Peças para o próximo leilão

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  • BELO PAR DE BRINCOS EM OURO AMARELO TEOR 18K COM PÉROLAS MABE ENCASTOADAS. ARMAÇÃO EM OURO BASTANTE REFORÇADA. CLÁSSICO E ELEGANTE. 2 CM DE DIAMETRO. 15,2 G
  • BACCARAT  BELA GARRAFA EM CRISTAL DOUBLE COUCHE VERMELHO E TRANSLÚCIDO. LAPIDAÇÃO TIPO CORDIAL CROWN. GARGALO FACETADO E SERRILHADO. FRANÇA, SEC. XIX. 28 CM DE ALTURA
  • BACCARAT  LINDO CLARET JUG EM CRISTAL COM GUARNIÇÃO EM PRATA DE LEI. TAMPA COM PEGA REPRESENTANDO FIGURA DE LEBRE. DECORADA COM BELOS GUILLOCHES. ELEGANTE LAPIDAÇÃO. SEC. XIX. 29 CM DE ALTURA
  • LINDO FLOREIRO EM PRATA DE LEI CONTRASTE L COROADO E MARCA DO PRATEIRO PARA A SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. FEITIO CIRCULAR, DECORADO COM ROCAILLE EM RELEVO E PROFUSÃO DE FLORES.ASSENTE SOBRE TRÊS PÉS FINALIZADOS EM PAPIRO. PORTUAL, SEC. XIX. 22 X 14 CM
  • BACCARAT SELADO  BELO BOWL EM CRISTAL DE BACCARAT COM LAPIDAÇÃO GEOMÉTRICA. MARCAS DA MANUFATURA SOB A BASE. FRANÇA, SEC. XX. 20 CM DE DIAMETRO.
  • MONUMENTAL CARTELA OU FLORÃO DE RETÁBULO EM MADEIRA COM POLICROMIA. BELISSIMO ENTALHE DE MUITO BOA QUALIDADE. BRASIL, SEC. XIX. 131 X 89 CM
  • BELA CARTELA DE ALTAR EM MADEIRA ENTALHADA. BRASIL, SEC. XIX. 121 X 71 CM
  • ELEGANTE PAR DE CASTIÇAIS DITOS DE SAIA EM PRATA DE LEI MARCA JAVALI, PARA A SEGUNDA METADE DO SEC. XIX E CONTRASTE DO PRATEIRO. CORPO EM TORCEIL. MAGNÍFICOS! PORTUGAL, SEC. XIX. 23 CM DE ALTURA
  • ELEGANTE ANEL EM OURO BRANCO 14 K CRAVEJADO COM ESMERALDA  NATURAL DE 2,30 CT E 0,52 CT EM DIAMANTES (VS-G). LAPIDAÇÃO DO TIPO GOTA. ESMERALDA DE QUALIDADE EXTRA. ARO 15.3,88 G
  • COMPANHIA DAS INDIAS EXPORTAÇÃO CANTON FAMILLE ROSE -  MONUMENTAL VASO BALAUSTRE COM ESMALTES DA FAMÍLIA ROSA, RICAMENTE DECORADO COM FIGURAS DE PAVÕES, PEÔNIAS E CENAS DE COTIDIANO. NO TERÇO SUPERIOR DECORAÇÃO EM RELEVO COM CÃES DE FÓ E SALAMANDRAS. PEÇA DE MUITO BOA QUALIDADE, MUITO GRANDE E EXTREMAMENTE BONITA! CHINA, CANTÃO, SEC. XIX. 37 CM DE ALTURA.
  • SATSUMA  GRANDE MEDALHÃO EM PORCELANA SATSUMA DECORADO COM FIGURA DE SENHORES DA GUERRA. FARTAMENTE REMATADO EM OURO. NA PARTE DE TRÁS ANTIGO SELO DA MAISON JAPONAISE NAKAMURA EM CONSTANTINOPLA E FOTO DA DECADA DE 1940 DESSE MESMO PRATO NA PAREDE DA SALA DE JANTAR DO OFICIAL DO EXÉRCITO ALEMÃO HUBERT KLOPFER. NA MESA DE JANTAR ESTÁ O OFICIAL E SEUS CONVIDADOS. JAPÃO, PERÍODO EDO, SEC. XIX. 38 CM DE DIAMETRO.NOTA: HUBERT KLOPFER E SUA ESPOSA MIGRARAM PARA ARGENTINA AO FINAL DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.
  • MAGNÍFICA CAIXA EM PRATA DE LEI DECORADA EM RELEVO COM PASSAGENS DA VIDA DE BUDA. PODE-SE VE-LO ALIMENTANDO UM CERVO, ALUDINDO A SUA ILUMINAÇÃO PARA O PRIMEIRO DISCURSO PROFERIDO NO PARQUE DOS  CERVOS, TAMBÉM É REPRESENTADO COM TRÊS CESTOS SEGUNDO A TRADIÇÃO THERAVADA ESCRITA NA MAIS ANTIGA LINGUA DA INDIA, O PALI (BUDISMO ORIGINAL) CONTEM AINDA OUTRAS PASSAGENS. NA TAMPA, BUDA ILUMINADO, CERCADO POR SEUS DISCÍPULOS. PEÇA MUITO INTERESSANTE E BASTANTE ANTIGA. INDIA, SEC. XIX. 16 (L) X 9 (H) CM
  • LINDO BRILHANTE COM CRAVAÇÃO EM OURO AMARELO 18K  REMATADO POR QUATRO FILEIRAS DE DIAMANTES. JÓIA ELEGANTE E MODERNA. PEDRA COM CERTIFICADO IGL (INTERNATIONAL GEMOLOGICAL LABORATORIES) COM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS: 1,32 ct, COR H, SI2. 2,9 G. ARO 17
  • IMPERIAL ORDEM DO CRUZEIRO - INSÍGNIA EM OURO E ESMALTES. ANVERSO - ESTRELA BRANCA DE CINCO PONTAS BIFURCADAS E MAÇANETADAS, ASSENTADA SOBRE GUIRLANDA DE RAMOS DE CAFÉ E FUMO, PENDENTE DE COROA IMPERIAL. AO CENTRO, MEDALHÃO REDONDO AZUL-CELESTE, COM CRUZ LATINA FORMADA POR DEZENOVE ESTRELAS BRANCAS, CIRCUNDADO POR ORLA AZUL-FERRETE COM A LEGENDA "BENEMERITIUM PRAEMIUM". REVERSO  IGUAL AO ANVERSO, COM ALTERAÇÃO NO MEDALHÃO PARA A EFÍGIE DE D. PEDRO I, E NA LEGENDA PARA "PETRUS I  BRASILIAE IMPERATOR D". BRASIL, DEC. 1820. 3,5 CM DE ALTURA. 2,3 GNOTA: Com a Independência do Brasil, D. Pedro I criou a Ordem Imperial do Cruzeiro, em 1º de dezembro de 1822, para comemorar a sua Aclamação, Sagração e Coroação. Foi, assim, a primeira ordem honorífica genuinamente brasileira. Seu desenho partiu de modelo francês, mas seu nome e suas características basearam-se na "posição geográfica desta vasta e rica região da América Austral, que forma o Império do Brasil, onde se acha a grande constelação do Cruzeiro, e igual, em memória do nome, que sempre teve este Império, desde o seu descobrimento, de Terra de Santa Cruz." Era destinada a premiar brasileiros e estrangeiros e sua maior distribuição ocorreu no dia da Coroação e Sagração de D. Pedro I. Aos agraciados não eram cobrados emolumentos, exceto o feitio da insígnia e o registro dos diplomas. Ficavam, porém, obrigados a dar uma joia qualquer, ao seu arbítrio, para dotação de uma Caixa de Piedade, destinada à manutenção dos membros pobres da Ordem ou dos que, por casos fortuitos ou desgraças, caíssem em pobreza. Graus: Cavaleiro, Oficial, Dignitário e Grã-Cruz.
  • IMPERIAL ORDEM DA ROSA - LINDA INSIGNIA EM MINIATURA, GRAU DE COMENDADOR, EM OURO, ESMALTES E DIAMANTES COM FITA E BANDA ROSA-CLARO COM DUAS ORLAS BRANCAS. ANVERSO  ESTRELA BRANCA DE SEIS PONTAS MAÇANETADAS, UNIDAS POR GUIRLANDA DE ROSAS. AO CENTRO, MEDALHÃO REDONDO COM AS LETRAS P E A ENTRELAÇADAS, EM RELEVO, CIRCUNDADO POR ORLA AZUL-FERRETE COM A LEGENDA "AMOR E FIDELIDADE". REVERSO: IGUAL AO ANVERSO, COM ALTERAÇÃO NA INSCRIÇÃO PARA A DATA 2-8-1829, E NA LEGENDA PARA "PEDRO E AMÉLIA". BRASIL, SEC. XIX. 4 CM DE ALTURA. 3,2 GNOTA: A Imperial Ordem da Rosa é uma ordem honorífica brasileira. Foi criada em 27 de fevereiro de 1829 pelo imperador D. Pedro I(1822 1831) para perpetuar a memória de seu matrimônio, em segundas núpcias, com Dona Amélia de Leuchtenberg e Eischstädt e tornou-se a principal ordem honorifica do país. O seu desenho foi idealizado por Jean-Baptiste Debret que, segundo discutido por historiadores, ter-se-ia inspirado ou nos motivos de rosas que ornavam o vestido de D. Amélia, a segunda Imperatriz ao desembarcar no Rio de Janeiro. Trata-se entretanto de um equívoco histórico porque no dia seguinte ao desembarque da nova Imperatriz foi realizado o casamento e Dom Pedro condecorou com a ordem os primeiros titulares. Entretanto o retrato de Dona Amélia enviado ao Brasil quando das tratativas do casamento a representavam trazendo um botão de rosa pendendo do toucado e este parece ser o motivo da enlace foram a inspiração para a comenda. Poucas foram concedidas no 1o Reinado enquanto no 2o Reinado houve um significativo aumento - mais especificamente durante a Guerra do Paraguai. Isso se deveu ao fato de não existir uma medalha específica para atos de bravura individual durante a Guerra do Paraguai. De 1829 a 1831 D. Pedro I concedeu apenas cento e oitenta e nove insígnias. O seu filho e sucessor, D. Pedro II(1840 1889), ao longo do segundo reinado, chegou a agraciar 14.284 cidadãos. Além dos dois imperadores, apenas o Duque de Caxias foi grande-colar da ordem durante sua vigência. Um dos primeiros agraciados recebeu a comenda em virtude de serviços prestados quando de um acidente com a família imperial brasileira: conta a pequena história da corte que, em 7 de dezembro de 1829, recém-casado, D. Pedro I regressava com a família do Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista. Como de sua predileção, conduzia pessoalmente a carruagem quando, na rua do Lavradio, se quebrou o varal da atrelagem e os cavalos se assustaram, rompendo as rédeas e fazendo tombar o veículo, arrastado perigosamente. O Imperador fraturou a sétima costela do terço posterior e a sexta do terço anterior, teve contusões na fronte e luxação no quarto direito, perdendo os sentidos. Mal os havia recobrado quando o recolheram à casa mais próxima, do marquês de Cantagalo, João Maria da Gama Freitas Berquó. Segundo oBoletim sobre o Desastre de Sua Majestade Imperial e Fidelíssima publicado no Jornal do Commercio, Dona Amélia foi a que menos cuidado exigiu: "não teve dano sensível senão o abalo e o susto que tal desastre lhe devia ocasionar". A filha primogênita, futura Maria II de Portugal, "recebeu grande contusão na face direita, compreendendo parte da cabeça do mesmo lado". Augusto de Beauharnais, príncipe de Eichstadt, Duque de Leuchtenberg e de Santa Cruz, irmão da imperatriz, "teve uma luxação no cúbito do lado direito com fratura do mesmo". A baronesa Slorefeder, aia da Imperatriz, "deu uma queda muito perigosa sobre a cabeça". Diversos criados de libré, ao dominarem os animais, ficaram contundidos. Convergiram para a casa de Cantagalo os médicos da Imperial Câmara e outros, os doutores Azeredo, Bontempo, o barão de Inhomirim,Vicente Navarro de Andrade, João Fernandes Tavares, Manuel Bernardes, Manuel da Silveira Rodrigues de Sá, Barão da Saúde. Ao partir, quase restabelecido, D. Pedro I condecorou Cantagalo a 1 de janeiro de 1830 com as insígnias de dignitário da Ordem e D. Amélia lhe ofereceu o seu retrato, circundado por brilhantes, e pintado por Simplício Rodrigues de Sá. Foram ainda agraciados com a Imperial Ordem da Rosa os membros da Guarda de Honra que acompanhavam o então Príncipe Regente em sua viagem à Província de São Paulo, testemunhas do "Grito do Ipiranga", marco da Independência do Brasil. Após o banimento da família imperial brasileira, a ordem foi mantida por seus membros em caráter privado, sendo seu grão-mestre o chefe da casa imperial brasileira.
  • BRASIL COLONIA -  RARA ORDEM DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. PRECIOSA INSÍGNIA CONSTRUIDA EM PRATA, GRANADAS E DIAMANTES. O MODELO É DO SEC. XVIII. A CRUZ EM PRATA CRAVEJADA COM GRANADAS PENDE DE COROA REAL MODELO DE DOM JOÃO VI. BRASIL, INICIO DO SEC. XIX. 3 CM DE ALTURA. 4,2 G.NOTA: A ORDEM DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, A ordem foi usada para premiar pessoas por serviços excepcionais que resultaram em utilidade notável e comprovada para areligião(catolicismo romano), para ahumanidadee para oestado.Cavaleiros da Ordem de Cristo faziam parte danobreza sem títulodoImpério do Brasil. Até Dom João VI a Ordem de Cristo era concedida mediante rigoroso exame do postulante, duas características eram fundamentais: Sangue Limpo (que significava não haver em sua linhagem precedente elementos com ascendência judaica, moura ou negra) e comprovar que pelo menos há três gerações não houve registro de mácula mecânica ou seja depender da subsistência por esforço braçal. A partir do séc. XVIII, sob o reinado de DOM JOSÉ I, e da filha DONA MARIA I para garantir a fidelidade dos vassalos na colônia foi preciso dispensar alguns critérios na concessão da ordem.  O pesquisador  Kleber Henrique da Silva em seu trabalho intitulado: Distinção, Privilégio e Honra: Os Cavaleiros da Ordem de Cristo da Capitania de Pernambuco nos século XVII- XVIII  relatou 35 HABILITAÇÕES PARA ORDEM DE CRISTO  NA CAPITANIA DE PERNAMBUCO ENTRE OS ANOS DE 1697 ATÉ 1784. Toda documentação encontra-se no Instituto dos Arquivos Nacionais da Torre do Tombo- Mesa de Consciência e Ordens de Portugal. O pesquisador cita em seu texto como exemplo alguns casos que chamam  atenção.  No ano de 1753, Antonio de Souza Couceiro, natural morador no RecifePernambuco, filho do capitão de Granadeiros José de Souza Couceiro, cavaleiro professo da Ordem de Cristo, batizado na Vila de Olivença, foi com a idade de 6 meses para o Rio de Janeiro, viveu em Santos Velhos e foi morador em Pernambuco, sendo também Presbítero do Hábito de São Pedro. A sua mãe, Josefa de Souza era natural de Recife. Seu avô paterno era João de Souza Couceiro, ajudante engenheiro, natural de Lisboa, Freguesia de Santos e era casado com Maria Salgado Pereira, natural da freguesia da Magdalena no Rio de Janeiro. O suplicante tinha como avós maternos, Antonio de Souza Marinho, natural de Recife, que era Cavaleiro na Ordem de Cristo, tenente e mestre de campo general em Pernambuco, casado com Antonia Correa, natural do Recife. A avó materna do suplicante teve loja de confeitaria o que acarretou impedimento. Entretanto, o suplicante foi dispensado do impedimento e recebeu o hábito27 Caso bem semelhante foi o do suplicante Francisco de Souza Teixeira de Mendonça, natural do Recife- PE, no ano de 1770. Era capitão de uma Companhia de Cavalaria auxiliar da Boa Vista, termo da cidade de Olinda, tinha mais de 50 anos, serviu como tesoureiro dos defuntos e ausentes da Capitania de Pernambuco. Seu pai, coronel Manoel de Souza Teixeira era português, natural da Rua Direita em Arrifana e era cavaleiro da Ordem de Cristo. Sua mãe, Mariana de Mendonça e Sylva, era natural de Pernambuco. Seus avós paternos, Anna de Souza e Manuel Dias Teixeira eram portugueses. Como avós maternos, tinha Antonio Rodrigues da Sylva e Maria da Motta, também naturais de Portugal. A avó paterna do suplicante foi estalajadeira, o que acarretou impedimento. O suplicante recorreu e foi dispensado do impedimento, ficando habilitado a receber o hábito da Ordem de Cristo.28 Estes dois exemplos citados acima são semelhantes, pois ambos eram descendentes de portugueses e possuíam cargos de importância na Capitania de Pernambuco, descendiam de antepassados já pertencentes à Ordem de Cristo e embora tendo sido descobertos casos de mácula mecânica em suas avós, estes recorreram e foram dispensados do impedimento, podendo ser habilitados a receber o hábito da Ordem. O mesmo não aconteceu com João Velho Barreto, natural de Goiana- Pernambuco, este era filho dos pernambucanos, Francisco Barreto, homem pobre que viveu de recuperar coisas alheias na Vila das Alagoas e tinha como esposa Catherina Paes Barreto. Seus avós paternos, Zacharias Barreto, natural de Ipojuca-PE , era pardo e oficial mecânico, casado com Maria Piteira. Já seus avós maternos, Joseph Lobo Barreto, pernambucano, morador nas Cinco Pontas de Pernambuco, era mulato, filho de negra e tinha a profissão de ourives, casado com a pernambucana Catherina Fernandes. Este suplicante teve sua habilitação negada. Estes três exemplos deixam claro que a aprovação nas habilitações pela Mesa de Consciência e Ordens possuíam pesos diferentes na avaliação dos suplicantes. Em alguns casos, as regras e as prerrogativas necessárias eram reconsideradas, no entanto, para outros aspirantes, os resultados eram inflexíveis. Parece evidente que a mácula de sangue era mais grave que a mácula mecânica e somado a isto, a maior importância dos colonos que descendessem de antigos cavaleiros da Ordem para definir os rumos no processo de habilitação era uma prerrogativa considerável. Com a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil houve um afrouxamento sem precedentes desses critérios. Não foi tarefa fácil transformar a rude colônia em sede de reino e para aglutinar esses esforços Dom João VI passou a oferecer aos  ricos proprietários de terra a possibilidade de ascender a categoria de Nobreza não Titulada com a concessão da Ordem de Cristo. Essa estratégia esbarrava em alguns problemas técnicos por assim dizer, difícil era quem não tivesse no Brasil miscigenação de sangue ou que não tivesse dado duro para chegar a condição de senhor. Havia ainda uma categoria de cidadãos abastados enriquecidos de forma escandalosa como o tráfico de escravos. Tudo isso fez com que a partir daí a Ordem de Cristo, ou os critérios para sua concessão, nunca mais fossem os mesmos no Brasil ou em Portugal. Embora a posição de senhor de engenho por si só já oferecesse status privilegiado e uma posição de destaque dentro do cenário colonial muitos senhores de engenho almejavam obter títulos de nobreza devido às vantagens que o ser nobre conferia aos titulados. Fazer parte da nobreza como membros das ordens militares, por exemplo, significava estar isento de impostos como o dízimo, o que interessava a muitos senhores de engenho e em contrapartida era uma das razões para a relutância da Coroa em conceder estas honras. Uma patente de oficial miliciano, assinada pelo rei, proporcionava aos senhores de terra não só a tão almejada distinção, mas também regalias que se caracterizavam como um estilo de vida peculiar da nobreza, que incluía ter serviçais à disposição, usar montaria, gozar de regalias, como obter autorização para celebrar missas no oratório da casa e demonstrar refinamento de maneira e de costumes, a fim de serem reconhecidos enquanto homens bons. Aos homens bons cabia também a escolha, entre o seu meio, dos eleitores que, por sua vez, elegeriam os vereadores, juízes ordinários, procuradores, escrivães, almotacés e outros cargos das câmaras municipais das Vilas.
  • ORDEM DO CRUZEIRO DO SUL GRAU DE CAVALEIRO  RARA INSÍGNIA DO GOVERNO DE GETÚLIO VARGAS. CONCEDIDO ATRAVÉS DE DECRETO QUE RECRIOU ESSA ORDEM EM 1932 (ESTANDO ELA EXTINTA DESDE O GOLPE REPUBLICADO DE 1889). A INSÍGNIA E COMPOSTA POR UMA ESTRELA DE CINCO BRAÇOS, ESMALTADA DE BRANCO, ENCIMADA POR UMA GRINALDA FEITA DE FOLHAS DE FUMO E CAFÉ E ASSENTADAS POR UMA CORÔA DAS MESMAS FOLHAS. TEM NO CENTRO, EM CAMPO AZUL CELESTE, A CONSTELAÇÃO DO CRUZEIRO DO SUL ESMALTADA DE BRANCO, E NA CIRCUNFERÊNCIA DÊSSE CAMPO, EM CÍRCULO AZUL FERRETE, A LEGENDA - BENEMERENTIUM PREMIUM - EM OURO POLIDO. NO REVERSO, TEM A EFÍGIE DA REPÚBLICA EM OURO, COM A SEGUINTE LEGENDA - REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL. BRASIL, DEC. 30. 5 CM DE ALTURA. 5 G
  • DONA ISABEL MARIA DE ALCÂNTARA BRASILEIRA (1824-1898)  -  DUQUESA DE GOYÁS - OST  FERDINAND KRUMHOLZ (MORÁVIA -  1810 - BERNA, SUÍÇA 1878).  FILHA DO IMPERADOR  D. PEDRO I DO BRASIL E DE DONA  DOMITÍLA DE CASTRO CANTO E MELO, A MARQUESA DE SANTOS. MAJESTOSA PINTURA REPRESENTANDO A DUQUESA DE GOIÁS Á ÉPOCA DE SEU CASAMENTO (VIDE FOTO DE ISABEL MARIA RETRATADA COMO NOIVA NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE E MAIS DETALHES SOBRE SUA BIOGRAFIA EM: http://maragatoassessoramento.blogspot.com/). ESTA TELA GUARNECEU O SALÃO DE RETRATOS DO PALACETE DA MARQUESA DE SANTOS NA ANTIGA RUA DO CARMO EM SÃO PAULO. RIO DE JANEIRO, INICIO DA DÉCADA  DE 1850. 112 X 83 CM.NOTA: A história do RETRATO DA SAUDADE DE UMA MÃE: Após casar-se, em 1848, com Maria Isabel de Alcântara Bourbon (irmã da duquesa de Goyáz), o conde de Iguaçu, filho do Marquês de Barbacena (ironicamente o Marquês foi quem arranjou o segundo casamento de Dom Pedro I com a Imperatriz Amélia causando a expulsão de Domitila para sempre da Corte do Rio de Janeiro), foi incumbido pela sogra, a Marquesa de Santos de   tentar contatar a cunhada, Duquesa de Goyaz na Baviera, a essa altura casada com o Conde de Treuberg. Isabel Maria, como se sabe, não tinha nenhuma recordação de sua família materna e ficou chocada quando recebeu do conde, como provas de sua ascendência, as cartas trocadas entre d. Pedro e a marquesa de Santos nas quais os amantes mencionavam a filha. A história, que havia sido ocultada da duquesa por desejo expresso do imperador, acabou por abalar para sempre a relação familiar que Isabel mantinha com dona Amélia, a Imperatriz viúva. O resto é facilmente compreendido: O Conde de Iguaçu trouxe consigo um retrato da Duquesa de Goyáz que foi entregue a Marquesa de Santos em 1850 e 1852 respectivamente FERDINAND KRUMHOLZ recebeu as encomendas par pintar os retratos do Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar e da Condessa de Iguaçú. Certamente a Marquesa de Santos que valorizava muito os retratos familiares tendo inclusive uma sala em seu palacete denominada sala dos retratos mandou pintar do tamanho dos quadros encomendados do marido e da filha (Condessa de Iguaçú) o retrato da outra filha que lhe fora tirada ainda criança e que nunca mais pode ver, a Duquesa de Goyáz.  Imagino quantas vezes terá a Marquesa se postado diante do quadro e falado com ele como qualquer mãe fala ao ter um retrato dos filhos nas mãos  quando estão longe de seus olhos. BIOGRAFIA DA DUQUESA DE GOYÁZ - A Duquesa de Goyáz nasceu no Rio de Janeiro e foi registrada como filha de pais incógnitos como tendo sido abandonada na casa do coronel João de Castro (na verdade, seu avô materno). Nessa condição, ela foi batizada em 31 de maio de 1824 na igreja de São Francisco Xavier do Engenho Velho, tendo como padrinhos os pais da marquesa de Santos. Pouco antes de seu aniversário de dois anos, o imperador reconheceu publicamente sua paternidade e exigiu que a mesma fosse anotada no assento de batismo da criança. Após insistente conflito entre o Imperador e o pároco da Igreja de São Francisco Xavier do Engenho Velho, que se recusava a reformar o assento de batismo, com a intervenção do Bispo do Rio de Janeiro, Dom José Caetano da Silva Coutinho o registro foi retificado.  Em decreto datado de 24 de maio de 1826, dom Pedro concedeu também a Dona Isabel o título de Duquesa de Goiás, com direito ao tratamento de Sua Alteza a Duquesa de Goyáz. Graças a isso foi enviada ordem ao quartel-general das forças armadas do Brasil para prestar continências à menina. Era assim, na prática, tratada como uma princesa brasileira. Os atos imperiais causaram furor na corte e foram comemorados numa festa com pompas de grande gala, celebrada no Palacete do Caminho Novo, a imponente residência que o imperador construiu para a amante nos arredores do Palácio Imperial de São Cristóvão.  Em 6 de junho, perante toda a corte, Isabel Maria foi apresentada oficialmente à imperatriz Leopoldina. A partir de então, a duquesa passou a frequentar o palácio diariamente para ser educada junto com as irmãs. Dona Leopoldina morreu em dezembro de 1826 e poucos meses depois, em agosto de 1827, Isabel Maria foi levada para viver em definitivo no Palácio de São Cristóvão. Dom Pedro I casou-se novamente em 1829 e rompeu definitivamente com a marquesa de Santos, que foi enviada de volta a São Paulo. A nova imperatriz, dona Amélia, já havia deixado claro que não permitiria a permanência da pequena duquesa em São Cristóvão e antes mesmo de sua chegada ao Brasil Isabel Maria teve que ser transferida para o Palacete Imperial da Praia Grande - residência oficial de verão durante o primeiro reinado - em Niterói. D. Pedro I decidiu naquele mesmo ano enviar Isabel Maria para ser educada na Europa. A menina, então com cinco anos, embarcou em 25 de novembro com destino à França, levando uma carta do secretário Francisco Gomes ao visconde de Pedra Branca com a recomendação de que sua instrução deveria ser "a melhor possível para fazer uma freira, com a menor despesa possível, sem contudo faltar à decência devida a uma filha de S.M.I., posto que bastarda." A viagem teve inúmeros percalços: uma tempestade danificou as velas do navio, seus ocupantes foram acometidos por um surto de febre e a duquesa passou a queixar-se de dores no peito. Diante de tal situação, Paulo Martins de Almeida,  responsável pela menina, ordenou ao comandante que mudasse o curso para Plymouth, onde aportaram em 8 de fevereiro de 1830. A comitiva instalou-se em Londres enquanto os viscondes de Itabaiana e de Resende procuravam em Paris um colégio adequado à educação da duquesa. Isabel Maria finalmente foi levada para Paris e passou a estudar em regime de internato na Ecole du Sacré-Coeur, onde as filhas da aristocracia católica francesa eram educadas. No Brasil, d. Pedro recebia mensalmente relatórios médicos e informações sobre o desenvolvimento da filha. As freiras responsáveis pela escola relatavam que a duquesa era extremamente dócil e, com exceção do piano, vinha saindo-se bem em todas as disciplinas. Todavia, também informavam que era dada a variações de humor quando obrigada a estudar.  Em 7 de abril de 1831, d. Pedro abdicou do trono do Brasil e partiu para a Europa com d. Amélia e a rainha d. Maria II. Após alguns meses como hóspede do rei Luís Filipe, o agora duque de Bragança adquiriu uma casa e Isabel Maria começou a passar os finais de semana com a família.  Dessa vez, d. Amélia a aceitou e acabou adotando-a como filha. Em 25 de janeiro de 1832, d. Pedro seguiu para Portugal para retomar o trono usurpado por seu irmão, d. Miguel, deixando Isabel Maria aos cuidados da esposa e da sogra, a duquesa Augusta. Logo após as forças constitucionais conquistarem Lisboa, d. Pedro enviou a Paris seu cunhado, o marquês de Loulé, para trazer d. Amélia e d. Maria II para o território português. A duquesa de Goiás, nessa ocasião, voltou para o internato. D. Pedro morreu em 24 de setembro de 1834 e a tarefa de criar Isabel Maria foi assumida por d. Amélia e por sua mãe. A duquesa fora separada da marquesa de Santos com tão pouca idade que não tinha qualquer recordação de sua mãe biológica e por isso tinha d. Amélia e a duquesa Augusta como suas mãe e avó naturais. Em 1839, sob a tutoria do marquês de Resende, Isabel Maria seguiu para Munique e ingressou no Real Instituto de Moças para concluir seus estudos. Em 1841, d. Amélia enviou notícias de seu progresso ao enteado, o imperador d. Pedro II: "Todos estão muito contentes com Isabel Maria no instituto, e minha mãe escreveu que ela cresce e se embeleza todos os dias."  Nessa época, d. Amélia passou a procurar um marido adequado para a enteada. Embora tenha recebido uma considerável herança do pai, o dote de Isabel Maria foi provido por d. Pedro II, d. Maria II e pela própria madrasta, que encarregou-se pessoalmente de seu enxoval.  Em 1842, a duquesa de Bragança comunicou o imperador do Brasil que havia acertado o casamento da duquesa de Goiás com Ernesto José João Fischler de Treuberg, 2º conde de Treuberg e barão de Holsen, filho de Francisco Xavier Nicolau Fischler von Treuberg e de sua esposa Maria Crescência Ana Joana, filha caçula de Carlos Frederico, príncipe de Hohenzollern-Sigmaringen. Treze anos mais velho que a jovem, o conde era um rico proprietário de terras e aparentado com a família real da Prússia pelo lado materno. Em novembro desse ano, d. Amélia pediu a d. Pedro II que concedesse ao futuro cunhado a Ordem da Rosa. A cerimônia de casamento ocorreu no Palácio Leuchtenberg, em Munique, em 17 de abril de 1843.  O conde de Treuberg morreu em 1867, aos 57 anos de idade, apenas seis meses antes da morte de sua sogra, a marquesa de Santos. Isabel Maria morreu em Murnau am Staffelsee, em 3 de novembro de 1898, exatamente 31 anos após a morte de sua mãe. BIOGRAFIA DE FERDINAND KRUMHOLZ : Ferdinand Krumholz (Hof - atual Dvorce, Morávia - atual República Tcheca 1810 - Berna, Suíça 1878). Pintor. Inicia a formação artística na Academia de Belas Artes de Viena e continua os estudos na Academia de Belas Artes de Veneza, Itália. No começo da década de 1830, visita Nápoles e Roma. Permanece em Paris, entre 1834 e 1845, realizando muitos retratos. Freqüenta cursos de pintura na Academia de Belas Artes e participa dos Salões de Paris. Torna-se protegido da duquesa de Nemours e do duque de Coburgo e retrata, a partir de então, diversas personalidades da aristocracia francesa. Recomendado como pintor à corte portuguesa, em 1844, fixa residência em Lisboa. Pinta, entre outros, os retratos da rainha Maria da Glória I e de seu marido, o príncipe Ferdinando da Saxônia. É nomeado membro da Academia Portuguesa e Cavaleiro da Ordem de Cristo. Em 1848, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde se torna o principal retratista da corte e membro honorário da Academia Imperial de Belas Artes - Aiba. Em 1849, participa da 10ª Exposição Geral de Belas Artes, e recebe o título de Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa. O pintor Krumholz é um dos principais retratistas em atividade no Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX. Inicia a formação artística na Akademie der bildenden Künste Wien Academia de Belas Artes de Viena e, posteriormente, continua seus estudos na Itália. O artista vive entre 1834 e 1845 em Paris, onde pinta muitos retratos. Participa freqüentemente dos Salões de Paris. Torna-se protegido da duquesa de Nemours e do duque de Coburgo e pinta, a partir de então, diversas personalidades da nobreza francesa. Recomendado como pintor à corte portuguesa, em 1844, fixa residencia em Lisboa e retrata, entre outros, a rainha Maria da Glória I e seu marido, o príncipe Ferdinando da Saxônia. Em 1848, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde se torna o principal retratista da corte e membro honorário da Academia Imperial de Belas Artes - Aiba. O historiador da arte Luciano Migliaccio ressalta que o artista introduz na pintura da época uma caracterização psicológica e moral mais íntima, produzindo obras que não raramente se situam entre o universo oficial e familiar. Para o crítico de arte Gonzaga Duque (1863 - 1911), o retrato que Krumholz faz do pintor Porto Alegre (1806 - 1879), em 1848, é uma das obras que contribui para o seu sucesso no Brasil: "estilo de mestre, desenho que pode ser taxado rigoroso ou irrepreensível, colorido claro e exato, e expressão admirável pela naturalidade, fazem desse retrato obra de inestimável valor". Após cinco anos de permanência no Brasil, Krumholz retorna a Alemanha em 1853. O artista realiza em seguida uma viagem para a Índia, onde produz diversas marinhas e pinturas relativas à vida cotidiana em Bombaim e Calcutá. Em 1858, fixa residência em Paris, onde prossegue em sua atividade como retratista. VIDE OUTROS RETRATOS DA FAMILIA DA MARQUESA DE SANTOS PINTADOS POR KRUMHOLZ EM: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa23517/krumholz
  • O CRISTAL NO IMPÉRIO DO BRASIL - LIVRO DE CAPA DURA, FARTAMENTE ILUSTRADO, 422 PÁGINAS. EDIÇÃO ÚNICA DE 1.000 EXEMPLARES. AUTORES: JORGE GETULIO VEIGA, CARLOS EDUARDO DE CASTRO LEAL E JOÃO AUGUSTO DE SOUZA LIMA. LIVRO RARO DE  OBRA DE REFERENCIA PARA COLECIONADORES E PESQUISA DE PEÇAS PERTENCENTES A FAMILIA IMPERIAL E A NOBRES DA ARISTOCRACIA BRASILEIRA. MED: 33 X 24 CM.
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