Peças para o próximo leilão

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  • DOMINIC ALONZO -  LE LECTEUR  (A LEITORA)  EXUBERANTE ESCULTURA CRISELEFANTINA DE GRANDE DIMENSÃO EM BRONZE E MARFIM COM BASE EM ONIX. REPRESENTA FIGURA NOBRE FEMININA VESTIDA AO GOSTO ELIZABETHANO DESCENDO DEGRAUS DE UMA ESCADA ENQUANTO LÊ UM LIVRO. TORSO, CABEÇA E MÃOES EM MARFIM E CORPO EM BRONZE ORMOLU. MAGNÍFICA OBRA! ASSINADA NA BASE. FRANÇA, INICIO DO SEC. XX. 62 CM DE ALTURA.NOTA: NOTA: Alonzo foi aluno do escultor Alexandre Falguière.Nasceu em Paris nos finais do século XIX. Faleceu em 1930. Exibiu seus trabalhos de 1912 e 1926 no Salon des Artistes Français. Suas estatuetas detalhadas geralmente mostram figuras femininas em vestidos longos, ocasionalmente também em atos e temas religiosos, e raramente figuras masculinas. Os trabalhos criselefantinos eram geralmente feitos de bronze e marfim em pedestais de mármore. A fundição parisiense Edmond Etling executou maior parte de seus projetos. A sua obra intitulada Paysanne consta do catálogo Lart français. Suas obras tem conhecida cotação internacional e são disputadas nas mais importantes casas de leilão do mundo.
  • PATEK PHILIPPE - GENEVE  20 LINHAS -  BELO RELÓGIO DE BOLSO COM CAIXA EM OURO 18 K E CHATELAINE TAMBÉM EM OURO DE MESMO TEOR. 53 MM DE DIAMETRO. FUNCIONANDO PERFEITAMENTE EM EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO, COM CAIXA EM ESTADO DE NOVA!NUMERO DO MOVIMENTO: 93114. CHATELEINE EM OURO COM 14,4 GR DECORADA COM SEGMENTOS  ESMALTADOS. 114G   (PESO TOTAL) SUIÇA, INICIO DO SEC. XX.
  • pote de farmácia   monumental pote de farmácia em vidro artístico leitoso fartamente decorado em ouro com brasão dos estados unidos do brazil entre ramos de fumo e de café. raro por não se ter conhecimento de subsistir outro além de um exemplar similar do acervo do museu histórico nacional. tampa com elegante feitio de esfera achatada decorada com coroa de louros em ouro. encaixe da tampa decorado com largo barrado prata. sob o brasão o nome da sustância que continha: diascordium. magistral trabalho de decoração, peça realemente fantástica por ser muito grande! exemplar  do mesmo artista decorador encontra-se no museu histórico nacional claramente trata-se da mesma produção a diferença é que o do museu possui brasão do império do brasil e este hora apresentado, tem brasão repúblicano o que nos faz crer ser esse exemplar é imediatamente posterior a proclamação da república. o exemplar do museu histórico nacional está reproduzido a pagina 379 do livro o cristal no império do brasil de jorge getúlio veiga (vide foto nos créditos extras desse lote). brasil, sec. xix. 60 cm de alturanota: Diascordium  é um tipo deelectuário (medicamento imerso em solução muito açucarada), ouopiáceo, descrito pela primeira vez porFracastorius, e denominado a partir das folhas secas de scordium, que é uma planta muito comum na Europa (Teucrium Scordium).Os outros ingredientes utilizados no preparo são rosas vermelhas,bole,storax (conhecido como âmbar líquido), canela,lignea de cassia(casca grossa deCinnamomum cassia),dittany (sarça),raízes detormentil(erva medicinal nativa da Europa conhecida como morango estéril) ,bistort (erva perene da família do trigo comum na Europa),genciana,gálbano, âmbar,terra sigillata (argila medicinalda ilha deLemnos),ópio, pimenta longa, gengibre,mel rosatumemalmsey(vinho madeira).Foi usado contra febres malignas, a peste, vermes,cólicas, para promover o sono e resistir à putrefação.Em 1746, o diascórdio era oferecido em duas formas: com ou sem ópio. Em 1654,Nicholas Culpeperescreveu em sua obraLondon Dispensatorie aportes sobre a excelência da mistura: "É um Electuário bem composto, algo apropriado à natureza das mulheres, pois Provoca os Termos, acelera seu Trabalho de parto , ajuda a sua doença usual no momento do pós parto." Ao longo dos anos, a composição do diascórdio foi modificada, até que gradualmente se transformou no que ficou conhecido comopulvis catechu compositus("pó composto decatechu").
  • PALACIANO PAR DE GRANDES CANDELABROS EM PRATA DE LEI TEOR 833. DECORADOS COM ROCAILLES E PEROLADOS. DOTADO DE CINCO LUMES COM QUATRO BRAÇOS. BASE EM PLATEAU REMATADA POR DEGRAUS. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS. EXCELENTE QUALIDADE! INICIO DO SEC. XX. 50 (H) X 41(DIAMETRO) CM 5725 G
  • MAQUINETA DE SALÃO - REQUINTADO ORATÓRIO DO TIPO LAPINHA ORIGINÁRIO DE MINAS GERAIS, ESTILO E ÉPOCA DOM JOSÉ I, DATÁVEL DE MEADOS DO SEC. XVIII. OBJETO CONFECCIONADO EM MADEIRA RECORTADA E ENTALHADA APRESENTADO POLICROMIA E DOURAMENTO. RARO FEITIO FACETADO. POLICROMIA PREDOMINANTEMENTE EM VERMELHO E ROSA. ESTRUTURA COM DOIS NICHOS SENDO O SUPERIOR O MAIS ALONGADO QUE O INFERIOR. MOLDURA FRONTAL COM FENDA PARA RECORTE DA CERCADURA. ANTEPARO DE VIDRO. IMAGENS EM CALCITA ENTALHADA COM LEVE POLICROMIA E DOURAÇÃO COMO ERA O GOSTO DA ÉPOCA. CRUZ EM MADEIRA. ORATÓRIO DE FATURA ERUDITA! ABERTURA COM PORTA TRASEIRA. ORNAMENTAÇÃO DA TALHA COMPOSTA POR VOLUTAS, PALMETA E FRISOS DOURADOS. ORNAMENTAÇÃO PICTÓRICA COMPOSTA POR ROSINHAS DE MALABAR. NO NICHO SUPERIOR CRISTO CRUCIFICADO, E NAS PEANHAS LATERAIS AS MÁRTIRES SANTA LUZIA E SANTA RITA. AOS PÉS DA CRUZ SÃO JOAQUIM, SANTANA MESTRA E SÃO JOÃO BATISTA. NO NICHO INFERIOR SANTA BÁRBARA E SÃO FRANCISCO DE ASSIS SEGURANDO CAVEIRA. A QUALIDADE DAS IMAGENS É MUITO BOA! TETO ABOBADADO DECORADO COM LINDOS FLORÕES JOSEFINOS. PÉS RECURVOS. ESSE MODELO DE LAPINHA FACETADO É O MAIS ELEGANTE DOS QUE FORAM PRODUZIDOS NO SEC. XVIII, AUGE DO ESTILO DOM JOSÉ EM SUA ÉPOCA SENDO EXPOSTOS NOS SALÕES DE RESIDENCIAS ABASTADAS. MINAS GERAIS, SEC. XVIII, 87 CM DE ALTURA. NOTA: Os oratórios de lapinha são provenientes de Minas Gerais, notadamente essa arte floresceu na região de Ouro preto, Mariana e Santa Luzia. De acordo com o periódico especializado A Relíquia, no bojo da arte sacra brasileira, destacam-se os oratórios, objetos de fé, testemunhos do catolicismo, pelos quais se pode recompor a trajetória de nossa civilização. Através deles acompanha-se a imersão do fenômeno barroco na vida cotidiana do Brasil colonial. O oratório representava a ligação do homem com o divino. A origem do oratório remonta à Idade Média, época em que as famílias que não podiam construir capelas, representavam-nas através de um objeto. Para Angelo Araújo o oratório "reporta-se à edícula romana, morada dos deuses, e desde os primórdios do cristianismo são encontrados como objeto do culto aos mártires e santos. Ao longo de dois milênios, aparecem e ressurgem em todos os territórios da cristandade, consubstanciando estilos vigentes, tendências, influências e costumes de cada região. Os oratórios chegaram ao Brasil nos primeiros navios portugueses, como protetores daqueles intrépidos navegantes. Povoaram a cena doméstica, na cidade e no campo, das cozinhas aos quartos de dormir, das varandas às salas de jantar, dos salões as senzalas.
  • MARQUES DE BARBACENA  FELISBERTO CALDEIRA BRANT - SUNTUOSO FAQUEIRO EM PRATA DE LEI ESTILO NAPOLEÃO I COM MARCAS DO IMPORTANTE PRATEIRO PIERRE QUEILLE ATIVO ENTRE 1834 E 1846.  COLABORADOR DA Casa de ODIOT e a Casa de FROMENT MEURICE. marcas também de contraste com cabeça de lebre primeiro título (teor 955 mm) e VESPA (marca da cidade de paris). trata-se de verdadeira jóia da ourivessaria francesa DA DÉCADA DE 1830. NÃO BASTASSE A PRECIOSIDADE DA MANUFATURA, PERTENCEU A UMA DAS FIGURAS MAIS IMPORTANTES DO PRIMEIRO IMPÉRIO E PERÍODO REGENCIAL, FOI UM DOS FORMADORES DA NAÇÃO BRASILEIRA. DECORADO COM COROAS DE LOUROS TODAS AS PEÇAS TEM EM RESERVA COROA DE MARQUÊS. COMPOSTO POR 156 PEÇAS SENDO: 12 GARFOS DE JANTAR, 12 FACAS DE MESA (LÂMINAS EM AÇO INOXIDAVEL SUBSTITUIRAM AS ANTIGAS IMPROPRIAS PARA USO), 12 COLHERES PARA SOPA, 12 GARFOS PARA PEIXE, 12 FACAS PARA PEIXE. 12 FACAS PARA FRUTAS, 12 COLHERES DE SOBREMESA (COM VERMEIL), 12 COLHERES PARA SORVETE (CONCHA COM VERMEIL), 11 FACAS PARA SOBREMESA (COM VERMEIL E LAMINAS TAMBEM EM PRATA DE LEI), 6 GARFOS PARA SOBREMESA (COM VERMEIL) 12 COLHERES DE CHÁ (COM VERMEIL), 11 COLHERES DE CAFÉ (COM VERMEIL) E OITO MAGNIFICAS PEÇAS DE SERVIÇO INCLUINDO PAR DE TALHERES PARA SALADA (COM VERMEIL), ESPÁTULA PARA BOLO, ESPÁTULA E GARFO PARA PEIXE, DUAS CONCHAS E COLHER PARA GUISADOS. FRANÇA, DEC, 1830. PESO TOTAL: 9010 G E  1795 G SOMENTE AS PEÇAS COM LAMINA EM METAL. nota: O diplomata e militar Felisberto Caldeira Brant, o marquês de Barbacena (1772-1842) foi uma das mais importantes personalidades do Primeiro Império. Três episódios desse período da história brasileira em que o Marquês de Barbacena foi protagonista merecem um destaque especial: o reconhecimento diplomático da independência do Brasil, a chamada Campanha da Cisplatina, e as negociações para o casamento de D. Pedro I com a princesa Dona Amélia de Baviera, sua segunda esposa.O marques de Barbacena é o próprio primeiro reinado personificado, em sua diplomacia, suas contendas externas e sua economia. Também sua luta pela abolição do absolutismo e o advento do governo constitucional. É O GRANDE ESTADISTA DO RECONHECIMENTO DO IMPÉRIO; O ORGANIZADOR DO EXÉRCITO NA CAMPANHA DA CISPLATINA; O SALVADOR DA RAINHA CONSTITUCIONAL DE PORTUGAL; O NEGOCIADOR HABILÍSSIMO QUE NA DIFÍCIL TAREFA DO SEGUNDO CASAMENTO DO IMPERADOR, E DA LUTA CONTRA O ABSOLUTISMO MIGUELISTA VENCEU METTERNICH E A SANTA ALIANÇA; O PROFETA POLÍTICO QUE, COM APROXIMAÇÃO DE SEMANAS, PREDISSE A D. PEDRO I A SUA DERROTA. MINEIRO, DE BOA PROGÊNIE, DESCENDIA BRANT POR LINHA PATERNA DO CÉLEBRE CONTRATADOR FELISBERTO CALDEIRA, CUJA FAMA DE GENEROSO E LIBERAL AINDA HOJE CORRE NA ANTIGA DEMARCAÇÃO DIAMANTINA. PELO LADO MATERNO, ENTRONCAVA-SE NOS HORTAS, PIRES, LEMES E MOREIRAS, COMPANHEIROS DE MARTIM AFFONSO DE SOUSA NO PRIMEIRO POVOAMENTO DE SÃO VICENTE, NA CAPITANIA DE SÃO  PAULO.NASCIDO EM 19 DE SETEMBRO DE 1772, NO ARRAIAL DE SÃO SEBASTIÃO DE MARIANA, JÁ EM 1786 HAVIA TERMINADO SEUS ESTUDOS. SEGUIU PARA O RIO E SÃO PAULO A VISITAR PARENTES E EM 1788 VELEJOU PARA LISBOA PARA PROSSEGUIR EM SUA EDUCAÇÃO NO COLÉGIO DOS NOBRES. FOI PRECOCE A MANIFESTAÇÃO DE SEUS MÉRITOS, TANTO COMO ESTUDANTE COMO, DEPOIS, NA MARINHA ONDE FOI SERVIR. AOS 19 ANOS FIZERA JUS AO POSTO DE CAPITÃO DE MAR E GUERRA, MAS O GOVERNO ACHOU INCONVENIENTE CONFERIR DISTINÇÃO TÃO ALTA A OFICIAL MAL SAÍDO DA PUERÍCIA. PEDIU BRANT SUA TRANSFERÊNCIA PARA AS FORÇAS DE TERRA E, COMO MAJOR, FOI SERVIR EM ANGOLA, NO ESTADOMAIOR DO GOVERNADOR D. MIGUEL DE MELLO, AÍ TRAVANDO COM SEUS CHEFES AS RELAÇÕES DE QUE, MAIS TARDE NAS NEGOCIAÇÕES DO RECONHECIMENTO DO IMPÉRIO, SE HAVERIA DE VALER. NO DESEMPENHO DE SUAS FUNÇÕES PÔDE PRESTAR SERVIÇOS DE GUERRA PARA OS QUAIS SEU PRÉVIO TREINAMENTO NAS COUSAS DO MAR O HAVIA PREPARADO: PERSEGUIR, CAÇAR E AFUGENTAR CORSÁRIOS QUE ASSOLAVAM A COSTA ANGOLENSE. ALI CONHECEU PRÓCERES DA INCONFIDÊNCIA, O DR. JOSÉ ALVES MACIEL E O CORONEL FRANCISCO DE PAULA FREIRE DE ANDRADE, QUE LHE ERAM ALIÁS APARENTADOS. APÓS DOIS ANOS DE PERMANÊNCIA NA ÁFRICA, BRANT VOLTOU PARA LISBOA, COM ESCALA PELA BAHIA ONDE FICOU ALGUNS MESES E DELIBEROU CASAR-SE COM D. ANNA CONSTANÇA GUILHERMINA DE CASTRO CARDOSO. SÓ SE REALIZOU O MATRIMÔNIO, ENTRETANTO, TEMPOS DEPOIS, A 27 DE JULHO DE 1801, QUANDO, DE VOLTA DE PORTUGAL, REGRESSOU À BAHIA PARA TOMAR CONTA DE SUA NOVA COMISSÃO, A DE TENENTECORONEL DO REGIMENTO LOCAL. SOBRANDO-LHE TEMPO EM SUAS OCUPAÇÕES MILITARES, FUNDOU UMA CASA COMERCIAL QUE LHE AUMENTOU A FORTUNA. DEDICAVA-SE A TUDO QUANTO FAVORECESSE AO BRASIL, TANTO QUE FOI ELE QUEM INTRODUZIU NA ANTIGA COLÔNIA, EM 1804, A VACINA JENERIANA, PRESTANDO-SE ELE PRÓPRIO A SER O PRIMEIRO INOCULADO. REORGANIZOU OS CORPOS DE LINHA E DE MILÍCIAS. LEVANTOU À SUA CUSTA A PLANTA DO RECÔNCAVO DA BAHIA E DE SERGIPE. NO ARSENAL FUNDOU UMA OFICINA DE ARMEIROS. ABRIU A ESTRADA DE SÃO JORGE DE ILHÉUS AO ARRAIAL DA CONQUISTA, COM 42 LÉGUAS DE EXTENSÃO. INTRODUZIU A PRIMEIRA MÁQUINA A VAPOR PARA ENGENHOS DE CANAS. PROPAGOU SUCESSIVAMENTE NA BAHIA, E DEPOIS NO RIO, AS VARIEDADES CAYENA E RAJADA DA PRECIOSA GRAMÍNEA. COLABOROU COM MANOEL JACINTHO NOGUEIRA DA GAMA PARA FUNDAR NA CAPITANIA UMA FILIAL DO BANCO DO BRASIL.EM 1815, ACUDIU COM TANTA PRESTEZA À INSURREIÇÃO DOS NEGROS, A PLANEJAREM GENERALIZAR O MOVIMENTO, QUE O SUFOCOU NO NASCEDOURO. VALEU-LHE TAL ZELO INCORRER NA CENSURA DO GOVERNADOR, CONDE DOS ARCOS, CUJAS ATRIBUIÇÕES INVADIRA. MAS OS BAIANOS, GRATOS PELO SERVIÇO PRESTADO, REDIGIRAM UMA REPRESENTAÇÃO AO PRÍNCIPE REGENTE E INCUMBIRAM AO PRÓPRIO BRANT DE IR AO RIO LEVÁ-LA A D. JOÃO, EM 1816. CUMPRIU A MISSÃO E DEIXOU SOLVIDAS AS DIFICULDADES MAS, AO VOLTAR PARA A CAPITANIA, RECEBEU ORDEM DE PRISÃO POR PARTE DO GOVERNADOR, LOGO RELAXADA, PELO QUE DISPUNHA A ORDEM RÉGIA DE 27 DE JULHO DE QUE BRANT FORA PORTADOR. IA CRESCENDO O PRESTÍGIO DE FELISBERTO: EM 1819, FOI SUCESSIVAMENTE GRADUADO EM MARECHAL E NOMEADO FIDALGO CAVALEIRO. DOS MEMBROS DO GOVERNO VINHAM-LHE CONSULTAS E PROVAS DE DISTINÇÃO. não se furtou bravamente a ser um dos primeiros brasileiros a insugindo-se claramente contra as cortes portugueses em favor dos interesses do brasil. proclamada a independencia, foi barbacena como plenipotenciário a negociar com as nações do mundo principalmente portugal e inglaterra, as condições para o reconhecimento da independência.   OUTRO PONTO DELICADO ERA A POSIÇÃO PESSOAL DE D. PEDRO, COM 28 ANOS APENAS E UMA VIDA SEXUAL INTENSA E DESABRIDA, COM UMA FAMÍLIA DE MENINAS E APENAS UM VARÃO DE MENOS DE ANO DE IDADE. A MARQUESA DE SANTOS NÃO PODERIA SER UMA SOLUÇÃO. UM SEGUNDO CASAMENTO IMPUNHA-SE. ORA, D. PEDRO NÃO ERA FÁCIL DE ACEITAR COMO NOIVO. CASA-LO EXIGIA DIPLOMATA HABILÍSSIMO, POIS A FAMA CORRENTE A SEU RESPEITO QUASE IMPOSSIBILITAVA A TAREFA. O SEU SOGRO, OU ANTES METTERNICH, NÃO PODIA VER COM BONS OLHOS UM ACONTECIMENTO QUE AMEAÇAVA QUIÇÁ A HERANÇA IMPERIAL DO BRASIL, NA DESCENDÊNCIA DA DUQUESA D. LEOPOLDINA, CASO DESSAS SEGUNDA NÚPCIAS, E EM SUBSTITUIÇÃO AO PRIMEIRO, NASCESSE E VINGASSE UM PRÍNCIPE VARÃO. E D. PEDRO I NÃO TINHA MUITO A QUEM ESCOLHER. A BEM DIZER SÓ UM ÚNICO DIPLOMATA BRASILEIRO, POR SEU VALOR PRÓPRIO, E PELO PRESTÍGIO CONQUISTADO JUNTO AOS GOVERNOS EUROPEUS, PODERIA ENCARREGAR-SE DE TAL TAREFA: O MARQUÊS DE BARBACENA.NO LIVRO PRECIOSO EM QUE DESCREVE AS RELAÇÕES ENTRE D. PEDRO I E A MARQUESA DE SANTOS, CONTA-NOS ALBERTO RANGEL A GÊNESIS DESSE SEGUNDO CASAMENTO: O IMPERADOR VOLTANDO SUCUMBIDO DO SUL; SEM GRANDES MUDANÇAS EM S. CHRISTOVÃO, MAS VENDO SEUS FILHOS SEM CARINHOS MATERNOS E, APÓS ALGUNS DIAS, CONVERSANDO COM O BARÃO DE MARESCHAL, ENCARREGADO DE NEGÓCIOS DA ÁUSTRIA, ABORDANDO O DELICADO ASSUNTO, NO QUAL O AUSTRÍACO, COMO REPRESENTANTE TAMBÉM DA FAMÍLIA DA DESVENTURADA IMPERATRIZ, TANTO PODIA INFLUIR COM SEUS CONSELHOS. POUCO DUROU A HESITAÇÃO, E O PROBLEMA DA PRESENÇA DE DOMITILLA LOGO ACHOU SOLUÇÃO LÓGICA, separaram-se os dois amantes. barbacena arranjou a mais linda flor européia para tornar-se a segunda imperatriz do brasil, a imperatriz dona amélia.
  • SEVRES  MONUMENTAL PAR DE ANFORAS EM PORCELANA COM GUARNIÇÃO EM BRONZE ORMOLU. FUNDO NA TONALIDADE AZUL COBALTO SÃO DECORADAS COM RESERVAS DE CENAS CAMPESTRE COM CASAL DE NOBRES, BELA VEGETAÇÃO E GAIOLA DE PÁSSAROS. ASSINADO LYSEL. MARCAS DA MANUFATURA SOB A BASE.  ARREMATES EM OURO FORMANDO GUIRLANDAS DE MOTIVOS FLORAIS. FRANÇA, SEC. XIX/XX. 75 CM DE ALTURA
  • SÃO PASCOAL BAILÃO  GRANDE IMAGEM EM MADEIRA POLICROMADA REPRESENTANDO SÃO TOMÁS BAILÃO. IMPRESSIONANTE QUALIDADE ESCULTÓRICA E RICO PLANEJAMENTO. IMAGEM BASTANTE EXPRESSIVA! SOB A BASE DUAS FIGURAS DE QUERUBINS SUSTENTAM AS VESTES DO SANTO. ESPANHA, SEC. XVIII. 66 CM DE ALTURA. Em 1540, num jubiloso domingo de Pentecostes, enquanto os sinos da matriz de Torre Hermosa, situada no limite da Província de Zaragoza, em Aragão, repicavam para comemorar a grande solenidade do Espírito Santo, nascia um menino predestinado por Deus a ser um perfeito modelo de mansidão e inocência, como cordeiro do rebanho do Senhor. Dado que na Espanha esse dia é chamado "Páscoa de Pentecostes", seus pais, Martim Bailão e Isabel Jubera, batizaram-no com o nome de Pascoal. De condição modesta, o pequeno Pascoal começou a trabalhar aos sete anos de idade para ajudar os pais, honrados camponeses, pastoreando suas ovelhas - único bem que estes possuíam - e, mais tarde, exercendo o mesmo ofício a serviço de outros proprietários. A solidão dos campos e a serenidade própria ao rebanho constituíam um marco ideal para o desenvolvimento daquela alma austera e contemplativa, de modo a fazer florescer nela as virtudes. Se, desde os primeiros anos, seus pais lhe haviam inculcado uma ardorosa piedade, Pascoal empregou-se em torná-la cada dia mais sólida, por meio da prece assídua, da mortificação e da leitura. Impossibilitado de frequentar escola, pela falta de recursos da família, o menino aprendeu a ler e a escrever por si só - ensinado pelos Anjos, segundo alguns de seus biógrafos -, tamanho era seu desejo de instruir-se na Religião. Seu alforje transformou-se numa pequenina biblioteca, onde carregava os livros de sua devoção e o Ofício Parvo de Nossa Senhora, que rezava todos os dias. Não tendo oportunidade de assistir à Missa durante a semana, o pastorzinho supria essa lacuna dedicando longas horas à oração, quer numa pequena ermida da Santíssima Virgem situada naquelas redondezas, quer voltado para o longínquo Santuário de Nossa Senhora da Serra, quer, simplesmente, diante de seu próprio cajado, onde fizera gravar uma cruz e uma imagem de Maria. Aprouve a Deus premiá-lo, concedendo-lhe em diversas ocasiões que os Anjos trouxessem até ele a Hóstia resplandecente para ele poder vê-la e adorá-la. De outro lado, como a região em torno da ermida era muito seca e o pasto escasso, Pascoal foi advertido por seu amo de que, indo com frequência para lá, os animais acabariam por perecer. Não querendo abandonar seu lugar predileto, o menino argumentou, cheio de fé, que Maria, como Divina Pastora, jamais deixaria faltar alimento ao rebanho. E ao cabo de algum tempo o dono deu-se por vencido, constatando que suas ovelhas eram as mais bem nutridas de toda a região. Como Pascoal desejava ardentemente entregar-se a Deus no estado religioso, apareceram-lhe certa vez São Francisco e Santa Clara, e disseram-lhe que deveria ingressar na Ordem dos Frades Menores. Tal desígnio ia de encontro a seus afetos mais recônditos, pois alimentava um especial amor à virtude da pobreza. E quando seu patrão, o senhor Martín García, homem rico e poderoso, prometeu deixar-lhe seus bens, uma vez que não possuía filhos, o jovem pastor rejeitou a oferta, dizendo que preferia ser herdeiro de Deus e coherdeiro de Jesus Cristo. Aos vinte anos partiu em busca dessa herança incorruptível e transladou-se para o reino de Valência. Desejava ingressar no convento de Nossa Senhora de Loreto, recém-reformado por São Pedro de Alcântara. No entanto, sua timidez no momento de falar com o padre superior reteve-o por quatro anos, durante os quais permaneceu nas proximidades do mosteiro, empregado, mais uma vez, na guarda de ovelhas. Sua piedade e suas virtudes tornaram-no conhecido em toda a comarca sob o apelido de o "santo pastor". Decidiu-se, por fim, a solicitar sua admissão no convento, e foi acolhido com alegria por aquela comunidade. Quis o Superior dar-lhe o hábito de irmão corista, mas a humildade de Pascoal levou-o a suplicar que o deixassem apenas como irmão converso, pois só almejava ser a "vassoura da casa de Deus". O novo frade não tardou em se transformar num modelo de observância religiosa, a ponto de ser disputada sua presença nos diversos conventos da Ordem. Exercia com despretensão e simplicidade as mais variadas funções, tais como de cozinheiro, jardineiro, porteiro ou esmoler. Porém, ao procurar humilhar-se diante dos homens, crescia em estatura espiritual diante de Deus. De trato afável e bondoso com os demais, o irmão Pascoal era duro e intransigente consigo mesmo. Considerava-se um grande pecador, motivo pelo qual se sacrificava continuamente, privando-se do pão para dá-lo aos pobres, dormindo sobre a terra nua e flagelando-se com frequência. Assim testemunhou a seu respeito um de seus contemporâneos: "Nunca pensava em satisfazer o menor capricho. Sempre punha empenho em mortificar-se a si mesmo. Vi brilhar nele a humildade, a obediência, a mortificação, a castidade, a piedade, a doçura, a modéstia e, em suma, todas as virtudes: e não posso dizer com certeza qual delas sobrepujava as outras". Nutria terníssima devoção a Maria Santíssima, a quem dedicava todos os seus trabalhos. Certa vez, julgando-se sozinho enquanto montava a mesa no refeitório, caiu de joelhos diante da imagem de Nossa Senhora; depois, tomado de sobrenatural transporte de alegria, executou uma graciosa dança para aquela Mãe que com tantas consolações o agraciava. Tal episódio foi visto por outro frade, o qual mais tarde o relatou, acrescentando que a recordação do rosto radiante de júbilo do irmão Pascoal o estimulou durante muito tempo na prática da virtude. Em 1576 os superiores o enviaram a Paris, como portador de um importante documento destinado ao padre Christophe de Cheffontaines, Superior Geral da Ordem. Por aquela época, a França ardia nas guerras de religião e atravessar as cidades vestindo o austero burel de São Francisco constituía um autêntico perigo. Contudo, o intrépido irmão Pascoal lançou-se na aventura, cheio de confiança na Providência, alegre por expor a própria vida pela obediência. Em alguns lugares foi apedrejado pelos huguenotes, a ponto de guardar um ferimento no ombro até o fim da vida. Voltando a seu convento, deu respostas lacônicas às perguntas feitas por seus confrades a respeito dos riscos por ele enfrentados, omitindo todos os detalhes que pudessem redundar em elogios à sua pessoa. Ao longo de suas múltiplas caminhadas pelas vilas e aldeias da região, pedindo esmolas para o convento, sua palavra tinha para todos o valor de uma pregação, e os milagres que realizava mais contribuíam para lhe granjear a admiração e a estima do povo. Inúmeras vezes obteve a cura de doentes fazendo-lhes um simples sinal da cruz. Em certa ocasião, mandou-lhe o Padre Superior curar um frade que estava gravemente atacado por uma hemorragia. Embora essa ordem contundisse sua humildade, nosso santo viu-se obrigado a obedecer: traçou uma cruz sobre seu companheiro e logo o sangue parou de correr. Nutria terníssima devoção a Maria Santíssima, a quem dedicava todos os seus trabalhos. Certa vez, julgando-se sozinho enquanto montava a mesa no refeitório, caiu de joelhos diante da imagem de Nossa Senhora; depois, tomado de sobrenatural transporte de alegria, executou uma graciosa dança para aquela Mãe que com tantas consolações o agraciava. Tal episódio foi visto por outro frade, o qual mais tarde o relatou, acrescentando que a recordação do rosto radiante de júbilo do irmão Pascoal o estimulou durante muito tempo na prática da virtude. Em 1576 os superiores o enviaram a Paris, como portador de um importante documento destinado ao padre Christophe de Cheffontaines, Superior Geral da Ordem. Por aquela época, a França ardia nas guerras de religião e atravessar as cidades vestindo o austero burel de São Francisco constituía um autêntico perigo. Contudo, o intrépido irmão Pascoal lançou-se na aventura, cheio de confiança na Providência, alegre por expor a própria vida pela obediência. Em alguns lugares foi apedrejado pelos huguenotes, a ponto de guardar um ferimento no ombro até o fim da vida. Voltando a seu convento, deu respostas lacônicas às perguntas feitas por seus confrades a respeito dos riscos por ele enfrentados, omitindo todos os detalhes que pudessem redundar em elogios à sua pessoa. Ao longo de suas múltiplas caminhadas pelas vilas e aldeias da região, pedindo esmolas para o convento, sua palavra tinha para todos o valor de uma pregação, e os milagres que realizava mais contribuíam para lhe granjear a admiração e a estima do povo. Inúmeras vezes obteve a cura de doentes fazendo-lhes um simples sinal da cruz. Em certa ocasião, mandou-lhe o Padre Superior curar um frade que estava gravemente atacado por uma hemorragia. Embora essa ordem contundisse sua humildade, nosso santo viu-se obrigado a obedecer: traçou uma cruz sobre seu companheiro e logo o sangue parou de correr. São Pascoal morreu em 1592, aos 52 anos de idade, no mosteiro de Villarreal, após uma prolongada doença que o fizera sofrer durante cinco anos, dando-lhe a oportunidade de edificar com sua paciência todos quantos o rodeavam. Pouco antes de falecer, perguntou ao irmão enfermeiro: "Já tocaram o sino para a Missa conventual"?  Ao receber a resposta afirmativa, seu rosto iluminou-se com um sorriso de júbilo, pois sabia de antemão a hora de sua partida. No instante da elevação, quando a sineta anunciava a Presença Real de Jesus sobre o altar, o humilde irmão exalou seu último suspiro e sua alma voou para unir-se definitivamente Àquele mesmo Jesus a quem tanto procurara ao longo de toda a sua existência. Estava já tão difundida sua fama de santidade, que foi impossível fazer o funeral antes de três dias, devido à afluência de gente que acorreu ao convento para dar-lhe a despedida. Na Missa de exéquias, para assombro de toda a assistência, seus olhos se abriram por duas vezes, uma na elevação da Sagrada Hóstia, outra na do cálice, para reverenciar por última vez, nesta Terra, a Santíssima Eucaristia. Como manso cordeiro do rebanho de Cristo, São Pascoal Bailão soube estar com sua atenção inteira posta na voz do Pastor, que o instruía na ciência divina e nos segredos da verdadeira santidade. No cumprimento da vocação de irmão leigo franciscano, sua vida transcorreu na paz do claustro e na mendicância, de maneira apagada, humilde, mas valente, na busca contínua e exclusiva da glória de Deus. E lhe estava reservada grande glória e renome pelo mundo inteiro, a ponto de ser canonizado por Inocêncio XII menos de um século após sua morte, em 15 de julho de 1691, e proclamado pelo Papa Leão XIII, tão justamente, Padroeiro Universal dos Congressos e Obras Eucarísticas, em 28 de novembro de 1897.
  • JAEGER LECOULTRE - ATMOS V CAL 526 FEUILLE DOR CARAVELLE. MUITO RARO RELÓGIO MODELO CARAVELLE. FUNCIONANDO PERFEITAMENTE E EM ÓTIMAS CONDIÇÕES. FOLHADO A OURO FINO 24 K . ACOMPANHA CASE ORIGINAL. O mecanismo do relógio é feito para continuar funcionando por décadas, desde que haja uma mudança de temperatura de dois graus e / ou uma certa alteração na pressão barométrica. Não há necessidade de baterias ou corda . Este é um relógio de tempo único. SUIÇA, DECADA DE 1960. 23,5 CM DE ALTURA. NOTA: Atmos é a marca de um relógio de pêndulo mecânico de torção fabricado pela Jaeger-LeCoultre na Suíça, que não precisa ser bobinado manualmente.Obtém a energia que precisa para executar a partir de mudanças de temperatura e pressão atmosférica no ambiente, e pode funcionar por anos sem intervenção humana. O relógio é conduzido por uma mola principal, que é enrolada pela expansão e contração de cloreto de etilo líquido e gasoso em um fole interno hermeticamente fechado. O cloreto de etilo se vaporiza em uma câmara de expansão à medida que a temperatura aumenta, comprimindo uma mola espiralada; com uma queda de temperatura, o gás se condensa e a mola relaxa. Este movimento sopra constantemente amola principal. Uma variação de temperatura de apenas um grau na faixa entre 15 C (59 F) e 30 C (86 F), ou uma variação de pressão de 3mmHg, é suficiente para dois dias de operação. A fim de executar o relógio nesta pequena quantidade de energia, tudo dentro da Atmos tem que trabalhar de forma livre de fricção, na medida do possível. Para o tempo, ele usa um pêndulo de torção, que consome menos energia do que um pêndulo comum. O pêndulo de torção executa apenas duas oscilações de torção por minuto.
  • ROBUSTO PALITEIRO EM PRATA DE LEI COM FEITIO DE SALVA DE PÉ COM FRUTOS. MARCAS DE CONTRASTE 10 DINHEIROS PARA CIDADE DO RIO DE JANEIRO E PRATEIRO FRANCISCO JOSÉ DA CRUZ CITADO A PARTIR DE 1837 (MOITNHO PAG. 370). A SALVA É DECORADA COM GUILLOCHES CONCENTRICOS E ESTÁ ASSENTE SOBRE TRES PÉS. MUITO BEM EXECUTADO, AS FRUTAS TEM GRANDE REALISMO! BRASIL, PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX. 18 CM DE ALTURA
  • DOM JOÃO VI  CIA DAS INDIAS - SERVIÇO DOS PAVÕES EXCEPCIONAL PRATO FUNDO EM PORCELANA COM ESMALTES DO REINADO QIANLONG. FEITIO OITAVADO (PRIMEIRA LEVA DE ENCOMENDA). PERTENCEU AO SERVIÇO DO REI DOM JOÃO VI. CHINA, MEADOS DO SEC. XVIII. 21,5 CM DE DIÂMETRO.NOTA: Serviço dos Pavões é um serviço de jantar real, confeccionado em porcelana de pasta dura, de finíssima qualidade, que foi produzido na China do Imperador Qianlong , sob encomenda, para Portugal. Estima-se que cerca de vinte mil peças do hoje chamado Serviço dos Pavões tenham sido produzidas entre 1750 e1795, restando hoje cerca de cinco mil distribuídas por todo o mundo. É considerado um dos mais belos serviços de jantar de exportação. Em formato oitavado, recortado ou, em suas últimas fornadas, redondo, o prato é de louça (porcelana) branca, encaroçada, decorada com esmaltes nas cores habituais da chamada "família rosa". Além de pratos de vários tamanhos, foram confeccionadas sopeiras de vários tipos, terrinas, molheiras, travessas de vários formatos, manteigueiras, meleiras, wine-coolers e tigelas. Foi utilizado pela Família Real Portuguesa e pela Família Imperial Brasileira tanto no Paço de São Cristóvão como também na Fazenda Imperial de Santa Cruz. É um serviço conhecido como viajante, pois foi levado da China a Portugal, e de Portugal para o Brasil, quando D. João VI, ainda príncipe, temendo as guerras napoleônicas, estabeleceu-se no Rio de Janeiro, com sua mãe, D. Maria I. Os serviços de porcelana chinesa de uso imperial, trazidos para o Brasil por D. João VI, foram dispersos após a proclamação da República, sendo atualmente peças raras, procuradas por colecionadores de todo o mundo. Com o fim do Império em 1890, foram realizados diversos leilões pelo leiloeiro Joaquim Dias dos Santos, no Rio de Janeiro, mas seus registros foram logo depois perdidos num incêndio ocorrido pouco depois na loja do leiloeiro (FATALIDADE???). De acordo com Leila Mezan Algranti, em seu artigo: Em torno da mesa do rei: artefatos, convivialidade e celebração no Rio de Janeiro joanino, em 26 de abril de 1821, após doze anos de estadia no Rio de Janeiro, iniciava-se a viagem de regresso de D. João VI a Portugal a fim de, mais uma vez, preservar sua Coroa e domínios. Para a autora, a partida da Corte foi precedida de muitas indecisões políticas e de intensos preparativos de ordem prática, da mesma forma como acontecera ao viajar para o Brasil, em 1807. Naquela ocasião, em meio aos riscos de invasão do Exército napoleônico, foi necessário acomodar nas embarcações não só os ilustres passageiros, mas também um conjunto imenso e variado de coisas destinadas ao uso particular de seus proprietários, bem como da Casa Real. Um conjunto de peças de prata, roupas de mesa e artigos de copa, recém-chegados do Rio de Janeiro, viajou para Lisboa sob a incumbência de José de Britto, fiel da mantearia do rei, e foi entregue no pátio das cozinhas do Palácio da Ajuda a José Caetano Trigo, também funcionário do mesmo departamento da Casa Real, o qual realizou o registro das peças e o assinou por ordem de João Lourenço de Andrade que, por sua vez, recebeu todo o material em nome de Caetano Jose de Campos e Andrade Pinto, manteeiro da Casa Real, naquele momento. O título do registro Inventário da Prata, Roupa e mais trem pertencente à Mantearia de Sua Majestade que veio do Ryo de Janeiro indica claramente que, ao retornar do Rio de Janeiro, D. João VI fez embarcar objetos de prata, os quais constituíam parte ou a totalidade de um serviço de mesa. Entretando deixou no país quase todos os serviços de porcelana adquiridos para seu uso aqui ou trasladados de Portugal quando de sua fuga. O conjunto poderia conter elementos da famosa baixela Germain, assim denominada por ter sido encomendada a François Germain por D. José I, em 1756, após o terremoto ter destruído a baixela de D. João V, fabricada pelo ourives de Luís XIV (Thomas Germain) e pai do prateiro de D. José. A suposição de que poderia haver peças da baixela Germain de D. José I entre os artefatos registrados no inventário advém do fato de que há informações sobre seu transporte para o Brasil, bem como estudos referentes à divisão da mesma entre D. João VI e D. Pedro I, antes do retorno do monarca a Portugal. Os bens que permaneceram no Brasil, por sua vez, teriam sido gravados com as insígnias imperiais e o monograma P1º. De acordo com Leonor d'Orey, considerando-se o que atualmente se encontra preservado desta baixela em Portugal, o lote do imperador do Brasil era menor, embora incluísse várias peças muito prestigiosas, as quais se encontram dispersas em coleções particulares e de museus estrangeiros, vendidas após a deposição de D. Pedro II. Sabe-se igualmente que entre a prataria de mesa de grande aparato pertencente à Casa Real havia peças da baixela dos duques de Aveiro, confiscada pela Coroa, após o atentado a D. José em 1759, assim como peças denominadas avulsas. Por outro lado, as baixelas para D. Pedro I foram encomendadas às famosas casas francesas, embora a técnica dos ourives radicados no Brasil fosse excelente, como apontou Francisco Marques dos Santos. Segundo o mesmo autor, muitas dessas peças emigraram, mas algumas voltaram. Havia, portanto, na corte no Rio de Janeiro, mais de um serviço de mesa em prata, sendo que um conjunto significativo dessas peças atravessou o Atlântico pelo menos duas vezes, a exemplo do que se sucedeu com a Família Real. Além disso, vários desses objetos foram possivelmente fabricados na França e na Inglaterra, uma vez que os prateiros portugueses nem sempre eram considerados, na época, suficientemente habilidosos para agradar o sofisticado gosto da alta nobreza portuguesa, consumidora de produtos de luxo importados não só de outros países da Europa, como do Oriente. Embora, como apontou Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, houvesse prateiros de renome em Portugal, fabricando artefatos de mesa e mesmo baixelas completas, cuja qualidade do trabalho atingiu durante o século das Luzes um dos seus momentos mais importantes. De qualquer modo, a mesa da Casa Real e aquelas de outros membros das elites europeias e luso-brasileiras eram há muito tempo aparamentadas com artefatos de prata estrangeiros, bem como com porcelanas e vidros chineses, germânicos e franceses. Como bem apontou Nuno Vassallo e Silva, em seu estudo sobre a ourivesaria da mantearia da Casa de Aveiro, não é possível refletir sobre as baixelas de prata ou de porcelana usadas na mesa real sem levar em conta a conexão dessa indústria com as manufaturas europeias e orientais. Assim, é possível dizer que os objetos de luxo destinados ao serviço de mesa da Corte joanina, no Rio de Janeiro, resultavam de um circuito comercial e de comunicação que interligava diferentes impérios coloniais (português, inglês, francês), os quais se estendiam por três continentes: Europa, Ásia e América. No caso dos artefatos de prata que nos interessam comentar neste estudo, é provável que a matéria-prima utilizada fosse originária da América espanhola, tendo retornado ao mesmo continente após ter sido trabalhada por habilidosos artesãos franceses para uso e ostentação dos monarcas portugueses. Por outro lado, tais objetos indicam um movimento mais amplo de evolução do gosto e da maneira de viver dos membros da aristocracia europeia, que remonta ao final do século XVII, cuja etiqueta de mesa foi fixada na corte de Luís XIV. Como assinalou Marco Daniel Duarte, a alta sociedade quando se sentava à mesa se quer aprisionar por regras de etiqueta rígida. Mesmo levando-se em conta que no final do século XVIII Portugal acompanhava o restante da Europa, adotando nos banquetes reais a porcelana das índias e francesa como alternativas às baixelas de prata, conforme esclareceu Cristina Neiva, a prataria de mesa continuava a representar a riqueza e o poder das famílias reais, haja vista não só a encomenda de D. José I a François Germain, cuja baixela foi produzida ao longo da segunda metade do século XVIII, como também o fato de esta ter sido dividida entre o monarca e seu primogênito, antes da partida de D. João VI para a Europa. Sinal de que as mesas dos reis não poderiam prescindir dos objetos de prata em algumas situações. Observa-se de imediato na lista de bens que chegaram do Rio de Janeiro que os objetos destinados à copa eram de cobre ou de bronze, enquanto os de mesa eram em prata. Um dado indicativo da separação dos dois espaços tanto em termos de funções destinadas à alimentação como de simbologia e hierarquia dos objetos no ambiente doméstico. Estes atestam algumas tarefas desempenhadas no espaço, como a preparação das frutas e dos doces, bem como de clarear o sal, fazer e distribuir o pão e as saladas, além de confeccionar e realizar as obras de decoração. A copa oferecia ainda suporte ao serviço de mesa. Na lista analisada, há diferentes tipos de objetos, como, por exemplo, cafeteiras de cobre com e sem torneiras, além de chocolateiras e chaleiras do mesmo material, assim como tachos, escumadeiras, frigideira de ferro para torrar café, caixas para conduzir a prata e as iguarias, tabuleiros sortidos, gral de pedra e bancos para arear facas. A qualidade e, especialmente, a quantidade dos objetos nos permitem pensar que estes poderiam ser utilizados em uma mesa servida à francesa forma ainda predominante no período joanino , na qual os alimentos eram oferecidos em duas ou três mesas sucessivas cobertas com travessas de alimentos de vários tipos. Daí denominarem-se primeira, segunda e terceira cobertas ou serviços. A última coberta era de doces e de frutas, como indicam os livros de receitas do período e os protocolos a serem seguidos nos banquetes oficiais. O serviço de mesa à francesa necessitava de um grande número de objetos do mesmo tipo, não só para dispor simultaneamente os vários alimentos de uma coberta, como para promover rapidamente a reposição das iguarias nas sucessivas mesas ou cobertas. Os serviços em porcelana são divididos entre as porcelanas de encomenda da China (cia das índias): Galos , Pavões, Corças, Correios, Pastores, das Rosas, Vista Grande e Vista Pequena. Há também registro dos Europeus: Reino Unido e Camaristas, em porcelana francesa, Espinha de peixe e os chamados 'de barra bordeaux' , 'sépia e verde' e "de barra rosa"chamado Pingo de Ouro, em porcelana possivelmente também francesa, o de "Wedgwood" e o conhecido também como "das Rosas", em porcelana inglesa
  • DOM JOÃO VI SERVIÇO DAS ROSAS  BELA CREMEIRA EM PORCELANA DA COMPANHIA DAS INDIAS PERTENCENTE AO  SERVIÇO DAS ROSAS DE DOM JOÃO VI. ESSE SERVIÇO FOI USADO PELO REI DOM JOÃO VI NA FAZENDA SANTA CRUZ. ABA NA TONALIDADE LARANJA COM APLICAÇÃO DE ROSAS ENTREMEADAS POR PALMÁCEAS EM OURO. DECORAÇÃO SE REPETE TANTO NA TAMPA QUANTO NO CORPO. PEGA COM FEITIO DE FRUTO. ALÇA DUPLA DISPOSTA EM TRANÇA. EXEMPLAR DESSE SERVIÇO ESTÁ REPRODUZIDO À PAGINA 87 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA DO BRASIL POR JENNY DREYFUS. PEÇA BELÍSSIMA E MUITO RARA! CHINA, INICIO DO SEC. XIX. 8 CM DE ALTURA.NOTA: A Fazenda Imperial de Santa Cruz (ou Fazenda de Santa Cruz, Fazenda Real de Santa Cruz, ou Fazenda dos Jesuítas, ou, ainda, Fazenda Nacional de Santa Cruz ) foi uma fazenda próspera fundada em pelos padres Jesuítas nos arredores da cidade do Rio de Janeiro. Sua sede e núcleo principal corresponde hoje ao Bairro carioca de Santa Cruz. Após o Descobrimento do Brasil, com a chegada dos colonizadores portugueses à baía da Guanabara, a vasta região da baixada de Santa Cruz e montanhas vizinhas, foi doada a Cristóvão Monteiro, da Capitania de São Vicente, como recompensa aos serviços prestados durante a expedição militar que, em 1567, expulsou definitivamente os franceses da Guanabara. Ao morrer Cristóvão Monteiro, a sua esposa, dona Marquesa Ferreira, doou aos padres da Companhia de Jesus sua parte das terras. Estes religiosos, agregaram estas terras a outras sesmarias, constituíram um imenso latifúndio assinalado por uma grande cruz de madeira: a Santa Cruz. Em poucas décadas, a região compreendida entre a barra de Guaratiba, o atual município de Mangaratiba, até Vassouras, no Sul do atual Estado do Rio de Janeiro, integrava a poderosa Fazenda de Santa Cruz, a mais desenvolvida da Capitania do Rio de Janeiro nesta época, contando com milhares de escravos, cabeças de gado, e diversos tipos de cultivos, manejados com técnicas avançadas para a época. Entre as edificações, hoje com valor histórico, contam-se igrejas e um convento, ambos ricamente decorados. Uma dessas obras remanescentes é a chamada Ponte do Guandu ou Ponte dos Jesuítas. Na verdade uma represa, foi erguida em 1752, com a finalidade de regular o volume das águas das enchentes do rio Guandu. Atualmente, esse monumento permanece com a sua estrutura original quase inalterada. Outra das admiráveis iniciativas dos dirigentes da Fazenda de Santa Cruz, no plano da cultura, foi a fundação de uma Escola de Música, de uma Orquestra e de um Coral, integrados por escravos, que tocavam e cantavam nas missas e nas festividades quer na Fazenda, quer na Capital da Capitania. Considera-se, por essa razão, que Santa Cruz foi o berço da organização instrumental e coral do primeiro Conservatório de Música no Brasil. Passa pelas terras da Fazenda de Santa Cruz a trilha que no período colonial ligava a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro ao sertão: o Caminho dos Jesuítas, posteriormente denominado Caminho das Minas, e posteriormente ainda, Estrada Real de Santa Cruz. O seu percurso estendia-se até ao porto de Sepetiba, onde se embarcava com destino à cidade de Parati, de onde partia a antiga Estrada Real. Diante da expulsão dos Jesuítas dos domínios de Portugal e suas colônias, em 1759 por ação do Marquês de Pombal, o patrimônio da Companhia de Jesus (e a Fazenda de Santa Cruz) reverteu para a Coroa. Com o banimento dos Jesuítas do Brasil, o patrimônio da Fazenda de Santa Cruz reverteu para a Coroa, passando a se subordinar aos Vice-reis. Após um período de dificuldades administrativas, sob o governo do Vice-rei Luís de Vasconcelos e Souza, a Fazenda voltou a conhecer um período de prosperidade. No início do século XIX, com a chegada da Família Real ao Brasil (1808) e o seu estabelecimento no Rio de Janeiro, a Fazenda foi escolhida como local de veraneio. Desse modo, o antigo convento foi adaptado às funções de paço real - Palácio Real de Santa Cruz. Sentindo-se confortável na Real Fazenda de Santa Cruz, o Príncipe Regente prolongava a sua estada por vários meses, despachando, promovendo audiências públicas e recepções a partir da mesma. Nela cresceram e foram educados os príncipes D. Pedro e D. Miguel. Por iniciativa do soberano português foram trazidos da China cerca de cem homens encarregados de cultivar chá, no sítio hoje conhecido como Morro do Chá. Durante quase um século essa atividade foi produtiva e atraiu o interesse de técnicos e visitantes, tal o pioneirismo de sua implantação no Brasil. No entanto, de acordo com o jornalista Patrick Wilcken, no seu livro Império à Deriva (2010), o chá-da-índia cultivado em solo brasileiro não apresentou as mesmas características originais, sendo de qualidade inferior e de gosto amargo, o que acarretou em fracasso econômico ao contrário do café. D. João VI despediu-se de Santa Cruz em 1821, para retornar à Metrópole Portuguesa. Após o regresso de D João VI a Portugal, o Príncipe-Regente D. Pedro continuou constantemente presente em Santa Cruz, passando sua lua-de-mel com a Imperatriz Leopoldina (1818) nesta fazenda. No contexto da Independência do Brasil, antes de iniciar a história viagem da Independência, o príncipe-regente deteve-se em Santa Cruz, onde aconteceu uma reunião no dia 15 de agosto de 1822, com a presença de José Bonifácio, para estabelecer as suas bases. Ao regressar, antes de seguir até a cidade, comemorou a Independência do Brasil na Fazenda. Durante o Primeiro Reinado, o Palácio Real transformou-se em Palácio Imperial. D. Pedro I, abdicou do trono, mas os seus filhos continuaram a manter presença constante na Fazenda Imperial de Santa Cruz. Desde cedo, D. Pedro II e as princesas promoviam concorridos bailes e saraus no Palácio Imperial. Santa Cruz, por sua posição político-econômico e sobretudo estratégica (frente para o mar e fundos para os caminhos dos sertões de Minas) foi uma das primeiras localidades do País a se beneficiar com o sistema de entrega em domicílio de cartas pelo correio. Em 22 de novembro de 1842 foi inaugurada a primeira Agência fixa dos Correios do Brasil, primeira também a adotar este serviço. Dom Pedro II também instalou o primeiro telefone no Palácio Imperial de Santa Cruz, para comunicação com o Paço de São Cristóvão. Em 1878 foi inaugurada a estação de trem e no final de 1881, D. Pedro II inaugurou o Matadouro de Santa Cruz, tido como o mais moderno do mundo à época, que era servido por um ramal da estrada de ferro e abastecia de carne toda a cidade do Rio de Janeiro. Com o passar dos anos, uma série de modificações na arquitetura do prédio principal da fazenda de Santa Cruz, devido aos novos usos: Convento na era jesuítica, Palácio Real no tempo de D.João VI, Palácio Imperial com novas reformas no tempo de D. Pedro I e finalmente, no período republicano, com a construção de mais um andar, passou a aquartelar tropas do Exército. Hoje é a Sede do Batalhão Escola de Engenharia, o Batalhão Villagran Cabrita
  • IMPERADOR DOM PEDRO II - RARÍSSIMA BOLSA DE CORREIOS DA GUARDA NACIONAL. CONSTRUÍDA EM COURO COM GUARNIÇÃO EM METAL ESPESSURADO A OURO. CORPO COM RAMOS DE CAFÉ E FUMO QUE PERCORREM A BASE E AS EXTREMIDADES REUNIDOS POR LAÇO. AO CENTRO RESERVA COM AS INICIAS PII SOB COROA IMPERIAL. NA PARTE SUPERIOR DUAS SERPES, DRAGÕES DE BRAGANÇA, SUSTENTANDO AS INICIAIS GN (GUARDA NACIONAL) GALARDOADAS POR COROA DE LOUROS. A BOLSA ERA INDUMENTÁRIA EXCLUSIVA DE OFICIAL DA CAVALARIA DA GUARDA NACIONAL. DESTINAVA-SE A ARMAZENAR CARTAS, MAPAS E DOCUMENTOS SIGILOSOS EM GERAL (VIDE NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE IMAGENS DE LITOGRAVURAS QUE ILUSTRAVAM O USO DESSE COMPONENTE DO UNIFORME DOS OFICIAIS). BRASIL, PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX. 25 X 20 CMNOTA: Após a abdicação de Dom Pedro I, vários grupos políticos como os conservadores, liberais e absolutistas tentam fazer prevalecer suas ideias dentro do governo da Regência Trina. O Exército, por sua vez, também tinha reivindicações ao novo governo. Temerosos que os portugueses quisessem reconquistar o Brasil, alguns oficiais pediam: A suspensão da imigração portuguesa ao Brasil, a destituição de portugueses de cargos públicos,  a promulgação de uma nova constituição, e a criação de um novo governo. Passando das palavras à ação, o 26º Batalhão de Infantaria do Rio de Janeiro e o Corpo de Polícia da cidade, se rebelaram. O Ministro da Justiça, Diego Feijó, pede ajuda aos batalhões de Minas Gerais e São Paulo. Além disso, distribui armas aos seus aliados, que formaram o batalhão Sagrado, com cerca de 3000 soldados, comandado pelo então capitão Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias). Assim ficou evidente que o governo não poderia confiar inteiramente no Exército que tinha suas próprias ideias políticas. Optou-se por criar uma força armada formada pela elite, a Guarda Nacional.  Assim a Guarda Nacional empreendeu diversas ações militares no período regencial brasileiro atuando para sufocar as rebeliões que se disseminaram país afora. Curiosamente poucos anos depois a própria guarda nacional criada pelo Regente Feijó, comandada pelo futuro Duque de Caxias, foi quem submeteu e prendeu durante a revolução liberal de 1842 o então insurgente Padre Feijo que revoltou-se em Sorocaba contra o absolutismo que ganhava força no governo imperial.  A Guarda NAcional teve também destacada participação na Guerra do Paraguai  concentrando os maiores efetivos da força brasileira.  Os  membros da Guarda Nacional eram todos os cidadãos com direito a voto e assim obteriam a dispensa de servir ao Exército. No entanto, não recebiam pagamento e eram responsáveis pelo próprio uniforme. O governo tinha a incumbência de fornecer armas e instrução. A Guarda Nacional era subordinada ao Juiz de Paz, em seguida ao Juiz de Direito, ao presidente de província, e finalmente, ao Ministro da Justiça. A maior patente que um civil poderia alcançar era a de Coronel e o título ficou reservado aos grandes proprietários de cada região. Desta maneira, a Guarda Nacional vai gerar o fenômeno do coronelismo que tanto marcará a política brasileira. Para o Exército, a criação da Guarda Nacional foi vista como desastrosa, pois o efetivo das tropas foi cortado em um terço no Rio de Janeiro e assim, a Força Armada diminuiu de importância. Apesar das revoltas militares registradas no Rio de Janeiro e em Pernambuco, o fato é que os oficiais tinham medo de contar com o apoio da população em geral e com isso, gerar uma revolta entre os escravos. Por isso, ficaram isolados nos quartéis e suas demandas não tiveram apoio do cidadão comum. Após a proclamação da República, feita majoritariamente pelo Exército brasileiro, a Guarda Nacional vai perdendo importância. Afinal, o Exército era contra este corpo armado desde a sua criação. Foi sendo absorvida por diferentes batalhões do Exército e seria extinta na República, em 1922, pelo presidente Artur Bernardes. O MENSAGEIRO MAIS FAMOSO DA HISTÓRIA DO BRASIL: A figura do mensageiro sempre esteve presente na história do País. No início eram tropeiros e escravos que faziam esse papel. Em 1663, foi inaugurado o Correio-Mor, serviço responsável pela troca de correspondências entre a Colônia e Portugal. Mais de 150 anos depois entraria em cena Paulo Bregaro, um coadjuvante fundamental para a história do Brasil.Em 1822, a relação entre Dom Pedro I e a Coroa Portuguesa estava estremecida. Nesse clima, chegou uma mensagem com ordens de Portugal, entre elas, a volta imediata do príncipe para a Europa. Como Pedro estava em São Paulo, a futura imperatriz Leopoldina e o ministro José Bonifácio receberam a carta. Bonifácio convocou o mensageiro Bregaro e determinou: Arrebate e estafe quantos cavalos necessários, mas entregue a carta com toda a urgência. O rapaz rumou a São Paulo a todo vapor  de fato, trocando de cavalo várias vezes. O encontro com o príncipe se deu em 7 de setembro, próximo ao riacho Ipiranga. Ao ler os escritos, dom Pedro reuniu a guarda e, arrancando os laços de cores portuguesas, ordenou: Laços fora, soldados! Camaradas, as cortes de Lisboa querem mesmo escravizar o Brasil: cumpre, portanto, declarar a sua independência. Estamos definitivamente separados de Portugal. E bradou a famosa frase: Independência ou morte seja a nossa divisa!. Pelo menos foi o que ficou registrado na história oficial do Império. Precisa ou não a descrição, o fato é que Paulo Bregaro,  se tornou patrono dos Correios brasileiros.
  • CONJUNTO DE MAÇANETA EM PORCELANA ESMALTADA COM RESERVA CONTENDO BRASÃO DO IMPÉRIO BRASILEIRO. ARREMATES COM FILETES EM OURO E GUIRLANDA FLORAL. O BRASÃO TAMBÉM É DESTACADO EM OURO.  MUITO BOM ESTADO DE CONSERVAÇÃO, ACOMPANHA FERRAGEM ORIGINAL. FRANÇA, SEC. XIX. 5 CM DE DIAMETRO.
  • MARFIM DE GOA  NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO - GRANDE IMAGEM EM MARFIM DE VERTENTE INDO PORTUGUESA. MAJESTOSA REPRESENTAÇÃO DA VIRGEM NOSSA SENHORA DA ENCARNAÇÃO EM ROBUSTO BLOCO DE MARFIM. LINDOS OLHOS ACHINEZADOS, EXPRESSIVA FACE E BELOS CABELOS ARRANJADOS EM COQUE. O PANEJAMENTO É MAGNIFICO! A VIRGEM É REPRESENTADA COM AS MÃOS CRUZADAS SOBRE O PEITO ATRIBUTO DA VIRGEM DA ENCARNAÇÃO. SOB A BASE CRESCENTE LUNAR. PEÇA DIGNA DE MUSEU! GOA, POSSESSÃO PORTUGUESA NA INDIA, 21 CM DE ALTURANOTA: Relata-nos o evangelho de São Lucas (Le 1, 28-38) a Anunciação do anjo Gabriel a Maria, e quando Maria respondeu aceitando a sua missão  Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra. Naquele momento o Verbo Divino se encarnou e uma nova era se abriu para a humanidade. Daí surgiu já nos primórdios da Igreja Cristã a festa da Anunciação nas diversas regiões onde foi propagada a fé. A Igreja, desde o início estabeleceu a festividade da Encarnação a 25 de março. Santo Atanásio, patriarca de Alexandria, em 328 dizia:  É uma das maiores festas do Senhor e a primeira na ordem dos mistérios, por isso devemos celebrá-la com grande devoção. Em Portugal seu culto era bastante divulgado, existindo diversas igrejas dedicadas à Senhora da Encarnação, como as de Lisboa e Coimbra. Entre as milagrosas imagens desta invocação, veneradas pelo povo, destaca-se a de Leira. Dizem que ela foi encontrada num olival perto daquela cidade e recebeu o título de Encarnação porque em sua atitude estava mostrando a grande humildade com que Maria ouvia a anunciação do Arcanjo e também porque apareceu num monte que antigamente era denominado do Anjo. por haver ali uma ermida dedicada a São Gabriel. No Brasil, o culto da Senhora da Encarnação surgiu nos primeiros tempos do período colonial, quando estava em seu apogeu na Europa, cedendo lugar depois a outras invocações. Frei Agostinho de Santa Maria refere-se, no século XVIII, a dois santuários na Bahia, uma na Ilha de ltaparica e outro numa aldeia próxima a Ilhéus. Em ambos havia primeiramente uma pintura representando a Anunciação, mas, devido às inúmeras graças alcançadas, foram erguidas igrejas de pedra e cal, com imagens de Nossa Senhora da Encarnação no altar-mor, executadas em madeira policromada. Um dos poucos templos deste orago existentes hoje em dia é o de Guricema, na zona da Mata, em Minas Gerais. Em meados do século XVII, a Congregação do Oratório, fundada em Portugal, estabeleceu-se em Pernambuco com a finalidade de socorrer doentes e abandonados, não só no Recife e Olinda, mas também nos matos e sertões, fundando aldeias e batizando gentios, que atraíam à fé católica pelo seu zelo apostólico. Os dinâmicos padres reformaram então uma ermida já existente em Santo Amaro dÁgua Fria, que lhes fora doada pelo Vigário Geral, em torno dela construíram um mosteiro dedicado a Nossa Senhora da Encarnação. Sua igreja, como a maioria dos primitivos templos brasileiros, possuía um amplo alpendre que servia para abrigar os devotos que chegavam em horas impróprias àquela casa de devoção. No seu interior, possuía a princípio um retábulo dourado provavelmente sobre a Anunciação da Virgem, que devido aos estragos do templo foi retirado e substituído por pinturas. Sobre o altar-mor da capela azulejada de azul e branco foi colocada bonita efígie da Padroeira. A Congregação do Oratório teve rápido desenvolvimento em nosso país c em pouco tempo o convento tomou-se pequeno para abrigar os religiosos. No início do século XVIII foi construído um convento maior, e sua matriz dedicada a Nossa Senhora Madre de Deus, porém sua festa continuou a ser celebrada na data da Anunciação. Devido à sistemática perseguição política a congregação extinguiu-se em 1830, após ter prestado inestimáveis serviços à religião e à cultura em Portugal e no Brasil, pois seus religiosos mantinham também cursos de gramática Latina, Teologia e Filosofia, além de escolas de primeiras letras, abertas a todos. A DEVOÇÃO EM LEIRIA, BERÇO DA ADORAÇÃO DA VIRGEM DA ENCARNAÇÃO EM PORTUGAL: Segundo uma antiga tradição, foi edificada, nos finais do século XIV, no alto de um monte, hoje chamado de Senhora da Encarnação, de Leiria, uma pequena ermida, possivelmente no lugar de uma outra, mais antiga, dedicada a São Gabriel, onde havia também uma imagem de Nossa Senhora da Encarnação. O primeiro bispo da diocese de Leiria, D. Frei Brás de Barros, mandou ali edificar outra ermida, à sua custa, que ficou concluída no ano de 1554. A 11 de Julho de 1588, após a cura, considerada milagrosa, de Susana Dias, do lugar das Cortes, paralítica havia 28 anos, que recuperou o andar, e outros fatos ocorridos, foi tal o fervor religioso que logo se iniciou a construção de uma igreja maior, dedicada a Nossa Senhora da Encarnação, cuja primeira pedra foi benzida a 24 de Setembro do mesmo ano e ficou concluída nos princípios do século XVII. A igreja tornou-se um lugar de peregrinação, não só dos habitantes de Leiria como de uma vasta região à sua volta. Ficaram célebres as procissões de penitência e ação de graças, pelas ruas da cidade, nos dias que se seguiram ao terremoto de 1 de Novembro de 1755 (que destruiu o templo paroquial de Nossa Senhora da Encarnação em Lisboa). Vinte anos mais tarde, em 1775, o bispo D. Manuel de Bulhões e Sousa mandou construir uma grande escadaria.  Finalmente a Igreja foi Saqueada e incendiada, na terceira invasão francesa (1810), foi logo reparada, por mandado do bispo D. Manuel de Aguiar e sofreu obras de beneficiação, ao longo dos séculos XIX e XX.
  • NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO  RICA IMAGEM SETECENTISTA EM BARRO COZIDO POLICROMADO E DOURADO, ASSENTE SOBRE BASE EM MADEIRA. AOCMPANHA LINDO RESPLENDOR EM PRATA DE LEI. ESTILO E ÉPOCA DOM JOÃO V. LINDOS OLHOS EM VIDRO. CABELOS MAGNIFICOS CAEM EM ROLOS SOBRE AS COSTAS DA VIRGEM. SOB A BASE FIGURA DE TRES ANJOS FORMANDO TRIANGULO. UMA GRANDE SERPENTE SOB A PARTIR DA BASE, PASSA SOB O MANTO DA VIRGEM E MOSTRA SUA CABEÇA SAINDO DAS VESTES DE NOSSA SENHORA NA PARTE FRONTAL DA ESCULTURA. PORTUGAL, PRINCIPIO DO SEC. XVIII. 28 CM DE ALTURA (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DO RESPLENDOR).
  • IMAGEM RELICÁRIO DO BEATO REDENTO DA CRUZ  MÁRTIR DE GOA  LINDA E EXPRESSIVA IMAGEM RELICÁRIO EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA REPRESENTANDO O BEATO REDENTO DA CRUZ AJOELHADO NO MOMENTO DE SEU SUPLÍCIO. O SANTO É REPRESENTADO COM OS PÉS DESCALÇOS COMPLETAMENTE PARA FORA DO HÁBITO, UM PEDIDO SEU ENQUANTO VIVO PARA QUE SUAS REPRESENTAÇÕES REMEMORASSEM SER ELE SEM DÚVIDA UM CARMELITA DESCALÇO COMO VIVEU (se eu for martirizado pintem-me com os pés bem de fora do hábito, para que vendo as sandálias todos saibam que sou carmelita descalço). O MARTIR OLHA FIXAMENTE PARA A CRUZ DE CRISTO EM PRATA DE LEI QUE CARREGA EM UMA DAS MÃOS. NA CABEÇA LINDO RESPLENDOR EM PRATA DE LEI FENESTRADA COM RUBI CRAVADO AO CENTRO INDICANDO SEU CARATER DE MÁRTIR.NO NICHO PARA RELÍQUIA COLOCADO EM SEU PEITO FOI ACRESCENTADA UMA PEDRA TAMBÉM AVERMELHADA. O HÁBITO É RIAMENTE TRABALHADO EM PONTA SECA COM OURO BRUNIDO. IMAGEM BELISSIMA, DE FINO LAVOR! PORTUGAL, SEC. XVIII. 26 CM DE ALTURANOTA:  Os carmelitas, Redento da Cruz e Dionísio, encontraram-se no ano de 1635, no Convento do Carmo, em Goa. Sem antes se conhecerem, se juntaram para virem a ser os primeiros mártires da família fundada por Santa Teresa de Jesus e S. João da Cruz. O Beato Redento da Cruz é português, natural de Cunha,Paredes de Coura, Viana do Castelo. Nasceu em 1598. O seu nome de batismo foi Tomás Rodrigues da Cunha. Cresceu embalado por sonhos dourados de guerreiro e de glória. Muito jovem ainda dirigiu-se a Lisboa, onde embarcou para a India vindo a ser nomeado capitão pela sua valentia nas batalhas em que tomou parte. Não só devido à sua valentia, mas também à destreza e ao seu espírito afável e temperamento comunicativo e alegre, conquistava as simpatias de quantos o conheciam. Na cidade de Tatá, no reino de Sinde, conheceu os carmelitas descalços que aí tinham uma comunidade. Depressa se sentiu atraído peio estilo de vida destes homens que, seguindo os passos de S. Teresa de Jesus e S. João da Cruz, viviam uma santidade alegre e comunicativa. A princípio, o prior do convento escusou-se a admitir o capitão da guarda de Meliapor pensando que ele não era para aquele género de vida. Mas Tomás Rodrigues da Cunha tanto insistiu que o prior atendeu ao seu pedido deixando-o tomar hábito e iniciar o noviciado. Tomás deixou tudo: a carreira militar, a posição social, a glória e até o nome vindo a chamar-se, desde então, Frei Redento da Cruz. No ano de 1620, foi fundado o convento do Carmo de Goa, para onde foi enviado Frei Redento, depois de também ter sido frade conventual no convento de Diu. Frei Redento cativava com a sua simpatia e era estimado por todos por ser alegre, simpático e com um grande sentido de humor. Em Goa, deram-lhe o ofício de porteiro e sacristão. No ano de 1600, em França, nasceu Pedro Berthelot. Também este jovem se inclinou para o mar fazendo-se marinheiro apenas com 12 anos de idade. Em 1619, também ele embarca para a India, onde trabalhou para a armada francesa e holandesa, ao serviço de quem se tornou célebre, ascendendo a piloto de caravela. Finalmente colocou-se ao serviço dos portugueses que o nomearam Piloto-mor e Cosmógrafo das Indias. Deixou-se contagiar pelo testemunho do carmelita, Frei Filipe da Santíssima Trindade e decidiu, como ele, fazer-se carmelita. Todos os dias visitava a igreja do Carmo e um dia decidiu tomar hábito. Era a véspera do Natal e recebeu o nome de Frei Dionísio da Natividade. Em 1636, os holandeses atacaram Goa. O Vice-rei das índias escreve ao Prior do Carmo pedindo-lhe licença para o noviço Frei Dionísio comandar as operações. O que aconteceu. O Piloto-mor e Cosmógrafo das Indias, agora vestido de hábito marrom e capa branca e calçando sandálias, conduziu a esquadra portuguesa à vitória. Em 1638 foi ordenado sacerdote. O Irmão Redento da Cruz continuava o seu ofício de porteiro do convento do Carmo de Goa, enquanto Frei Dionísio se preparava para o sacerdócio. Todos conheciam o porteiro do Carmo e todos o tinham por santo. Não perdia ocasião de a todos edificar oferecendo fios, que arrancava do seu hábito, às pessoas suas amigas, dizendo-lhes que eram relíquias de santo. As pessoas riam-se com Frei Redento, mas ele apenas dizia: agora vocês riem, mas esperem um pouco e haveis de ter pena de não ter mais relíquias minhas. Deus segredava-lhe ao coração que um dia seria santo. Em 1638 novamente foi solicitado ao Prior dos carmelitas que autorizasse Frei Dionísio a comandar uma nova expedição. Acertadas as coisas, Frei Dionísio escolheu e pediu por companheiro a Frei Redento da Cruz que ao despedir-se da comunidade disse sereno e de bom humor: se eu for martirizado pintem-me com os pés bem de fora do hábito, para que vendo as sandálias todos saibam que sou carmelita descalço. Tentaram, as pessoas e benfeitores do convento, impedir por todos os meios a saída do santo porteiro do Carmo temendo o seu martírio. Finalmente, como último recurso, colocaram-lhe drogas na comida para o adormecerem, mas estas não surtiram efeito. Seguidamente embarcou o santo exclamando: vamo-nos que tenho de ser mártir. De fato, traídos pelo rei de Achem, a armada portuguesa foi surpreendida e detida. Forçaram-nos a renegar a fé mas não conseguiram tal traição a Cristo de nenhum dos 60 prisioneiros. Decidiram o seu martírio. Muitos dos sessenta prisioneiros eram rapazes jovens. Havia também um sacerdote indiano que recusou a liberdade. Frei Redento foi o primeiro a ser martirizado, encorajando os companheiros de martírio; Frei Dionísio, o último para a todos confortar. Todos foram decapitados ao fio da espada.  Era o dia 29 de Novembro de 1638. Quando em Goa se soube do acontecimento, repicaram os sinos na igreja do Carmo como em dia de grande festa e cantaram um Te Deum em ação de graças.
  • LOUIS AUGUSTE MOREAUX  RETRATO DE IRMÃOS COM ASPECTO DO MORRO DA CATACUMBA NO RIO DE JANEIRO AO ENTARDECER. OST. EXTRAORDINÁRIA PINTURA ICONOGRAFICA COM REPRESENTAÇÃO DE CASAL DE IRMÃOS E SEU CÃO. EM PRIMEIRO PLANO, AS CRIANÇAS APRESENTAM-SE SENTADAS EM REDE TRAJANDO ROUPAS TÍPICAS DO INICIO DO SEC. XIX. LUXURIANTE VEGETAÇÃO EMOLDURA A PAISAGEM. POUCAS VEZES SE VERÁ UM QUADRO DOTADO DE ELEMENTOS DE BRASILIDADE COM TAL ALMA CARIOCA E DE TEMA TÃO SIMPÁTICO! RIO DE JANEIRO, DEC. 1830, 923 X 84 CM (COM A MOLDURA) SEM ELA: 70 X 60 CM NOTA: Louis Auguste Moreaux (Rocroi, França 1818 - Rio de Janeiro RJ 1877). Vem para o Brasil no fim da década de 1830, juntamente com seu irmão, também pintor, François René Moreaux (1807 - 1860). Permanecem por algum tempo no nordeste e sul do país e, em 1840, fixam residência no Rio de Janeiro. Louis Auguste pinta diversas telas inspiradas em suas viagens pelo Brasil, apresentadas nas Exposições Gerais de Belas Artes, e é premiado com medalha de ouro em 1841. Em 1843, é homenageado com o título de Primeiro Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa, pela composição Jesus Cristo e o Anjo. Colabora com Louis Buvelot (1814 - 1883), realizando desenhos em que enfoca aspectos do Rio de Janeiro, reunidos no álbum litográfico Rio de Janeiro Pitoresco, publicado em fascículos entre 1842 e 1845. Faz também retratos de importantes personalidades da época, como o de dom Pedro II (1825 - 1891) e de Alfredo d'Escragnolle Taunay, visconde de Taunay (1843 - 1899). O artista realiza pinturas em que representa as regiões visitadas, revelando o interesse pela paisagem e pelos costumes do país, como em Negra Lavadeira do Rio (s.d.), Quatro Assuntos da Flora Brasileira (s.d.) e Gaúcho Tomando Mate (s.d.). Como nota o historiador da arte Quirino Campofiorito (1902 - 1993), Moreaux inova o cenário artístico da época por enfocar temas tidos como não usuais para a grande pintura. Para o crítico de arte Gonzaga Duque (1863 - 1911), em Rancho de Mineiros (s.d.) apresenta figurinhas admiráveis pela naturalidade e graça com que se destacam na cena noturna, iluminadas pelo clarão de uma fogueira. Durante a década de 1840, o artista colabora com Louis Buvelot (1814 - 1883), realizando desenhos em que enfoca aspectos do Rio de Janeiro, posteriormente reunidos no álbum litográfico Rio de Janeiro Pitoresco. Moreaux pinta retratos de importantes personalidades da época, como o de dom Pedro II (1825 - 1891), de Saldanha Marinho (1816 - 1895) e de Alfredo d'Escragnolle Taunay, visconde de Taunay (1843 - 1899). Para Gonzaga Duque, as pinturas que realiza para o imperador, representando os personagens históricos Pedro Álvares Cabral, Afonso de Albuquerque e Vasco da Gama, foram executadas com singular sutileza e habilidade. Já o retrato da atriz Lagrange, para o crítico, ultrapassa todas as suas obras do gênero, tanto do ponto de vista do colorido como do desenho. Nele, "a tonalidade é fresca e terna, a difusão da luz é doce e como que lentamente espargida, as meias tintas e os reflexos foram jogados com um requinte inimitável. O braço esquerdo, nu, estendido no espaço, em linha horizontal, é de uma carnação perfeita, de um modelado escultural. Toda a figura é imponente, majestosa ". http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa23775/louis-auguste-moreaux
  • SEVRES PALACIANA ANFORA EM PORCELANA COM GUARNIÇÃO EM BRONZE ORMOLU. FUNDO NA TONALIDADE AZUL COBALTO REMATADO POR OURO EM RELEVO. DECORADA COM ESPLENDOROSA PINTURA REPRESENTANDO CENA com PERSEU E ARIADNE COM CUPIDO E POMBINHOS REPREENTANDO PAIXÃO. PERSEU ESTÁ VESTIDO COMO GUERREIRO, ESPALHADOS EM SEU ENTORNO ELMO, ESPADA, ESCUDO E O SACO ONDE GUARDOU A CABEÇA DA MEDUSA. REPOUSA SOBRE O COLO DE ANDROMEDA. BELA BRONZERIA. ARREMATES EM OURO. ASSINADO PELO ARTISTA.  PEÇA SUNTUOSA E BELÍSSIMA! FRANÇA, SEC. XIX. 90 CM DE ALTURA (base teve restauro profissional)NOTA: Andromeda era uma princesa do Reino da Etiópia, filha do rei Cepheus e da rainha Cassiopeia. Sua mãe era uma mulher excessivamente presunçosa que ousou se vangloriar de que sua filha era mais bonita do que as filhas do deus Nereu, as Nereidas que eram ninfas de extraordinária beleza. Ofendidas pela arrogância da rainha, elas pediram a Poseidon que punisse a rainha e seu reino.  Em resposta ao apelo das Nereidas, Poseidon enviou o monstro marinho Cethus para atacar o reino da Etiópia. Desesperado o Rei Cepheus consultou o oráculo para saber o que poderia fazer para livrar-se do monstro. O oráculo predisse que ele deveria oferecer sua belíssima filha em sacrificio ao monstro do mar e assim a princesa Andrômeda foi acorrentada em um rochedo na costa do Mediterrâneo, em Jaffa onde hoje está a cidade de Tel Aviv.  Esperando que fosse devorada pelo monstro, Andrômeda gritava por socorro. Ouvindo seus gritos, o herói Perseu que retornava de sua jornada em busca da Medusa foi socorrê-la. Quem olhasse os olhos da Medusa era transformado em pedra e Perseu lutando contra o monstro mostrou-lhe os olhos da gorgona e transformou-o em um coral. Libertando e salvando a princesa, pediu-a em casamento.
  • SANTISSIMA TRINDADE - MONUMENTAL TALHA EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA DO ALTO BARROCO PORTUGUES. REPRESENTA EM RELEVO FIGURAS DO PAI ETERNO E JESUS CRISTO SEGURANDO COROA SOBRE DIVINO ESPÍRITO SANTO  EM SUA FORMA DE POMBA COM AS ASAS ABERTAS. NA PARTE INFERIOR ORQUESTRA E CORO DE QUERUBINS. DOSIS DELES ABREM PARTITURA COM INSCRIÇOES CANTUS E TENOR. DOIS OUTROS SEGURAM INSTRUMENTOS MUSICAIS E AO LONGO DE TODA A TALHA DEZENAS DE QUERUBINS EM RELEVO SÃO REPRESENTADOS COMPONDO A CORTE CELESTIAL. PORTUGAL, SEC. XVIII. 94 (H) X 66 CM

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