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621 Itens encontrados

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  • MÓVEL DA FARMÁCIA DA FAZENDA IRACEMA  GRANDE  MÓVEL DE FARMÁCIA EM MADEIRA ESTILO E ÉPOCA IMPÉRIO. PORTAS DA SUPERIOR E INFERIOR ENVIDRAÇADAS.  TÁBUA LATERAL DO LADO ESQUERDO NA PARTE SUPERIOR FOI SUBSTITUÍDA. MARCAS DE XILÓFAGOS. ERA O MÓVEL ORIGINAL DA FARMÁCIA DA FAZENDA PARA ATENDIMENTO DOS COLONOS.  BRASIL, FINAL DO SEC. XIX. 296 (h) X 155 (L) X 50 CM (P). NOTA: As boticas dos oitocentos se apresentavam bem vistosas, com mobiliário de madeira e balcão vidrados, banqueta, boiões holandeses, livros da arte farmacêutica, objetos pintados e dourados, bem como grande riqueza de drogas e instrumental. Costumavam ter uma sala da frente bem arrumada, onde ficavam expostos os medicamentos para a venda, com móveis em que os clientes poderiam aguardar sentada a preparação do medicamento. Boticas, assim conformadas, tornavam-se um local de encontros das pessoas da localidade; enquanto aguardavam o medicamento, conversavam, comentavam sobre assuntos diversos e espiavam a rua, para passar o tempo. Enquanto o farmacêutico tinha o papel de anfitrião da cidade, de curador e de conselheiro de problemas cotidianos, na sua botica, participava-se de jogos, obtinham-se e transmitiam-se notícias, ao embalo de uma bebida. Em alusão às boticas - no romance Encarnação - de José de Alencar, em 1893, o autor destaca que cada bairro da Corte do Rio de Janeiro possuía seus parlatórios (as botícas). Estes eram moinhos nos quais se triturava a matéria-prima para o fabrico da opinião pública. Alencar comenta, ainda, que as boticas foram as responsáveis também pela difusão de mexericos. Com tom nostálgico, o memorialista Hermes de Paula disse que Hoje, a farmácia perdeu a sua função social, até mesmo porque não há mais farmácias; há drogarias. Em seu espaço de socialização, as boticas anteriores ao século XX, principalmente aquelas situadas nas pequenas cidades, poderiam mesmo se diferir pouco de botequins; afinal, também recorria-se a elas para tomar café, cerveja e bebida borbulhante. O vinho espumoso e a limonada gasosa fabricada nestas farmácias, bem poderiam ter outro destino além do indicado pelo Formulário Chernoviz. As aguardentes, que também entravam na composição de alguns medicamentos, também teriam sido consumidas pelos clientes. Assim, tantas prateleiras com estas bebidas poderiam ser a justificativa encontrada por Coriolano de Carvalho comparar boticas e botequins 47; soma-se a isso o fato de ela ser um dos únicos estabelecimentos com autorização para ter as portas abertas até às 22 horas. Os homens das mais variadas profissões reuniam-se naquele centro social para jogar cartas, dados e gamão. Uma botica que pertencia à Congregação do Mosteiro de São Bento da Bahia foi, no período colonial, acusada de abrigar, além desses jogos, outros, que eram proibidos a uma Congregação; jogos de apostas, os quais participavam pessoas não religiosas.  Por outro lado, os farmacêuticos oitocentistas pareciam ser também pessoas religiosas. Eles possuíam livros e objetos relacionados ao catolicismo; alguns eram administradores de obras religiosas; o senhor Diniz Antônio Barboza, por exemplo, fez parte da Comissão encarregada de gerir as obras da Igreja Matriz da Freguesia de Congonhas do Sabará. Em seu inventário foram encontrados bens como oratórios, imagens e pinturas de santos e livros, tais: Atlas de História Sagrada, Breviário, Novo Testamento, Flos Sanctorum em dois volumes. O Flos Sanctorum era um livro presente na casa das famílias do século XIX que narrava várias histórias de vida de cada Santo, de acordo com suas datas onomásticas estabelecidas pela Igreja. Através da religiosidade, a relação dos farmacêuticos com uma pessoa doente se dava com mais proximidade, era certamente mais amigável e confortável naquela sociedade católica. Muitas vezes, o boticário era a única pessoa disponível no momento e respeitada o suficiente para o desabafo dos moradores da localidade, talvez seu contato com a religião o legitimasse a auxiliar a população nos seus diversos problemas. Estabelecia-se assim uma relação de confiança, de amizade que ia além de uma respeitabilidade mútua existente entre um cliente e um fabricante de remédios. Histórias de confiança das pessoas no farmacêutico podem ser encontradas na literatura. O boticário Crispim Soares, conhecido por seu silêncio constante, foi o confidente do segredo do alquimista no romance O Alienista, de Machado de Assis.  (DEYSE MARINHO DE ABREU - ARTE BOTICÁRIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DE BOTICÁRIOS E BOTICAS DA COMARCA DO RIO DAS VELHAS NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX.)
  • BALCÃO DA FARMÁCIA DA FAZENDA IRACEMA -  BELO MÓVEL ESTILO E ÉPOCA IMPÉRIO. DOTADO DE PORTAS E GAVETAS. 96 (H) X 155(L) X 53 (P )
  • BACCARAT FAUSTOSO LUSTRE EM CRISTAL FINAMENTE LAPIDADO. DOTADO DE OITO BRAÇOS COM OITO LUMES. FRANÇA, INICIO DO SEC. XX. 112 X 75 CM
  • ELEGANTE MARQUESA COM ASSENTO EM PALHINHA. MÓVEL REQUINTADO COM CURVATURA ACENTUADA NAS EXTREMIDADES. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS SIMULANDO PATAS DE ANIMAIS COM GARRAS. BRASIL, PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX. 259 (L) X 86 CM (H)X 63,5 (P)
  • CHRISTOFLE__ PERLÉS PATTERN, ESTILO LUIZ XVI.   FAQUEIRO DA MANUFATURA CHRISTOFLE, MODELO CRIADO EM 1876, APRESENTA NOS CABOS UMA LINHA DE  PEROLIZAÇÃO,  QUE NOS REMETE AO CLÁSSICO COLAR DE PÉROLAS . MODELO LANÇADO EM 1890, ESSE É INSPIRADO NA ORNAMENTAÇÃO DE CONTAS TÍPICA DO ESTILO LUIZ XVI. FAQUEIRO COMPLETO PARA 12 PESSOAS, COM 130 PEÇAS. SENDO 12 FACAS, 12 GARFOS E 12 COLHERES PARA REFEIÇÃO, 12 FACAS, 12 GARFOS E 12 COLHERES  PARA SOBREMESA, 12 FACAS E 12 GARFOS PARA PEIXE, 12 COLHERES PARA CHÁ, 12 COLHERES PARA CAFÉ E 10 PEÇAS PARA SERVIR. ESTÁ EM PERFEITO ESTADO DE CONSERVAÇÃO, PRATICAMENTE SEM USO. FRANÇA SÉCULO XX. ACOMPANHA ESTOJO EM FELTRO
  • PAR DE POTES DE FARMÁCIA EM PORCELANA COM EXUBERANTE DECORAÇÃO VEGETALISTA PALMEIRAS ONDE SE ENROLAM SERPENTES EM OURO. ENTRE AS PALMEIRAS ESTÃO TAÇAS, SIMBOLO DA FARMÁCIA E PAISAGENS (UMA DO RIO DE JANEIRO VIDE EM O BRASIL E A CERÂMICA ANTIGA DE E.F. BRANCANTE PAG 616) PROFUSAMENTE REMATADO EM OURO. EM RESERVA O NOME EM LATIM DAS SUBSTÂNCIAS FARMACOLÓGICAS QUE CONTINHAM SENDO:BEURRE DE CACAO (MANTEIGA DE CACAU) E EXTRA: JUGL: RE.  EXCEPCIONAL ESTADO DE CONSERVAÇÃO. FRANÇA, SEC. XIX. 28 CM DE ALTURA
  • CIA DAS INDIAS  COM VISTA PEQUENA  RARA CREMEIRA DE MODELO DITO ELMO INVERTIDO EM PORCELANA COMPANHIA DAS INDIAS. REINADO JIAQING (1796-1820). BORDA COM BARRADO EM RICO OURO REMATADO POR LINHAS ROUGE DE FEUR FORMANDO ELEMENTOS GEOMÉTRICOS. O BARRADO É REALÇADO POR FRISO EM AZUL COBALTO E DECORADO COM RESERVAS COM ELEMENTOS FLORAIS, PÁSSAROS E PAISAGENS. NO CORPO MEDALHÃO COM VISTA PEQUENA REPRESENTANDO PAISAGEM EUROPÉIAS. BASE GOMADA FINALIZANDO EM PÉ CIRCULAR.  CHINA, SEC. XVIII. 16 X 11 CM
  • PAR DE POTES DE FARMÁCIA EM PORCELANA COM EXUBERANTE DECORAÇÃO ONDE SE VÊEM PROFUSOS ARRANJOS FLORAIS COLORIDOS E TAMBÉM EM OURO E LUXURIANTES PALMEIRAS. AO CENTRO RÓTULO CONSTRUIDO EM ELEGANTES CARTELAS. EM RESERVA, NOME DA SUBSTÂNCIA QUE CONTINHAM SENDO: EXTRATO LACTUC (ALFACE) USADO COMO MEDICAMENTO CALMANTE E PULP: CASSIAE (POLPA DE CÁSSIA FUNCIONA COMO PURGATIVO). SOB A BASE MARCAS DO FABRICANTE H. VIGNIER, PARIS.  DECORAÇÃO BELÍSSIMA! FRANÇA, SEC. XIX. 31 CM DE ALTURA
  • DOIS POTES DE FARMÁCIA EM PORCELANA COM EXUBERANTE DECORAÇÃO VEGETALISTA COM ÁRVORES E PALMEIRAS  ONDE SE ENROLAM SERPENTES EM OURO. ENTRE AS ÁRVORES PAISAGEM DO RIO DE JANEIRO VIDE EM O BRASIL E A CERÂMICA ANTIGA DE E.F. BRANCANTE PAG 616) E ENTRE AS PALMEIRAS COLUNAS JONICAS E INTERESSANTE FIGURA DE JABUTI CAMINHANDO NA RELVA. EM RESERVA NOME DOS COMPONENTES QUE CONTINHAM SENDO: EXTRATO DE TAMARAS QUE ERA USADO COMO ANALGÉSICO, TRATAR ANEMIA, TRANSTORNOS DIGESTIVOS, DISFUNSÃO ERÉTIL, EXCESSO DE FLUXO MENSTRUAL E DIURÉTICO. E EXTRATO DE CICORII USADO CONTRA EPILEPSIA. EXCEPCIONAL ESTADO DE CONSERVAÇÃO.  FRANÇA, SEC. XIX. 30 CM DE ALTURA
  • DOIS POTES DE FARMÁCIA EM PORCELANA COM EXUBERANTE DECORAÇÃO FLORAL E BELAS CARTELAS REMATADAS EM OURO. EM RESERVA NOME DOS COMPONENTES QUE CONTINHAM SENDO: EXTRATO DE TAMARAS QUE ERA USADO COMO ANALGÉSICO, TRATAR ANEMIA, TRANSTORNOS DIGESTIVOS, DISFUNSÃO ERÉTIL, EXCESSO DE FLUXO MENSTRUAL E DIÚRICO. E EXTRATO DE CICORII USADO CONTRA EPLEPSIA E EXTRATO DE SAPONAR. EXCEPCIONAL ESTADO DE CONSERVAÇÃO.  FRANÇA, SEC. XIX. 30 CM DE ALTURA
  • DOIS POTES DE FARMÁCIA EM PORCELANA SENDO UM DO SERVIÇO MÉDICO DA MARINHA COM CORNUCÓPIAS DE ONDE PARTEM EXUBERANTES GUIRLANDAS FLORARAIS E O OUTRO COM PALMEIRAS ONDE ENROLAM-SE SERPENTES. EM RESERVA NOME DOS COMPONENTES QUE CONTINHAM SENDO: PETROL: FLAVUM (CHAMADO NAPHTHA ITALICA, ERA UM OLEO MINERAL AMARELO CLARO ENCONTRADO NO DUCADO DE MÓDENA  UM PODEROSO LAXANTE) E EXTRATO SABINE  (ARAÇÁ USADO PARA TRATAR DIABETES) EXCEPCIONAL ESTADO DE CONSERVAÇÃO.  FRANÇA, SEC. XIX. 28 CM DE ALTURA
  • PAR DE DOIS GRANDES POTES DE FARMÁCIA EM PORCELANA. UM DELES COM BELO RAMO FLORAL E CARTELA COM O NOME DO PRINCIPIO QUE CONTINHA CERATUM (CERA PARA PREPARO DE CREME FRIO) O OUTRO DECORADO COM VEGETAÇÃO E ESCUDELA ONDE SE APOIA LEÃO RAMPANTE E DO OUTRO LADO PALMEIRA COM SERPENTE. ARREMATES EM OURO. CONTÉM EM RESERVA O NOME DO PRINCIPIO: EMPL: BELL EMPLASTRO DE BELLADONA USADO PARA TRATAR FURÚNCULOS. FRANÇA, SEC. XIX.33 CM DE ALTURA
  • SÃO MARCOS  LINDA PINTURA SOBRE VIDRO REPRESENTANDO O EVANGELISTA SÃO MARCOS COM SEUS ATRIBUTOS UM LEÃO E O EVANGELHO. PINTURA DE MUITO BOA QUALIDADE!EUROPA, SEC. XIX. 41 X 31 CM
  • IMAGEM EM NÓ DE PINHO - NOSSA SENHORA DO Ó OU DA EXPECTAÇÃO  DEVOÇÃO ESCRAVA  MAGNIFICA IMAGEM EM NÓ DE PINHO REPRESENTANDO FIGURA DE NOSSA SENHORA DO Ó.  TRABALHO SETECENTISTA. REPRESENTA A VIRGEM GRÁVIDA COM MÃOS POSTAS SOBRE NUVENS COM UM ANJO AO CENTRO. NAS LATERAIS CRESCENTE LUNAR. BELOS CABELOS LHES CAEM AS COSTAS.  PEÇA DE MUSEU! PESADA E INCRÍVEL! BRASIL,  SEC. XVII/XIX.  32 CM DE ALTURANOTA: No século XIX, a proximidade cultural dos povos falantes das línguas kikongo, kimbundo e umbundu foi redescoberta no Brasil. Uma vez submetidos à escravidão no Brasil, especificamente na região cafeicultora do Vale do Paraíba, os negros estabeleceram entre si contatos que resultaram em sínteses culturais, tais como a organização e utilização de um vocabulário comum às três línguas supracitadas, facilitando assim a comunicação e a aproximação. Portanto, é possível considerar que, na região do Vale do Paraíba, formou-se, uma identidade bantu acima das diferenças étnicas originais. Antes mesmo da vinda destes povos ao Brasil, esta capacidade de reinventar e de apropriar-se de elementos da cultura européia já se realizava na África. No norte de Angola atual (bacia do Congo), o cristianismo europeu, imposto por missionários jesuítas e capuchinhos, foi objeto não exatamente de aceitação, mas de modificação por parte dos bakongo. Objetos e rituais, que a princípio lhes seriam impostos pelos europeus, foram alterados em uma dinâmica de mão dupla. De certa forma, o povo colonizado culturalmente se impõe. Nesta dinâmica de incorporações, códigos culturais bakongo passaram a fazerem-se presentes na religião do colonizador. Esta dinâmica cultural, ou seja, este movimento de apropriação de elementos da cultura do outro intensificou-se no Brasil na medida em que africanos, de diferentes povos e línguas, mas de uma mesma grande região bacia do Congo encontraram-se na região do Vale do Paraíba. As imagens de santos denominadas nó de pinho trazem claramente o processo da tradução de uma cultura pela outra. Estas estátuas de santos católicos receberam o mesmo tratamento dos ndop e dos minkisi bakongo. Os ndop estão associados a cultos específicos: aos antepassados, na medida em que os mortos eram constantemente invocados e temidos pelo seu poder de interferir no mundo dos vivos. Já os minkisi são associados à fertilidade e aos espíritos da água e da terra, capazes de provocar a fertilidade ou a esterilidade e doenças. Eles também representam a possibilidade de realização de pedidos para a vida prática, ou seja, reportam-se a eles na procura por êxitos individuais. Estas estátuas são colocadas em locais escondidos na mata em meio a tabus específicos: não se pode tocá-las e poucos podem vê-las. Muitas das características formais dos minkisi, da cultura bakongo, estão presentes nas estátuas nós de pinho do Vale do Paraíba: reduzidos elementos, corpo estático, geometrismo, uso de pedestal, pés e mãos em destaque. O reduzido tamanho de muitas das estátuas nó de pinho (além dos relatos de fontes orais), sugere sua utilização como amuletos ou objetos mágicos. Intrigam as atitudes dos herdeiros das imagens, tão parcimoniosos quando a elas se referem, ocultando-as, à maneira do que parece ter sido seu uso cotidiano secreto das imagens, que pouco devem ser mostradas ao público, típico do ndop e do nkisi, estão aí presentes. As imagens nó de pinho, eram esculpidas por negros e circulavam apenas entre negros. Aquele que esculpe, investe o objeto de sacralidade e, por fim, utiliza-se dele como imagem ou amuleto. Muitas dessas estátuas são de pequena dimensão e portam orifícios, o que sugere sua utilização como bentinho ou patuá. Assim, a cultura negra resiste. No Brasil, a penetração e expansão da cultura africana, seja através da religiosidade, seja pelo que paira no inconsciente coletivo, seja pelos laços de ancestralidade, gesta e desenvolve novas formas e novas maneiras de apreender e expressar um universo de extraordinária riqueza e vitalidade. Enfim, o nó de pinho, elaboração rica formal e simbolicamente, expressa a vitalidade e a inventividade do africano e afro-descendente que imprimem suas concepções de mundo em um novo catolicismo. Quanto à matéria-prima, as imagens denominadas nó de pinho foram esculpidas em madeiras com elevado grau de dureza (o chamado pinheiro do Paraná ou Araucaria angustifolia). Acreditava-se que o sacrifício do artesão, ao trabalhar com madeira tão rígida, imprimiria, na escultura, maiores poderes. Nas estátuas tradicionais africanas - nos nkisi e nos ndop , há profundas relações entre os materiais utilizados, a força empregada pelo escultor e a sacralização da estátua. Estes aspectos pertinentes à matéria-prima, tipicamente bakongo, ou mais amplamente dos povos do grupo lingüístico bantu da região da África central, são discutidos por Marta Heloísa Leuba Salun em sua tese de doutorado denominada Madeira e seu emprego na arte africana : um exercício de interpretação a partir da estatuária tradicional bantu. Atualmente, as imagens denominadas nó-de-pinho não encontram-se mais no seu contexto de uso. Encontram-se hoje, majoritariamente, em coleções particulares. Por vezes, cedidas a museus, são postas à público (é este o caso das expostas no Museu Afro-Brasil). O sentido original destas obras era o de objetos utilitários e carregadas de simbologias religiosas, assim estas imagens não foram concebidas como obras de arte pelo artesão que as criou. A arte africana está profundamente associada às práticas religiosas e, neste sentido, as obras, consideradas por nós artísticas, devem ser consideradas, antes de tudo, utilitárias. A arte pela arte jamais existiu na África, estando sempre em função do religioso. Esta concepção de arte utilitária contrasta com a concepção de arte no ocidente. Por outro lado, a arte ocidental cristã geralmente é feita conscientemente como arte e, principalmente, como elemento identitário, ou seja, para propiciar a efetivação de uma civilização e de uma história, entre outras tantas possíveis. Assim, as imagens nó-de-pinho, embora estejam localizadas dentro do âmbito do cristianismo e da civilização ocidental, trazem visões de mundo, práticas religiosas e uma estética oriundas da africanidade. É uma obra de arte que não se presta ao projeto de formação e de invenção da civilização cristã ocidental, mas que traduz a força ritualizadora típica africana. Antes de tudo, trata-se de resistência, mesmo dentro da Cristandade. Enfim, não se trata de reproduzir uma cultura tradicional africana, mas também não se trata de reproduzir uma arte ocidental cristã. As estátuas nó-de-pinho falam de uma nova sociedade, constituída, no Vale do Paraíba, no século XIX, por movimentos e tensões entre múltiplos sujeitos históricos: proprietários brancos, escravos negros, descendentes de europeus, descendentes de africanos, brasileiros em suas múltiplas identidades. No séc XIX, quando esta identidade no Vale do Paraíba começou a ser forjada, a idéia de nação pouco se fazia presente. A idéia de povo brasileiro ainda estava em processo de gestação, ou melhor, em processo de invenção. Neste sentido, coube a Igreja ocupar um dos principais papéis na formação dessa identidade. Enfim, o que presenciamos no Vale do Paraíba desde o séc. XIX, através da estatuária de santos católicos e através da oralidade, não é a permanência da cultura africana ou a permanência da cultura cristã e ocidental. Mas o surgimento de novas identidades, de uma nova comunidade local, marcada por tensões e com características originais e únicas. (http://anais.anpuh.org/wp-content/uploads/mp/pdf/ANPUH.S25.1403.pdf)
  • MENINO DEUS - PRECIOSA IMAGEM EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA REPRESENTANDO MENINO DEUS COM UMA MÃO EM POSIÇÃO DE BENÇÃO. RECOBERTO DE JÓIAS EM OURO 20K SENDO COROA, GRANDE CAJADO COM ESTANDARTE, CHINELOS COM PEDRA NA TONALIDADE VERMELHA E CORDÃO COM CORAÇÃO TÍPICO DA OURIVESSARIA MINHOTA PORGUESA (60 GRAMAS SOMENTE EM OURO). BELO ROSTO ANGELICAL E EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. ESCULTURA DE EXTRAORDINÁRIA QUALIDADE! O CONJUNTO ESTA ACOMODADO DENTRO DE REDOMA. PORTUGAL, SEC. XIX. 47 CM DE ALTURA (COM A REDOMA) SOMENTE O MENINO: . NOTA: Das tradições religiosas brasileiras uma das mais ingênuas e das mais alegres é a devoção ao Menino Deus. Essa tradição tem como origem no Brasil a cidade de Salvador onde mãos hábeis das freiras do Convento de Santa Clara do desterro fabricavam durante todo o ano roupinhas para serem vestidas na imagem.
  • NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO  RICA IMAGEM EM BARRO COZIDO POLICROMADO E DOURADO COM COROA EM PRATA DE LEI ADORNADA POR FIGURA DE DIVINO ESPÍRITO SANTO. RICO PANEJAMENTO. ROBUSTA BASE COM FEITIO DE NUVENS COM SEIS MAGNÍFICOS ANJOS. LINDO ROSTO! PEÇA MAGNIFICA! BRASIL, SEC. XVIII. 30 CM DE ALTURA (COM A COROA)
  • SANTO INÁCIO DE LOYOLA - FUNDADOR DA COMPANHIA DE JESUS -  RICA IMAGEM EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA REPRESENTADO SANTO INÁCIO DE LOYOLA. RESPLENDOR EM PRATA DE LEI. PORTUGAL, SEC. XVII. 40 CM DE ALTURA (COM O RESPLENDOR). NOTA: Santo Inácio nasceu no castelo de Loyola em 1491, e foi o mais novo filho do casal D. Beltrán de Loyola e Da. Maria Sonnez, que tiveram ao todo 13 filhos. Foi enviado aos 16 anos para o palácio de Juan Velásquez de Cuellar, contador dos Reis Fernando e Isabel, que eram católicos. O jovem Inácio era bem dotado tanto no intelecto quanto na saúde física, e por isso dedicou-se aos exercícios das armas, procurando o renome de homem valoroso, com honra de glória militar. Segundo as palavras do próprio santo a respeito deste período da sua vida, até os vinte e seis anos foi um homem dado às vaidades do mundo, e principalmente se deleitava no exercício das armas e no vão desejo de ganhar honra. Chegou a participar de batalhas como a de Pamplona, cidade assediada pelos franceses, batalha esta em que convenceu seus companheiros a lutarem até o fim, mesmo sabendo que seus adversários eram desproporcionalmente mais fortes. Nesta ocasião, a bala de uma bombarda atingiu-lhe a perna, quebrando-a toda e chegando a atingir também a outra. Seus companheiros desistiram da luta e se renderam. Ele, por sua vez iniciou o sofrimento para se recuperar mas vendo que os ossos estavam se recuperando de maneira defeituosa, foi preciso quebrar de novo a perna, a sangue frio, fato que o levou a sofrer diversas torturas em busca da cura, até chegar às portas da morte e receber os últimos sacramentos. Por intercessão de São Pedro, seu santo de devoção, na véspera das festas deste santo Apóstolo, Inácio começou a melhorar. Neste período se deu sua conversão, através da dor e da meditação em livros cristãos, levando-o a ter pensamentos de ir para a Terra Santa para ter uma vida de oração, penitência e contemplação da Paixão de Jesus. Largou sua espada em Montserrat, aos pés da Virgem Maria. Não lhe permitiram, porém, ficar em Jerusalém, e Inácio voltou a Barcelona para estudar e se tornar sacerdote. Em seguida foi denunciado a Inquisição e preso, por reunir discípulos, até que sua inocência foi reconhecida. Com isso, foi a Paris, onde encontrou seus seis primeiros discípulos e fundou a Companhia de Jesus. Entre eles estava São Francisco Xavier.Foram à Roma colocar-se à disposição do Sumo Pontífice. Depois tiveram papel importante na contra-reforma indo em missões para diversas terras e catequisando a quem encontravam. Ficaram popularmente conhecidos como os jesuítas. Na época houve grande crescimento do protestantismo na Alemanha, Países Baixos, Áustria, Polônia, etc. Santo Inácio enviou seus discípulos para estas regiões com o objetivo de reconduzir as almas para a Igreja. O papel dos jesuítas também foi essencial no Concílio de Trento, bem como nas fundações de colégios e universidades por onde haviam sido enviados em missão. Em muitos locais, eles foram também os responsáveis pela alfabetização do povo, como foi o caso aqui do Brasil.Santo Inácio foi venerado como santo ainda em vida, devido ao seu amor e cuidados com seus filhos espirituais. Tinha profunda vida de oração e passava muito tempo em recolhimento. Tinha repetidas visões a respeito de Deus e da Companhia de Jesus. Morreu em Roma, no dia 31 de Julho de 1556. Sua canonização aconteceu no dia 12 de Março de 1622 pelo Papa Gregório XV.
  • NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO  GRANDE IMAGEM EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA COM EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. IMAGEM DE EXCELENTE TAMANHO! BRASIL, SEC. XIX. 51 CM DE ALTURA
  • CIA DAS INDIAS  REINADO QIANLONG (1736-1795)  GRANDE PORTA CHAPÉU DO TIPO CANUDO COM DECORAÇÃO UNDERGLAZE EM ESMALTES AZUIS REPRESENTANDO PEÔNIAS E PÁSSAROS. PEÇA BELÍSSIMA! CHINA, SEC. XVIII. 28 CM DE ALTURA. Nota Os suportes para chapéus  surgiram na dinastia Qianlong  começaram como este apregoado no leilão como canudos  altos que ficavam na entrada das residências. No sec. XIX um incremento no design: Eles passaram a ter vários furos para permitir a circulação do ar.
  • IMPERADOR DOM PEDRO II  SEGUNDO  SERVIÇO DE BACCARAT  PRATO EM CRISTAL DE BACCARAT COM MONOGRAMA IMPERIAL. PERTENCEU AO SERVIÇO DE DOM PEDRO II CHAMADO SEGUNDO SERVIÇO IMPERIAL. LAPIDADO COM REERVA OCTAGONAL RELEVADA COM ARMAS IMPERIAIS LAPIDADAS. A RESERVA INTERROMPE FAIXA ESTRIADA VERTICALMENTE ENTRE DOIS FRISOS COM TRÊS FILETES LAPIDADOS, CADA. CADA FAIXA APRESENTA GUIRLANDA DE TRIFÓLIO ESSE DETALHE DIFERE DO PADRÃO DO PRIMEIRO SERVIÇO QUE PERTENCEU AO PAI DE DOM PEDRO II, O IMPERADOR DOM PEDRO I, ENCOMENDADO POR OCASIÃO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E OFERTADO NO LOTE 250. 14 CM DE DIAMETRO

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