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  • GUERRA DO PARAGUAI  RARA NOTA DO TESOURO  PARAGUAYO MOEDA FORTE DO GOVERNO  CUNHADO EM 1865 EM MEIO AO ESFORÇO DE GUERRA ORDENADO PELO DITADOR SOLANO LOPEZ. VALOR DE FACE DE 1 PESO. TRAZ A ADVERTENCIA: A LEI PERSEGUIRÁ AOS FALSIFICADORES. ASSINADO POR AGUSTIN TRIGO E  MIGUEL BERGES . EM 25 DE MARÇO DE 1865, FRANCISCO SOLANO LÓPEZ ASSINAVA UM DECRETO QUE AUTORIZAVA O TESOURO NACIONAL A EMITIR NOTAS EM DIVERSAS DENOMINAÇÕES. EM MARÇO DE 1865 ERAM EMITIDAS AS PRIMEIRAS NOTAS SOB O GOVERNO DE DOM FRANCISCO SOLANO LOPEZ NA IMPRENSA DO ESTADO, NESSA ÉPOCA O SISTEMA  MONETÁRIO DO PAÍS  ERA O PESO E SUA DIVISÃO ERAM OS REALES.AS NOTAS EMITIDAS CORRESPONDIAM AOS VALORES DE 1, 2 E 4 REAIS COM UMA TIPOGRAFIA A PRETO E BRANCO; AS NOTAS DE PESOS ESTAVAM EM VALORES DE 1, 2, 3, 4, 5 E 10 PESOS COM UMA TIPOGRAFIA AZUL E BRANCO. TODAS ESTAS NOTAS, ALÉM DE APRESENTAREM TAMANHOS DIFERENCIADOS DE ACORDO COM O PODER DE COMPRA DE CADA UMA, ERAM LITOGRAFADAS DE UM LADO, OU SEJA, APRESENTAVAM APENAS UMA FACE. PARAGAUAY, 1865, 15.5 X 10.5 CM.NOTA: Em 13 de dezembro de 1865 o Paraguai entrava em guerra com o Brasil: era o início da Guerra do Paraguai, também conhecida como A Última Guerra do Prata. O conflito  matou mais de 350 mil pessoas.  Esta guerra devastadora teve um impacto significativo na economia e na moeda do Paraguai. O país sofreu alta inflação e foi forçado a cunhar moedas feitas de cobre e estanho de baixa qualidade além de títulos de papel garantidos pelo governo. Após a guerra, o Paraguai adotou o peso argentino como moeda oficial. Entretanto, em 1943 o país introduziu sua própria moeda, o guarani, que é usada até hoje. Na leitura das narrativas jornalísticas pôde-se imaginar o que se passou quando o navio de linha chegou ao Rio de Janeiro, em março de 1870, com a informação que o ditador Solano López, presidente paraguaio, havia aprisionado, em plena época de paz, o navio que transportava o presidente da província do Mato Grosso. Foi possível imaginar, inclusive, as fisionomias dos leitores ao tomarem conhecimento da notícia. Todos os primeiros memorialistas e escritores da Guerra do Paraguai afirmaram ter sido unissono o grito que ecoou pelo Império. Ao brado de angústia da pátria afrontada, a altiva população do Brasil respondeu com grandiosa oferta de seus braços e do sangue de sua mocidade. Porém, como partir para uma desforra condigna se o limitado exército brasileiro era composto por soldados que se achavam distribuídos em destacamentos nas comarcas do interior das províncias, sem conhecer o manejo das armas, sem disciplina, sem meios e sem a prática da rápida locomoção? Quando o governo monárquico começou ver que não estava preparado para uma eventual guerra, chegou a notícia da invasão de Mato Grosso pelas forças inimigas. O governo soube também que outra parte do exército paraguaio, com 24 mil soldados, tinha seguido em marcha forçada com o fim de tomar o Rio Grande do Sul. O terror se apoderou das famílias brasileiras e dos homens de Estado  três meses depois de iniciada a luta, o governo não esperava que a peleja fosse tão terrível, sem tréguas e desigual. Para tentar evitar um resultado infeliz para o Brasil, restou aos homens do governo apelar para o patriotismo dos cidadãos e os sacrifícios de toda a ordem. Recompensas e favores foram prometidos aqueles que marchassem para o sul a fim de barrar a horda invasora, pois apenas com um esforço titânico o Brasil, com menos de doze mil homens inexperientes na arte da guerra, poderia resistir a um exército de 62 mil soldados robustos, disciplinados e conhecedores do manejo das armas que portavam! Durante cinco anos o cenário político e social se modificou e, raro era a família que não teve um filho, irmão, pai, esposo, parente ou amigo lutado no Paraguai. Em 01 de março de 1870 a Guerra do Paraguai estava terminada. Para conter o inimigo em suas fronteiras, o Brasil precisou mobilizar o Exército, a Guarda Nacional e criar corpos de Voluntários da Pátria. A vitória da coalizão do Brasil, Uruguai e Argentina terminou com a morte do ditador Francisco Solano Lopez e um Paraguay definitivamente arrasado.
  • GUERRA DO PARAGUAI - BRIGADEIRO JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY (1806 RIO DE JANEIRO  1877 (MONTEVIDEU) COMANDANTE DA 12ª BRIGADA DE INFANTARIA  - DIPLOMA DA MEDALHA GERAL DA CAMPANHA DO PARAGUAY DECRETO N. 4560 DE 6 DE AGOSTO DE 1870 OUTORGADO  AO EXMO BRIGADEIRO REFORMADO DO EXERCITO JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY.  DATADO DE 26 DE JULHO  DE 1872.ASSINADO PELO BARÃO DA GÁVEA.  BELISSIMO DOCUMENTO COM BRASÃO IMPERIAL ADORNADO POR BAIONETAS, CANHOES, ESPADAS, BANDEIRAS E FESTÕES. BRASIL, SEC. XIX. 35 CM DE ALTURANOTA: "Diferentemente do que se acreditava até meados da década de 1990, a Guerra do Paraguai não foi resultado do imperialismo inglês. Essa interpretação do conflito foi superada por novos estudos realizados na área que levaram os historiadores a um novo entendimento. O conflito hoje é entendido como fruto da disputa de interesses entre as nações platinas naquele período do século XIX.O Paraguai, antes visto como nação possuidora de um modelo de desenvolvimento econômico e industrial único, passou a ser enxergado, com os novos estudos, como uma nação agrária que havia passado por uma modernização exclusivamente no exército e que era sim dependente do capital e de técnicos ingleses. Além disso, era governado de maneira ditatorial por Francisco Solano López, que utilizava sua função para enriquecer sua família ilicitamente.As razões para o conflito desencadearam-se a partir de 1862, quando Francisco Solano López assumiu como presidente paraguaio. O presidente e ditador paraguaio colocou em prática uma política de aproximação com os federalistas de Urquiza  adversários do governo de Buenos Aires  e com os blancos uruguaios  adversários dos governos argentino e brasileiro.A aproximação com os blancos era importante para o Paraguai porque garantiria uma saída para o mar. No entanto, internamente, o Uruguai vivia um período de grande turbulência política por causa da disputa pelo poder travada entre blancos e colorados. Os colorados, liderados por Venancio Flores, lutavam contra o presidente do país, o blanco Bernardo Berro.Essa disputa política repercutiu no Brasil quando o governo brasileiro passou a ser pressionado pelos estancieiros gaúchos para que seus interesses no Uruguai fossem defendidos. O governo brasileiro deu seu apoio aos colorados e demonstrou interesse em intervir militarmente no Uruguai.O interesse brasileiro não agradou ao presidente do Paraguai, que havia sido convencido por seus aliados  os blancos  de que a ingerência brasileira fazia parte de um projeto de anexação do território uruguaio e, em um futuro próximo, do Paraguai. O Brasil, porém, interferiu no Uruguai apenas para garantir seus interesses econômicos e não possuía interesses expansionistas.A ação brasileira gerou uma resposta do governo paraguaio, que lançou em agosto de 1864 um ultimato para que o Brasil não interviesse no conflito uruguaio. O ultimato paraguaio foi ignorado pelo governo brasileiro, que invadiu o Uruguai em setembro de 1864 e colocou os colorados no poder.Em represália à interferência brasileira, Francisco Solano López autorizou o ataque ao Brasil e, em dezembro do mesmo ano, uma embarcação brasileira que navegava o Rio Paraguai foi aprisionada. Em seguida, a província do Mato Grosso foi invadida por tropas paraguaias. A guerra teve início." "Após o início da Guerra do Paraguai, o conflito pode ser dividido em dois momentos distintos, sendo um deles caracterizado pelo predomínio das ações ofensivas por parte do Paraguai. Esse período, no entanto, teve breve duração e foi logo substituído pelo predomínio das ações ofensivas por parte dos membros da Tríplice Aliança (Brasil, Uruguai e Argentina).Após a invasão do Mato Grosso, o exército paraguaio coordenou ofensivas militares que ocasionaram a invasão do Rio Grande do Sul e da província argentina de Corrientes. A invasão da província de Corrientes foi responsável pela entrada da Argentina na guerra. A entrada dos argentinos possibilitou a formação da Tríplice Aliança, formalizada em 1º de maio de 1865 e composta por Brasil, Argentina e Uruguai.A invasão do Rio Grande do Sul e a de Corrientes foram grandes fracassos do exército paraguaio, que foi obrigado a recuar de volta para seu território e posicionar-se defensivamente. Isso deu início à segunda fase do conflito, na qual os países da Tríplice Aliança tomaram conta das grandes ações ofensivas.Nesse período, destacou-se a Batalha Naval de Riachuelo (junho de 1865), na qual a Marinha brasileira alcançou uma vitória importantíssima. Nessa batalha, a Marinha paraguaia foi quase inteiramente derrotada e foi imposto um bloqueio naval ao Paraguai, que ficou impedido de receber provisões durante o restante da guerra.Outro destaque pode ser feito para a Batalha de Curupaiti, caracterizada por uma grande derrota dos exércitos da Tríplice Aliança. Estima-se que de 4 a 9 mil soldados (entre brasileiros, argentinos e uruguaios) tenham morrido nessa batalha.Uma vitória fundamental dos exércitos da Tríplice Aliança aconteceu durante a conquista da Fortaleza de Humaitá, em 1868. A Fortaleza de Humaitá era um ponto estratégico da defesa paraguaia, e sua conquista abriu margem para novas conquistas. O enfraquecimento das defesas paraguaias após perderem Humaitá permitiu ao Brasil e aos seus aliados conquistarem Assunção, capital paraguaia, em 1869.As batalhas de destaque após a conquista de Assunção foram, primeiramente, a Batalha de Acosta Ñu, famosa pelo fato de o exército paraguaio que lutou nela ter sido composto por adolescentes com menos de 15 anos. A derrota final do Paraguai aconteceu na Batalha de Cerro Corá, em março de 1870, quando Francisco Solano López foi morto por soldados brasileiros."
  • GUERRA DO PARAGUAI  TENENTE CORONEL JOAQUIM ROGRIGUES COELHO KELLY. DIPLOMA DE OUTORGA DA MEDALHA DE HONRA VENCEDORES DE JATAHY CONFERIDA PELO GOVERNO URUGUAIO AOS COMBATENTES BRASILEIROS QUE SE DISTINGUIRAM NA BATALHA QUE LIBERTOU ESTA PORÇÃO DA REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAY NA GUERRA DO APRAGUAI FOI A PRIMEIRA GRANDE BATALHA TERRESTRE DA GUERRA E TAMBÉM FOI OCASIÃO EM QUE O TENENTE CORONEL JOAQUIM ROGRIGUES COELHO KELLY DESTACOU-SE POR SUA BRAVURA A FRENTE DO COMANDO DA 3. BRIGADA DE INFANTARIA DO EXERCITO IMPERIAL. LINDO DIPLOMA COM SELO EM FORMATO DE ROSA CUJAS PÉTALAS SE ABREM. EXCERTOS DO TEXTO: MINISTERIO DA GUERRA DA MARINHA MONTEVIDEO  SETEMBRO DE 1865. REPUBLICA ORIENTAL DO URUGUAY. EL GOVERNADOR DELEGADO. CONSIDERANDO  QUE A BATALHA DE JATAY ALCANÇADA CONTRA AS HOSTES O DESPOTA PARAGUAIO QUE ESTAVAM DESTINADAS A INVADIR NOSSO TERRITORIO E CONVULSIONAR SEUS HABITANTES REPRODUZINDO OS HORRORES E RUINAS NO ANO DE 1843 E UM FEITO GLORIOSO PRECURSOR DOS MAIORES E EXPLENDIDOS TRIUNFOS QUE É UM TIMBRE DE HONRA HAVER CONCORRIDO A ELE NÃO SÓ POR SUA IMPORTANCIA POLITICA E SIM PELO VALOR E EMULAÇÃO COM QUE TODAS AS TROPAS LIDIARAM POR OBTER TAO COMPLETO TRIUNFO. CONSIDERANDO ENFIM QUE AQUELA VITORIA SE OBTEU SOB AS ORDENS DO GENERAL EM CHEFE DO EXERCITO DE VANGUARDA DOS ALIADOS E GOVERNADOR PROVISORIO DA REPÚBLICA BRIDADEIRO  GENERAL DOM VENANCIO FLORES ACORDA E DECRETA ART.  1 CRIE-SE UMA MEDALHA DE HONRA AQUE DODEM LEVAR AO PEITO COM FITA BRANCA E  CELESTE TODOS OS INDIVIDUOS QUE ASSISTIRAM A BATALHA DE JATAY. 2 ESTA MEDALHA SERA OBLONGA LEVARA NO ANVERSO VENCEDORES DE JATAY E NO REVERSO 17 DE AGOSTO DE 1865  ORALADAS POR ESTAS INSCRIÇÕES POR DOIS RAMOS DE LAUREU. 3 O MINISTERIO DA GUERRA FICA ENCARREGADO DA EXECUÇÃO DESTE DECRETO QUE SE PUBLICARÁ COMUNICARÁ E DARA O REGISTRO RESPECTIVO. VIAL LORENZO BATTLE. DADO EM MONTEVIDEO A 17 DE AGOSTO DE 1868. TENENTE CORONEL DO EXERCITO BRASILEIRO D. JOAQUIM RODRIGO COELHO KELLY.
  • GUERRA DO PARAGUAI  TENENTE CORONEL JOAQUIM ROGRIGUES COELHO KELLY.  RARA CARTA DE OUTORGA DA MEDALHA COMEMORATIVA DA RENDIÇÃO DE URUGUAIANA CONCEDIDA AO TENENTE CORONEL JOAQUIM ROGRIGUES COELHO KELLY. A CARTA DE OUTORGA TEM LINDO FRONTESPÍCIO COM BRASÃO DO IMPÉRIO DO BRAWSIL CERCADO DE ARMAS. FOI ASSINADA PELO GENERAL JOÃO FREDERICO CADWELL (1801-1873). EXCEDRTOS DO TEXTO: AO TENENTE CORONEL COMANDANTE DA 3. BRIGADA DE INFANTARIA JOAQUIIM RODRIGUES COELHO KELLY FOI CONFERIDO O USO DA MEDALHA CMEMORATIVA DO RENDIMENTO DA VILLA DE URUGUAYANA  NA PROVÍNCIA DO RIO GRANDE DO SUL EM 12 DE SETEMBRO DE 1865 CRIADA EM VIRTUDE DO DECRETO M. 5515 DE 20 DO MESMO ANO E MÊS. REPARTIÇÃO DO AJUDANTE GENERAL DA PRESIDENCIA DO ESTADO DOS NEGOCIOS DA GUERRA EM 6 DE MARÇO DE 1868. NOTA: João Frederico Caldwell (Santarém, 1801  Rio de Janeiro, 26 de fevereiro de 1873) foi um militar luso-brasileiro.Filho do general inglês Frederico Caldwell com uma portuguesa,1 assentou praça no 1 regimento de cavalaria, no Rio de Janeiro.Em 1817, combateu a Revolução Pernambucana, sob o comando do general Luís do Rego Brandão. Regressou ao Rio em 1820, sendo promovido a tenente.Em 1821 assinou o manifesto de 9 de janeiro, que solicitava que D. Pedro I ficasse no Brasil, evento conhecido como o Dia do Fico.Promovido a capitão em 1821, foi enviado a Pernambuco para sufocar a revolução republicana. No ano seguinte, após breve passagem pela corte, partiu para o Rio Grande do Sul, para onde já havia ido o 1regimento, então participando das operações da Guerra Cisplatina. Lá serviu sob o comando de Bento Gonçalves, sendo por este elogiado.Retornou à corte, e com a família tentou retornar ao Rio Grande do Sul, obtendo sucesso somente em 1834, como major avulso. Tendo servido D. Pedro I com apreço, foi considerado suspeitoso pelos regentes de Dom Pedro II.Tornou-se comerciante no Rio Grande do Sul, porém com o iniciar da Revolução Farroupilha, foi convocado pelo governo para acompanhar o presidente da província deposto Antônio Rodrigues Fernandes Braga em viagem à corte, abandonando seus negócios e ficando a disposição da corte para retornar ao Sul. Entretanto, contrário às suas expectativas, recebeu ordens para combater a Cabanada no Pará, mas conseguiu reverter as ordens e ser enviado de volta ao Rio Grande do Sul, tendo recebido o comando militar de Rio Grande, em 1836. Logo foi designado major da brigada provisória de cavalaria organizada por João da Silva Tavares, com a qual combateu na Batalha do Seival. Lá foi ferido na mão direita (a qual posteriormente perdeu) e feito prisioneiro. Em 23 de outubro seguinte conseguiu escapar e reintegrou-se às tropas legalistas.Após uma temporada na corte, retornou ao Rio Grande do Sul, onde ficou até o término do conflito, havendo registros de uma situação bem particular, do socorro que concedeu à população da Colônia Alemã de Três Forquilhas, em 1839 num momento muito difícil e traumático na vida dos colonos da localidade. Em 1842 foi promovido a coronel e em 7 de julho de 1845 foi nomeado comandante das armas do Pará, onde permaneceu até 2 de setembro de 1846. Transferido de volta para o Rio Grande do Sul, foi promovido a brigadeiro no mesmo ano e também comandante de armas da província, cargo no qual ficou até 1848, tendo reassumido o cargo em 1850 interinamente.Em 28 de agosto de 1850, foi nomeado comandante da segunda divisão do exército do sul, com o qual marchou para a Guerra contra Rosas. Em 1852 foi nomeado marechal, sendo nomeado comandante de armas do Rio Grande do Sul, ficando até 1856, novamente de 1857 a 1865, onde estava no início da Guerra do Paraguai.Durante a invasão de Uruguaiana manteve intenso debate com David Canabarro a respeito da necessidade de atacar o inimigo, enquanto Canabarro queria aguardar mais reforços. Após a rendição dos paraguaios em Uruguaiana foi enviado à corte, tomando diversos cargos administrativos. Comandou o Ministério da Guerra, de 29 de setembro a 10 de novembro de 1870 (ver Gabinete Pimenta Bueno).Em 1854 foi nomeado dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro e em 1859 da Imperial Ordem da Rosa, em 1860 grão-cruz da Imperial Ordem de Avis.
  • IMPERIAL ORDEM DA ROSA  - EXUBERANTE  PLACA PEITORAL  EM GRAU DE COMENDADOR EM OURO, PRATA E ESMALTES . UMA ESTRELA DE SEIS PONTAS, ESMALTADA DE BRANCO E MAÇANETADA NAS BORDAS, ASSENTE SOBRE UMA GRINALDA DE ROSAS FOLHADAS EM SUA COR NATURAL APLICADAS EM ESMALTE. NO DISCO CENTRAL O MONOGRAMA A P (AMÉLIA E PEDRO), CINTURADO PELA LEGENDA AMOR E FIDELIDADE APLICADOS SOBRE ESMALTE AZUL. ESTA ACONDICIONADA EM LINDA CAIXA ESTOJO EM MADEIRA PARA SER PENDURADA.  FREQUENTEMENTE VEMOS AS MEDALHAS NOS DIVERSOS GRAUS MAS POUCAS PLACAS PEITORAIS SUBSISTIRAM AOS NOSSOS DIAS. SEC. XIX. 5 CM DE DIAMETRO. NOTA: A Imperial Ordem da Rosa é uma ordem honorífica brasileira. Foi criada em 27 de fevereiro de 1829 pelo imperador D. Pedro I(1822 1831) para perpetuar a memória de seu matrimônio, em segundas núpcias, com Dona Amélia de Leuchtenberg e Eischstädt e tornou-se a principal ordem honorifica do país. O seu desenho ter-se-ia inspirado ou nos motivos de rosas que ornavam o vestido de D. Amélia, a segunda Imperatriz ao desembarcar no Rio de Janeiro. Trata-se entretanto de um equívoco histórico porque no dia seguinte ao desembarque da nova Imperatriz foi realizado o casamento e Dom Pedro condecorou com a ordem os primeiros titulares. Entretanto o retrato de Dona Amélia enviado ao Brasil quando das tratativas do casamento a representavam trazendo um botão de rosa pendendo do toucado e este parece ser o motivo da inspiração para a comenda. Poucas foram concedidas no 1o Reinado enquanto no 2o Reinado houve um significativo aumento - mais especificamente durante a Guerra do Paraguai. Isso se deveu ao fato de não existir uma medalha específica para atos de bravura individual durante a Guerra do Paraguai. De 1829 a 1831 D. Pedro I concedeu apenas cento e oitenta e nove insígnias. O seu filho e sucessor,D. Pedro II(1840 1889), ao longo do segundo reinado, chegou a agraciar 14.284 cidadãos. Além dos dois imperadores, apenas o duque de Caxias foi grande-colar da ordem durante sua vigência. Um dos primeiros agraciados recebeu a comenda em virtude de serviços prestados quando de um acidente com a família imperial brasileira: conta a pequena história da corte que, em 7 de dezembro de 1829, recém-casado, D. Pedro I regressava com a família do Paço de São Cristóvão, na Quinta da Boa Vista. Como de sua predileção, conduzia pessoalmente a carruagem quando, na rua do Lavradio, se quebrou o varal da atrelagem e os cavalos se assustaram, rompendo as rédeas e fazendo tombar o veículo, arrastado perigosamente. O Imperador fraturou a sétima costela do terço posterior e a sexta do terço anterior, teve contusões na fronte e luxação no quarto direito, perdendo os sentidos. Mal os havia recobrado quando o recolheram à casa mais próxima, do marquês de Cantagalo, João Maria da Gama Freitas Berquó. Segundo o Boletim sobre o Desastre de Sua Majestade Imperial e Fidelíssima publicado no Jornal do Commercio, Dona Amélia foi a que menos cuidado exigiu: "não teve dano sensível senão o abalo e o susto que tal desastre lhe devia ocasionar". A filha primogênita, futura Maria II de Portugal, "recebeu grande contusão na face direita, compreendendo parte da cabeça do mesmo lado".Augusto de Beauharnais, príncipe de Eichstadt, Duque de Leuchtenberg e de Santa Cruz, irmão da imperatriz, "teve uma luxação no cúbito do lado direito com fratura do mesmo". A baronesa Slorefeder, aia da Imperatriz, "deu uma queda muito perigosa sobre a cabeça". Diversos criados de libré, ao dominarem os animais, ficaram contundidos. Convergiram para a casa de Cantagalo os médicos da Imperial Câmara e outros, os doutores Azeredo, Bontempo, o barão de Inhomirim,Vicente Navarro de Andrade, João Fernandes Tavares, Manuel Bernardes, Manuel da Silveira Rodrigues de Sá, Barão da Saúde. Ao partir, quase restabelecido, D. Pedro I condecorou Cantagalo a 1 de janeiro de 1830 com as insígnias de dignitário da Ordem e D. Amélia lhe ofereceu o seu retrato, circundado por brilhantes, e pintado por Simplício Rodrigues de Sá. Foram ainda agraciados com a Imperial Ordem da Rosa os membros da Guarda de Honra que acompanhavam o então Príncipe Regente em sua viagem à Província de São Paulo, testemunhas do "Grito do Ipiranga", marco da Independência do Brasil. Após o banimento da família imperial brasileira, a ordem foi mantida por seus membros em caráter privado, sendo seu grão-mestre o chefe da casa imperial brasileira.
  • GUERRA DO PARAGUAI - BRIGADEIRO JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY (1806 RIO DE JANEIRO  1877 (MONTEVIDEU) COMANDANTE DA 12ª BRIGADA DE INFANTARIA  - CARTA DE OUTORGA DA ORDEM DA ROSA EM GRAU DE DIGNATARIO CONFERIDO AO TENENTE CORONEL COMANDANTE DE BRIGADA JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY COMO DISTINÇÃO POR SUA ATUAÇÃO NO COMBATE DE JATAY NO DIA 17 DE AGOSTO DE 1865. EXCERTOS DO TEXTO:  DOM PEDRO POR GRAÇA DE DEUS E UNANIME ACLAMAÇÃO DOS POVOS, IMPERADOR CONSTITUCIONAL E DEFENSOR PERPETUO DO BRASIL, COMO GRÃO MESTRE DA ORDEM DA ROSA. FAÇO SABER QUE ESTA MINHA CARTA VIREM QUE, ATENDENDO AOS RELEVANTES SERVIÇOS MILITARES PRESTADOS PELO TENENTE CORONEL COMANDANTE DE BRIGADA JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY NO COMBATE DE JATAY NO DIA 17 DE AGOSTO DE 1865. HEI POR BEM, NOMEÁ-LO DIGNATARIO DA DITA ORDEM. PELO QUE LHE MANDEI PASSAR A PRESENTE, A QUAL, DEPOIS DE PRESTADO O JURAMENTO DO ESTILO, SERÁ SELLADA COM O SELLO DAS ARMAS IMPERIAIS. NADA PAGOU DE JÓIA NEM DE EMOLUMENTOS EM VIDTURDE DO ART. 16 DA LEI N. 585 DE 6 DE SETEMBRO DE 1850 E DO AVISO DO MINISTÉRIO DA FAZENDA DE 6 DE NOVEMBRO DO MESMO ANNO. DADA NO PALÁCIO DO RIO DE JANEIRO, AOS 16 DE JANEIRO DE MIL OITOCENTOS E SESSENTA E SEIS . QUADRAGÉZIMO QUINTO DA INDEPENDÊNCIA E DO IMPÉRIO.  ASSINAM O IMPERADOR DOM PEDRO II E O MARQUES DE OLINDA MINISTRO DA GUERRA COM LINDO SELO SECO DAS ARMAS IMPERIAIS. NOTA: A Batalha de Jataí foi travada em 17 de agosto de 1865 entre as tropas da Tríplice Aliança (Argentina, Brasil e Uruguai) e os soldados do Paraguai perto de Paso de los Libres, Corrientes, Argentina. A Batalha de Jataí foi a primeira grande batalha em terra da guerra do Paraguai, e a mais importante da segunda fase da guerra. Logo após a declaração de guerra à Argentina, os paraguaios imediatamente atacaram em duas colunas. O plano original era que a primeira coluna, comandada por Wenceslao Robles, tomaria Corrientes, enquanto uma segunda coluna de 12 000 homens, comandada por Antonio de la Cruz Estigarribia, avançaria para o leste de Corrientes e capturaria as possessões brasileiras no rio Uruguai. O foco principal desse plano de invasão foi a captura de bens brasileiros, pois isso impediria a expansão brasileira, uma grande preocupação do presidente López. A outra coluna capturaria Corrientes, distraindo as forças argentinas e criando uma linha vital entre o Paraguai e o oceano Atlântico. Esse plano foi posteriormente revisado para que dois terços da força de ataque atacassem Corrientes e depois desviassem para o sudeste e invadissem o Uruguai.Em resposta, uma aliança militar foi assinada em 1º de maio entre a Argentina, o Uruguai e o Império do Brasil.O presidente argentino, Bartolomé Mitre, nomeou o general Urquiza, governador da província de Entre Rios, encarregado de enfrentar a coluna paraguaia. Urquiza pediu ajuda a Paunero, que se retirou para Esquina. Essas forças foram acompanhadas por um batalhão de voluntários de Corrientes, liderados pelo coronel Desiderio Sosa, que participara da reconquista de Corrientes. Muitos heróis da história da Província de Corrientes, como Santiago Baibiene e Plácido Martínez, estavam naquele batalhão. Enquanto isso, a batalha naval do Riachuelo aconteceu. Durante o curso da batalha, a frota imperial brasileira destruiu a esquadra paraguaia perto da cidade de Corrientes. Essa perda impediu que a coluna paraguaia do rio Paraná prestasse apoio às forças do rio Uruguai.O presidente argentino, Bartolomé Mitre, nomeou o general Urquiza, governador da província de Entre Rios, encarregado de enfrentar a coluna paraguaia. Urquiza pediu ajuda a Paunero, que se retirou para Esquina. Essas forças foram acompanhadas por um batalhão de voluntários de Corrientes, liderados pelo coronel Desiderio Sosa, que participara da reconquista de Corrientes. Muitos heróis da história da Província de Corrientes, como Santiago Baibiene e Plácido Martínez, estavam naquele batalhão. Enquanto isso, a batalha naval do Riachuelo aconteceu. Durante o curso da batalha, a frota imperial brasileira destruiu a esquadra paraguaia perto da cidade de Corrientes. Essa perda impediu que a coluna paraguaia do rio Paraná prestasse apoio às forças do rio Uruguai.Estigarribia avançou sem oposição para o sul, tomando São Borja e Itaqui. Entretanto, a coluna de Estigarribia foi atacada e parcialmente destruída nos arredores de São Borja Algumas das forças paraguaias estavam estacionadas em São Tomé e São Borja enquanto Duarte se dirigia para o sul.Urquiza ordenou que Paunero se juntasse a ele em Concórdia, mas o líder atrasou a conclusão das ordens de Urquiza. Em 4 de junho, as tropas de Urquiza, que se recusaram a lutar contra os paraguaios em razão de serem consideradas aliados contra o Brasil (com o qual a Argentina havia se desentendido), foram desmanteladas.O presidente uruguaio, general Venancio Flores, recém-saído de seu triunfo sobre o partido branco ou "blancos", marchou para se juntar a Urquiza com 2 750 homens. Além disso, as forças brasileiras, comandadas pelo tenente-coronel Joaquim Rodrigues Coelho Nelly, totalizando 1 200 homens, seguiam em frente. Eles se encontraram em 13 de julho. Na primeira reunião Flores recebeu o Regimento de Cavalaria de linha "San Martín", com 450 homens, além do esquadrão de artilharia do leste com 140 homens. No total, Flores tinha 4 540 soldados - não o suficiente para confrontar as colunas paraguaias.Flores, Duarte e Estigarribia marcharam lentamente para se encontrarem e se engajarem em batalha, enquanto os 3 600 homens de Paunero começaram uma marcha através de pântanos e rios, cruzando rapidamente a província de Entre Rios, no sul, para se juntar a Flores. Além disso, 1 400 cavaleiros Correntina sob o comando do general Juan Madariaga juntaram suas forças. Finalmente, o coronel Simeão Paiva, com 1 200 homens, foi seguido de perto pela coluna de Duarte.Estigarribia teve a chance de destruir todos os seus inimigos um por um, mas errou. Ele também desobedeceu ordens de Lopez, que ordenou que ele continuasse a caminho de Alegrete: Em 5 de agosto, ele foi para Uruguaiana e ordenou que suas tropas se reorganizassem e recolhessem suprimentos. As forças brasileiras do general David Canabarro, muito poucas para atacar a coluna de 5 000 homens de Estigarribia, limitaram-se a acampar perto da cidade sem serem atacadas pelos paraguaios.Em 2 de agosto, Duarte ocupou a aldeia de San José de Restauração, hoje a cidade de Paso de los Libres. Uma semana depois, ele avançou e foi derrotado, sofrendo 20 baixas na Batalha de Chap Kish. Dada a notícia de que todas as forças inimigas estavam em perseguição, Duarte procurou ajuda de seu superior, o general Estigarribia, que lhe enviou esta resposta: "Diga ao grande Duarte que, se ele pretende assumir o comando da força uruguaia, eu mesmo lutaria a batalha. Insultado, Duarte estava preparado para dar batalha sem qualquer ajuda. Em 13 de agosto, Paunero evitou o exército de Duarte e juntou-se a Flores, cujas forças, então, somavam 12 000 homens, quase quatro vezes a força de Duarte. Duarte se afastou de Paso de los Libres e tomou posições nas margens do rio Jataí, perto da aldeia.
  • BRIGADEIRO JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY (1806 RIO DE JANEIRO  1877 MONTEVIDEU) COMANDANTE DA 12ª BRIGADA DE INFANTARIA. A PARTIR DESSE MOMENTO APREGOAREMOS UM IMPORTANTE ACERVO DOCUMENTAL PERTENCENTE A UM DOS GRANDES PROTAGONISTAS DO EXÉRCITO IMPERIAL BRASILEIRO AO LONGO DOS REINADOS DE DOM PEDRO I, REGÊNCIA E DOM PEDRO II.  ESQUECIDO PELOS ANOS PORQUE FINDOU SUA VIDA EM MONTEVIDEU É SEM DÚVIDA UM DOS MAIORES HERÓIS BRASILEIROS QUE ATUARAM NO ESTABELECIMENTO DE NOSSA INDEPENDÊNCIA, INTEGRIDADE TERRITORIAL E COMBATENTE DE AMEAÇAS EXTERNAS QUE TENCIONAVAM FRAGMENTAR O BRASIL. PARTICIPOU ATIVAMENTE EM TODAS AS BATALHAS IMPORTANTES  DO MAIOR CONFLITO ARMADO ACONTECIDO NA HISTÓRIA DA AMÉRICA LATINA: A GUERRA DO PARAGUAI. TRATA-SE DO ACERVO DOCUMENTAL DO TENENTE CORONEL  E DEPOIS BRIGADEIRO JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY (1806 RIO DE JANEIRO  1877 (MONTEVIDEU) COMANDANTE DA 12ª BRIGADA DE INFANTARIA (CHAMADA BRIGADA KELLY DA VANGUARDA DO 3. CORPO DO EXÉRCITO IMPERIAL)  A FRENTE DA QUAL EMPREENDEU CORAJOSAS E VITORIOSAS AÇÕES NAS BATALHAS DE JATAY, NO CERCO E  LIBERTAÇÃO DE URUGUAIANA EM PODER DO EXÉRCITO PARAGUAIO  ONDE RECEPCIONOU EM SUA CHEGADA 0 IMPERADOR DOM PEDRO II  VINDO DA CORTE APÓS UMA VIAGEM DE 56 DIAS A CAVALO COM SUA GUARDA IMPERIAL E SEUS OFICIAS. NESTA OCASIÃO NA  PRIMEIRA HORA DA MANHÃ NA CHEGADA DO IMPERADOR AO SOM DE CLARINS O BRIGADEIRO KELLY ORDEN0U UMA SALVA COM TRÊS TIROS DE CANHÃO DE ARTILHARIA  EM HONRA AO SOBERANO. POUCOS DIAS DEPOIS EM 19 DE SETEMBRO DE 1865 RECEBEU DO MINISTRO DA GUERRA ÂNGELO MONIZ DA SILVA FERRAZ UMA CARTA NOS SEGUINTES TERMOS: A ATITUDE E ENTUSIASMO QUE DEMONSTROU A BRIGADA QUE V. Sª COMANDA, NA JORNADA DE 18 DO CORRENTE MÊS, SÃO DIGNOS DE ELOGIOS, O QUE TENHO A MAIS VIVA SATISFAÇÃO DE DECLARAR-LHE EM NOME DE SUA MAJESTADE O IMPERADOR, QUE O TESTEMUNHOU. DEUS GUARDE A V. Sª  ÂNGELO MUNIZ DA SILVA FERRAZ.  SR. TENENTE-CORONEL JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY. TAMBÉM ATUOU COM DESTAQUE NA BATALHA DE TUITY AO LADO DO DUQUE DE CAXIAS. ENGAJOU-SE NO EXÉRCITO AINDA NOS TEMPOS COLONIAS EM 1820 SOB DOM JOÃO VI. DESTACADO PARA A PROVÍNCIA CISPLATINA, NESSA ÉPOCA UNIDA AO IMPÉRIO DO BRASIL, COMPUNHA O BATALHÃO DO IMPERADOR  ONDE ERA O PORTA BANDEIRA DA 1. COMPANHIA ULTIMO CONTINGENTE MILITAR BRASILEIRO A SAIR DA REPÚBLICA ORIENTAL  DO URUGUAI NO FINAL DA CAMPANHA DA CISPLATINA. CONHECEU ALI SUA ESPOSA  DONA PETRONA LOURENÇO MENENDES. PARTRICIPOU DA CAMPANHA DA LIBERTAÇÃO DA BAHIA EM 1823 NAS GUERRAS DA INDEPENDENCIA, NESTA OCASIÃO PARTICIPOU DO  COMBATE DO ENGENHO DA CONCEIÇÃO EM SALVADOR (3/05/23). MARCHOU AO RIO GRANDE DO SUL NA GUERRA DOS FARRAPOS, PARTICIPOU NO COMBATE AOS REVOLTOSOS NA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR EM PILÃO ARCADO NA BAHIA RECEBENDO POR ISSO ELOGIO DE SUA MAGESTADE O IMPERADOR EM 30/10/1847.  PARTICIPOU NOS COMBATES QUE SUFOCARAM A REVOLUÇÃO PRAIEIRA. PARTICIPOU DA GUERRA CONTRA OS DITADORES ROSAS E ORIBE  (1851-1852) OCASIÃO EM QUE COM SEU BATALHÃO MARCHOU TRIUNFANTEMENTE EM BUENOS AYRES ENQUANTO FUGIA  PARA LONDRES O DITADOR ROSAS. SIM, O BRASIL JÁ INVADIU E TOMOU  BUENOS AYRES. NA GUERRA DO PARAGUAI PARTICIPOU DAS BATALHAS DE URUGUAIANA, PASSO DE PÁTRIA, ESTERO BELLACO, PASSO SIDRA, TUYUTI, BOQUERON, SAUCE, TUYU-CUÉ, FOI PROMOVIDO A GENERAL BRIGADEIRO EM 1968 E FALA3ECEU AOS 62 ANOS DE MOLÉSTIA CRONICA DEVIDO SUAS INÚMERAS BATALHAS EM MONTEVIDEU A 7/12/1877. RECEBEU MEDALHA DA CAMPANHA DA BAHIA PELA INDEPENDENCIA, HÁBITO DE SÃO BENTO DE AVIZ, OFICIAL DA ORDEM DA ROSA, MEDALHA DA CAMPANHA DO URUGUAI, COMENDA DA ROSA GRAÇA ESPECIAL DO IMPERADOR DOM PEDRO II, MEDALHA DO CERCO DE URUGUAIANA, MEDALHA DE YATAY (JATAY) CONCEDIDA PELO GOVERNO DO URUGUAI, COMENDA DA ORDEM DE CRISTO E MEDALHA GERAL DA GUERRA DO PARAGUAI.  TODO ESSE MATERIAL É SUFICIENTE PARA ESCREVER UM LIVRO SOBRE A EXITOSA CARREIRA DO  BRIGADEIRO JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY.
  • BARAO DE CAPIVARY  JOAQUIM RIBEIRO DE AVELAR  BARAO COM GRANDEZA DE CAPIVARI  (1791-1863) MISSIVA DIRIGIDA A DONA LEONARDA MARIA VELHO DA SILVA, VIÚVA DO CONSELHEIRO JOSÉ  VELHO DA SILVA, MÃE DA VISCONDESSA DE UBÁ E AVÓ DA BARONESA DE MURITIBA. EXCERTOS DO TEXTO: MUY DIGNA SENHORA DONA LEONARDA MARIA VELHO DA SILVA. 2 DE MARÇO DE 1861. MUITO  MINHA RESPEITADA SENHORA FOLGUEI MUITO QUE VOSSSA SENHORIA TENHA GOZADO DE SAUDE E TRANQUILIDADE DE ESPÍRITO PARA PODER VIVER MAIS SOSSEGADA PEÇO BASTANTE DESCULPAS POR NÃO TER CUMPRIDO LOGO MEU DEVER. AGRADEÇO A VOSSA SENHORIA O MIMO QUE HONRA-MECOM ELE. DEMOREI A RESPOSTA MAS TIVE UM MÊS DOENTE E AINDA NÃO ESTOU DE TODO RESTABELECIDO. ESPERO A BONDADE DE VOSSA SENHORIA PERDOE ESTA FALTA. DISPONHA PARA TUDO QUE FOR A SEU SERVIÇO. BARÃO DE CAPIVARY. O BARÃO DE CAPIVARY ERA PAI DO VISCONDE DE UBÁ CASADO COM A FILHA DE DONA LEONARDA MARIA VELHO DA SILVA. NOTA: Joaquim Ribeiro de Avelar, primeiro barão com grandeza de Capivari, (Rio de Janeiro, 1791  Pati do Alferes, 2 de julho de 1863) foi um fazendeiro e nobre brasileiro.Filho do tenente Antônio Ribeiro de Avelar e de Antonia Maria da Conceição. Nasceu na rua das Violas, freguesia de Santa Rita, no centro do Rio de Janeiro. Órfão muito cedo, foi, ainda no século XVIII com sua mãe, irmãos e cunhados para a fazenda do Pau Grande, em Pati do Alferes.Quando adulto assumiu, depois de sérias disputas com um de seus cunhados, a direção da Casa Pau Grande que era um latifúndio famíliar composto de sete sesmarias, propriedade de uma sociedade comercial integrada por sua mãe e irmãos. Foi uma fazenda inicialmente de cana de açúcar, considerada pioneira no plantio do café na região sul fluminense, com diversos recordes de produção, motivo da grande fortuna que conseguiram amealhar.Solteiro, teve um filho único reconhecido, Joaquim Ribeiro de Avelar, visconde de Ubá. Era avô da baronesa consorte de Muritiba e de Antônio Velho Ribeiro de Avelar, deputado fluminense.Integrava uma grande família de titulares fluminenses, pois era tio da baronesa do Pati do Alferes, do barão do Guaribu, do Barão de São Luís e do visconde da Paraíba. Tio avô da viscondessa do Arcozelo e do Barão de São Geraldo. Era primo do marquês de Maricá, do barão de Ubá e de Dona Galvina Ribeiro de Avelar.Foi uma das grandes lideranças políticas e econômicas fluminenses no século XIX. Foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Vassouras. Era ligado politíca e comercialmente ao barão de Vassouras. Tinha relações com a poderosa e rica família paulista Garcia Borges. Era inimigo de seu sobrinho o Barão de Guaribú, com quem tinha desavenças familiares e disputas financeiras.Foi agraciado barão por Decreto Imperial de 15 de novembro de 1846. Acrescido das honras de Grandeza por Decreto de 11 de outubro de 1848.Morreu na sua fazenda do Pau Grande, em cuja capela foi sepultado.
  • CONDE DE PORTO ALEGRE - Manuel Marques de Sousa, Conde de Porto Alegre (Rio Grande, 13 de junho de 1804  Rio de Janeiro, 18 de julho de 1875) O CENTAURO DE LUVAS  UM DOS MAIS BRILHANTES CHEFES MILITARES DO BRASIL NO PERÍODO IMPERIAL. LUTOU EM TODOS OS CONFLITOS EM QUE O BRASIL ESTEVE ENVOLVIDO NA CISPLATINA, GUERRAS DO PRATA, DO PARAGUAI NO INICIO DESTA GUERRA, JÁ ESTAVA APOSENTADO HÁ VÁRIOS ANOS, ENTRETANTO APRESENTOU-SE COMO VOLUNTÁRIO. FOI O COMANDANTE BRASILEIRO DAS FORÇAS QUE OBRIGARAM OS PARAGUAIOS, QUE INVADIRAM O RIO GRANDE DO SUL POR SÃO BORJA, A SE RENDEREM EM URUGUAIANA, EM PRESENÇA DO IMPERADOR D. PEDRO II E DOS PRESIDENTES BARTOLOMEU MITRE E VENÂNCIO FLORES DA ARGENTINA E DO URUGUAI. PARTICIPOU DE ESFORÇO NA GUERRA DO PARAGUAI A FRENTE DE SEU 2º CORPO DE EXÉRCITO, A BASE DE CAVALARIA DA GUARDA NACIONAL GAÚCHA. SEU GRANDE MOMENTO COMO LÍDER DE COMBATE FOI COMANDAR PESSOALMENTE A VITÓRIA DO EXÉRCITO ALIADO NA 2ª BATALHA DE TUIUTI, COM EXTREMA BRAVURA.E NO RIO GRANDE SUL CONTRA OS FARROPILHAS. CARTA DIRIGIDA A SUA IRMÃ  MARIA JOAQUINA MARQUES DE SOUZA. ESCRITA EM 4 DE JANEIRO DE 1875. NESTA MISSIVA RELATA COMO FORAM SUAS FESTAS DE NATAL E FIM DE ANO. FALA DE SEUS PLANOS DE VIAGEM  E DESEJA A IRMÃ UM BOM ANO. NOTA: Manuel Marques de Sousa, Conde de Porto Alegre (Rio Grande, 13 de junho de 1804  Rio de Janeiro, 18 de julho de 1875), apelidado de "O Centauro de Luvas",foi um militar, político, abolicionista e monarquista brasileiro. Ele nasceu em uma família rica e de tradição militar, entrando no Exército em 1817 quando ainda era criança. Sua iniciação militar ocorreu na Guerra contra Artigas, que teve seu território anexado e se tornou em 1821 a província brasileira da Cisplatina. Ele ficou envolvido durante boa parte da década de 1820 no esforço brasileiro para manter a Cisplatina como parte de seu território, primeiro durante a independência do Brasil e depois na Guerra da Cisplatina. No final a província conseguiu se separar e se tornou a nação independente do Uruguai. Alguns anos depois em 1835 a província de São Pedro do Rio Grande do Sul se rebelou na Revolução Farroupilha. O conflito durou quase dez anos e Porto Alegre liderou o exército em vários confrontos. Ele teve um papel importante ao salvar a capital provincial dos rebeldes farrapos, permitindo que as forças governamentais conseguissem um fundamental ponto de apoio. Porto Alegre liderou uma divisão brasileira em 1852 na Guerra do Prata em uma invasão contra a Confederação Argentina. Recebeu um título de nobreza e foi sucessivamente barão, visconde e por fim conde. Nos anos pós-guerra ele voltou sua atenção para a política e se aposentou como tenente-general, então a segunda maior patente do exército. Ele se afiliou ao Partido Liberal e foi eleito deputado representando São Pedro do Rio Grande do Sul. Porto Alegre também fundou o Partido Progressista-Liberal no nível provincial  uma coalizão de Liberais como ele e alguns membros do Partido Conservador. Ele brevemente serviu como Ministro da Guerra (ver Gabinete Zacarias de 1862). Porto Alegre voltou ao serviço militar quando estourou a Guerra do Paraguai. Foi um dos principais comandantes brasileiros durante o conflito e sua participação ficou marcada por importantes vitórias, além de brigas constantes com seus aliados argentinos e uruguaios. Porto Alegre voltou para a carreira política ao final do confronto. Se tornou um grande defensor da abolição da escravatura e patrono da literatura e ciência. Ele morreu em julho de 1875 enquanto servia novamente no parlamento. Era muito estimado até a abolição da monarquia em 1889, caindo na obscuridade por ser considerado muito próximo do antigo regime. Sua reputação foi posteriormente reabilitada até certo ponto por historiadores, com alguns o considerando como uma das maiores figuras militares da história do Brasil. A GUERRA DOS FARRAPOS - Uma guerra civil estourou em São Pedro do Rio Grande do Sul no dia 20 de setembro de 1835. A revolta, conhecida como Revolução Farroupilha, começou depois do presidente provincial Antônio Rodrigues Fernandes Braga ter sido deposto do cargo através de um golpe de estado organizado pelo militar Bento Gonçalves. Apesar do nome, os rebeldes farrapos eram donos de terras, assim como Marques de Sousa, que tentaram tomar o poder pela força depois de perderem as eleições. Marques de Sousa foi um dos oficiais da província que permaneceu leal ao presidente deposto. Ele lutou na Batalha do Arroio Grande em 14 de outubro de 1835, onde as forças rebeldes foram derrotadas. Entretanto, as forças leais ao governo legítimo estavam seriamente em menor número. Marques de Sousa e Fernandes Braga partiram para o Rio de Janeiro a fim de pedir ajuda, porém o governo central não foi capaz de prestar grande auxílio já que outras revoltas e tumultos haviam estourado pelo país. Ele foi colocado no comando do 1.º Batalhão de Caçadores, uma unidade de infantaria, e embarcou em 8 de março de 1836 para Pelotas, sul da província, depois de ser nomeado seu comandante militar. Pelotas foi cercada e conquistada pelos farrapos em 7 de abril de 1836.2627 Marques de Sousa foi feito prisioneiro e levado até Porto Alegre, a capital provincial, que estava sob o controle rebelde desde o início da revolta. Ele foi mantido em uma presiganga (navio prisão). Durante seu aprisionamento, com a ajuda dos cidadãos de Porto Alegre, ele conseguiu convencer alguns soldados rebeldes a desertarem, tomando o controle da cidade durante as primeiras horas do dia 15 de junho e prendendo os farrapos restantes. Ele repeliu os rebeldes por terra e mar em ataques contra Porto Alegre nos dias 18 e 30 de junho, e 15 e 20 de julho; dessa forma, a cidade permaneceu nas mãos dos lealistas pelo restante do conflito. O governo imperial promoveu Marques de Sousa a major permanente em 18 de fevereiro de 1837 em reconhecimento de seu papel vital. O equilíbrio do poder virou contra os farrapos apenas alguns meses depois da declaração de independência do Rio Grande do Sul em 11 de setembro de 1836. Apesar de empolgados por seus sucessos iniciais, os rebeldes não conseguiram alcançar o controle total da província. A longa e árdua estrada entre Pelotas e Porto Alegre mais as dificuldades que enfrentou na presiganga tiveram um enorme impacto na sua saúde: ele sofreu de reumatismo e artrite pelo resto da vida. Com Porto Alegre segura, Marques de Sousa recebeu uma licença para se recuperar. Ele viajou para a Europa no meio de 1837 para se tratar. Depois de um ano fora e ainda se sentindo mal, Marques de Sousa voltou e isolou-se em Porto Alegre. Foi feito tenente-coronel interino em 20 de agosto de 1838. Ele voltou para o serviço ativo apenas no início de 1840, logo depois de ter sido promovido a tenente-coronel permanente em 2 de dezembro de 1839 e nomeado comandante do 2.º Regimento de Cavalaria Leve. Entretanto, a guerra contra os farrapos continuava e Marques de Sousa se encontrou e derrotou os rebeldes no dia 16 de setembro de 1841 na Batalha de Várzea do Varejão. Foi promovido novamente em 27 de março de 1842 e recebeu a patente de coronel. O curso do conflito tomou uma virada radical em 1842 quando o governo enviou Luís Alves de Lima e Silva, Barão de Caxias (posterior Duque de Caxias) para colocar um fim na revolta. Marques de Sousa provavelmente o conheceu durante a curta visita que Caxias havia feito a província em 1839 como parte da comitiva do Ministro da Guerra. Eles depois acabariam por manter uma correspondência amigável. Marques de Sousa foi tirado de seu posto no 2.º Regimento de Cavalaria Leve e colocado no comando da 7.ª Brigada, que fazia parte da 1.ª Divisão. A brigada era formada por seu antigo regimento de cavalaria e por uma cavalaria da Guarda Nacional. Diferentemente de seus predecessores que eram notáveis por sua inércia, Caxias foi para a ofensiva desde o início. Marques de Sousa atacou a capital rebelde Piratini em julho de 1843, descobrindo que ela havia sido totalmente abandonada pelos farrapos. De lá marchou para Pelotas e recapturou a cidade que havia perdido em 1836. Ele lutou contra uma pequena escaramuça rebelde em 2 de dezembro perto do principal acampamento imperial. Marques de Sousa permaneceu na proteção do vilarejo de São Gabriel durante boa parte de 1844. Os farrapos estavam fugindo nessa época e passaram a pedir paz. Caxias escolheu Marques de Sousa para levar um representante rebelde até o Rio de Janeiro para discutir um acordo de paz, chegando em 12 de dezembro. Um acordo foi alcançado e a guerra chegou ao fim em 1 de março de 1845.
  • JOSÉ DE AGUIAR TOLEDO, PRIMEIRO E ÚNICO BARÃO DE BELA VISTA E VISCONDE COM GRANDEZA DE AGUIAR TOLEDO (BANANAL, 13 DE JUNHO DE 1823  RIO DE JANEIRO, 14 DE AGOSTO DE 1898) -  CARTA EM PAPEL TIMBRADO COM ENVELOPE ORIGINAL SUBSCRITADO DO ENTÃO BARÃO DE BELA VISTA AO INVENTOR DR. JESUÍNO ANTONIO FERREIRA DE ALMEIDA . ESCRITA NA FAZENDA BELA VISTA EM BANANAL. EXCERTOS DO TEXTO: BELA VISTA, 13 DE MARÇO DE 1876, AMIGO DR .  JESUINO. RECEBI SUA CORRESPONDECIA DE 8 PASSADO ONTEM. ESTIMO DIZER-LHE QUE NÃO POSSO COMPARAR A BELA SITUAÇÃO DO DR.  A. BARBOSA POR MOTIVOS QUE SÓ PESSOALMENTE PODERIA EXTERNAR. GARANTO A PRÓXIMA FATURA DO CARREGAMENTO DE FERRO. PERMITA-ME DIZER-LHE QUE ALGUNS DIAS TEM CEM ANOS...NON CREDO. ESTIMO A CONTINUAÇÃO DE SUA SAÚDE. FELICIDADES. SEU AMIGO BARÃO DE BELA VISTA. NOTA: Barão de Bella Vista e 1º Visconde de Aguiar Toledo, José de Aguiar Toledo nasceu em Bananal SP em 13 de Junho de 1823 e faleceu nessa cidade em 14 de Agosto de 1898. Era filho do Tenente-Coronel Francisco de Aguiar Vallim e de D. Maria Ribeiro Barbosa. Casou em primeiras núpcias com Maria Guilhermina Pacheco, filha do desembargador Joaquim José Pacheco e em segundas núpcias com Maria Madalena Hus, Era sogro do Barão de Almeida Vallim. Tenente-Coronel Comandante Superior da Guarda Nacional de Bananal, era proprietário, fazendeiro em Bananal, chefe do partido conservador, e foi deputado geral nas legislaturas de 1861 á 1864. Era comendador da Imperial Ordem da Rosa e da de Cristo. Seu título de Barão é um título de origem toponímica, tomado da fazenda da família - Bela Vista , em Bananal-SP, constando , em 1865, com 215 escravos, 81.000 pés de café, avaliados em 12:000$000 (12 contos) de réis. Parte das terras desta fazenda pertenciam ao município de Barra Mansa-RJ, com 52.000 pés de café . Seu título de Visconde é um título de origem antroponímica, tirada do sobrenome de família. Tenente-Coronel Comandante Superior do Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional da cidade do Bananal. Teve mercê, enquanto barão da Bela Vista, de sua Carta de Brasão de Armas. Foi casado, primeiro, a 30.08.1851, com Maria Guilhermina Pacheco, nascida em 1835 em São Paulo e falecida a 03.07.1865 no Rio de Janeiro-RJ, filha do desembargador Joaquim José Pacheco, baiano, e de Margarida Domenech, uruguaia; neta paterna de Joaquim José Pacheco e de Ana Joaquina Chaves; neta materna de Nicolau Domenech Otero e Joana Maria Garcia. Casou-se pela segunda vez com Maria Madalena Hesse, de família de origem dinamarquesa radicada no Rio de Janeiro, filha de Frederico Rodolfo Hesse e Maria Madalena Huber, nascida no Rio de Janeiro-RJ a 02.01.1860 e falecida também no Rio a 04.06.1912, Viscondessa de Aguiar Toledo. Do seu segundo casamento, nasceu América Brazilina de Toledo, nascida cerca de 1856 e falecida a 06.08.1947 em São Paulo, que, por seu casamento, a 24.06.1878, na família Almeida Valim , de São Paulo, tornou-se, em 1888, a Baronesa de Almeida Valim.José de Aguiar Toledo, primeiro e único barão de Bela Vista e visconde de Aguiar Toledo, (Bananal, 13 de junho de 1823  Rio de Janeiro, 14 de agosto de 1898) foi um fazendeiro, pecuarista e político brasileiro. Possuía diversas fazendas na região de Bananal e Resende, onde cultivava café, gado leiteiro, carneiros e cavalos da raça Voltigeur.
  • ANTONIO LUIZ DE ALMEIDA COMENDADOR DA ORDEM DA ROSA  OUTOGANDO PROCURAÇÃO AO DR. JESUÍNO FERREIRA DE ALMEIDA ADVOGADO E  INVENTOR DE UMA MÁQUINA DE ESCREVER. ANTONIO LUIZ DE ALMEIDA  ERA FILHO DO COMENDADOR LUCIANO JOSÉ DE ALMEIDA DONO DA FAZENDA BOA VISTA EM BANANAL QUE NA DECADA DE 1850 ERA O MAIOR ESCRAVISTA DA REGIÃO COM 833 ESCRAVOS. ANTONIO LUIZ DE ALMEIDA ERA TAMBEM IRMÃO DA BARONESA DE JOATINGA E DO VISCONDE DE SÃO LAURINDO. ANTONIO LUIZ DE ALMEIDA   ERA GENRO E CUNHADO DE MANUEL DE AGUIAR VALLIM (BARÃO DE AGUIAR VALLIM) CUJO ENTRELAÇAMENTO FAMILIAR FORMOU O PODEROSO CLÃ ALMEIDA VALLIM. TAL O REQUINTE DE ANTONIO LUIZ E ALMEIDA QUE POSSUIA EM SUA FAZENDA UMA BANDA DE MÚSICA FORMADA POR ESCRAVOS REGIDA PELO MAESTRO WILTEM SHOLTZ. EXCERTOS DO TEXTO: ANTONIO LUIZ DE ALMEIDA, COMENDADOR DA ORDEM DA ROSA. DOU PODERES DE PRODURADOR AO DR. JESUÍNO ANTONIO FEREIRA DE ALMEIDA PARA GARANTIR A ESPECIALIÇÃO DE BENS EM GARANTIA DA TUTELA QUE ACEITEI DO ORFÃO JOAQUIM COUTO NÃO PODENSO ASSINAR OS TERMOSEXIGIDOS EM DIREITO COMO SE EU MESMO FOSSE COM PODERES DE SUBESTABELECER. BANANAL 20 DE MAIO DE 1870. ASSINA O COMENDADOR COM RECONHECIMENTO DE FIRMA E SELOS ESTAMPILHADOS DO IMPERIO. .NOTA: TRANCREVEMOS A SEGUIR NOTICIAS RELACIONDAS AO COMENDADOR LUCIANO JOSÉ DE ALMEIDA:  Assim está escrito em seu registro de nascimento: "Novembro-25-1797 - Na fazenda Boa Vista do districto de Areas nos limites da Província do Estado do Rio, e de legitimo matrimonio de Luiz José d'Almeida e D. Anna Maria Nogueira, de Baependy, neto paterno de Pedro Rodrigues d'Almeida de São João d'Rey, nasce Luciano José de Almeida." Foi batizado no oratório da mesma Boa Vista em que nasceu, pelo Pe. Urbano Antonio Cordeiro; foram seus padrinhos o Alferes José Antonio de Oliveira Arruda e D. Maria Leme, irmã de seu pai, que trazia somente o sobrenome materno, Leme. Maço n. 46  Ano  1854  Inventário do Comendador Luciano José de Almeida  Falecido D. Maria Joaquina de Almeida-InventarianteTestamentoTraslado, Folhas hum. Em nome de Deos Amem. Eu, Luciano José de Almeida, estando doente de cama, porem em meu perfeito juiso, e gozo de todas as minhas faculdades intelectuais, rezolvi fazer meu testamento pela forma e maneira seguinte: Sou Católico Apostólico Romano em cuja religião nasci, tenho vivido e desejo morrer, tendo sido batizado nesta Freguezia do Senhor Bom Jesus do Livramento do Bananal. Sou filho legítimo dos finados Luiz José de Almeida e sua mulher D. Maria Joaquina da Conceição. Sou casado em face da Igreja com D Maria Joaquina de Almeida com a qual tenho vivos nove filhos, a saber: Domiciana, casada com Manoel de Aguiar Valim; Placídia, casada com Pedro Ramos Nogueira; Francisca, casada com Manoel de Freitas e Silva; Laurindo, Antonia, Luiz, Alexandrina, Antonio e Maria além de outros que morreram em pequenos. Enquanto solteiro tive um filho natural que foi por mim creado e como tal tratado por mim  Claudino José de Almeida, que já reconheci por escritura pública, o qual tem direito à herança de meus bens igualmente com os outros nove filhos legítimos. Nenhum mais filho tenho legítimo ou natural com direito a herança de meus bens, além dos dez acima mencionados. Nomeio para tutores de meus filhos em primeiro lugar a minha mulher dona Maria Joaquina de Almeida, na falta desta ou não querendo ela aceitar, a meu genro Manoel de Aguiar Valim, em falta deste, ou não querendo aceitar, a meu genro Manoel de Freitas e Silva, a todos os quais e a cada hum deles, hei por habilitado independente de outra ou qualquer habilitação ou fiança. Nomeio para meus Testamenteiros em primeiro lugar meu genro Manoel de Aguiar Valim, digo em primeiro lugar minha mulher Dona Maria Joaquina de Almeida, em segundo lugar meu genro Manoel de Aguiar Valim, em terceiro lugar meu genro Manoel de Freitas e Silva, a qualquer dos quais que aceitar deixo o prazo de hum ano para o cumprir. Deixo a minha mulher Dona Maria Joaquina de Almeida, metade da casa de sobrado da cidade no valor de quinze contos de réis e a outra metade, no valor de outros quinze contos de réis deixo, deixo repartidamente para os meus filhos solteiros e menores. Deixo a minha afilhada Emerenciana filha do defunto Dr. Ovidio duas Escravas Joaquina e sua filha que vieram da Caxoeira. Deixo a Luiz Antonio de Sousa Pinto dois escravos que foram da sociedade que tive com Antonio de Sousa Pinto cujos escravos lhe vendi e ele passou-me dois créditos que por esta doação ficam sem efeito, meu testamenteiro entregará ao mesmo os diversos créditos. Meu escravo Bento, mulato, depois da minha morte servirá seis anos a meus filhos e filhas menores, e no fim dos ditos seis anos ficará livre, passando-lhe meu testamenteiro carta de Liberdade independente de outra circunstância que não seja o teor expirado o dito prazo. Deixo a minha casa térrea na cidade no valor de seis contos de réis a meu filho Claudino, e Genros Pedro Ramos Nogueira e Manoel de Freitas e Silva, vindo por isso ter cada um deles nela a terça parte, no valor de dois contos de réis. Deixo a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia desta cidade a quantia de três contos de réis e além do que a mesma me dever, cuja quantia lhe será entregue por meu testamenteiro logo depois de minha morte. Meu testamenteiro mandará dizer seis capelas de missas, por a Esmola do costume, sendo duas por minha alma, duas por alma dos meus pais e parentes, e duas por alma dos meus escravos falecidos até a data de minha morte. Deixo duzentos mil réis aos filhos e filhas de meu compradre Dionízio agregado da fazenda da Caxoeira, cuja quantia meu testamenteiro entregará a eles em fazendas e gêneros de que mais necessidade tiverem e não em dinheiro, e isto logo depois de minha morte. Deixo a Dona Jezuina, filha da Comadre Dona Rita da Serra a quantia de duzentos réis. Por minha morte ficarão livres as mulatas, Honoria, Maria e Inez, que foram do meu finado sogro Antonio José Sampaio, no gozo de cuja liberdade entrarão logo depois de minha morte. Deixo a cada hum de meus filhos e filhas as amas que os crearam e amamentaram. Minha fazenda da Caxoeira com todas as propriedade, e benfeitorias ficará pertencendo aos meus seis filhos menores em parte iguais vindo cada um a ter a sexta parte do seu valor. Todas as disposições supra serão tiradas da minha terça, a exceção unicamente da última, isto é, da fazenda da Caxoeira com cujo valor os ditos meus seis filhos menores entrarão à colação para lhes ser descontado em suas legitimas. E desta forma hei por findo meu testamento que pelo a Justiça do Império o cumprir, façam cumprir tão inteiramente como nele se contem, por ser esta a minha vontade. Este vai escrito por Manoel Venancio Campos da Paz, ao qual pedi por mim assinasse por me achar impossibilitado de o fazer. Bananal, Fazenda da Boa Vista, aos vinte e oito de abril de mil oitocentos e cincoenta e quatro. Assino a pedido do Comendador Luciano José de Almeida. Manoel Venancio Campos da Paz.Indiciado como traficante de escravos no caso BracuhyEm 11 de dezembro de 1852 houve um desembarque de africanos no porto do Bracuhy, freguesia da Ribeira, próximo à cidade de Angra dos Reis. Narra o delegado que, ao aportar o barco americano "Camargo", comandado por um capitão norte-americano, muitas canoas haviam se aproximado e os africanos desembarcaram em terras da Fazenda Santa Rita do Bracuí, de propriedade do Comendador José de Souza Breves, irmão do "Rei do Café". A polícia prendeu vários traficantes nacionais e estrangeiros, apreendeu parte da carga de 500 africanos vindos de Quelimane e Moçambique, bem como documentação que incriminava muita gente importante, inclusive o COMENDADOR LUCIANO JOSÉ DE ALMEIDA
  • BARÃO DE PARAHITINGA CARTA EM PAPEL TIMBRADO COM COROA DE BARÃO E INSCRIÇÃO BARAO DE PARAHITINGA. MISSIVA É DIRIGIDA A JESUÍNO ANTONIO FERREIRA DE ALMEIDA   O INJUSTIÇADO INVENTOR BRASILEIRO DE UMA MÁQUINA DE ESCREVER. EXCERTOS DO TEXTO: ILMO SR. DR. JESUINO ANTONIO FERREIRA DE ALMEIDA.  SAUDO E COMPRIMENTO A VOSSA SENHORIA DESEJANDO QUE REGREÇASSE COM SAÚDE E FELIZ VIAGEM ACHANDO SUA CASA EM PAZ. NOS FOI MUITO AGRADÁVEL A SUA COMPANHIA E A DE TODOS OS SENHORES QUE ME HONRARAM AO CÁ VIREM APENAS PARA ASSISTIR O CASAMENTO DE MINHA FILHA. POR MIM ESSE PRAZER DUROU POUCO. E QUE EM RECOMPENSA TIVEMOS DE SENTIR A AUSENCIA DE TÃO DIGNOS E AMÁVEIS SENHORES. ACEITE AS MINHAS SAUDADES DE MINHA MULHER E DE MEUS FILHOS E CREIA QUE SOU COM VERDADEIRA AMIZADE AMIGO AFETUOSO. BARÃO DE ITAPETININGA. SÃO LUIZ, 23 DE JUNHO DE 1876.  AS BODAS ERAM DE MARIA AMALIA DE CASTRO NOGUEIRA. QUE CASOU COM JOSÉ LUIZ DE ALMEIDA NOGUEIRA FILHO DO BARÃO DE JOATINGA , PEDRO RAMOS NOGUEIRA.  POR SUJA VEZ DE ILUSTRE TRONCO DE BANANAL, PARENTE DE JESUÍNO ANTONIO FERREIRA DE ALMEIDA E SOBRINHO DO VISCONDE DE SÃO LAURINDO,  LAURINDO JOSÉ DE ALMEIDA (1836-1917). NOTA:  Manuel Jacinto Domingues de Castro, Barão de Paraitinga, (São Luís do Paraitinga, 3 de julho de 1810  São Luís do Paraitinga, 30 de setembro de 1887) foi um nobre, militar e político brasileiro. Filho de Manuel Domingues de Castro e Eufrásia Maria Pereira de Campos, casou-se com Maria Justina Gouveia de Castro. Recebeu o título de Barão de Paraitinga, em 1873, durante a viagem do imperador D. Pedro II pela região.  Foi chefe municipal do Partido Conservador, deputado provincial em São Paulo, nos biênios de 1870-1871 e 1876-1877, e vice-presidente da Assembléia Legislativa. Seu nome figurou em várias listas para o cargo de senador do Império do Brasil. Em sua cidade, fundou o Instituto Literário Luizense, em 1878. Em Bragança Paulista há uma praça em sua homenagem. Coronel da Guarda Nacional, foi presidente da Câmara Municipal de seu município em 1884, bem como da Santa Casa de Misericórdia
  • JESUÍNO ANTONIO FERREIRA DE ALMEIDA   O INJUSTIÇADO INVENTOR BRASILEIRO DE UMA MÁQUINA DE ESCREVER. RECIBO DE DEPOSITO LAVRADO EM 26 DE JANEIRO DE 1878 PELA CASA BANCÁRIA DE JOSE LEITE DE FIGUEIREDO DA QUANTIA DE 10 CONTOS DE REIS. ESSA QUANTIA EQUIVALIA A UM DEPÓSITO VULTOSO, EM 1860 1 CONTO DE RÉIS VALIA 1 KG DE OURO PORTANTO O DEPOSITO EQUIVALIA A APROXIMADAMENTE 10 KG E OURO. PROVAVELMENTE TRATA-SE DE RECURSO DESTINADO AO DESENVOLVIMENTO DA FABRICAÇÃO DAS MÁQUINAS DE ESCREVER DESENVOLVIDAS POR JESUÍNO. ENTRETANTO, NÃO SE TEM NOTICIAS DE QUE A FÁBRICA ESTEVE EM FUNCIONAMENTO.  EM 24 DE JULHO DE 1867 UM ADVOGADO PAULISTA DEMONSTROU COM SUCESSO O FUNCIONAMENTO DE UM PROTÓTIPO DE MÁQUINA DE ESCREVER AO ENTÃO PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DE SÃO PAULO , JOSÉ TAVARES BASTOS. EM VÃO FORAM OS ESFORÇOS DO PRESIDENTE DA PROVÍNCIA PARA ALAVANCAR A INVENÇÃO DO PAULISTA JESUÍNO ANTONIO FERREIRA DE ALMEIDA, CHEGANDO A RECOMENDÁ-LO ATÉ JUNTO AO IMPERADOR DOM PEDRO II. ASSIM O  INVENTOR PARECIA TER CONSEGUIDO O QUE ALMEJAVA POIS UM DECRETO DE 2 DE OUTUBRO DE 1867  O GOVERNO IMPERIAL CONCEDE AO BACHAREL JESUÍNO ANTONIO FERREIRA DE ALMEIDA PRIVILÉGIO POR DEZ ANOS PARA USAR NO IMPÉRIO DE UMA MÁQUINA DE ESCREVER, DE SUA INVENÇÃO. A INFORMAÇÃO NÃO É DE POUCA IMPORTÂNCIA: JESUÍNO DE ALMEIDA INVENTOU UMA MÁQUINA DE ESCREVER NO BRASIL E TEVE SUA PATENTE REGISTRADA. EM 1868 A PEDIDO DO INVENTOR A  ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO RIO DE JANEIRO VOTOU E APROVOU UM PROJETO DE DOTAÇÃO DE 12 CONTOS DE RÉIS PARA ESTABELECER UMA OFICINA DE MÁQUINAS DE ESCREVER. MISTERIOSAMENTE APÓS TANTO EMPENHAR-SE EM CORRESPONDÊNCIA SELADA E COM RECONHECIMENTO DE FIRMA PEDE SEJA DESCONSIDERADO O EMPRÉSTIMO.
  • JESUÍNO ANTONIO FERREIRA DE ALMEIDA   O INJUSTIÇADO INVENTOR BRASILEIRO DE UMA MÁQUINA DE ESCREVER. EM 24 DE JULHO DE 1867 UM ADVOGADO PAULISTA DEMONSTROU COM SUCESSO O FUNCIONAMENTO DE UM PROTÓTIPO DE MÁQUINA DE ESCREVER AO ENTÃO PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DE SÃO PAULO , JOSÉ TAVARES BASTOS. EM VÃO FORAM OS ESFORÇOS DO PRESIDENTE DA PROVÍNCIA PARA ALAVANCAR A INVENÇÃO DO PAULISTA JESUÍNO ANTONIO FERREIRA DE ALMEIDA, CHEGANDO A RECOMENDÁ-LO ATÉ JUNTO AO IMPERADOR DOM PEDRO II. ASSIM O  INVENTOR PARECIA TER CONSEGUIDO O QUE ALMEJAVA POIS UM DECRETO DE 2 DE OUTUBRO DE 1867  O GOVERNO IMPERIAL CONCEDE AO BACHAREL JESUÍNO ANTONIO FERREIRA DE ALMEIDA PRIVILÉGIO POR DEZ ANOS PARA USAR NO IMPÉRIO DE UMA MÁQUINA DE ESCREVER, DE SUA INVENÇÃO. A INFORMAÇÃO NÃO É DE POUCA IMPORTÂNCIA: JESUÍNO DE ALMEIDA INVENTOU UMA MÁQUINA DE ESCREVER NO BRASIL E TEVE SUA PATENTE REGISTRADA. EM 1868 A PEDIDO DO INVENTOR A  ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO RIO DE JANEIRO VOTOU E APROVOU UM PROJETO DE DOTAÇÃO DE 12 CONTOS DE RÉIS PARA ESTABELECER UMA OFICINA DE MÁQUINAS DE ESCREVER. MISTERIOSAMENTE APÓS TANTO EMPENHAR-SE EM CORRESPONDÊNCIA SELADA E COM RECONHECIMENTO DE FIRMA PEDE SEJA DESCONSIDERADO O EMPRÉSTIMO. ESTE IMPORTANTE DOCUMENTO É ENTÃO APREGOADO NO LOTE E SEGUEM OS EXCERTOS DE SEU CONTEÚDO: AUGUSTOS E DIGNISSIMOS REPRESENTANTES DA MUITO HEROICA E LEAL CIDADE DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO. TENDO SIDO VOTADA NESTA ASSEMBLEIA A LEI N. QUE CONCEDEU UMA SUBVENÇÃO DE DOZE CONTOS AO ABAIXO ASSINADO PARA CONSTRUIR MÁQUINAS DE ESCREVER DE SUA INVENÇÃO. O SUPLICANTE  VEM HOJE DECLARAR QUE DESSTE DESSE AUXÍLIO E ATÉ O RECUSA. EM OCASIÃO OPORTUNA FARÁ A DECLARAÇÃO DOS MOTIVOS QUE O LEVARAM A FAZER ESSA DESISTENCIA. PARA VOSSAS EXCELENCIA QUEIRAM DEFERIR ESTA E ARQUIVA-LA PARA SURTIR SEUS DEVIDOS EFEITOS. ASSINA JESUINO ANTÔNIO FERREIRA DE ALMEIDA. BANANAL 8 DE ABRIL DE 1870. COM SELO ESTAMBPILHADO DO IMPÉRIO DO BRASIL.  PELO QUE SE SABE CIRCULOU UMA NOTICIA DANDO CONTA QUE QUE O PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DO RIO DE JANEIRO, BENEVENUTO AUGUSTO MAGALHÃES TAQUES, ALEGOU NÃO SER CONVENIENTE APLICAR À INDÚSTRIA PARTICULAR O PRODUTO DOS IMPOSTOS. TALVEZ ESSA POSIÇÃO TENHA EXALTADO O ÂNIMO DO INVENTOR JESUÍNO QUE RENUNCIOU AO FINANCIAMENTO JÁ APROVADO. UMA DÉCADA DEPOIS, EM 1880 A PRIMEIRA MÁQUINA DE ESCREVER FOI PATENTEADA NOS EUA  PELA REMINGNTON E A INVENÇÃO DO BRASILEIRO JESUÍNO ANTONIO FERREIRA DE ALMEIDA FOI ESQUECIDA. NOTA: Em 1867 o  Jornal do Commercio noticiou as tentativas do inventor Jesuíno Antonio Ferreira de Almeida, que fez diferentes reivindicações junto ao Império para que se adotasse a máquina de escrever criada por ele. Em 20 de setembro 1867, , Jesuíno defendeu a adoção de seu invento: Um empregado munido de uma máquina de escrever fará o serviço de cinco amanuenses num mesmo tempo dado (...). Poderá ser feita no Império uma economia de centenas de contos anualmente neste ramo do serviço público. O inventor parecia ter conseguido o que almejava pois um decreto de 2 de outubro de 1867 concede ao bacharel Jesuíno Antonio Ferreira de Almeida privilégio por dez anos para usar no Império de uma máquina de escrever, de sua invenção. A informação não é de pouca importância: Jesuíno de Almeida inventou uma máquina de escrever no Brasil e teve sua patente registrada. Em 12 de julho de 1884, em tons quase épicos, recupera a história dos seus esforços para que sua máquina fosse adotada ao palestrar para professores e estudantes da Faculdade de Direito de São Paulo, onde se formara: Há mais de 20 anos que trabalho no sentido de vulgarizar entre homens de letras um sistema de escrever, de minha invenção, que julgo será instrumento poderoso para auxiliar o trabalho intelectual. Julgo o meu sistema de escrever tão superior em rapidez à escrita usual, alfabética, ou caligráfica, que tendo de comparar com outra, creio poder formar o seguinte paralelo:  a nova escrita, em rapidez é semelhante à bala arremessada do canhão aos espaços pela força irresistível dos explosivos;  a escrita alfabética é semelhante à tartaruga que quisesse seguir a bala em seu percurso. Nenhuma ideia pode vingar sem ser estudada, discutida, combatida .   O  inventor brasileiro defende a máquina de escrever a partir de seu impacto explosivo, reivindicando ainda sua discussão como combate. Sua voz, porém, parece ecoar no vazio tropical. Não existem informações sobre detalhes técnicos da máquina de Jesuíno. No texto de 1884, ele afirma que, no tempo que passou no convento de São Francisco, em São Paulo, trabalhou com afinco em sua oficina: Ali depois de trabalho insano, quase impossível, para construir uma oficina rudimentária, pobríssima, trabalhando com instrumentos escassos, imperfeitos, e impróprios ao fim que tinha em vista, consegui organizar uma máquina de escrever, para fazê-la funcionar antes mesmo de me ser concedido o privilégio pedido, urgido da necessidade de dar desmentido formal àqueles que investidos de autoridade pública para me fazer conceder ou negar o privilégio, me declararam utopista. O inventor posicionava a máquina de escrever no conjunto de grandes invenções da humanidade, como podemos ler em seu pedido à administração imperial para que adotasse seu invento. Disse ele: O inventor Não analisará os diversos sistemas empregados com mais ou menos proficiência, pelos diferentes povos e em diferentes épocas da humanidade para representar por meio de sinais permanentes os sons fugitivos da linguagem falada. Não descerá à história das tentativas mais ou menos improfícuas, feitas pelos filólogos em diferentes épocas a fim de estabelecer regras invariáveis em relação à linguagem falada e escrita. A escrita à máquina, segundo sua visão, poderia reposicionar as formas de linguagem; seria um avanço em relação à caligrafia e à taquigrafia, os dois sistemas de escrita empregados para representar o pensamento, escreveu. Nenhum deles, entretanto, cumpria seu objetivo por modo inteiramente satisfatório. A caligrafia propiciava a escrita de tudo quanto se quer, e ler com facilidade aquilo que se escreve. Entretanto, teria o defeito de ser morosa, enfadonha e impotente para acompanhar os voos do pensamento. Já a taquigrafia, sendo rápida, era capaz de acompanhar esses voos, mas sua maneira de escrever era equívoca, obscura e muitas vezes indecifrável. A razão deste fenômeno é a seguinte:  para se dar à taquigrafia toda a sua rapidez foi necessário que se escrevessem somente as consoantes das palavras, e se tirassem as vogais; assim por exemplo se quisermos escrever por taquigrafia o verbo pedir, traçaremos somente  p  d  r ; mas a união destas consoantes sem intermédio de vogais determinadas pode também significar poder, pudor, poderio, podéra, poderá, pedira, pedirá, pedra, padre, e muitas outras. Daqui um campo vastíssimo para equívocos de toda a espécie, porque cada palavra se pode confundir com 30, 40, 50, 100, e às vezes mais, de diferentes, e até de opostas significações. Neste caos o que rege a decifração é a memória do taquígrafo, o qual, pela combinação de antecedentes e consequentes define o significado dos sinais:  mas a memória às vezes falha e então a decifração é impossível; por isso: Um taquígrafo não pode decifrar o que outro escreveu, e o mesmo que escreveu somente pode decifrar enquanto tem de fresco em sua memória o que ouviu. Com a escrita à máquina, a leitura se fará pelo valor absoluto dos sinais e não por combinações mal seguras de antecedentes e consequentes. Além disso, a bússola vacilante da memória não será mais numa condição sine qua non da decifração. Jesuíno reiterava ao Imperador: Os sinais que compõem o novo sistema são traçados pela máquina de escrever inventada pelo suplicante. No entanto, a adoção da sua máquina na administração do Império não vingou. Apesar de parecer favorável em 1867 depois de muitos esforços pessoais que realizou, pois Jesuíno convenceu Tavares Bastos, presidente da província de São Paulo, que depois de ver a máquina funcionando, enviou ao Imperador uma recomendação favorável. Como conta no texto de 1884, ele não obteve os recursos necessários para sua fabricação. Assim, sua máquina de escrever encalhou na burocracia estatal. Antes de Jesuíno, o padre Francisco João de Azevedo (1814-1880) também inventara uma máquina de escrever em Recife. Azevedo efetivamente construiu uma máquina de madeira, título da ficção a que lhe dedicou o escritor Miguel Sanches Netto. A partir de uma pesquisa documental, o autor especula que o modelo da máquina inventada pelo padre teria sido copiado por viajantes dos Estados Unidos onde teria sido produzida com sucesso. A despeito do pioneirismo desses inventores, nas lojas do Rio de Janeiro havia somente máquinas de escrever importadas à venda no fim do século XIX, além de muitos anúncios sobre cursos para aprender a manuseá-las. Em 27 de setembro de 1897, o Jornal do Commercio exaltava a Remington como a mais aperfeiçoada de 26 modelos atualmente existentes. Dois anos depois, em 22 de janeiro de 1899, no mesmo Jornal do Commercio prometia-se na Escola Comercial um curso completo para aqueles que dedicam ao comércio, preparando bem e com rapidez para as lutas e necessidades da vida. Aqui transparece um pouco dos usos e simbologia social da máquina de escrever naqueles primeiros tempos. Em primeiro lugar, é preciso destacar que este anúncio estava direcionado para o trabalho de amanuenses, ou seja, funcionários sem muito requinte na administração, um trabalho menor destinado a uma escrita mecânica e subalterna. Não por acaso, a máquina será majoritariamente utilizada por mulheres no mercado de trabalho. Tudo isso a despeito da audaciosa defesa de Jesuíno de Almeida, propagando os ganhos intelectuais com o aparelho, uma grande conquista da humanidade. Apenas poucos anos antes o paraibano Padre Azevedo apresentou na exposição nacional do Rio de Janeiro (1861-1862) um protótipo rudimentar criado por ele mesmo em madeira que chamou de maquina tachigrafica. Ele teve a brilhante ideia de adaptar um piano de 24 teclas para imprimir letras em papel, inaugurando um dispositivo mecanizado para a escrita. O Jornal do Comercio relatava que entretanto segundo o próprio Padre confessou ele mesmo não dispunha da indispensável destreza para fazê-lo funcionar de modo que não restasse dúvida a respeito da sua superioridade em relação aos meios conhecidos para fixar no papel as palavras de um orador à medida que forem sendo pronunciadas: e assim, prossegue a matéria jornalista:  podemos dizer que nos falta ainda o essencial para em tal assunto pronunciarmos um juízo definitivo.  Maçom a essa época, o Padre Azevedo já estava perto dos 48 anos. Nascido em 1814, ficou órfão de pai ainda menino. Amigos do falecido custearam sua educação e, aos 21, ele entrou no Seminário de Olinda. Membro da Maçonaria, foi, além de religioso e inventor, artista e professor de várias disciplinas  do francês ao latim, da álgebra à geometria, do desenho à aritmética. Também se aventurou pela pintura, pela impressão e pelo jornalismo  redigiu, por exemplo, o semanário O Philartista. Azevedo tornou-se  professor substituto de aritmética e geometria na Faculdade de Direito do Recife, membro honorário do Instituto Histórico e Filosófico de Pernambuco e professor da Sociedade dos Artistas Mecânicos e Liberais do Estado. Também tinha ganhado medalha de prata em 1866 na Exposição dos Produtos Agrícolas, Industriais e Obras dArte de Pernambuco por outro invento: o elipsógrafo (instrumento que desenha elipses, usado para projetar plantas baixas, por exemplo). Sem abandonar a ideia de industrializar sua máquina taquigráfica, anos depois ele pediu 4 contos de réis à Assembleia Provincial de Pernambuco. O artigo 31 da Lei Orçamentária 1.061, de 13 de junho de 1872, dispôs: Fica o presidente da Província autorizado a mandar adiantar ao padre Francisco João de Azevedo a quantia de 4:000$ mediante fiança, para aperfeiçoamento e construção das máquinas taquigráficas de sua invenção; ficando obrigado, para indenizar este empréstimo, a apanhar debates desta assembleia durante um ano, que começará a correr depois que findar o contrato feito ultimamente com Carlos Ernesto de Mesquita Falcão. Quase três anos depois, em maio de 1875, o padre informou à Comissão de Fazenda e Orçamento que ainda não havia visto a cor dos 4 contos de réis. Quatro meses mais tarde, relatou em carta ao Jornal do Recife a frustração por não poder industrializar seus inventos. Além do aparelho para escrever, mencionou um carro movido a energia eólica e um barco a energia marítima.
  • Menos de um mês se passou desde o desabamento do precioso teto da IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE SALVADOR chamada de IGREJA DO OURO, uma das sete maravilhas de origem portuguesa no mundo, mas o  assunto já ficou no passado como as glórias daquele templo que resistiu as invasões holandeses, as guerras da independência mas não venceu o abandono e o descaso de nossas autoridades. Igualmente trágico  é o colapso ter causado a morte de uma jovem de 26 anos que fatalmente estava no lugar certo, mas na hora errada.  Em um cenário previsto para 2025 onde serão destinados à emendas de orçamento (como se chamam hoje os recursos  do famigerado orçamento secreto)  R$ 36,3 bilhões de reais ( segundo provisão orçamentária do governo federal)  e que em 2026 atingirão 50 bilhões de reais . Isto para repasses já configurados muitas vezes como obscuros, na melhor das hipóteses sem o devido estudo de razoabilidade e eficiência. Me parece sintomático que o PRESIDENTE DA REPÚBLICA tenha logo depois da tragédia de Salvador, afirmado em entrevista sobre os tombamentos levados a cabo pelos órgãos de patrimônio no Brasil que: PRECISAMOS REVER ISSO SENÃO TEREMOS MUITAS COISAS TOMBADAS CAINDO NO PAÍS. Também afirmou o PRESIDENTE: TOMBAR PRÉDIOS HISTÓRICOS  É MARAVILHOSO, DEPOIS A  GENTE CONSTATA QUE NÃO TEM DINHEIRO (PARA A MANUTENÇÃO). O BRASIL é um país extremamente jovem na  perspectiva da História universal. Já tomei cerveja em bares da Europa com tempo  de existência e de funcionamento  maior do que toda nossa trajetória desde o descobrimento. Ainda mais, se considerarmos nossos tenros 200 anos anos como nação independente, chegaremos a conclusão que a nossa geração é  ainda de fundadores desse país que sequer engatinha frente à história e existência na  linha de tempo que já percorreram muitas dezenas de nações do mundo. Não só o patrimônio arquitetônico sofre com o abandono, também obras de arte, objetos históricos, documentos e uma gama de outros elementos que dormem no esquecimento e na  vergonhosa decadência de muitos museus públicos do país. Os órgãos públicos de preservação sofrem com a escassez de recursos e falta de políticas públicas que coloquem em foco uma questão tão importante quanto a preservação de nosso patrimônio histórico, artístico e imaterial. As frentes são muito amplas e a patente falta de recursos muitas vezes relega importantes órgãos a uma única linha de atuação  que é a fiscalização, sem que sejam destinados recursos suficientes para preservação ou menos ainda do que o necessário para conservação. O IPHAN (INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL) é a INSTITUIÇÃO PÚBLICA MAIS ANTIGA DO BRASIL E A PRIMEIRA DEDICADA À PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL NA AMÉRICA LATINA. Mas nem por isso goza da respeitabilidade e prestígio que lhe seriam devidos por sua história anciã. Ao contrário.  Aos resilientes membros das equipes desses órgãos relegados a condição de segunda classe na estrutura do ESTADO rendemos nossa homenagem. Mas também é necessário suscitar uma outra discussão: PORQUE OS ABNEGADOS COLECIONADORES DE ARTE E ANTIGUIDADES SÃO MUITAS VEZES ROTULADOS COMO  VILÕES QUE SE APROPRIAM DE OBJETOS HISTÓRICOS DE NOSSO PAÍS? PORQUE NÃO SÃO CHAMADOS A FIRMAR PARCERIAS E A ATUAR EM CONJUNTO COM OS ÓRGÃOS PÚBLICOS DE PRESERVAÇÃO E PROTEÇÃO DE NOSSO PATRIMÔNIO HISTÓRICO? SE o IPHAN é a mais antiga ISNTITUIÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL NA AMÉRICA LATINA e nesta condição conta 88 ANOS, como o patrimônio que chegou até  os nossos dias em pouco mais de 500 anos de história do BRASIL desde o descobrimento e dos séculos que antecederam a chegada dos portugueses SOBREVIVEU? A resposta é simples, houve quem os guardasse e zelassem por eles. Gerações de ALTRUÍSTAS colecionadores que as custas muitas vezes de sacrifícios pessoais  compraram, guardaram, cuidaram, restauraram itens que sem sua intervenção já teriam sido irremediavelmente destruídos pelo tempo. E mais, estudaram, catalogaram, identificaram e mudaram muitas vezes o paradigma da história. No mundo inteiro esses colecionadores são tratados como heróis mas no BRASIL SÃO POUCO MAIS DO QUE LADRÕES porque muito do que está sob sua guarda segundo entendimento de muitos na sociedade não deveria estar. O que seria de boa parte do que hoje temos de relevante dos guardados de nossa história se não fossem os colecionadores? O COLECIONADOR NÃO CONSOME, NÃO SE ENVAIDECE, NÃO SE UFANA DA POSSE, NÃO RETIRA DA SOCIEDADE FRAGMENTOS DE SUA HISTÓRIA E NO FIM APÓS UMA VIDA DEDICADA A PRESERVAR DE FORMA GRATUIDA DOA AQUILO QUE RESGATOU  TRANSFERA A MISSÃO A OUTROS OU MUITAS VEZES DOA SEU ACERVO A MUSEUS PÚBLICOS COMO ÚLTIMA VONTADE, PORQUE NADA DO QUE GUARDAMOS PODEMOS LEVAR ALÉM DESTA VIDA. É hora de políticas públicas de valorização de quem se dedicou da forma que pôde a fazer o papel do estado e em meio a esta nação continental fez sua parte ao preservar a história. Cumpre aos órgãos públicos em nossa opinião, reconhecer e levar em conta uma outra fonte de preservação através da lícita atividade do colecionador. Mapear esses bens  em parceira com seus detentores, favorecer políticas de incentivo a exposições públicas, fomentar as publicações técnicas e mesmo artísticas deste patrimônio, aproveitar os conhecimentos daqueles que com a pesquisa levada a cabo em uma vida de forma independente e sem custo para o ESTADO possam auxiliar na difusão dos achados históricos. Sem a ação destes colecionadores uma inestimável parte do nosso patrimônio teria para sempre desaparecido. O braço do ESTADO é curto para atuar em todas as frentes necessárias. A parceria entre os Órgãos de Preservação e os Colecionadores certamente traria benefícios enormes para sociedade e quiçá evitaria tragédias irremediáveis como o colapso da veneranda IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS DE SALVADOR.
  • CAPITÃO FELISMINO VIEIRA CORDEIRO  CARTA PATENTE DE CAPITÃO DA GUARNA NACIONAL  OUTORGADA PELO PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DE SÃO PAULO JOÃO  THEODORO XAVIER DE MATOS (MOGI MIRIM, 1 DE MAIO DE 1828  SÃO PAULO, 31 DE OUTUBRO DE 1878) AO FAZENDEIRO  FELISMINO VIEIRA CORDEIRO  . DATADA DE 10 DE JULHO DE 1873. LINDO DOCUMENTO DE GRANDE FORMATO ASSINADA PELO GOVERNADOR DA PROVÍNCIA COM SELO SECO DAS ARMAS DO IMPÉRIO. EXCERTOS DO TEXTO: O DR. JOÃO  THEODORO XAVIER, PRESIDENTE DA PROVÍNCIA DE SÃO PAULO. FAÇO SABER AOS QUE ESTA CARTA PATENTE VIREM QUE ATENDENDO AO MERECIMENTO DO TENENTE FELISMINO VIEIRA CORDEIRO RESOLVI NOMEA-LO EM VIRTUDE DO ARTIGO 48 DA LEI DE NUMERO SEISCENTOS E DOIS DE DEZENOVE DE SETEMBRO DE 1850 PARA O POSTO DE CAPITÃO DA 5. COMPANHIA DO 1, BATALHÃO DE INFANTARIA  GUARDA NACIONAL DESTA CAPITAL QUE SERVIRÁ COM TODAS AS HONRAS, PRIVILÉGIOS E ISENÇÕES QUE  DIRETAMENTE LHE COMPETIREM . PELO QUE MANDO AO COMANDANTE SUPERIOR OU AO MAIS GRADUADO CHEFE DO RESPECTIVO MUNICÍPIO QUE LHE FAÇA DAR POSSE DEPOIS DE PRESTAR O DEVIDO JURAMENTO. AOS OFICIAIS SEUS SUPERIORES QUE O TENHAM E O RECONHEÇAM POR TAL E A TODOS QUE LHE FOREM SUBORDINADOS QUE OBEDEÇAM E GUARDEM  SUAS ORDENS NO QUE TOCAR AO SERVIÇO NACIONAL TÃO FIELMENTE COMO DEVEM E SÃO OBRIGADOS. EM FIRMEZA DE QUE LHE MANDEI PASSAR ESTA CARTA PATENTE QUE SENDO POR MIM ASSINADA E SELADA COM O SELO DE ARMAS DO IMPERIO SE CUMPRIRÁ INTERAMENTE COMO NELA SE CONTÉM REGISTRANDO-A NA SECRETARIA DO GOVERNO E NA DO COMANDO SUPERIOR RESPECTIVO. NESSAS SERÃO AVERBADOS OS SELOS E EMULAMENTOS DEVIDOS NA FORMA DA LEI . DADA NO PALÁCIO DO GOVERNO DA PROVÍNCIA DE SÃO PAULO AOS DIAS DO MÊS DE JULHO DO ANO DO NASCIMENTO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO DE  1873 . QUINQUAGESIMO SEGUNGO DA INDEPENDENCIA E DO IMPERIO. ASSINADA PELO GOVERNADOR. NOTA: João Teodoro Xavier de Matos (Mogi Mirim, 1 de maio de 1828  São Paulo, 31 de outubro de 1878) foi um advogado, professor e político brasileiro. Foi presidente da província de São Paulo, de 21 de dezembro de 1872 a 29 de maio de 1875.Formado na Faculdade de Direito de São Paulo em 1853, foi professor de direito civil, promotor público e procurador da Tesouraria da Fazenda.Na administração da província de São Paulo mostrou-se um dos primeiros urbanistas do Brasil, promovendo importantes reformas no traçado urbano da capital provincial. Foi justamente no governo de João Theodoro Xavier de Matos, que cidade de São Paulo recebeu um grande incremento. De acordo com o arquiteto e urbanista Candido Malta Campos Neto foi uma verdadeira revolução na vida da cidade: Nessa época, São Paulo ainda não contava com uma estrutura urbana, loteamentos, equipamentos e atrativos que pudessem incentivar um maior afluxo populacional e comercial. Era necessária uma transformação radical do quadro urbano. ... São Paulo ganhou suas primeiras linhas de bondes puxados a burro, as ruas foram calçadas com paralelepípedos e iluminadas a gás. O Jardim da Luz foi transformado em um parque ao estilo europeu, com quiosques e estátuas. Para atrair a ocupação residencial, João Theodoro promoveu a articulação viária das zonas de expansão da cidade, ligando-as ao centro, aos equipamentos urbanos, espaços verdes e às estações ferroviárias, entre elas a estação da Luz. ... O conjunto formado pela área da estação, o Jardim da Luz e a rua João Theodoro forma, portanto, um documento valioso desse primeiro impulso de transformação urbanística verificado na década de 1870, descrito muitas vezes como a segunda fundação de São Paulo, em virtude do papel crucial dessas intervenções na afirmação do potencial de desenvolvimento da capital paulista.
  • ANTÔNIO JOAQUIM DA ROSA, O BARÃO DE PIRATININGA (VILA DE SÃO ROQUE, 1821  27 DE DEZEMBRO DE 1886). MISSIVA DIRIGIDA A MANUEL ANTONIO DUARTE DE AZEVEDO, ENTÃO MINISTRO DA JUSTIÇA, COMUNICANDO SUA REELEIÇÃO COMO DEPUTADO GERAL POR SÃO PAULO EM 1872. A CARTA FOI ESCRITA APENAS UM MÊS ANTES DE RECEBER O TÍTULO DE BARÃO DE PIRATINDA. EXCERTOS DO TEXTO:  SÃO ROQUE, 18 DE OUTUBRO DE 1872. EXCELENTISSIMO SENHOR  CONSELHEIRO DUARTE DE AZEVEDO. O COLÉGIO DESTA CIDADE ACABA DE DAR O SEGUINTE RESULTADO: DR MENDES 44 VOTOS, DR. RODRIGO 44 VOTOS, ROSA 44 VOTOS. FOLGO EM DAR MAIS ESTA PROVA DA LEALDADE E ALTO APREÇO EM QUE TENHO AS RECOMENDAÇÕES DE VOSSA SENHORIA. REITERO OS PROTESTOS DA MAIS ELEVADA CONSIDERAÇÃO E ESTIMA. ASSINA ANTONIO JOAQUIM DA ROSA.NOTA: Após a morte de seu pai, o Tenente-coronel Manoel Francisco da Rosa1, chefe político da Vila de São Roque, Antônio Joaquim da Rosa assumiu a função de chefe político em conjunto com seu irmão, Manoel Inocêncio da Rosa, herdando grande fortuna, da qual consta a "Loja Grande", o maior e mais sortido comércio da Vila, ações, dinheiro e muitos imóveis em Pinheirinho, Ibaté e Engenho. Eram proprietários de prédios e de um palacete. Estudou Direito em Sorocaba, mas preferiu se dedicar aos negócios da família na sua juventude.Ele acumulou importantes posições na cidade e no país. Na Vila de São Roque foi vereador e presidente da Câmara, sendo reeleito como representante da região por quatro biênios sucessivos. De 1845 a 1848, de 1857 a 1860 e de 1861 a 1864.Nesse ínterim também foi juiz municipal e de órfãos, delegado de polícia e nomeado presidente da Comissão Inspetora das Escolas, onde redigia ofícios e atas, destacando-se ainda mais pelas suas qualidades e conhecimentos eruditos. Em 15 de julho de 1846, Dom Pedro II o nomeia cavalheiro da Ordem de Cristo.Em 1850, é eleito Deputado da Assembleia Provincial de São Paulo, que equivaleria ao cargo atual de Deputado Estadual. Em 10 de abril de 1854 é nomeado capitão do II Batalhão da Reserva e Guarda Nacional da Província.Filiado ao Partido Conservador é eleito Deputado Geral no Rio de Janeiro em 1864 (1869-1872), o que equivale ao título de Deputado Federal nos dias atuais. Sua devoção à política o manteve por diversas vezes em seu posto de Deputado Geral por São Paulo (1869 a 1877) e Deputado Provincial (1876 a 1877) e no ano seguinte até 1879. Foi Presidente da Assembleia de 1 de fevereiro de 1876 a 6 de fevereiro de 1877.Como membro dos congressos provincial e nacional ao mesmo tempo, aliada à sua influência prestigiosa no meio intelectual e político trouxe muitos benefícios à região. Possuía laço estreito de grande amizade com o imperador, homem de grande cultura, incentivador das Artes e das Letras, D. Pedro II nutria grande admiração por ele.Em ato governamental assinado em 22 de abril de 1864, a Vila de São Roque é elevada à categoria de Cidade de São Roque. Foi condecorado pelo imperador D. Pedro II como comendador da Imperial Ordem da Rosa, quando era 3º vice-presidente da Província de São Paulo, assumindo a presidência interinamente em 1869, na ausência do Barão de Itaúna.Foi agraciado com o título de "Barão de Piratininga" em 13 de novembro de 1872, pleiteando muitas melhorias para a cidade. Uma importante conquista foi a fundação da Santa Casa de Misericórdia de São Roque, em parceria com seu irmão Manoel Inocêncio, financiando-a nos primeiros anos.Foi também um dos principais acionista e incentivador da estrada de ferro Sorocabana, incluindo São Roque no trecho férreo, trazendo novo fôlego ao desenvolvimento da cidade. Cedeu grandes quantias para a construção do Teatro São João e engajou-se na arrecadação e construção do Cemitério municipal, vindo a inaugurá-lo.O Barão chegou a ser proprietário da Capela do Santo Antônio, antes que a propriedade fosse vendida e desmembrada por agricultores espanhóis.O Barão de Piratininga foi o filho mais ilustre da terra. Era respeitado e prestigiado nas Letras e na política, teria voado muito mais alto se não possuísse uma saúde tão frágil.Recebeu inúmeros convites para cargos de governo e do parlamento nacional, mas declinou de todos eles. Sofria de crises asmáticas e problemas cardíacos.Terminou seus dias abatido e deprimido em 26 de dezembro de 1886, aos 65 anos de idade, pedindo em seu testamento que lhe gravassem a data da morte em sua lápide e um epitáfio com os dizeres "NINGUÉM". Foi velado na Loja Grande, de onde saiu seu cortejo fúnebre. Ainda hoje encontramos sua lápide de mármore no cemitério da Paz, o mesmo ao qual foi um grande incentivador.Apesar de sua vida voltada para a política e as causas da cidade, o Barão de Piratininga também foi um grande colaborador literário .Colaborava com artigos de alguns jornais onde também escrevia poesias. Escreveu o romance "A Cruz de Cedro", as novelas "A Feiticeira", "A Assassina", em 1854 e o poema "O Cântico de Anchieta" entre outras produções literárias.Não teve grande produção literária, suas obras de costumes, teriam sido mais exploradas e conhecidas, se o Barão não estivesse em pleno fervilhar do movimento Romântico que lançou grandes e brilhantes autores como a primeira fase de Machado de Assis, Visconde de Taunay, José de Alencar, Joaquim Manoel de Macedo, Bernardo Guimarães, Castro Alves, Almeida Garret, José Bonifácio de Andrade e Silva, Álvares de Azevedo e Nísia Floresta."Antônio Joaquim da Rosa publica A ASSASSINA (romance de costumes) (RM) em livro, antes publicada na Revista Literária a partir do Ano I, no. 8, de 14 de novembro de 1850. E depois de publicado em livro foi republicada no Diário Mercantil de São Paulo de 2 a 28 de outubro de 1886.(JRT, p, 55) E A CRUZ DE CEDRO no Jornal do Comércio, Rio de Janeiro e em livro. No ano de 1900 volta a ser publicado em folhetim pelo jornal Correio Paulistano, São Paulo. (JRT, p. 55)"Em 1909 na fundação da Academia Paulista de Letras foi escolhido como Patrono da Cadeira número 194., ao lado de Teixeira e Souza, escritor de A Providência.
  • DR. MANOEL THOMAZ COELHO  -  MISSIVA DE AGRADECIMENTO COM ENTREGA DE UM RETRATO ENCOMENDADO PELOS MEMBROS DA CORPORAÇÃO DIRIGIDA AO EX  MINISTRO DA JUSTIÇA CONSELHEIRO MANUEL ANTÔNIO DUARTE DE AZEVEDO (ITABORAÍ, 16 DE JANEIRO DE 1831  RIO DE JANEIRO, 9 DE NOVEMBRO DE 1912). O CONSELHEIRO TOMOU PARTE NO GABINETE DO VISCONDE DE RIO BRANCO ATUANDO NESTA POSIÇÃO DE  20 DE ABRIL DE 1872 A 1875. O DR. MANOEL THOMAZ COELHO FOI MEMBRO TITULAR DA ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA EM 1857. CIRURGIÃO DO HOSPITAL MILITAR DA GUARNIÇÃO DA CORTE E  PRESIDENTE DA SOCIEDADE DE LIBERTAÇÃO EM 1870 QUE PLEITEAVA O FIM DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL, MÉDIGO LEGISTA DA POLÍCIA DA CORTE QUE CHEGANDO A PATENTE DE CAPITÃO. EXCERTOS DO TEXTO: ILUSTRISSIMO CONSELHEIRO A GRATIDÃO É UM DOS SENTIMENTOS DA ALMA QUE MAIS A EXPANDE FILHA QUERIDA DOS CORAÇÕES SINCEROS E ELAIS ENOBRECE OS NOBILITANDO-OS AINDA QUE AFIRMEM O CONTRÁRIO OS PESSIMISTAS.  UMA PROVA CABAL DESSA VERDADE É A NOSSA PRESENÇA LEVANDO-LHE A OFFERTA DESTE RETRATO. A SECRETARIA DA POLICIA DA CORTE REMEMORANDO NO MEIO DE SEU LABOR CONTANTE O NOME DO MINISTRO DA JUSTIÇA DO GABINETE DE 20 DE ABRIL DE 1872 E DESEJANDO CUMPRIR UM DEVER GRATO A TODOS OS EMPREPREGADOS QUE SE RECORDÃO COM SAUDADE DO MUITO DIGNO MINISTRO QUE ESPONTANEAMENTE LEMBROU E LEVOU A EFFEITO O AUMENTO DE SEUS MIMGUADOS VENCIMENTOS TEVE O PENSAMENTO DE OFERECER-LHE UM MIMO QUE RELEMBRASSE SEMPRE O ATO BENEMERITO UM RETRATO PARECEU A TODOS NÓS O MIMO QUE MELHOR CARACTERIZASSE O PENSAMENTO GERAL E QUE MAIS PERDURASSE NA LEMBRANÇA DOS VINDOUROS ...  SE VOSSA EXCELÊNCIA ESTIVESSE AINDA NO PODER PODERIA TALVEZ ENXERGAR VISLUMBRES DE LISONJA E ADULAÇÃO NESSE ATO HOJE APENAS AMIGOS SINCEROS E GRATOS DIRIGEM-SE A VOSA EXCELENCIA SAUDANDO E RECONHENDO UM DOS MINISTROS DESSE GRANDE GABINETE DE 7 DE MARÇO...  TENHO A HONRA DE DEPOSITAR  NAS MÃOS DE VOSSA EXCELENCIA UMA RELAÇÃO NOMINAL DOS SIGNATÁRIOS E OFFERTANTES ALGUNS DOS QUAIS NÃO SE ACHAM INFELIZMENTE PRESENTES POR CIRCUNSTANCIAS ALHEIAS A SEU DESEJO. RIO DE JANEIRO, 16 DE JANEIRO DE 1877; O DR. MANOEL THOMAZ COELHONOTA: Manuel Antônio Duarte de Azevedo (Itaboraí, 16 de janeiro de 1831  Rio de Janeiro, 9 de novembro de 1912)  Conselheiro do Império, formou-se em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1856, doutourando-se em 1859. Foi juiz de órfãos em 1858.Foi presidente das províncias do Piauí, de 13 de julho de 1860 a 15 de abril de 1861 e do Ceará, de 6 de maio de 1861 a 12 de fevereiro de 1862. Tomou posse como professor catedrático de Direito Romano da Faculdade de Direito em 1871, após lecionar, desde 1862, em várias cadeiras como lente substituto. Deputado geral por São Paulo, em 1868, ministro interino da Marinha e ministro titular da Justiça no Gabinete Rio Branco (1870  1875).Voltando para São Paulo, com a proclamação da República foi eleito senador por São Paulo, exercendo sua presidência quando faleceu. Recebeu a grã-cruz da Ordem Imperial Prussiana de S. Anna de 1ª classe e a grã-cruz da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. Foi membro da Ordem Terceira do Carmo. Escreveu várias obras, das quais se destaca "Controvérsias Jurídicas", publicado em 1907.
  • TRADIÇÃO COLONIAL/BANDEIRISTA    BELO MUG/CANECA EM PRATA DE LEI  SETECENTISTA BATIDA  E REPUXADA. CORPO LISO NO TERÇO SUPERIOR E COM CANELURAS NO TERÇO INFERIOR.. ALÇA EM CARAPETA REMATADA POR SERPENTE.  AS CANECAS EM PRATA DE LEI FORAM NA SOCIEDADE COLONIAL BRASILEIRA UM OBJETO DE OSTENTAÇÃO E MANIFESTAÇÃO DE RIQUEZA. ERAM DE USO EXCLUSIVO DO DONO DA RESIDÊNCIA FUNCIONANDO COMO PEÇA DE APARATO. LIANA MESGRAVES EM SUA OBRA DE BANDEIRANTE A FAZENDEIRO ASPECTOS DA VIDA SOCIAL E ECONÔMICA DE SÃO PAULO COLÔNIA. HISTÓRIA DA CIDADE DE SÃO PAULO A CIDADE COLONIAL DE 1554-1822 AFIRMA QUE  NAS CASAS PAULISTAS DO PERÍODO COLONIAL  A LOUÇA MUITAS VEZERS  ERA DE BARRO E AS GAMELAS DE MADEIRA, COLHERES, FACAS E PANELAS DE FERRO. ENTRETANTO, SEGUNDO MESGRAVES, S OS MAIS ABASTADOS POSSUIAM CANECAS E COPOS EM PRATA. BRASIL, SEC. XVIII. 320 G 11 X 12 CM
  • TRADIÇÃO COLONIAL/BANDEIRISTA  MUG/CANECA EM PRATA DE LEI  SETECENTISTA BATIDA E REPUXADA, CONSTRUÍDA EM FACETAS. ELEGANTE  ALÇA EM CARAPETA.  BORDA E BASE DA CANECA REMATADOS POR PEROLADOS ESTILO DONA MARIA I .AS CANECAS EM PRATA DE LEI FORAM NA SOCIEDADE COLONIAL BRASILEIRA UM OBJETO DE OSTENTAÇÃO E MANIFESTAÇÃO DE RIQUEZA. ERAM DE USO EXCLUSIVO DO DONO DA RESIDÊNCIA FUNCIONANDO COMO PEÇA DE APARATO. LIANA MESGRAVES EM SUA OBRA DE BANDEIRANTE A FAZENDEIRO ASPECTOS DA VIDA SOCIAL E ECONÔMICA DE SÃO PAULO COLÔNIA. HISTÓRIA DA CIDADE DE SÃO PAULO A CIDADE COLONIAL DE 1554-1822 AFIRMA QUE  NAS CASAS PAULISTAS DO PERÍODO COLONIAL  A LOUÇA MUITAS VEZERS  ERA DE BARRO E AS GAMELAS DE MADEIRA, COLHERES, FACAS E PANELAS DE FERRO. ENTRETANTO, SEGUNDO MESGRAVES, S OS MAIS ABASTADOS POSSUIAM CANECAS E COPOS EM PRATA. BRASIL, SEC. XVIII. 290 G 11 X 12 CMNOTA: A colonização do Brasil começou de fato a partir de 1530, quando D. João III em 1534 criou o sistema das capitanias hereditárias, nomeando capitães donatários para governá-las; doando terras através das sesmarias, nomeando funcionários para as vilas que começavam a surgir, além de incentivando a ida de famílias para colonizar aquelas vastas terras. Ao mesmo tempo que os colonos fundavam vilas e formavam roçados, ainda havia o incentivo de adentrar o interior, chamado de sertão, a fim de descobrir riquezas minerais ali escondidas. A fim de contornar o problema causado pelo estabelecimento dos povoamentos somente no litoral e atraso do desenvolvimento da colônia causado por isso, em 1548, D. João III criou o Governo-Geral e nomeou o político e militar Tomé de Sousa (1503-1579) para assumir como governador-geral do Brasil. No ano de 1549 ele chegou a Capitania da Bahia onde fundou a cidade de Salvador a primeira capital do Brasil. Uma das missões de Tomé, era explorar os sertões para descobrir riquezas e mapear o interior do território colonial. Em 1553 no final de seu mandato, ele ordenou a inciativa da entrada que ficara sob o comando do espanhol Francisco Bruzo de Espinosa com o objetivo de desbravar os sertões da Bahia. A entrada que contou com centenas de integrantes, conseguira chegar ao rio São Francisco naquela ocasião, e indo até mais além deste no que viria a ser território de Minas Gerais onde fora fundada a Vila de Espinosa. A partir dessa entrada em 1554, outras entradas seriam promovidas pelo restante da colônia, incentivando os sertanistas como ficariam conhecidos estes homens, a desbravarem as terras interioranas em busca de riquezas, de se caçar indígenas para a escravidão, de montar missões religiosas para a catequização destes. Os motivos de impulsionar tais homens a desbravar os sertões atrás de riquezas minerais era o fato que eles haviam visto índios usando ouro; além dos indígenas também contarem histórias sobre minas de ouro e prata, e o fato de que em 1534, Francisco Pizarro havia conquistado o Império Inca, conseguindo para a Coroa Espanhola, dezenas de toneladas em ouro e prata, e posteriormente descobriram a localização destas minas, e muitas destas ficavam localizadas em Potosi no chamado Alto Peru que hoje é a Bolívia. Sabendo que o Brasil estava no mesmo continente que o Peru, logo embora não se soubesse exatamente a distância até elas. Em 8 de setembro de 1553, o lugar-tenente Antonio de Oliveira e Brás Cubas, ordenados por Martim Afonso de Sousa, conseguiram com sua entrada, subir a Serra do Mar e alcançaram o planalto de Piratininga, fundando a Vila de Santo André da Borda do Campo. A vila fora fundada a partir da localização do povoado que João Ramalho havia erigido anos antes. Com a fundação da vila, Antonio de Oliveira, mudou-se para lá com sua esposa D. Genebra Leitão e o restante da família, além de levarem consigo, outras famílias vindas das vilas de São Vicente e Santos. E no ano seguinte os jesuítas padre Manuel da Nóbrega e o irmão José de Anchieta, junto com outros jesuítas, bandeirantes e o apoio do cacique Tibiriça, fundaram o Colégio de São Paulo do Campo do Piratininga a 25 de janeiro de 1554. Um povoado se formou em torno do colégio jesuítico e rapidamente cresceu em pouco tempo. Em 1560, o então governador-geral Mem de Sá (1500-1572), ordenou a criação da Vila de São Paulo do Piratininga, ordenando que a população da Vila de Santo André se muda-se para a nova vila, a qual se tornaria o principal centro urbano do planalto piratininguense, mesmo assim, a população da vila não vivia em condições prósperas. Não obstante, as vilas de São Vicente e Santos ainda eram mais prósperas do que São Paulo, pois essas participavam da produção e comércio do açúcar, o "ouro branco" da época. Somando-se a isso a proximidade com o mar, isso facilitava a vinda de mercadorias da África, de outros cantos da colônia e da própria metrópole. Os habitantes do planalto tinham que ir ao litoral comprar mercadorias que faltavam em suas terras (roupas, móveis, utensílios, objetos, armas, etc.). No entanto, a medida que Pernambuco, Paraíba, Bahia e Rio de Janeiro despontavam no cultivo canavieiro, a produção açucareira de São Vicente fora ofuscada, isso obrigou parte da população da capitania a procurar outro meio de subsistência. Além disso, em 1562 São Paulo sofrera um terrível ataque dos Tupinambás e outras tribos, que formavam a Confederação dos Tamoios os quais de 1554 a 1567 causaram problemas a ocupação colonial naquela região. Uma das soluções que alguns particulares encontraram, era arriscar se aventurar pelos sertões em busca das supostas minas de ouro e prata que se diziam existir no interior do continente; por outro lado, outros preferiram ir caçar os indígenas e vendê-los como escravos, pois embora São Vicente e Santos fossem portos movimentados, não recebiam tantos escravos africanos como na região norte (nesse caso norte, representa o atual nordeste, e sul o atual sudeste), logo, grande parte da mão de obra escrava da capitania, era indígena, e em alguns casos as bandeiras também vendiam índios para capitanias vizinhas. Logo, aqueles homens que haviam formados milícias para se defenderem dos ataques, decidiram organizar expedições para adentrar o sertão atrás de riquezas, de desbravar ou devassar, termo utilizado na época; e para se capturar os indígenas. As bandeiras eram criadas. A vila de São Paulo só viria a se tornar um centro importante por volta do século XVII, mesmo assim ainda se manteria como uma vila "atrasada" até o século XIX, quando começaria a se desenvolver rapidamente graças ao café. Pois embora, as bandeiras fizessem lucro, tal lucro ficava entre particulares, e após a descoberta das minas, muitos deixaram São Paulo para lá irem morar. As primeiras bandeiras eram armadas (organizadas) pelos seus próprios líderes, no entanto, com o passar do tempo, alguns homens ricos, se uniam para financiar a expedição, e não necessariamente eles participavam da bandeira, mas contratavam um homem experiente que conhece-se as matas e os costumes indígenas para liderar a expedição, então dependendo do investimento feito, comprava-se armas, equipamentos, mantimentos, medicamentos e convocava-se o restante dos membros da expedição, os quais geralmente eram homens entre os seus 15 e 35 anos, atrás de fazerem riqueza e fama; homens de coragem e força, pois a selva era implacável. Alguns bandeirantes que começaram ainda cedo sua carreira, por exemplo, foram Bartolomeu Bueno da Silva Filho (Anhanguera II) e Antônio Pires de Campo, ambos participaram de bandeiras armadas por seus pais, quando tinham apenas quatorze anos. Francisco Dias da Silva tinha dezesseis anos quando participou de sua primeira bandeira, armada por um tio seu. Outros bandeirantes dedicavam quase a vida toda as bandeiras, as quais se tornavam para eles um estilo de vida; Manuel de Campos Bicudo participou de pelo menos vinte e quatro bandeiras, Fernando Dias Paes Leme fora até o fim da vida um bandeirante, vindo a falecer durante uma bandeira, tendo na época mais de 64 anos. Domingo Jorge Velho, embora tenha se aposentado na velhice, seguiu até essa, sendo um bandeirante. Além de conter homens livres, as bandeiras também tinham como membros, "índios amansados", usando um termo da época. Tais indígenas, eram cristãos e sabiam falar português, em geral eles eram os guias da expedição, pois muitos conheciam as trilhas e rotas de viagem pelas matas, pois não existiam estradas propriamente falando; seguia-se o curso de rios, ou trilhas, que para olhos desapercebidos passariam em branco, daí a necessidade de se terem pessoas (no caso os índios) que conhecessem aquelas rotas. O fato de muitas bandeiras conterem índios é interessante, pois na literatura tradicional, se conveniou a ideia de que os bandeirantes fossem apenas brancos, mas na realidade, haviam muitos mestiços, principalmente caboclos ou mamelucos (ambos os termos designam os mestiços de branco com índio), além de haver índios puros mesmo, e em alguns casos mais raros, negros. Além disso, era comum muitos bandeirantes falarem a língua geral, língua esta que originalmente era um dialeto tupi, que com a introdução da língua portuguesa, fora misturada a este dialeto. Pelo fato de conviver muito com os indígenas, alguns bandeirantes falavam mais em língua geral do que em português.

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