Brasil rumo a sua Independência. Foi o ano em que Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio continental. O Bloqueio Continental teve lugar durante a Terceira Coligação das Guerras Napoleônicas, em 1806, e foi uma imposição de Napoleão Bonaparte para os países europeus, que consistia em cortar laços comerciais com a Inglaterra, com o objetivo de destruir sua hegemonia econômica. Com o objetivo de acabar com a monarquia absolutista e difundir o ideal da Revolução Francesa, Napoleão travou diversas batalhas com a maior parte dos países europeus. Esse líder conseguiu tornar a França a maior potência política na Europa e foi muitas vezes considerado invencível, demonstrando isso ao longo dos 12 anos dos conflitos revolucionários que comandou. Ao promulgar o Bloqueio Continental, em 21 de novembro de 1806, Napoleão determinava que todos os portos europeus impedissem a entrada das embarcações inglesas e, assim, pretendia fortalecer o comércio da França, imbuído do espírito iluminista da Revolução Francesa. Para o sucesso da estratégia de Napoleão, era imperioso que os países obedecessem a sua imposição, todavia, Portugal se contrapôs à mesma uma vez que dependia do comércio inglês. Napoleão ameaçou invadir Portugal, e para assegurar a segurança da família real, com o apoio da Inglaterra, o rei D. João VI se transferiu para o Brasil com a família.
  • BVULGARI  RELÓGIO BB33 GLAUTO  LUXUOSO RELÓGIO BVULGARI COM CAIXA E FIVELA OURO MACIÇO 18 K. PULSEIRA EM PELE DE CROCODILO ORIGINAL. FUNCIONAMENTO AUTOMÁTICO. ESTOJO ORIGINAL E CAIXA COM CERTIFICADO. DIAL BRANCO. VIDRO DE SAFIRA. DOTADO DE CALENDÁRIO. SUIÇA, 4 CM DE COMPRIMENTO (COM AS GARRAS) E 3,3 CM DE DIAMETRO (SEM CONSIDERAR A COROA). 72,4 GR
  • EMILIANO DI CAVALCANTI -   COMPOSIÇÃO COM PEIXE E FLOREIRO  OST   ACID E DATADO 1967. RETRATA MESA EM CASA À BEIRA MAR COM PEIXE E FLOREIRO. A PORTA ABERTA REVELA BELO ASPECTO DE MAR. EM 1967 DI CAVALCANTI FICOU HOSPEDADO POR QUASE DOIS MESES NO HOTEL JEQUITIMAR NO GUARUJÁ. O PROPRIETÁRIO DO HOTEL ERA O EMPRESÁRIO JORGE DA SILVA PRADO QUE ENCOMENDOU O PAINEL MARIA DO MAR. PROVAVELMENTE ESTA TELA PERTENCE TAMBÉM AO PERÍODO DO ARTISTA NO LITORAL PAULISTA. A DÉCADA DE 60 TROUXE AO ARTISTA DI CAVALCANTI NÃO SÓ A CONSAGRAÇÃO INTERNACIONAL DE SUA OBRA, MAS TAMBÉM NESSE MESMO PERÍODO EM 1964 QUANDO FOI INDICADO PARA ASSUMIR A POSIÇÃO DE ADIDO CULTURAL DA EMBAIXADA BRASILEIRA EM PARIS, FOI IMPEDIDO DE  ASSUMIR A POSIÇÃO EM VIRTUDE DO GOLPE MILITAR DAQUELE ANO. BRASIL, DEC. 1967.  60 X 50 CM  89 X 78 CM.NOTA:  Emiliano Augusto Cavalcanti de Paula Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, 6 de setembro de 1897 Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1976), foi um pintor modernista, desenhista, ilustrador, muralista e caricaturista brasileiro. Sua arte contribuiu significativamente para distinguir a arte brasileira de outros movimentos artísticos de sua época, através de suas reconhecidas cores vibrantes, formas sinuosas e temas tipicamente brasileiros como carnaval, mulatas e tropicalismos em geral.Di Cavalcanti é, juntamente com outros grandes nomes da pintura como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral e Graça Aranha, um dos mais ilustres representantes do modernismo brasileiro. Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque nasceu dia 6 de setembro de 1897 no Rio de Janeiro, filho de Frederico Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo e Rosalia de Sena. Seu pai era membro da tradicional família pernambucana Cavalcanti de Albuquerque. Já pelo lado materno, era sobrinho da esposa de José do Patrocínio, grande abolicionista negro brasileiro. Estudou no Colégio Pio Americano e aprendeu piano com Judith Levy, e começou a trabalhar fazendo ilustrações para a revista Fon-Fon, uma revista que consagrou-se principalmente na caricatura política, na charge social e na pintura de gênero. Em 1916, transferindo-se para São Paulo, ingressou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Seguiu fazendo ilustrações e começou a pintar. O jovem Di Cavalcanti frequentou o ateliê do impressionista George Fischer Elpons e tornou-se amigo de Mário e Oswald de Andrade. Entre 11 e 18 de fevereiro de 1922, idealizou e organizou a Semana de Arte Moderna no Teatro Municipal de São Paulo, criando, para essa ocasião, as peças promocionais do evento: catálogo e programa. Fez sua primeira viagem à Europa em 1923, permanecendo em Paris até 1925. Frequentou a Academia Ranson. Expôs em diversas cidades: Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdã e Paris. Conheceu Pablo Picasso, Fernand Léger, Matisse, Erik Satie, Jean Cocteau e outros intelectuais franceses. Retornou ao Brasil em 1926 e ingressou no Partido Comunista. Seguiu fazendo ilustrações. Fez nova viagem a Paris e criou os painéis de decoração do Teatro João Caetano no Rio de Janeiro. Os anos 1930 encontram um Di Cavalcanti imerso em dúvidas quanto à sua liberdade como homem e artista e quanto a dogmas partidários. Iniciou suas participações em exposições coletivas e salões acionais e internacionais, como a International Art Center em Nova Iorque. Em 1932, fundou, em São Paulo, com Flávio de Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado, o Clube dos Artistas Modernos. Sofreu sua primeira prisão em 1932 durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Casou-se com a pintora Noêmia Mourão. Publicou o álbum "A Realidade Brasileira", série de doze desenhos satirizando o militarismo da época. Em Paris, em 1938, trabalhou na rádio "Diffusion Française" nas emissões "Paris Mondial". Viajou ao Recife e Lisboa, onde expôs no salão "O Século"; ao retornar, foi preso novamente no Rio de Janeiro. Em 1936, escondeu-se na Ilha de Paquetá e foi preso com Noêmia. Libertado por amigos, seguiu para Paris, lá permanecendo até 1940. Em 1937, recebeu medalha de ouro com a decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira, na Exposição de Arte Técnica, em Paris. Com a iminência da Segunda Guerra, deixou Paris e retornou ao Brasil, fixando-se em São Paulo. Um lote de mais de quarenta obras despachadas da Europa não chegaram ao destino, extraviando-se. Passou a combater abertamente o abstracionismo através de conferências e artigos. Viajou para o Uruguai e Argentina, expondo em Buenos Aires. Conheceu Zuília, que se tornou uma de suas modelos preferidas. Em 1946, retornou a Paris em busca dos quadros desaparecidos; nesse mesmo ano, expôs no Rio de Janeiro, na Associação Brasileira de Imprensa. Ilustrou livros de Vinícius de Morais, Álvares de Azevedo e Jorge Amado. Em 1947, entrou em crise com Noêmia Mourão - "uma personalidade que se basta, uma artista, e de temperamento muito complicado...". Participou com Anita Malfatti e Lasar Segall do júri de premiação de pintura do Grupo dos 19. Seguiu criticando o abstracionismo. Expôs na Cidade do México em 1949. Foi convidado e participou da I Bienal Internacional de Arte de São Paulo em 1951. Fez uma doação generosa ao Museu de Arte Moderna de São Paulo, constituída de mais de quinhentos desenhos. Beryl passou a ser sua companheira. Negou-se a participar da Bienal de Veneza. Recebeu a láurea de melhor pintor nacional na II Bienal de São Paulo, prêmio dividido com Alfredo Volpi. Em 1954, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realizou exposição retrospectiva de seus trabalhos. Fez novas exposições na Bacia do Prata, retornando a Montevidéu e Buenos Aires. Publicou "Viagem de minha vida". 1956 foi o ano de sua participação na Bienal de Veneza. Recebeu o I Prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de Trieste. Adotou Elizabeth, filha de Beryl. Seus trabalhos fizeram parte de exposição itinerante por países europeus. Recebeu proposta de Oscar Niemeyer para a criação de imagens para tapeçaria a ser instalada no Palácio da Alvorada; também pintou as estações para a via-sacra da Catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, em Brasília.
  • BENEDITO CALIXTO   PANORAMA DA SERRA DO MAR NA DESCIDA PARA SANTOS COM ASPECTO DA FERROVIA SÃO PAULO RAILWAI (JUNDIAÍ SANTOS) E FUNICULAR DE PARANAPIACABA COM VIADUTO DA GROTA FUNDA. OST, ASSINADO NO CID E DATADO 1907. IMPRESSIONANTE E HISTÓRICO QUADRO PINTADO PELO GRANDE ARTISTA PAISAGISTA PAULISTA. ENTRE A LUXURIANTE VEGETAÇÃO DA SERRA DO MAR CALIXTO CAPTOU COM LUMINOSIDADE ESTONTEANTE A PAISAGEM MAGNIFICA DA SERRA CORTADA PELA FERROVIA SÃO PAULO RAILWAI. UMA LOCOMOTIVA COM COMPOSIÇÃO DESCE A SERRA PRESTES A ENTRAR NO TÚNEL. AO LONGE A VILA DE PARANAPIACABA, ACESSADA PELO FUNICULAR E O MAIOR DESAFIO DE ENGENHARIA PARA CONSTRUÇÃO DA FERROVIA: O VIADUTO DA GROTA FUNDA. ALIADO À BELEZA IMPAR DO LOCAL CALIXTO PARECE QUERER DESTACAR A ENGENHOSIDADE DA CONSTRUÇÃO QUE NA ÉPOCA FOI UM ASSOMBRO DE ENGENHARIA. UMA SEQUÊNCIA DE TUNEIS QUE TIVERAM DE SER CONSTRUIDOS SEM O AUXÍLIO DE EXPLOSIVOS POR CAUSA DA INSTABILIDADE DO TERRENO ABRILHANTA AINDA MAIS A VITÓRIA DO HOMEM SOBRE A SERRA, ATÉ ENTÃO INTRANSPONÍVEL. MAGNÍFICA MOLDURA! QUADRO DIGNO DA PINACOTECA, PRA SER HONESTO, O CALIXTO MAIS BONITO QUE JÁ VI! 43 X 33 CM (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA)NOTA: O periódico carioca Jornal do Commercio, edição do dia 17 de novembro de 1886, relatou a passagem de D. Pedro II por Santos e São Vicente. E a partir dela, registramos aqui este interessante episódio relacionado a ferrovia São Paulo Railway e o Viaduto da Grota Funda.  Conta-nos o periódico: O imperador partiu da capital pelo trem da São Paulo Railway (SPR) às sete horas da manhã do dia 13 de novembro de 1886. Ainda que não estivesse chovendo, a cerração era forte no alto da Serra do Mar, o que impossibilitou a comitiva vislumbrar a bela paisagem panorâmica da Baixada Santista. Por outro lado, o que o mau tempo não impediu foi o impulso juvenil do monarca em realizar o desejo de atirar pequenas pedras do alto do maior viaduto da estrada de ferro, na Grota Funda. Ele ordenara os maquinistas a pararem a composição no meio do viaduto para verificar, alegremente, quanto tempo era gasto pelas pedrinhas na breve queda até o fundo do precipício. Após alguns minutos dispendidos na brincadeira, a viagem prosseguiu até Santos, onde a comitiva imperial foi recebida às 10 horas. A Estrada de Ferro Santos-Jundiaí (EFSJ), que da sua inauguração em 1867 até ao ano de 1946 foi denominada São Paulo Railway Company (SPR), foi uma ferrovia do estado de São Paulo. Ligava o município de Santos a Jundiaí, tendo como principal ponto de passagem a cidade de São Paulo.  Em 1859, Irineu Evangelista de Souza, junto com um grupo de pessoas, convenceu o governo imperial da importância da construção de uma estrada de ferro ligando São Paulo ao Porto de Santos. O trecho de 800 metros de altitude e 8 quilômetros de extensão da serra do Mar era considerado impraticável; por isso, Mauá foi atrás de um dos maiores especialistas no assunto: o engenheiro ferroviário britânico James Brunlees. Brunless veio ao Brasil e considerou o projeto viável; para executar o projeto, foi convidado Daniel Makinson Fox, engenheiro que havia acumulado experiência na construção de estradas de ferro através das montanhas do norte do País de Gales e das encostas dos Pireneus. Fox propôs que a rota para a escalada da serra deveria ser dividida em 4 declives, tendo cada uma a inclinação de 8%. Nesses trechos, os vagões seriam puxados por cabos de aço. No final de cada declive, seria construída uma extensão de linha de 75 metros de comprimento, chamada de "patamar", com uma inclinação de 1,3%. Em cada um desses patamares, deveria ser montada uma casa de força e uma máquina a vapor, para promover a tração dos cabos. A proposta foi aprovada por Brunless e a nova empresa para a construção da Funicular de Paranapiacaba foi criada: a "São Paulo Railway Company". No alto da serra foi implantada uma estação que serviu de acampamento para os operários, denominada de Paranapiacaba. Ela possibilitava a troca de sistema pelos trens.  A estrada foi aberta sem o auxílio de explosivos, pois o terreno era muito instável. A escavação das rochas foi feita apenas com cunhas e pregos. Alguns cortes chegaram a 20 metros de profundidade. Para proteger o leito dos trilhos das chuvas torrenciais foram construídos paredões de alvenaria, variando de 5 a 20 metros de altura, o que consumiu 230.000 metros cúbicos de alvenaria. A despeito de todas as dificuldades, a construção terminou 10 meses antes do tempo previsto no contrato, que era de oito anos. A "São Paulo Railway" foi aberta ao tráfego a 16 de fevereiro de 1867. O grande volume de café transportado para o Porto de Santos fez com que em 1895 se iniciasse a construção de um novo trecho para transposição da serra, paralelo ao antigo. Este trecho passou a ser conhecido como "Serra Nova", em contraposição ao pioneiro, denominado "Serra Velha". Para essa nova estrada foi utilizado um sistema endless rope, ou "corda sem-fim". Nesse sistema o percurso era dividido em cinco seções: em cada uma delas havia máquinas de 1000 cv instaladas em posições subterrâneas, embora estas máquinas não ultrapassassem a potência de 951 cv. Para cada composição que subia havia uma outra composição de peso próximo ou equivalente, de modo a contrabalançar as forças de subida e descida e desta maneira, permitir às máquinas fixas, um esforço mínimo. Em 1889 foram feitos os primeiros protestos contra o monopólio britânico sobre a rota do porto. Porém, este seria mantido até o ano de 1935, quando a Estrada de Ferro Sorocabana construiu uma Linha própria entre Mairinque e Santos. BENEDITO CALIXTO: Benedito Calixto de Jesus (Itanhaém, 14 de outubro de 1853 São Paulo, 31 de maio de 1927) foi pintor, desenhista, fotógrafo, professor, historiador, decorador, cartógrafo e astrônomo amador brasileiro e é considerado um dos maiores expoentes da pintura brasileira do início do século XX. O artista manifesta a tendência para a pintura desde muito jovem. Em 1881, passa a residir em Santos, cidade que lhe serve de inspiração para vários quadros. Seu trabalho causou tamanho entusiasmo que a elite da cidade concede uma bolsa para que aprimore seus conhecimentos em Paris. É com o quadro Inundação da Várzea do Carmo (1892), que o artista consegue maior destaque: a crítica da época aponta a exatidão admirável com que representa a cidade de São Paulo e alguns de seus principais pontos. O artista realiza diversas obras para o Museu Paulista, sob encomenda de Afonso d'Escragnolle Taunay, sobretudo cenas da São Paulo antiga e paisagens. Para seus quadros históricos e religiosos, realiza estudos fotográficos preparatórios, para os quais se vale de minuciosa pesquisa histórica. As paisagens são a temática mais cara ao artista. Nessas obras, apresenta uma pintura lisa, com o uso de velaturas e um colorido sempre fiel às características locais, embora trabalhado de maneira bastante pessoal no uso dos verdes, azuis e ocres. Benedito Calixto, dispunha de amplo conhecimento sobre o litoral paulista, e atua ainda como cartógrafo, realizando ensaios de mapas de Santos, e como historiador, escrevendo sobre as capitanias paulistas de Itanhaém e São Vicente. Diferente da típica trajetória dos consagrados artistas brasileiros da época, Calixto não frequentou a Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Começando como autodidata, teve sua formação em ateliês e escolas de arte do estado de São Paulo. Iniciou sua carreira como retratista na cidade de Brotas, no interior estado. Passou a realizar trabalhos de propaganda em Santos, onde teve seu talento reconhecido pela elite da cidade, através da Associação Comercial, que acabou por patrocinar a sua ida à França, onde estudou na Académie Julien, em Paris. Teve como mestres Gustave Boulanger, Lefebvre e Robert Fleury. Destaca-se em suas obras um gosto acentuado pelo tema regionalista. O artista preocupou-se em construir uma carreira voltada para organizações ligadas à esfera pública e seus interesses. A cidade foi a temática central em todos os seus domínios. A afinidade às tradições populares, cívicas e religiosas formam seu traço característico, tendo se dedicado, nos últimos anos de sua vida, à pintura histórica, de costumes regionais e temas religiosos. Com obras compostas por pinturas de cenas históricas, retratos de figuras históricas e personalidades, painéis decorativos e vistas das cidades, Calixto escreveu memórias históricas sobre São Paulo, Santos, Itanhaém e o litoral santista. O maior aspecto de sua obra se concentra nas paisagens e marinhas do litoral paulista. A fotografia foi grande aliada e importante referência para o artista em suas produções, utilizada para estudo de composição, registro de cenas, preparação de posturas e organização dos personagens que povoavam sua pintura. O artista também escreveu contos, como o intitulado Costumes de Minha Terra e manteve contribuição intensa com jornais locais, nos quais publicava diversos artigos. Apesar de encomendas de quadros religiosos e de temática histórica e documentarista serem o que lhe rendeu maior reconhecimento, a observação da natureza e telas de paisagens e marinhas continuaram a ser parte importante de sua produção. Além da pintura, Calixto mantinha grande interesse pela história do litoral. Tal interesse fez com que, em 1895, o artista se tornasse sócio do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo (IHGSP), onde recebeu grande destaque pelas suas obras. A instituição também foi importante para a formação de seu pensamento historiográfico, na medida em que procurava honrar com integridade os fatos do passado. O artista escreveu diversos artigos para a revista da instituição, além de publicar livros e participar dos estudos que deram origem a um dos principais mapas que buscam reconstruir o processo de urbanização da cidade de Santos. Calixto foi também sócio fundador do Instituto Histórico e Geográfico de Santos. O artista teve sua carreira profundamente identificada com a elaboração de uma iconografia paulista associada ao acervo do Museu Paulista, sob a direção de Afonso d'Escragnolle Taunay, e com a colaboração do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Benedito Calixto manteve a atividade de pintor, trabalhando em constantes encomendas, até sua morte. Sua última exposição foi realizada no mês de junho de 1926, no Teatro Coliseu de Santos, onde apresentou principalmente cenas históricas. Deixou aproximadamente mil pinturas e, como forma de manter e valorizar suas obras e sua memória, instalou-se em Santos a Pinacoteca Benedito Calixto, onde um centro de documentação de sua obra foi instalado.
  • COMPANHIA MOGYANA  MUITO GRANDE LIVRO DE REGISTRO ( 55 X 41 CM) , RARO E IMPORTANTE, PERTENCENTEU A COMPANHIA MOGYANA. TRATA-SE DO LIVRO DE REGISTRO DOS ACIONISTAS COM QUANTIDADE DE AÇÕES E DIVIDENDOS RETIRADOS PARA AS QUAIS ERAM  NECESSÁRIO ASSINATURA DOS INTERESSADOS. O LIVRO É DE 1903 E SEGUE ATÉ O EXERCÍCIO DE 1906. CADA PÁGINA TEM O NOME DO ACIONISTA, O NUMERO DE AÇÕES QUE POSSUI, QUANTIDADE DE DIVIDENDOS E SUA ASSINATURA QUANDO DA RETIRADA DESSES DIVIDENDOS. TODAS AS PÁGINAS POSSUEM SELOS COM ESTAMPILHAS DAS TRANSAÇÕES. CAPA EM COURO COM LOMBADA REMATADA EM OURO COM AS INSCRIÇÕES: MOGUYANA DIVIDENDOS EM SÃO PAULO TOMO 1 A A E. ENCONTRA-SE EM MUITO BOM ESTADO APENAS COM  ALGUM DESGASTE NA CAPA. MUITOS DOS ACIONISTAS CONSTANTES NESSE LIVRO ERAM FAMILIARES DOS FUNDADORES DA COMPANHIA A FAMÍLIA SILVA PRADO, A FAMÍLIA QUEIROZ TELLES TRONCO DO CONDE DE PARNAYBA E A FAMILIA DE JOSÉ ESTANISLAU DO AMARAL TODOS GRANDES PRODUTORES DE CAFÉ. A PRÓPRIA FAMÍLIA SANTOS DUMONDT QUE TEVE SUA FERROVIA INCORPORADA PELA MOGYANA FAZ-SE PRESENTE NESSE LIVRO DAÍ O SURGIMENTO DA FIGURA DE ALBERTO SANTOS DUMONDT COMO GRANDE ACIONISTA.  TRATA-SE DE UM REGISTRO HISTÓRICO MUITO IMPORTANTE COM NOME E ASISINATURA DE MUITOS MEMBROS DA NOBREZA BRASILEIRA, PERSONALIDADES COMO ALBERTO SANTOS DUMONDT, ARISTOCRATAS E PROEMINENTES POLÍTICOS DESTACAMOS: DONA  ADELAIDE BENVINDA DA SILVA GORDO DE MORAES BARROS, VIÚVA DO TERCEIRO PRESIDENTE DO BRASIL PRUDENTE DE MORAES POSSUIA 500 AÇÕES E ASSINOU EM VÁRIAS RETIRADAS DE DIVIDENDOS, DONA ADELINA MOREIRA DA MOTTA VIÚVA DE CESÁRIO DA MOTTA JUNIOR, PARTICIPANTE DA CONVENÇÃO REPUBLICANA DE ITU, DEPUTADO CONSTITUINTE TINHA 30 AÇÕES COM RETIRADA DE DIVIDENDOS. ADOLFO AFONSO DA SILVA GORDO, SENADOR DA REPÚBLICA VELHA AUTOR DA POLEMICA LEI ADOLFO GORDO QUE ENTRE OUTRAS COISAS INSTITUIA A EXPULSÃO DE ESTRANGEIROS QUE PARTICIPASSEM DE GREVES NO BRASIL TINHA 100 AÇÕES COM RETIRADA DE DIVIDENDOS E ASSINATURA, ALBERTO DOS SANTOS DUMONT TINHA 2770 AÇÕES COM RETIRADA DE DIVIDENDOS, ALDA DA SILVA PRADO, FILHA DO BARÃO DE IGUAPE ANTONIO DA SILVA PRADO TINHA  180 AÇÕES COM RETIRADA DE DIVIDENDOS, ALFREDO FILHO DO DR. OLAVO EGYDIO DE SOUZA ARANHA (FILHO DA VISCONDESSA DE CAMPINAS CASADO COM A FILHA DO VISCONDE DE INDAIATUBA) TINHA 3 AÇOES A RETIRADA DOS DIVIDENDOS ERA ASSSINADA PELO PAI DR. OLAVO EGYDIO DE SOUZA ARANHA. AMÉRICO BRASILIENSE DE ALMEIDA E MELLO, PRIMEIRO PRESIDENTE DO ESTADO DE SÃO PAULO NO PERIODO REPUBLICANO TINHA 4 AÇÕES COM RETIRADA DE DIVIDENDOS, ANNA FRANCISCA DE ARAUJO CINTRA, VIUVA DO 3.  BARÃO DE CAMPINAS JOAQUIM PINTO DE ARAÚJO CINTRA TINHA 600 AÇÕES COM RETIRADA DE DIVIDENDOS E ASSINATURA DA PROPRIETÁRIA, ANNA DE QUEIROZ TELLES (TIBIRIÇA) FILHA DO CONDE DE PARNAÍBA, NETA DO BARÃO DE JUNDIAÍ, SOBRINHA DA BARONESA DE JUNDIAÍ TINHA 401 AÇÕES COM RETIRADA DE DIVIDENDOS E ASSINATURA DA PROPRIETÁRIA, CONDESSA PEREIRA PINTO  (ANNA VICENCIA DA SILVA PRADO) TINHA  141 AÇÕES COM RETIRADA DE DIVIDENDOS E ASSINATURA DA PROPRIETÁRIA, ANTONIETA PENTEADO DA SILVA PRADO, FILHA DO CONDE ÁLVARES PENTEADO TINHA 500 AÇÕES COM RETIRADA DE DIVIDENDOS ASSINADAS POR ELA OU PELO MARIDO CAIO DA SILVA PRADO, ANTONIO ALVARES LEITE PENTEADO, CONDE ALVARES PENTEADO TINHA 10 329 AÇÕES , COSTABILE MATTARAZZO FILHO DE ANDREA MATTARAZZO E DE MARIA VIRGINIA GERALDI, NETA DO CARDEAL GIUSEPPE ANDREA ALBANI PERTENCENTE A FAMILIA PRINCIPESCA SORIANO NEL CIMINO (O CARDEAL DESCENDIA EM LINHA DIRETA DO PAPA CLEMENTE XI QUE ELEVOU A CIDADE DE LISBOA AO PATRIARCADO APÓS O AUXILIO PRESTADO PELA ARMADA REAL PORTUGUESA AOS SEUS ESTADOS PONTIFÍCIOS, CONTRA OS TURCOS, EM QUE RESULTOU A VITÓRIA DA BATALHA DE MATAPÃO. TAMBÉM CRIOU A DIOCESE DE BELEM DO PARÁ EM 1717) TINHA 20 AÇÕES CUJA ASSINATURA PARA RETIRADA DOS DIVIDENDOS ERA FEITA POR SEU IRMÃO PEDRO MATARAZZO, CANDIDO FERREIRA DA SILVA CAMARGO FILHO DO BARÃO DE ITATIBA E IRMÃO DO BARÃO DE IBITINGA TINHA  50 AÇÕES COM RETIRADA DE DIVIDENDOS, CONDESSA DE ARAGUAYA TINHA 15 AÇÕES, ERA NORA DO VISCONDE DE ARAGUAIA (GONÇALVES DE MAGALHÃES) UM DOS MAIORES ESCRITORES DO SEC. XIX, CORNÉLIA RODRIGUES PEIXOTO NETA DO REI DO CAFÉ COMENDADOR JOAQUIM DE SOUZA BREVES TINHA 39 AÇÕES EM TRES ANOS REQUEREU DIVIDENDOS SOMENTE UMA VEZ ASSINADO PELA PROPRIETÁRIA, COMENDADOR ANTONIO DE PAULA RODRIGUES ALVES FILHO DO QUINTO PRESIDENTE DA REPÚBLICA FRANCISCO RODRIGUES ALVES TINHA 100 AÇÕES COM RETIRADA DE DIVIDENDOS E ASSINATURA DO INTERESSADO, DONA JUDITH DE ULHOA CINTRA FILHA DO BARÃO DE JAGUARA TINHA 50 AÇÕES, NOTA: A Companhia Mogiana de Estradas de Ferro foi uma companhia ferroviária brasileira criada em 1872com sede na cidade paulista de Campinas. Sua construção inscreve-se na história da expansão da cultura do café em direção ao interior da então Província de São Paulo, constituindo-se, inicialmente, por um simples prolongamento da ferrovia então existente, até Mogi-Mirim e de um ramal para Amparo, com um seguimento até às margens do Rio Grande. A proposta original, entretanto, de estender seus trilhos até Goiás, ao norte, nunca ocorreu. Começa com a concessão para a construção da ferrovia ocorrida nos termos da lei provincial número 18, de 21 de março de 1872. A companhia também contava com privilégios de zona ou concessão exclusiva por noventa anos com uma contragarantia de juros de 7% sobre o capital de três mil contos de réis, habitual nas concessões fornecidas à época, e concedia privilégio, sem garantias de juros, para o prolongamento da linha até as margens do Rio Grande, passando por Casa Branca e Franca. No dia 1 de julho de 1872, no Paço da Câmara Municipal de Campinas, reuniram-se em Assembleia Geral os acionistas da nova empresa, entre os quais a família Silva Prado, Antônio de Queirós Teles e José Estanislau do Amaral que eram grandes proprietários de plantações de café e o barão de Tietê, por si próprio e pela empresa de Seguros que presidia, a Companhia União Paulista. A reunião realizada visava a discussão e aprovação do projeto e de seus estatutos, assim como a eleição da diretoria provisória que deveria gerir os negócios da empresa até à sua organização definitiva. A primeira diretoria ficou assim constituída: Dr. Antônio de Queirós Teles (Barão, Visconde e Conde de Parnaíba), Tenente-coronel José Egídio de Sousa Aranha. Dr. Antônio Pinheiro de Ulhoa Cintra (Barão de Jaguara), Capitão Joaquim Quirino dos Santos, Antônio Manuel Proença. Estes mesmos diretores foram eleitos em caráter definitivo na assembleia geral realizada em 30 de março de 1873. Ficava assim constituída a Companhia Mogiana com o capital de três mil contos de réis, divididos em quinze mil ações no valor nominal de duzentos contos de réis cada. As obras de construção da ferrovia iniciaram-se em 2 de dezembro de 1872, muito tempo antes de se ter assinado o contrato com o Governo Provincial, o que só ocorreu a 19 de junho de 1873. Em 3 de maio de 1875 era concluída a primeira etapa entre Campinas e Jaguari (atual Jaguariúna), numa distância de 34 quilômetros. Três meses depois a estrada chegava em Mogi Mirim totalizando 41 km. O tráfego, nesse trecho, foi inaugurado em 27 de agosto de 1875 com a presença do imperador D. Pedro II. Neste mesmo ano ficou pronto o ramal de Amparo, numa extensão de trinta quilômetros. Em janeiro de 1878, a estrada chegou em Casa Branca, a 172 quilômetros de Campinas. No ano de 1880, após muitos debates com a Companhia Paulista, levando-se em conta os privilégios de zona, a Mogiana conseguiu a concessão para prolongar seus trilhos até a cidade de Ribeirão Preto (na época chamada Vila do Entre Rios) tudo dentro da então Província de São Paulo. Posteriormente a Mogiana partiu para a construção do trecho que levaria seus trilhos ao Triângulo Mineiro e Sul de Minas Gerais, com vista a atrair a economia local para a paulista e vice versa. O ramal de Poços de Caldas foi concluído em 1886, o rio Grande foi atingido em 1888. O ramal de Franca em 1889. Nessa época a empresa recebeu o nome de Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e Navegação, tendo em vista que em 1888 iniciava o serviço de navegação fluvial pelo rio Grande, com o transporte de mercadorias e gado em grandes batelões (ou chatas de madeira), com capacidade de quinze toneladas cada um. Pelo Decreto nº 977, de 5 de agosto de 1892, recebeu autorização para prolongar suas linhas (linha de Ressaca) até Santos, como o mesmo não foi cumprido, 17 de outubro de 1900, foi editado o Decreto nº3811, prorrogando o prazo em mais três anos. Nunca essa linha foi construída. A linha-tronco da Mogiana (também conhecida como "linha do Catalão") foi a primeira ferrovia a transpor o rio Grande, que marca a divisa da então Província de São Paulo com região do Triângulo Mineiro. A primeira ponte sobre o rio foi erguida em 1888 num trecho onde a água se afunila em corredeiras, próximo do local onde havia a cachoeira de Jaguara. Logo após a ponte, que era exclusiva para passagem ferroviária, havia a estação de Jaguara, ligada a um porto fluvial no Rio Grande. As ruínas da ponte e da estação ainda podem ser vistas logo abaixo da usina hidrelétrica de mesmo nome. Adentrando Minas Gerais, a linha-tronco atendia as cidades de Sacramento (ligada à estação Cipó por linha de bonde), Conquista e Uberaba, onde a ferrovia chegou em 1889. Em 1895 os trilhos chegaram a Uberabinha (atual Uberlândia) e um ano depois ao ponto final na cidade de Araguari. Apesar de prevista no projeto original, a extensão da linha até Catalão, já no estado de Goiás, nunca foi feita pela Cia, Mogiana, e acabou sendo executada pela Estrada de Ferro de Goiás. A presença da Cia Mogiana no oeste do estado de Minas Gerais, tornou as ligações desta região mais rápidas e fáceis com São Paulo do que com a região central do próprio estado e com a sua capital Belo Horizonte. Por volta de 1899, a Mogiana iniciou a construção de uma variante à linha-tronco, ligando a estação Entroncamento (em Ribeirão Preto) a Santa Rita do Paraíso (atual Igarapava), às margens do Rio Grande, onde a linha chegou em 1905. Dez anos depois, a construção de uma grande ponte metálica rodoferroviária permitiu a extensão da linha até Uberaba, reduzindo significativamente a distância entre o Triângulo Mineiro e Ribeirão Preto. Em pouco tempo, o chamado Ramal de Igarapava passou a concentrar a maior parte do tráfego, suplantando a antiga linha-tronco. A Mogiana ainda incorporou mais duas ferrovias: Companhia Ramal Férreo do Rio Pardo (1888) E Companhia Agrícola Santos Dumont (1890). A Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, teve quase dois mil quilômetros de linhas, servindo aos estados de São Paulo e Minas Gerais até 1971, quando foi incorporada à Fepasa. O último trecho foi inaugurado em 1921, quando os trilhos da CM chegaram em Passos (MG). Inicialmente denominada Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e Navegação, teve seus primeiros cinquenta anos marcados pela expansão de suas linhas ou tentativas de fusão com a Companhia Paulista. Em 1936, cria a Companhia Mogiana de Transportes, mais tarde Rodoviário da Cia. Mogiana. A segunda metade de sua vida é marcada pela crise financeira que culmina com a sua encampação pelo Governo do Estado de São Paulo, em 1952. Nesse mesmo ano, inicia o processo de dieselização, com aquisição das primeiras locomotivas diesel-elétricas GE-Cooper Bessemer, continuando com a chegada de 30 locomotivas EMD-GM em 1957 e mais 23 delas, em 1960. A Mogiana procurou modernizar seus equipamentos fabricando carros metálicos e comprando novos vagões de carga, não obstante os seguidos déficits provocaram a unificação das ferrovias paulistas, Companhia Paulista de Estradas de Ferro, Estrada de Ferro Sorocabana, Estrada de Ferro Araraquara, Estrada de Ferro São Paulo e Minas (desde 1967 sob administração da CM) e a Mogiana, criando-se assim a Fepasa em 1971. Em 1968, inaugura o serviço de transporte de passageiros para Brasília, utilizando carros Budd-Mafersa adquiridos da Estrada de Ferro Sorocabana. Dos dois mil quilômetros de linhas que possuía em 1922, restavam apenas 1500 em 1970, sendo que vários ramais foram desativados entre 1956a 1970.
  • CONJUNTO DE 12 MARCADORES DE LUGARES À MESA EM PRATA DE LEI TEOR 925. ELEGANTE FEITIO DE CISNES. 4 CM DE ALTURA
  • DONA SARA OTTONE MATARAZZO PEIXOTO GOMIDE - MOLDURA EM PRATA DE LEI COM FOTOGRAFIA DE DONA SARA  OTTONE  MATARAZZO PEIXOTO GOMIDE. PROFUSAMENTE DECORADA COM ELEGANTES GUILLOCHES. MARCAS DE CONTRASTE PARA ITÁLIA, INÍCIO DO SEC. XX. 18 X 13 CM.NOTA: DONA SARA OTTONE MATARAZZO PEIXOTO GOMIDE foi casada com Francisco Antonio Matarazzo Gomide. FRANCISCO era filho de Dona Mariângela Matarazzo (portanto neto do CONDE FRANCESCO MATARAZZO) e do DOUTOR MÁRIO PEIXOTO GOMIDE (o que o torna neto do GOVENADOR  FRANCISCO DE ASSIS PEIXOTO GOMIDE). Quem transita pela região dos Jardins em São Paulo certamente já cruzou pela Rua Peixoto Gomide mas poucos conhecem a história do patrono que empresta o nome a essa elegante via e outrora governou o Estado de São Paulo. Uma história de riqueza, importância e tragédia. Francisco de Assis Peixoto Gomide então presidente do Senado do Estado de São Paulo , além de ilustre político e pessoa influente, foi o autor de um dos crimes mais sangrentos da história da cidade de São Paulo envolvendo a sociedade paulista. Uma verdadeira cena de horror como descreveria do Estado de São Paulo em sua edição de 21 de Janeiro de 1906. Tal cenário ocorreria num casarão em estilo neoclássico no número 25 da rua Benjamin Constant, no centro de São Paulo, próximo a Praça da Sé e a uns 200 metros do Largo São Francisco, que era um dos endereços mais sofisticados da Capital. Festas dignas da nobreza europeia, com muito champanhe francês, caviar e valsas vienenses, encantavam a vizinhança, que se reunia na calçada para acompanhar a chegada dos convidados. Em 20 de janeiro de 1906, uma pequena multidão voltou a se formar na frente da casa, mas por uma razão nada festiva. Na tarde daquele dia, o dono do casarão, o senador Francisco de Assis Peixoto Gomide, então com 56 anos, assassinou a filha Sophia, de 22, e  em seguida suicidou. A notícia se espalhou célere e, rapidamente, chegaram à residência políticos, secretários de Estado, juízes, promotores públicos, empresários e parentes de Peixoto Gomide, que à época era presidente do Senado paulista. A atitude do velho político causou perplexidade, pois Peixoto Gomide era considerado um homem equilibrado. Segundo depoimentos de empregados, pai e filha conversavam na sala de jantar, tendo sido interrompidos duas vezes por uma cozinheira, na primeira para levar o chá com torradas e, na outra, para apanhar a louça. Sentada à mesa, a garota bordava um lençol, enquanto o senador andava de um lado para outro, quando então ele parou e encostou um revólver Smith & Wesson na testa de Sophia. Que é isso meu pai?  espantou-se a garota. Não é nada, respondeu o senador, apertando o gatilho em seguida. O impacto fez com que a moça fosse jogada para trás, rolando pelo chão. Sua morte foi instantânea. Com o barulho, apareceram na sala a mulher de Peixoto Gomide, Ambrosina, dois de seus filhos, Gnesa e Alceu, e uma criada. Mudo, o senador mantinha o braço estendido, como se estivesse escolhendo uma nova vítima. Chegou a apontar a arma para Gnesa, mas a empregada, aos gritos, o convenceu a abaixar o revólver. Em seguida, caminhou tranquilamente até a sala de visitas, encostou o Smith & Wesson no ouvido esquerdo e puxou o gatilho. A arma falhou. Ele então rodou o tambor e disparou de novo, caindo junto ao piano, mortalmente ferido. O pivô da tragédia, ao que tudo indica, foi o promotor público e poeta Manuel Baptista Cepellos. Ele se apaixonou por Sophia e pediu a um político do Interior que intercedesse junto a Peixoto Gomide para namorar a garota. O senador não só permitiu como, em 1905, reuniu os amigos para comunicar o casamento de Sophia com o promotor. A cerimônia seria em 27 de janeiro de 1906, mas os comentários maldosos o fizeram mudar de idéia. E não é que o Gomide vai casar a filha com um ex-soldado, um boêmio um poeta. Esta era a frase mais ouvida na cidade, segundo René Thiollier, autor do livro Episódios de Minha Vida. A fama do futuro genro infernizava o senador, que passou a ser alvo de chacotas. Colegas do Senado e pessoas que o encontravam na rua maldiziam o ofício de fazer poesia. Peixoto Gomide era do tempo em que a palavra empenhada valia mais do que documento assinado. Por isso, preferiu matar Sophia e se suicidar, a ter de recuar de sua decisão. Sabendo do trágico acontecimento, o presidente do Estado instruiu a todas as repartições públicas estaduais para hastearem as bandeiras em meio mastro e cancelou seus compromissos em respeito ao ocorrido. Além das repartições estaduais, também as repartições federais e municipais (Câmara Municipal), além do jornal Correio Paulista, hastearam a bandeira a meio mastro. Recebeu várias honras, e seu cortejo fúnebre foi acompanhado pela força pública, inclusive da cavalaria inicialmente estacionada no largo São Francisco. Peixoto Gomide era um personagem tão ilustre que compareceram em seu funeral, o presidente do Estado, Secretários Municipais, Chefe de Polícia, senadores e deputados estaduais e federais, ministros do Chile, Paraguai e da Guatemala, secretarias do Senado e da Câmara, corpo consular sediado em SP, comandantes da Força Pública, comandante e oficiais da Guarda Nacional, Presidente da Câmara Municipal, prefeitos e vereadores, ministros do Tribunal de Justiça, membros do Ministério público, juízes federais, além claro de seus familiares, a grande quantidade de amigos e admiradores, e o alto funcionalismo da época. Quem caminha pela Rua Peixoto Gomide, não se dá conta da ligação desse nome com uma história de amor que terminou em contundente tragédia.
  • PARA FAZER O DOWNLOAD DO CATÁLOGO COPIE O LINK A SEGUIR ,, COLE NA BARRA  DE ENDEREÇOS E CLIQUE NA TECLA ENTER:   https://www.yumpu.com/pt/account/magazines/edit/62955896
  • BACCARAT (FAZ PAR COM A OFERTADA NO PROXIMO LOTE)  LINDA COMPOTEIRA EM CRISTAL COM LAPIDAÇÃO MISTA EM DIAMANTE, CHANFRADOS VERTICAIS E CORTES PLANOS. SOB A BASE RECORTADA, LAPIDAÇÃO EM ESTRELA. PEGA DO TIPO OBELISCO. EXCEPCIONAL ESTADO DE CONSERVAÇÃO! FRANÇA, CIRCA DE 1900. 36 CM DE ALTURA
  • LOPES DE LEÃO, PAULO VERGUEIRO  A DEFESA DE PIRATININGA  1. CROQUI  1925-1926. RICA E HISTÓRICA OBRA RETRATANDO OS COMBATES DO CERCO DE SÃO PAULO DE PIRATININGA (HOJE CIDADE DE SÃO PAULO) OCORRIDO EM 9 DE JULHO DE 1562. ALI NA MURALHA DA COLINA, SABIAMENTE ESCOLHIDA PELO PADRE JOSÉ DE ANCHIETA COMO LOCAL PARA ERGUER A CASA DA DOUTRINA FOI QUE  SÃO PAULO PODE SOBREVIVER E TRIUNFALMENTE CONTINUAR RUMO A SUA GRANDEZA, LIVRANDO-SE DO ARRAZAMENTO PELOS BÁRBAROS, QUE OS MAMELUCOS DO PLANALTO CONTRA-ATACARAM E VENCERAM. SE A CERTIDÃO DE NASCIMENTO DE SÃO PAULO FOI LAVRADA PELO MESMO  JOSÉ DE ANCHIETA NA CARTA EM QUE DESCREVE PARA PORTUGAL:   "AQUI SE FEZ UMA CASINHA DE PALHA COM UMA ESTEIRA DE CANAS POR PORTAS...". O BATISMO DE SÃO PAULO SE DEU VERDADEIRAMENTE TAMBÉM NESSE LOCAL NO PÁTIO DO COLÉGIO, COM A DEFESA DE PIRATININGA. PORTUGUESES, MAMELUCOS, INDIOS CONVERTIDOS E ALIADOS UNIRAM-SE PARA OFERECER SUAS VIDAS NA DEFESA DO SEU LAR. CURIOSAMENTE O NOVE DE JULHO FICOU MARCADO PARA CIDADE DE SÃO PAULO POR CONFLITOS BÉLICOS POR DUAS VEZES. A SEGUNDA, É A MAIS CONHECIDA; A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DEFLAGRADA NAQUELA CIDADE EM 1932. MAS A PRIMEIRA, PERDIDA NO TEMPO OCORREU APENAS DOIS ANOS APÓS A ELEVAÇÃO DE SÃO PAULO A CONDIÇÃO DE VILA NOS IDOS DE 1562 E A MEU VER É A PRIMEIRA EXPRESSÃO DE IDENTIDADE DA CIDADE DE SÃO PAULO E DEVERIA SER ESSE O SEU MARCO INAUGURAL. A OBRA É DO ARTISTA LOPES DE LEÃO, IMPORTANTE PINTOR E GRAVADOR DA CIDADE DE SÃO PAULO DO INICIO DO SEC. XX QUE É UM DOS FUNDADORES DA SOCIEDADE PAULISTA DE BELAS ARTES. A OBRA É O CROQUI PARA A EXECUÇÃO DE UM PAINEL MONUMENTAL QUE NUNCA FOI LEVADO A CABO, ENCOMENDA GOVERNAMEMENTAL QUE FOI MALOGRADA PELA SOMBRA DA PARTICIPAÇÃO FEDERAL BOMBARDEANDO A CIDADE DE SÃO PAULO DURANTE A REVOLUÇÃO ESQUECIDA QUE OCORRERA APENAS UM ANO ANTES EM 1924 E QUE DEU ORIGEM A COLUNA PRESTES.  A ENCOMENDA ERA PARA O PALÁCIO DOS CAMPOS ELÍSEOS, SEDE DO GOVERNO DA CIDADE BOMBARDEADO DURANTE O CONFLITO, E OBJETIVAVA  CELEBRAR A VITÓRIA DA CIDADE DE SÃO PAULO CONTRA AS TROPAS REVOLTOSAS QUE A ATACARAM. ENTRETANTO COMO O GOVERNO DO PRESIDENTE ARTUR BERNARDES ATACOU A CIDADE COM BOMBARDEIOS DE AVIAÇÃO AÉREA (CHAMADOS DE TERRIFICANTES) PARA CONTER O AVANÇO DOS REVOLTOSOS, ACHOU-SE POR BEM NÃO EXECUTAR A OBRA A FIM DE NÃO MELINDRAR O GOVERNO. BRASIL, 1926. 79 X 65 CM (CONSIDERANDO-SE SOMENTE A TELA)NOTA:  A cidade de São Paulo em seus quase quinhentos anos só foi atacada frontalmente duas vezes em sua existência; a primeira no cerco de Piratiniga, quando contava com apenas dois anos. A segunda foi em 1924 na chamada Revolução esquecida.  Essa tenentada foi Comandada pelo general reformado Isidoro Dias Lopes, contou com a participação de vários tenentes, dentre os quais Joaquim do Nascimento Fernandes Távora (que faleceu na revolta), Juarez Távora, Miguel Costa, Eduardo Gomes, Índio do Brasil e João Cabanas. O objetivo principal do levante era depor o presidente Artur Bernardes (considerado inimigo dos militares desde a crise das cartas falsas). Entre as reivindicações estava o voto secreto, a justiça gratuita e a instauração do ensino público obrigatório. Deflagrada na capital paulista em 5 de julho de 1924, a revolta ocupou a cidade por 23 dias, forçando o presidente do estado, Carlos de Campos, a fugir para o bairro da Penha, em 9 de julho, depois de ter sido bombardeado o Palácio dos Campos Elísios, sede do governo paulista na época. Carlos de Campos ficou instalado em um vagão adaptado na estação Guaiaúna, da Central do Brasil, onde se encontravam as tropas federais vindas de Mogi das Cruzes. No interior do estado de São Paulo aconteceram rebeliões em várias cidades, com tomada de prefeituras no estado de São Paulo. Os revoltosos então entraram em contato com o vice-presidente do estado coronel Fernando Prestes de Albuquerque em Itapetininga, convidando-o para assumir o governo revolucionário em São Paulo. O coronel Prestes que já organizara um batalhão em defesa da legalidade, na região da Estrada de Ferro Sorocabana, e respondeu aos revoltosos: Só aceitaria o governo das mãos do Dr. Carlos de Campos, livre, espontaneamente, legalmente! A cidade de São Paulo foi bombardeada por aviões do Governo Federal. O exército legalista ao governo de Artur Bernardes se utilizou do chamado "bombardeio terrificante", atingindo vários pontos da cidade, em especial os bairros operários, como a Mooca e o Brás, e de classe média, como Perdizes. Sem artilharias nem aviões para enfrentar as tropas legalistas, os tenentes rebeldes se retiraram para Bauru na madrugada de 28 de julho, onde Isidoro Dias Lopes ouvira a notícia de que o exército legalista se concentrava na cidade de Três Lagoas, no atual Mato Grosso do Sul. Às 10 horas da manhã de 28 de julho Carlos de Campos retornou ao seu gabinete no Palácio do Governo. Isidoro Dias Lopes e Juarez Távora planejaram, então, um ataque àquela cidade. A derrota em Três Lagoas, no entanto, foi a maior derrota de toda esta revolta. Um terço das tropas revoltosas morreu, feriram-se gravemente, ou foram capturadas. Os tenentistas recuaram rumo ao sul do Brasil, na cidade de Foz do Iguaçu, unindo-se aos oficiais gaúchos comandados por Luís Carlos Prestes, no que veio a ser o maior feito guerrilheiro no Brasil até então: a Coluna Prestes.  Teve início na madrugada de 5 de julho e terminou em 28 de julho de 1924. Um inquérito feito pelo Governo do Estado de São Paulo, logo após o fracasso do movimento subversivo de julho de 1924, detectou inúmeros casos de vandalismo e estupros no interior do estado de São Paulo, especialmente sob os olhos do Tenente João Cabanas, que comandava um grupo de revoltosos que foi denominado como a Coluna da Morte. O inquérito também apurou que muitos coronéis do interior que faziam oposição ao Dr. Carlos de Campos apoiaram o movimento subversivo de Julho. O general de divisão Abílio Noronha, comandante da 2ª Região Militar, que abrangia São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, acusou políticos de estarem por trás da revolta, incitando os militares a aderirem à revolução tenentista. Outro general, o general Noronha, criticou a retirada precipitada da capital paulista, do presidente do estado e das tropas leais a ele, alegando que o governo paulista tinha condições de ter resistido e vencido os revoltosos, logo no início da revolta, e dentro da cidade de São Paulo. Os tenentes e demais militares que participaram desta revolta e das demais revoltas da década de 1920 receberam anistia dada por Getúlio Vargas logo após a vitória da Revolução de 1930. No bairro de Perdizes, a revolução de 1924 ainda é comemorada anualmente. O PRIMEIRO ATAQUE A SÃO PAULO FOI O CERCO DE PIRATININGA OU A GUERRA DE PIRATININGA  realizado em 9 de julho de 1562 à então Vila de São Paulo de Piratininga, hoje cidade de São Paulo, por índios das tribos guarulhos, guaianás e carijós, que se uniram numa coligação e se rebelaram contra a aliança entre Tibiriçá e os jesuítas. Alguns destes índios eram familiares de Tibiriçá, outros haviam morado na aldeia dos padres e recebido a catequese, mas agora os renegavam.  A união entre portugueses e os tupis causava desconfiança e antipatia entre os nativos mais radicais que, se procuravam qualquer pretexto para atacarem os europeus, encontraram um bastante importante: a prática da escravidão por parte dos colonizadores. Pressentindo a hostilidade crescente, os portugueses trataram de nomear João Ramalho chefe da defesa militar de São Paulo em 28 de maio de 1562, de acordo com o cargo já exercido anteriormente em Santo André. Em 3 de julho de 1562 um índio que vivia com aqueles que pretendiam atacar, mas que tinha parentes vivendo entre os homens de Tibiriçá, avisou aos jesuítas prevenindo-os para que se defendessem do ataque iminente. Cinco dias antes do ataque, por ordens de Tibiriçá os índios abandonaram suas casas e lavouras, num costume de guerra indígena, preparando-se para a guerra. Jaguaranho ("cão bravo" em tupi) temendo pela vida de seu tio, Tibiriçá, tentou convencê-lo a abandonar a defesa dos padres, sem conseguir. Incomodados com essa aliança, as tribos rebeldes desferiram o ataque na manhã de 9 de julho de 1562, dois anos após São Paulo ser elevada à condição de vila. O ataque ocorreu no local onde estava estabelecido o colégio dos jesuítas, onde hoje está o Pátio do Colégio. Eram realizados aos gritos de jukaí karaíba (morte aos portugueses). Os invasores estavam todos pintados e emplumados, de acordo com sua tradição militar. O cerco foi liderado por Jaguaranho, que provavelmente agiu sob ordens de seu pai, Piquerobi, líder da aldeia rebelde de Ururaí, localizada onde hoje fica o bairro de São Miguel Paulista, na zona leste da cidade. Piquerobi era irmão de Tibiriçá e de Caiubi, outro aliado dos europeus. João Ramalho, embora tivesse um relacionamento distante dos jesuítas, chegando mesmo a uma inimizade, tratou de lutar corajosamente contra os índios invasores. Além de estar cumprindo seu papel de chefe da defesa militar, João Ramalho era genro de Tibiriçá, e naturalmente não ficaria ausente nesse momento. Logo no primeiro dia da batalha, Jaguaranho, após vencer as linhas de defesa, preferiu arrombar as portas da igreja onde as mulheres índias e mamelucas estavam rezando à atacar os padres, que se encontravam vulneráveis. Enquanto procurou arrombar a porta foi flechado na barriga e morreu no local, fato que reverteu a vantagem dos invasores. O combate prosseguiu até o dia seguinte, 10 de julho, com vitória para os portugueses e aliados. Durante o combate o chefe tupiniquim Tibiriçá matou seu irmão Piquerobi. Chegado pois o dia, que foi a oitava de Visitação de Nossa Senhora, investiu pela manhã contra Piratininga a hoste numerosa dos contrários, pintados e empenachados, com enorme alarido. A vitória representou a continuidade da existência da Vila de São Paulo, o que se mostraria fundamental para a expansão colonial ocorrida nos séculos seguintes. Mas talvez devido a aglomeração de pessoas, e certamente pela falta de comida, a peste desintérica fez muitas vítimas no planalto, entre eles o próprio Tibiriçá, morto em 25 de dezembro de 1562. PAULO VERGUEIRO LOPES DE LEÃO  (São Paulo, São Paulo, 1889 - Idem, 1964). Pintor, professor e gravador. Entre 1908 e 1911, cursa ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito de São Paulo. Ainda em 1911, participa da 1ª Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e Ofícios, também em São Paulo. Em 1913, viaja para Florença, Itália, com pensão do governo do estado de São Paulo e estuda, com o pintor Filadelfo Simi (1849-1923), na Academia de Belas Artes. Entre 1915 e 1918, na mesma cidade, aprofunda os conhecimentos de gravura com Mazzoni Zarini (1869-1949), na Scuola d´Incisione all´Acquaforte. Tendo conseguido a prorrogação da bolsa de estudos, transfere-se para Paris, onde permanece de 1920 a 1921, dedicando-se à pintura sob orientação de Louis-François Biloul (1874-1947). Neste último ano, integra o Salão dos Artistas Franceses.  Em 1924, é um dos fundadores da Sociedade Paulista de Belas Artes. Dez anos depois, organiza e integra o 1º Salão Paulista de Belas Artes e atua nas comissões de seleção e premiação. Participa de várias edições do evento até 1954, sendo laureado em 1935 e 1952 e recebendo prêmio póstumo em 1964. Em 1936, torna-se diretor da Escola de Belas Artes de São Paulo, onde é professor e presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Entre 1932 e 1944, dirige a Pinacoteca do Estado de São Paulo, que se vincula, por alguns anos, à Escola de Belas Artes.
  • PRATA DE LEI INGLESA  BELO CENTRO DE MESA EM PRATA DE LEI DECORADO EM FENESTRAS COM ROCAILLES. BORDA RECORTADA. BASE DE FEITIO OVAL. MARCAS DE CONTRASTE PARA CIDADE DE SHEFFIELD E LETRA DATA PARA O SEC. XX. INGLATERRA, 32 CM DE COMPRIMENTO.
  • SUNTUOSA MOLHEIRA COM PRENTOIR INTEGRADO ESTILO NAPOLEÃO III. MARCAS PARA CIDADE DE FIRENZE. PEGA COM FEITIO DE ÁGUIA. ARREMATES COM DECORAÇÃO ESTILO MALMAISON. PEÇA ELEGANTE E DE MUITO BOA FATURA. ITÁLIA, SEC. XX. 24 CM DE COMPRIMENTO.
  • ELEGANTE PAR DE CANDELABROS BAIXOS EM PRATA DE LEI. EXCEPCIONAL FATURA DE ESTILO IMPÉRIO. FUSTE FORMADO POR FIGURA DE DANÇARINA. ASSENTES SOBRE TRES PÉS EM GARRA. BASE DECORADA EM RELEVO COM LAURÉIS. ASSIM COMO ARREMATE SUPERIOR. EUROPA, INICIO DO SEC. XX. 18,5 CM DE ALTURA

389 Itens encontrados

Página: