Peças para o próximo leilão

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  • MAGNIFICO TINTEIRO DE ESCRIVANINHA EM PRATA DE LEI SETECENTISTA BATIDA,  CINZELADA E REPUXADA. DOTADO DE TRES FRANSCOS SENDO DOIS PARA TINTAS E UM POLVILHADOR QUE SE ENCAIXAM EM CERCADURA FENESTRADA REPETINDO A CERCADURA EXTERNA. DOIS SUPORTES PARA PENA. ASSENTE SOBRE QUATRO ALTOS E ELEGANTES PÉS SIMULANDO PERNAS E PATAS DE DRAGÃO. TRABALHO COM EXCEPCIONAL QUALIDADE, PEÇA REALMENTE IMPORTANTE! BRASIL, PRIMEIRA METADE DO SEC. XVIII. 20,5 CM DE COMPRIMENTO.
  • ESCRAVO DE GANHO - BELA SALVA BILHETEIRA EM PRATA DE LEI, BATIDA, CINZELADA E REPUXADA. TRABALHO ESCRAVO DO PERÍODO SETECENTISTA. ELEGANTES GUILLOCHES COM PLANO CONTENDO CÍRCULO CONCÊNTRICO EM ELIPSE SUCEDIDO POR GUIRLANDA FLORAL. AO CENTRO, LAURÉL CONTEM RESERVA COM RERESENTAÇÃO DE CASA SENHORIAL, PÁTIO E ÁRVORE (TÍPICO TRABALHO DE ESCRAVO DE GANHO). BORDA COM PEROLADO E GOLDRÕES. ASSENTE SOBRE TRÊS BELOS PÉS VASADOS REMATADOS POR FLORES E PEROLADOS. FUNDO BATIDO. PEÇA BELA E ELEGANTE COM TODO SABOR DO BRASIL SETECENTISTA REÚNE TRABALHO DE HABILIDOSO ARTÍFICE COM CERTEZA APRENDIZ DE PRATEIRO REFINADO COM O TRABALHO INGÊNUO DO ESCRAVO. MINAS GERAIS, SEC. XVIII. 23 CM DE DIAMETRO. NOTA: NOTA: Para se compreender o que era realmente o escravo de ganho, é necessário pensar no modelo escravista que existia no Brasil, durante o sec. XVIII e XIX . A porção majoritária dos escravos no Brasil era constituída por elementos servis destinados ao trato das lavouras e criação de animais nas fazendas. Outra parte era de escravos domésticos com atribuições definidas dentro das residências e acompanhando fora dela seus senhores. Havia entretanto aquela pequena parcela que se constituía dos escravos de ganho. Geralmente ladinos que tendo jeito para aprender eram treinados para algum ofício que rendesse renda extra. Quando os escravos eram mandados por seus senhores a estabelecimentos industriais e oficinas de artesãos, o senhor geralmente não pagava nenhuma quantia pela aprendizagem proporcionada ao escravo. O trabalho feito pelo escravo nestes estabelecimentos enquanto aprendia era a forma de pagamento.Paralelamente ao trabalho de aluguel, desenvolveu-se o sistema de ganho no contexto urbano, figura de destaque no Rio de Janeiro, no final do sec. XVII e inicio do século XIX. Essa forma de trabalho escravo acentuou-se com o estabelecimento da Corte e provocou mudanças na relação dicotômica senhor e escravo. Os escravos de ganho surgiram como a forma que pessoas que residiam na cidade encontraram para explorar de forma lucrativa a intensificação do fluxo de pessoas e de atividades comerciais da cidade. O estigma criado em relação ao trabalho, influência dos hábitos e idéias dos nobres da corte, fez com que as pessoas relegassem o trabalho aos escravos, e para ganhar dinheiro, utilizaram o serviço dos escravos de ganho, que poderiam receber parte do fruto do seu trabalho. Os escravos de ganho podiam receber do seu senhor parte do lucro obtido com sua atividade. Em outros casos, atingiam a meta imposta pelo seu dono, e ficavam com o excedente para si. E também havia a alternativa de cumprirem a jornada de trabalho imposta pelo seu senhor, e após o período determinado, realizar o trabalho para conseguir dinheiro para si. Existia a possibilidade até mesmo de juntarem para a compra de sua alforria. Porém, obter a liberdade, apesar de ser um sonho sempre presente no cotidiano dos negros escravizados, era bastante difícil de ser alcançada. Os escravos de ganho versados na arte de ourivesaria e prataria eram a elite dessa categoria e de sua lavra temos importantes trabalhos que até hoje nos chegam principalmente pela raridade em museus brasileiros, esta apregoada neste lote é uma delas.
  • HENRYK II KOSSOWISKY  INVERNO  LINDA ESCULTURA CRISOELEPHANTINA EM BRONZE ORMOLU E MARFIM COM BASE EM MÁRMORE. REPRESENTA MENINA USANDO TOUCA E SEGURANDO FECHADO SEU CASACO PARA ESPANTAR O FRIO. ESCULTURA COM MOVIMENTO E EXCEPCIONAL QUALIDADE! POLONIA, FINAL DO SEC. XIX. 26 CM DE ALTURANOTA: Henryk Kossowski(nascido em1855emCracóvia, falecido em1921) - escultor polonês. Ele era filho de um professor daEscola de Belas Artes de Cracóvia,Henryk Kossowski, que foi seu primeiro professor de escultura e arte, ele também aprendeu com Marceli Guyski.Depois de se formar na Escola de Belas Artes, ele saiu para estudar emParis, seus professores incluídoMathurin Moreau.Enquanto na capital francesa, ele participou de exposições de artistas poloneses organizados lá, ele também expôs emViena,Varsóvia,CracóviaeLviv.
  • PRINCESA ISABEL - MAXIMILIANO SCHOLZE (1860-1914).  ASSINADO NA PINTURA EXECUTADA SOBRE MARFIM.  NA PARTE POSTERIOR TAMPA EM COBRE POSSUI A INSCRIÇÃO FEITA DE PUNHO PELO ARTISTA: DONA IZABELLA PRINCESA DO BRAZIL FILHA DE DON PEDRO II IMPERADOR DO BRAZIL PINTADO EM MARFIM POR MAXIMILIANO SCHOLZE. BRASIL, SEC. XIX. 11 CM DE ALTURA (COM A MOLDURA)NOTA: Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon, ou simplesmente princesa Isabel, nasceu no Rio de Janeiro, no dia 29 de julho de 1846. A princesa Isabel era a segunda filha deD. Pedro IIcom sua esposa, Teresa Cristina. Mesmo sendo a segunda filha, tornou-se a herdeira do trono com 11 meses de idade, por causa da morte do filho mais velho do imperador, Afonso Pedro, com dois anos de idade. Assim, a princesa Isabel foi nomeadaherdeira presuntiva, que ocorre quando não havia melhor opção de herdeiro ao trono. Tempos depois, o imperador e sua esposa tiveram outro herdeiro do sexo masculino  Pedro Afonso , mas esse, assim como o primeiro herdeiro, faleceu na infância. Isso fez, novamente, com que a Princesa Isabel fosse nomeada herdeira presuntiva. A educação da princesa Isabel foi digna da realeza e seguiu os moldes que foram aplicados a seu pai, D. Pedro II. Na sua infância, durante seis dias na semana, a princesa tinha aulas de astronomia, história, literatura, física e filosofia e ainda aprendia diversos idiomas, como latim, francês, inglês e alemão. Também estudava dança, piano, desenho, geografia, geologia etc. A princesa Isabel cresceu no Paço do São Cristóvão, no Palácio onde hoje ficam os restos doMuseu Nacional, e sua infância foi marcada pelo isolamento. Teve poucos amigos e foi pouco presente nos principais cenários da corte brasileira. Quando completou 18 anos, a princesa Isabel casou-se com Luís Filipe Maria Fernando Gastão, oConde dEu. Apesar dos casamentos arranjados serem uma prática comum entre as famílias reais, os historiadores afirmam, por meio de registros realizados pela própria princesa, que ela estava de fato apaixonada pelo Conde dEu quando se casaram. Do seu casamento com Conde dEu, nasceram quatro filhos: Luísa Vitória, Pedro, Luís e Antônio.Ao longo de sua vida, a princesa Isabel assumiu o comando do Brasil em três ocasiões. Por ser a herdeira do trono brasileiro, a princesa Isabel tinha a responsabilidade de assumir o comando do país, quando o imperador estivesse ausente. As três ocasiões em que a princesa atuou como regente do Brasil foram: Em 1871, a princesa assumiu o comando do Brasil e, durante sua regência, foi aprovada a Lei do Ventre Livre. Em 1876 e 1877, a princesa teve de lidar com o confronto existente entre maçons e católicos. Em 1888, assumiu o poder enquanto seu pai tratava problemas de saúde na Europa. Na sua regência, foi aprovada a Lei Áurea. Em 15 de novembro de 1889, aconteceu no Brasil aProclamação da República. Com ela, a família imperial foi expulsa do Brasil e, assim, a princesa Isabel partiu com seu marido para o exílio na França. A princesa Isabel faleceu em 14 de novembro de 1921, com 75 anos de idade. A morreu no exílio e nunca retornou ao Brasil depois de 1889. Em 1920, o banimento da família imperial foi revogado, mas, por motivos de saúde, a princesa não pôde retornar. Atualmente, seu corpo jaz enterrado em Petrópolis, no Rio de Janeiro.
  • Rembrandt Harmensz. van Rijn  CRISTO NA CRUZ  1635. ASSINADO NA PARTE SUPERIOR. água forte COM PONTA SECA E BURIL de rembrandt. representa cristo na cruz tendo aos pés maria madalena e a virgem desfalecida sendo amparada por são pedro. ao topo, no centro asssinatura renbrandt f. Acompanha EXPERTISE NUMERADA (755), ASSINADA E ACREDIADA DO ESPECIaLISTA EM ARTE HOLANDESA DO SEC. XVII J.H.J MELLAART EMITADA EM 10 DE OUTUBRO DE 1935 (vide foto da expertise nos créditos extras desse lote). MELLAART FOI AUTOR DE IMPORTANTES OBRAS NA DECADA DE 1920 SOBRE A ARTE HOLANDESA DOS ANOS 1600 ERA UMA GRANDE AUTORIDADE SOBRE REMBRANDT. MELLAART certifica NA ExPERTISE QUE ESSA GRAVURA (água forte) PERTENCEU A COLEÇÃO DO IMPORTANTE PINTOR FRANCES MARCELLIN GILBERT DESBOUTIN (1823-1902), Barão de Rochefort FILHO DE Barthélémy Desboutin,   CAMAREIRO DO REI LUIZ XVIII E DA BaronesA Anne-Sophie de Rochefort-Dalie Farges E QUE CONSTAVA EM SEU TESTAMENTO. DEPOIS FOI ADQUIRIDA PELO COLECIONADOR ALEXANDRE PALLAI NO INICIO DO SEC. XX. exemplar dessa gravura integra o acervo do british museum em londres. está reproduzida no catálogo de gravuras de rembrandt pag. 62 e recebeu o numero de catalogação b80 (vide foto nos créditos extras desse lote). São conhecidas 375 gravuras de Rembrandt que estão listatadas na obra de Woldemar von Seidlitz em seu catálogo de 1895. Esta gravura em pregão faz parte do catálogo de von Seidlitz. gravuras de rembrandt tem imenso colecionismo internacional outra gravura também referenciada no mesmo catálogo sob numero b212 entitulada the three trees alcançou em leilão realizado pela casa christies 314.500,00 libras (vide em: https://www.christies.com/lotfinder/Lot/rembrandt-harmensz-van-rijn-the-three-trees-5775552-details.aspx).  amsterdam, primeira metade do sec. xvii. 95 x 67 mm. com moldura possui 44 x 39 cm.nota: Rembrandt Harmenszoon van Rijn(Leida,15 de julhode1606Amsterdam,4 de outubrode1669) foi umpintoregravadorholandês. É geralmente considerado um dos maiores nomes dahistória da arte europeiae o mais importante dahistória holandesa.  É considerado, por alguns, como o maior pintor de todos os tempos.As suas contribuições àartesurgiram em um período denominado pelos historiadores de "Século de Ouro dos Países Baixos", no qual a influência política, a ciência, o comércio e a cultura holandesa  particularmente a pintura  atingiram seu ápice. Tendo alcançado sucesso na juventude como um pintor de retratos, seus últimos anos foram marcados por uma tragédia pessoal e dificuldades financeiras. No entanto, as suas gravuras e pinturas foram populares em toda a sua vida e sua reputação como artista manteve-se elevada,e por vinte anos ele ensinou quase todos os importantes pintores holandeses.Os maiores triunfos criativos de Rembrandt são exemplificados especialmente nosretratosde seus contemporâneos,autorretratose ilustrações de cenas daBíblia. Seus autorretratos formam uma biografia singular e intimista em que o artista pesquisou a si mesmo sem vaidade e com a máxima sinceridade. Tanto na pintura como na gravura, ele expõe um conhecimento completo daiconografiaclássica, que ele moldou para se adequar às exigências da sua própria experiência; assim, a representação de uma cena bíblica era baseada no conhecimento de Rembrandt sobre o texto específico, na sua assimilação da composição clássica, e em suas observações da populaçãojudaicadeAmsterdã.Devido a sua empatia pela condição humana, ele foi chamado de "um dos grandes profetas da civilização".  Em1629, Rembrandt foi descoberto pelo estadistaConstantijn Huygens(pai do famoso matemático e físicoChristiaan Huygens), que conseguiu para o pintor importantes encomendas na corte deHaia. Como resultado desta conexão, o príncipeFrederik Hendrikcontinuou a adquirir as obras de Rembrandt até1646.  Em1629, Rembrandt foi descoberto pelo estadistaConstantijn Huygens(pai do famoso matemático e físicoChristiaan Huygens), que conseguiu para o pintor importantes encomendas na corte deHaia. Como resultado desta conexão, o príncipeFrederik Hendrikcontinuou a adquirir as obras de Rembrandt até1646. Rembrandt vivia além de suas rendas, comprando obras de arte, impressões e raridades, o que supostamente provocou em1656um acordo nos tribunais para evitar suafalência, que resultou na venda da maioria de seus quadros e sua imensa coleção de antiquidades. A lista de itens vendidos sobreviveu ao tempo, e relaciona entre outros objetos osbustosde vários Imperadores Romanos,armadurasjaponesas e um acervo de história natural e mineral. Os valores obtidos com as vendas em1657e1658, contudo, foram irrisórios.  Em1660ele foi forçado a vender sua casa e máquina impressora e mudar-se para uma habitação modesta em Rozengracht.  As autoridades e credores eram em geral compreensivos com sua situaçãocom exceção da guilda de pintores de Amsterdã, que introduziu uma nova regra proibindo a qualquer um nas circunstâncias de Rembrandt de trabalhar como pintor. Para contornar a proibição, Hendrickje e Titus iniciaram um empreendimento para agenciar obras de arte, com Rembrandt como seu funcionário. Em1661, ele (ou o novo empreendimento) foi contratado para completar os trabalhos do recém-construídopaço municipala contratação só ocorreu, no entanto, após a morte deGovert Flinck, que fora designado originalmente para o trabalho. A obra resultante,A Conspiração de Claudius Civilis, foi rejeitada e devolvida ao pintor; apenas um fragmento dela acabaria  conservada. Na mesma época Rembrandt admitiu seu último aprendiz,Aert de Gelder. Em1662ele continuava a executar grandes encomendas de retratos e outras obras. Rembrandt sobreviveu tanto a Hendrickje, que morreu em 1663, quanto Titus, morto em 1668. Ele faleceu em Amsterdã por volta de um ano depois da morte do filho, sendo sepultado em uma cova não demarcada naWesterkerk.  Rembrandt pintou usando basicamente três temas distintos, as pinturas sacras, os autorretratos e os retratos de grupos. As pinturas sacras foram realizadas por toda a vida do pintor, principalmente de cenas retratadas naBíblia. Temos como bons exemplos desta fase "O retorno do filho pródigo" em exposição noMuseu HermitagedeSão PetersburgoeJacó abençoa os filhos de Joséno Museu Staatliche Kunstsammlungen Kassel. Muito elogiado por seus contemporâneos, que sempre o reverenciaram como um mestre intérprete das histórias bíblicas graças à sua habilidade em representar emoções e atenção aos detalhes. Rembrandt ficou muito famoso pela quantidade de autorretratos que realizou, mais de 100 no total, por 40 anos. Estes autorretratos, que eram leituras psicológicas do autor, foram comparados somente aos queVincent Van Goghfez de si mesmo, mais de 200 anos depois. Sempre foi fiel ao rosto que encontrava no espelho, tanto nos momentos felizes quanto nos de desespero, onde encarava as agruras da vida.  Em muitas pinturas bíblicas, comoA Subida da Cruz,José Contando Seus SonhoseA Stoning de São Estevão, Rembrandt pintou-se como personagem na multidão. Acredita-se que Rembrandt tenha feito isto pois, para ele, aBíbliaera umtipo de diário, uma conta sobre os momentos de sua própria vida. Rembrandt era, e ainda é, muito famoso pela qualidade das suas gravuras. Produziu-as de 1626 a 1660, até quando foi obrigado a vender sua impressora e deixou de fazê-las. O único ano em que não realizou nenhuma gravura foi o de 1649. Até o século XIX, Rembrandt era mais famoso como gravador do que como pintor.Isso porque Rembrandt não as considerava um tipo inferior de arte, e sim, outro tipo de se expressar, totalmente diferente da pintura. As gravuras consistiam de uma técnica aperfeiçoada e simplificada pelo próprio pintor, por volta de 1630,onde ele gravava placas de metal com umburile depois, com a utilização de algunsácidos, corava estas ranhuras feitas nas placas, marcando-as. Com o auxílio de uma prensa ele transpunha esta imagem gravada na placa de metal para o papel, resultando em lindas gravuras.O nome desta técnica éágua-forte. Rembrandt usava das mais variadas temáticas nas suas gravuras como cenasbíblicas,mitologia, paisagens, nus, retratos e outras mais, idem às suas pinturas; embora os autorretratos sejam mais comuns neste tipo de arte. A fase onde realizou a maior quantidade de gravuras iniciou-se em 1636 e durou cerca de 20 anos. Muitas delas permanecem até hoje, algumas sendo encontradas noMuseu Rembrandt, emAmsterdã. Gravuras estas que percorrem o mundo em exposições temporárias, a fim de que outros possam apreciar as obras do grande mestre. Existem vinte e sete autorretratos, 64 paisagens, a maioria pequenas, com um detalhamento impressionante. Um terço de suas gravuras eram de tema religioso, muitas tratadas de forma bastante simplista, enquanto outras são impressões monumentais. Algumas gravuraseróticas, ou apenas obscenas também são encontradas, embora não haja paralelo a este tema em suas pinturas. Possuía, até ser obrigado a vender, uma série de gravuras de outros artistas e muitos esboços e influências podem ser traçadas daí. Entre estes podemos destacarMantegna,Rafael Sanzio,Hercules Segers, eGiovanni Benedetto Castiglione.  Assim como na pintura, Rembrandt também passou por duas fases distintas na execução de gravuras. Poucos trabalhos restaram da primeira fase, restando somente as impressões finais eesboços. Na segunda fase, mais madura, de cerca de 1650, uma certa quantidade de placas ainda restaram. Rembrandt começa a experimentar diferentes tipos depapelpara impressão, incluindopapel de arrozeveludo. Começa a usar um "tom de superfície", o que deixa uma fina camada de tinta em partes da placa ao invés de deixá-la completamente imersa em tinta em cada impressão.Outro detalhe encontrado nas gravuras da segunda fase é a quantidade de áreas brancas, o que sugeria espaço e outras áreas de linhas extremamente complexas a fim de produzir tons escuros ricos em detalhes. "Rembrandt" é uma modificação do primeiro nome do artista, que começou a usá-lo em 1633. Por volta de 1625 suas assinaturas consistiam de um "R" inicial, ou domonograma"RH" (de Rembrant Harmenszoon; ou. "Rembrant, filho de Harmen"), e começou a usar "RHL", em 1629 (acredita-se que o "L" seja devido a sua cidade natal,Leida). Em 1632, adicionou seu patronímico e assinava "RHL-van Rijn", mas no mesmo ano começou a usar seu primeiro nome, "Rembrant". Em 1633 adicionou um "d", e manteve a assinatura constante, apenas com uma pequena alteração puramente visual, sem alterações de pronúncia. Curiosamente, apesar de suas pinturas e gravuras apreentarem vários formatos de assinatura neste período inicial, seus documentos sempre mantiveram o original "Rembrant" (Provavelmente só existe uma gravura com a assinatura "RHL-v. Rijn,", de 1632; "A Ascensão de Lázaro" B 73).Esta prática de assinar com apenas o primeiro nome foi seguida porVincent van Gogh, e provavelmente inspirada porRafael,Leonardo da VincieMichelangelo, que, hoje, são considerados os primeiros a adotar esta prática. Em 1906, na casa onde morou o pintor entre 1639 e 1660, foi estabelecido oMuseu Rembrandt, após o imóvel ter sido comprado pela Fundação Rembrandt. O endereço é Jodenbreestraat 4,Amsterdã. Lá o visitante pode apreciar alguns quadros de Rembrandt e de seus pupilos, bem como cômodos com objetos usados pelo pintor, incluindo seu atelier. Um dos cômodos mais curiosos abriga a coleção de objetos de Rembrandt, incluindo crânios de animais,animais embalsamados,conchas,armadurase outros mais, que o pintor colecionava e também utilizada em seus quadros, quando necessário.
  • PALACIANO PAR DE FLOREIROS EM PORCELANA E BRONZE ORMOLU DECORADAS COM ALEGORIA A POESIA E A MÚSICA. FUNDO NA TONALIDADE AZUL COBALTO COM RICAS RESERVAS NA FACE POSTERIOR E ANTERIOR  REMATADAS EM FINO OURO. NA PARTE ANTERIOR ANJOS SÃO APRESENTADOS EM DUAS DIFERENTES CENAS, EM UMA DELAS, A INSPIRAÇÃO EM QUE UM DELES TEM SOBRE A CABEÇA LAUREL ENQUANTO ESCREVE INSPIRADO POR PÁSSAROS. NA OUTRA CENA ANJOS MÚSICOS SÃO APRESENTADOS, UM DELES REGE ENQUANTO O OUTRO LÊ PARTITURA E EXECUTA A MÚSICA. AMBOS POSSUEM NA FACE POSTERIOR EXUBERANTES RESERVAS COM ARRANJOS FLORAIS MAGNIFICAMENTE EXECUTADOS. FARTA BRONZERIA ORMOLU COM EXPRESSIVA QUALIDADE COMPÕES ALÇAS LATERAIS COM FIEITIO DE MUSAS INSPIRADORAS UMA SEGURANDO ESPIGAS DE TRIGO E OUTRA SEGURANDO FRUTOS, BORDA E BASE TAMBÉ REMATADAS EM BRONZE. A BORDA TEM FEITIO DE PARRAS E CACHOS DE UVA E A BASE INTRINCADA PEANHA COM FENESTRAS. PEÇAS MAGNIFICAS, COM MARCAS NÃO IDENTIFICADAS. PROVAVELMENTE FRANÇA, SEC. XIX. 48 CM DE ALTURA
  • BANHISTA  GRANDE ESCULTURA EM MÁRMORE ITALIANO COM SUA BASE SIMULANDO COLUNA REPRESENTANDO O BANHO DA DEUSA  AFRODITE.  CABELOS ELABORADOS COM ARRANJOS FLORAIS MAGNIFICAMENTE ARRANJADOS. TRAÇOS DELICADOS, CORPO COM FORMAS PERFEITAS E ALONGADAS. ITÁLIA, INICIO DO SEC. XX.  205 CM (COM A COLUNA) SEM ELA 152 CM
  • PRATA DE LEI VITORIANA  GRANDE E MAGNÍFICA SALVA EM PRATA DE LEI COM CONTRASTES PARA CIDADE DE  LONDRES E LETRA DATA 1866. FEITIO RECORTADO, BORDA PEROLADA ENTREMEADA POR GOLDRÕES. PLANO COM ELEGANTES GUILLOCHES QUE EMOLDURAM BELO MONOGRAMA. ELEVADA SOBRE QUATRO FORMIDÁVEIS PÉS EM GARRA E BOLA DE PRIMOROSA E ELEGANTE EXECUÇÃO. SALVA REALMENTE FANTÁSTICA! INGLATERRA, SEC. XIX. 36 CM DE DIAMETRO.
  • DOM PEDRO II  IMPERADOR DO BRASIL  O MAIS PATRIOTA DOS BRASILEIROS - MAXIMILIANO SCHOLZE (1860-1914). ASSINADO NA PINTURA EXECUTADA SOBRE MARFIM.  NA PARTE POSTERIOR TAMPA EM COBRE POSSUI A INSCRIÇÃO FEITA DE PUNHO PELO ARTISTA: DON PEDRO II IMPERADOR DO BRAZIL PINTADO SOBRE MARFIM POR MAXIMILIANO SCHOLZE. BRASIL, SEC. XIX. 12 CM DE ALTURA (COM A MOLDURA)NOTA: DOM PEDRO II: Foi um grande imperador e sábio governante, aclamado como: o maior brasileiro, não por acaso também chamado de O MAGNÂNIMO. Foi antes um brasileiro com enorme senso patriótico extraordinário, dotado de grande amor pelo seu povo. Desde a tenra idade foi preparado para o poder, educado para isso, erudito, hábil em várias línguas. Sua mãe faleceu quando ele ainda tinha um ano de idade, o pai tinha abdicado do governo e voltou para Portugal para lutar na Revolução Liberal que acabou por entronizar naquele país sua filha e irmã de Dom Pedro II, a Rainha Dona Maria II de Portugal. Ficaram responsáveis por sua criação : Jose Bonifacio de Andrada (o tutor), Mariana Carlota de Verna Magalhaes Coutinho e Rafael, um veterano negro da Guerra da Cisplatina. Ainda criança teve uma rotina pesada de estudos, não lhe foi dado o direito da infância despreocupada, passava os dias estudando, com apenas duas horas livres para recreação. Acordava às 6h30 da manhã e começava seus estudos às sete, continuando até as dez da noite, quando ia para cama. Tomou-se grande cuidado em sua educação para formar valores e personalidade. Sua paixão por leitura lhe permitiu assimilar qualquer informação. Sua maioridade prematura acabou servindo para estabilizar o Brasil que atravessava um momento de muitos conflitos internos. Assumiu o império a beira da desintegração e transformou o Brasil numa potência emergente. Em grande parte o sucesso da nação deu-se exatamente pela estabilidade política, liberdade de expressão, com respeito aos direitos civis. Tinha como forma de governo uma funcional monarquia parlamentar constitucional. Sempre foi um monarca dedicado, indo pessoalmente visitar repartições públicas, por exemplo. Todos os súditos se impressionavam com a sua aparente auto-confiança. Sua atividade mais prazerosa era ir ao Colégio Dom Pedro II arguir os alunos, nunca escondeu que seu sonho era o de ser Professor. O imperador amadureceu com os anos, sua auto confiança foi crescendo e suas qualidades de caráter vieram a tona. Tornou-se não só imparcial e dedicado, mas também cortês, paciente e sensato. A medida que ele foi exercendo por completo sua autoridade imperial, suas novas habilidades sociais e dedicação ao governo contribuíram grandemente para a eficiência de sua imagem pública. Discreto com as palavras e sempre cordato no agir. era um trabalhador compulsivo, com uma rotina exigente e extenuante. Normalmente acordava as sete da manhã e não dormia antes das duas da madrugada do dia seguinte. Seu dia inteiro era reservado aos negócios de Estado e o pouco tempo livre disponível era gasto lendo e estudando. O imperador vestia-se de forma simples: uma casaca, calça e gravata pretas. Para ocasiões especiais ele usava o uniforme de gala e só aparecia vestido com o manto imperial e com a coroa e cetro duas vezes ao ano: na abertura e encerramento da Assembléia Geral. Obrigava políticos e funcionários públicos a seguirem seus exemplos de padrões exigentes. Exigia que os políticos trabalhassem oito horas por dia e adotou uma política exigente de seleção de funcionários públicos baseada na moralidade e mérito. Para dar a todos o padrão, ele próprio vivia de forma simples. Bailes e eventos de corte cessaram após 1852. Ele também recusou as reiteradas propostas para aumentarem o valor de sua remuneração, desde 1840, quando representava 3% dos gastos públicos, até 1889, quando havia caído para 0,5%. Ele recusava luxo, uma vez explicando: "Também entendo que despesa inútil é furto a Nação". Sua habilidade para resolver os conflitos internacionais foi sempre digna de destaque. O sucesso do Império em sua atuação em três crises internacionais aumentou consideravelmente a estabilidade e prestígio da nação, e o Brasil emergiu como um poder no hemisfério. Internacionalmente, os europeus começaram a enxergar o país como personificador de ideais liberais familiares, como liberdade de imprensa e respeito constitucional a liberdades civis. Sua monarquia parlamentarista representativa se firmava em grave contraste a mistura de ditaduras e instabilidade endêmica as demais nações da América do Sul durante este período. O país começou a gozar de estabilidade econômica e política; Pedro II não era uma simples figura ornamental como os monarcas da Grã-Bretanha e nem um autocrata à maneira dos czares russos. O imperador exercia poder através da cooperação com políticos eleitos, interesses econômicos e apoio popular. Esta interdependência e interação fizeram muito para influenciar a direção do reinado. Os mais notáveis sucessos políticos do imperador foram alcançados devido a maneira cooperativa e de não-confrontação quanto a interação com interesses diversos e com as figuras partidárias nos quais ele tinha que lidar. Ele era impressionantemente tolerante, raramente se ofendendo com críticas, oposição, ou mesmo incompetência. Ele era cuidadoso em nomear somente candidatos altamente qualificados para posições no governo, e buscava coibir a corrupção. Ele não tinha autoridade constitucional para forçar a aceitação as suas iniciativas sem o devido apoio, e sua maneira colaboradora quanto a governar manteve a nação progredindo e permitiu ao sistema político funcionar com sucesso. Sempre respeitou o parlamento, mesmo com as muitas resistências dos oposicionistas. O próprio imperador liderou os exércitos nos conflitos internacionais dos quais saiu vitorioso: Guerra do Prata, Guerra do Uruguai e Guerra do Paraguai. Pedro II decidiu ir à frente de batalha pessoalmente. Tanto o gabinete quanto a Assembleia Geral se recusaram a aquiescer ao desejo do imperador. Após receber também a recusa do Conselho de Estado, Pedro II fez o seu memorável pronunciamento: "Se os políticos podem me impedir que siga como imperador, vou abdicar e seguir como voluntário da Pátria"uma alusão aos brasileiros que se voluntariaram para ir a guerra e que ficaram conhecidos por toda a nação como "Voluntários da Pátria". O próprio monarca foi chamado popularmente de "Voluntário número um". O imperador partiu para o sul em Julho de 1865. Desembarcou no Rio Grande do Sul poucos dias depois e seguiu de lá por terra. A jornada foi realizada montada a cavalo e por carretas, e à noite o imperador dormia em tenda de campanha. Pedro II alcançou Uruguaiana, ocupada pelo exército paraguaio, em 11 de setembro. Quando de sua chegada, a força paraguaia já se encontrava cercada. O imperador cavalgou a uma distância de um tiro de rifle de Uruguaiana para demonstrar sua coragem, mas os paraguaios não o atacaram. Para evitar mais derramamento de sangue, ele ofereceu os termos de rendição ao comandante paraguaio, que os aceitou. A coordenação das operações militares pelo próprio imperador e seu exemplo pessoal teve um papel decisivo na repulsa à invasão paraguaia do território brasileiro. Havia uma crença generalizada de que a guerra estava próxima de seu fim e que a rendição de López era iminente. Antes de partir de Uruguaiana, ele recebeu o embaixador britânico Edward Thornton, que se desculpou publicamente em nome da rainha Vitoria e do governo britânico pela crise entre os dois Impérios. O imperador considerou suficiente esta vitória diplomática sobre a mais poderosa nação do mundo e reatou relações amistosas entre as duas nações. Ele retornou ao Rio de Janeiro e foi recebido com enormes celebrações. Foi aclamado e idolatrado por seu povo. Mais de 50 mil soldados brasileiros morreram e os custos da guerra foram equivalentes a onze vezes a receita anual do governo. No entanto, o país se encontrava tão próspero que o governo pôde quitar o débito em apenas dez anos. O conflito foi um estímulo para a produção e para o crescimento econômico nacional. Pedro II recusou a proposta da Assembleia Geral de erguer uma estatua equestre sua para comemorar a vitória e ao invés preferiu utilizar o dinheiro necessário para construir escolas de ensino primário. Sentia a necessidade de criar um sentimento de identidade nacional brasileira e criou: o instituto Histórico e Geográfico Brasileiro para promover pesquisa e preservação nas ciências históricas, geográficas, culturais e sociais. A Imperial Academia de Música e Ópera Nacional e o Colégio Pedro II, servindo como modelo para escolas por todo o Brasil. A Imperial Escola de Belas Artes, estabelecida por seu pai, recebeu maior apoio e fortalecimento. Pedro II providenciou bolsas de estudo para brasileiros frequentarem universidades, escolas de arte e conservatórios musicais na Europa. Financiou a criação do Instituto Pasteur, assim como a casa de ópera Bayreuth Festspielhaus de Wagner, além de outros projetos semelhantes. Seus esforços foram reconhecidos até no exterior. Darwin disse sobre ele: "O imperador faz tanto pela ciência, que todo sábio é obrigado a demonstrar a ele o mais completo respeito."O Brasil vivia uma época de grande prosperidade e paz. O Imperador defendia radicalmente a liberdade de expressão, incentivava os jornais da capital e província e via dessa forma uma maneira de manter conhecimento da opinião pública e da situação da nação. Sempre tinha contato direto com os súditos. Dava a oportunidade de audiências públicas regulares nas terças e sábados, onde qualquer do povo, até os escravos, podiam fazer parte e apresentar suas petições e contar os seus problemas. Visitava também escolas, colégios, prisões, fábricas, quartéis, etc. Foi um erudito, que promoveu de todas as formas o conhecimento, cultura, ciências. Era respeitado por grandes personalidades como Charles Darwin, Nietzsche, Graham Bell, Richard Wagner, Louis Pasteur, dentre tantos outros. Era um grande defensor da ciência, como comentou em seu diário que "Nasci para consagrar-me às letras e às ciências ", Se dedicava a antropologia, geografia, medicina, direito, religião, filosofia, pintura, escultura, teatro, música, química , poesia e tecnologia. Sua paixão linguística sempre fez com que estudasse novas línguas era fluente em português, latim, Frances, alemão, inglês, italiano, espanhol, grego, árabe, hebraico, sânscrito, chinês, provençal e tupi. Era admirado por grandes personalidades como Nietsche, Vitor Hugo. Foi membro da Academia de Ciências da Rússia, da Royal Society, da Academia de Ciências e Artes da Bélgica, dentre outras. O imperador nunca possuiu escravos. Ao longo de seu governo a população de escravos já havia caído pela metade. O grande problema que o imperador via em abolir definitivamente a escravidão era o possível impacto na economia nacional, visto que todos possuíam escravos do mais rico ao mais pobre. O imperador não tinha autoridade constitucional para diretamente intervir e por um fim na escravidão. Precisaria usar todos seus esforços para convencer, influenciar e ganhar o apoio do parlamento.Em 22 de maio de 1888, acamado e ainda se recuperando no exterior de uma doença, recebeu a notícia de que a escravidão havia sido abolida no Brasil. Com voz fraca e lágrimas nos olhos, murmurou: "Demos graças a Deus. Grande povo! Grande povo!" e desatou a chorar copiosamente. Pedro II retornou e desembarcou no Rio de Janeiro em 22 de agosto de 1888. O "país inteiro o recebeu com um entusiasmo jamais visto. Da capital, das províncias, de todos os lugares, chegaram provas de afeição e veneração." Com a devoção expressada pelos brasileiros com o retorno do imperador e da imperatriz da Europa, a monarquia aparentava gozar de apoio inabalável e parecia estar no ápice de sua popularidade. A nação brasileira desfrutava de grande prestígio no exterior durante os anos finais do Império. As Previsões de perturbações na economia e na Mão de Obra causadas pela abolição da escravatura não se realizaram e a colheita de café de 1888 foi bem-sucedida. Contudo, o fim da escravidão desencadeou em uma transferência explícita do apoio ao republicanismo pelos grandes fazendeiros de café. Detentores de grande poder político, econômico e social no país, os fazendeiros consideraram a abolição como confisco de propriedade privada. Para evitar uma reação republicana, o governo aproveitou o crédito fácil disponível no Brasil como resultado de sua prosperidade e disponibilizou grandes empréstimos a juros baixos aos cafeicultores, além de distribuir fartamente títulos de nobreza e outras honrarias a figuras políticas influentes que haviam se tornado descontentes. O governo também tomou medidas indiretas para administrar a crise com os militares revivendo a Guarda Nacional, que então existia praticamente apenas no papel. As medidas tomadas pelo governo alarmaram os republicanos civis e os militares positivistas. Estes entenderam as ações do governo como uma ameaça aos seus propósitos, o que os incitou à reação. Para ambos os grupos, republicanos e militares dissidentes, havia se tornado um caso de "agora ou nunca". Apesar de não haver desejo entre a maior parte da população brasileira para uma mudança na forma de governo, os republicanos civis passaram a pressionar os oficiais militares a derrubar a monarquia. Os positivistas realizaram um golpe de Estado em 15 de novembro de 1889 e instituíram uma república. As poucas pessoas que presenciaram o acontecimento não perceberam que se tratava de uma rebelião. A historiadora Lídia Besouchet afirmou que "raramente uma revolução havia sido tão minoritária." Durante todo o processo Pedro II não demonstrou qualquer emoção, como se não se importasse com o desenlance. Ele rejeitou todas as sugestões para debelar a rebelião feitas por políticos e militares. Quando soube da notícia de sua deposição, simplesmente comentou: "Se assim é, será minha aposentadoria. Trabalhei demais e estou cansado. Agora vou descansar". Ele e sua família foram mandados para o exílio na Europa, partindo em 17 de novembro. Houve resistência monarquista significante após a queda do Império, o qual foi sempre reprimida. Distúrbios contra o golpe ocorreram, assim como batalhas entre tropas monarquistas do Exército contra milícias republicanas. O novo regime suprimiu com rápida brutalidade e total desdenho por todas as liberdades civis quaisquer tentativas de criar um partido monarquista ou de publicar jornais monarquistas. Teve seus últimos dois anos de vida solitários e melancólicos, em Paris, vivendo em hotéis modestos com quase nenhum recurso, ajudado financeiramente pelo seu amigo Conde de Alves Machado, e escrevendo em seu diário sobre sonhos em que lhe era permitido retornar ao Brasil. Certo dia realizou um longo passeio pelo Rio Sena em carruagem aberta, apesar da temperatura extremamente baixa. Ao retornar para o hotel Bedford à noite, sentiu-se resfriado. A doença evoluiu nos dias seguintes até tornar-se uma pneumonia, que acabou levando-o a óbito. Suas últimas palavras foram: "Deus que me conceda esses últimos desejospaz e prosperidade para o Brasil." Enquanto preparavam seu corpo, um pacote lacrado foi encontrado no quarto com uma mensagem escrita pelo próprio imperador: "É terra de meu país; desejo que seja posta no meu caixão, se eu morrer fora de minha pátria". O pacote que continha terra de todas as províncias brasileiras foi colocada dentro do caixão. A Princesa Isabel desejava realizar uma cerimônia discreta e íntima, mas acabou por aceitar o pedido do governo francês de realizar um funeral de Estado. No dia seguinte, milhares de pessoas compareceram a cerimônia. Quase todos os membros da Academia Francesa, do Instituto de França, da Academia de Ciências Morais e da Academia de Inscrições e Belas-Artes também participaram. Representantes de outros governos, tanto do continente americano, quanto europeu se fizeram presentes, além de países longínquos como Turquia, China, Japão e Pérsia. Os membros do governo republicano brasileiro, "temerosos da grande repercussão que tivera a morte do imperador", negaram qualquer manifestação oficial. Contudo, o povo brasileiro não ficou indiferente ao falecimento de Pedro II, pois a "repercussão no Brasil foi também imensa, apesar dos esforços do governo para a abafar. Houve manifestações de pesar em todo o país: comércios fechados, bandeiras a meio pau, toques de finados, tarjas pretas nas roupas, ofícios religiosos". Foram realizadas "missas solenes por todo o país, seguidas de pronunciamentos fúnebres em que se enalteciam D. Pedro II e o regime monárquico". Os brasileiros se mantiveram apegados a figura do imperador popular a quem consideravam um herói e continuaram a vê-lo como o Pai do Povo personificado. Esta visão era ainda mais forte entre os brasileiros negros ou de ascendência negra, que acreditavam que a monarquia representava a libertação. O fenômeno de apoio contínuo ao monarca deposto é largamente devido a uma noção generalizada de que ele foi "um governante sábio, benevolente, austero e honesto" Esta visão positiva de Pedro II, e nostalgia por seu reinado, apenas cresceu a medida que a nação rapidamente caiu sob o efeito de uma série de crises políticas e econômicas que os brasileiros acreditavam terem ocorridas devido a deposição do imperador. Ele nunca cessou de ser considerado um herói popular, mas gradualmente voltaria a ser um herói oficial. Surpreendentemente fortes sentimentos de culpa se manifestaram dentre os republicanos, que se tornaram cada vez mais evidentes com a morte do imperador no exílio. Eles elogiavam Pedro II, que era visto como um modelo de ideais republicanos, e a era imperial, que acreditavam que deveria servir de exemplo a ser seguido pela jovem república. No Brasil, as notícias da morte do imperador "causaram um sentimento genuíno de remorso entre aqueles que, apesar de não possuirem simpatia pela restauração, reconheciam tanto os méritos quanto as realizações de seu falecido governante." Seus restos mortais, assim como os de sua esposa, foram finalmente trazidos ao Brasil em 1921 a tempo do centenário da independência brasileira em 1922 e o governo desejava dar a Pedro II honras condizentes aos de Chefe de Estado. Um feriado nacional foi decretado e o retorno do imperador como herói nacional foi celebrado por todo o país. Milhares participaram da cerimônia principal no Rio de Janeiro. O historiador Pedro Calmon descreveu a cena: "Os velhos choravam. Muitos ajoelhavam-se. Todos batiam palmas. Não se distinguiam mais republicanos e monárquicos. Eram brasileiros" Esta homenagem marcou a reconciliação do Brasil republicano com o seu passado monárquico. Os historiadores possuem uma grande estima por Pedro II e seu reinado. A literatura historiográfica que trata dele é vasta e, com a exceção do período imediatamente posterior a sua queda, enormemente positiva, e até mesmo laudatória. O imperador Pedro II é considerado por vários historiadores o maior de todos os brasileiros. De uma maneira bem similar aos métodos que foram usados pelos republicanos do começo do século XX, os historiadores apontam as virtudes do imperador como exemplos a serem seguidos, apesar de que nenhum foi longe o bastante para propor a restauração da monarquia. O historiador Richard Graham comentou: "A maior parte dos historiadores do século XX, além disso, têm olhado nostalgicamente para o período do reinado de Pedro II, usando suas descrições do Império para criticar às vezes sutilmente, outras vezes nem tanto os regimes republicanos e ditatoriais subsequentes do Brasil."
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