Peças para o próximo leilão

567 Itens encontrados

Página:

  • JOÃO LINS VIEIRA CANSANÇÃO DE SINIMBU, VISCONDE DE SINIMBU (SÃO MIGUEL DOS CAMPOS, 20 DE NOVEMBRO DE 1810  RIO DE JANEIRO, 27 DE DEZEMBRO DE 1906)  DOCUMENTO DE DOTAÇÃO DE PENSÃO PARA DONA PETRONADA MENENDES KELLY,  VIÚVA DO BRIGADEIRO REFORMADO JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY . LAVRADO EM PAPEL ESPECIAL COM MARCA RELEVADA DO BRASÃO DO BRASIL IMPERIO. EXCERTOS DO TEXTO: JOÃO LINS VIEIRA CANSANÇÃO DE SINIMBU , PRESIDENTE INTERINO DO TRIBUNAL DO THESOURO NACIONAL DECLARA EM VIRTUDE DO DECRETO N. 49 DE 27 DE JUNHO DE 1840 QUE D. PETRONA MENENDES  KELLY VIUVA DO BRIGADEIRO REFORMADO JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY COMPLETA NOS TERMOS DA LEI DE 6 DE NOVEMBRO DE 1827 A QUANTIA DE SESSENTA MIL REIS MENSAIS  METADE DO SOLDO DE CORONEL QUE PERCEBIA SEU FINADO MARIDO ANTES DE SER REFORMADO A CONTAR DO DIA 7 DE DEZEMBRO ULTIMO, EM QUE FALECEU AQUELE OFICIAL. O QUE CUMPRIRÁ NA ESTAÇÃO COMPETENTE INCLUINDO-A EM FOLHA. RIO DE JANEIRO EM 1 DE FEVEREIRO DE 1878. ASSIINA O VISCONDE DE SINIMBU. 38 X 26 CM
  • BRIGADEIRO JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY (1806 RIO DE JANEIRO  1877 (MONTEVIDEU) COMANDANTE DA 12ª BRIGADA DE INFANTARIA  -  LICENÇA PARA O BRIGADEIRO REFORMADO  JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY  RESIDIR NO ESTADO ORIENTAL DO URUGUAY PODENDO DESLOCAR-SE EM NAVIO BRASILEIRO OU ESTRANGEIRO. EXCERTOS DO TEXTO: HAVENDO O EXCELENTISSIMO SR. BRIGADEIRO REFORMADO DO EXÉRCITO  JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY SOLICITADO AO GOVERNO IMPERIAL E OBTIDO POR PORTARIA DO MINISTERIO DA GUERRA DE 18 DE JANEIRO DO CORRENTE ANO LICENÇA PARA RESIDIR TEMPORARIAMENTE COM SUA FAMILIA NO ESTADO ORIENTAL DO URUGUAY PODE O MESMO  EXCELENTISSIMO SENHOR BRIGADEIRO SEGUIR SUA VIAGEM EM NAVIO BRASILEIRO OU ESTRANGEIRO COMO MAIS LHE CONVIER APRESENTANDO A PRESENTE DECLARAÇÃO QUE LHE SERVIRÁ DE GUIA. O QUARTEL DO COMANDO DAS ARMAS DE PERNAMBUCO NA CIDADE DE RECIFE 8 DE FEVEREIRO DE 1872. ASSINA JOSÉ MARIA IDELFONSO JACOME DA VEIGA PESSOA  COMANDANTE DAS ARMAS INTERINO.
  • GUERRA DO PARAGUAI - BRIGADEIRO JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY (1806 RIO DE JANEIRO  1877 (MONTEVIDEU) COMANDANTE DA 12ª BRIGADA DE INFANTARIA  - LICENÇA  MEDICA CONCEDIA AO CORONEL COMANDANTE JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY PARA TRATAMENTO DE MOLESTIA DECORRENTE DAS BATALHAS QUE SE ENVOLVEU NA GUERRA DO PARAGUAI. EXCERTOS DO TEXTO: EXCELENTISSIMO GENERAL COMANDANTE DAS ARMAS. JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY CORONEL COMANDANTE DO 13 BATALHÃO DE INFANTARIA PRECISA A BEM DE SEU DIREITO QUE VOSSA EXCELENCIA SE DIGNE NABDAR OASSAR POR CERTIDÃO AO  PÉ DESTE OS TERMOS DA INSPEÇÃO AO QUAL PASSOU EM 20 DE MAIOR E 16 DE AGOSTO DO CORRENTE ANO. NESTES TERMOS ASSINA O CORONEL KELLY. RECIFE 16 DE SETEMBRO DE 1868. CERTIFICO EM VISTA DO DESPACHO  SUPRA E DO LIVRO EM QUE SE LANÇAM OS TERMOS DE INSPEÇÕES DELE CONTARAM OS ASSENTAMENTOS DO TEOR SEGUINTE: SESSÃO DE NUMERO 538 A JUNTA MILIAR DE SAUDE EXAMINOU SESSÃO O INDIVIDUO ABAIXO MENCIONADO QUE FOI APRESENTADO PELO EXCELENTISSIMO SENHOR GENERAL COMANDANTE DE ARMAS CORPO: QUARTO BATALHÃO DE INFANTARIA POSTO CORONEL NOME JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY. IDADE 62 ANNOS NATURALIDADE RIO DE JANEIRO MOLESTIA HEPATO SPLENITE CRONICA EM DECORRENCIA DE FEBRES INTERMITENTES PARECER DA JUNTA: CURAVEL PRECISA DE TRES MESES PARA TRATAMENTO E COMPLETO RESTABELECIMENTO. OBSERVAÇÃO: PODE EMBARCAR PARA CORTE PORÉM É CONVENIENTE QUE PERMANEÇA NESTE CLIMA QUE LHE É MAIS PROFÍCUO DO QUE O DO SUL DO IMPÉRIO. SECRETARIA DA JUNTA DE SAUDE 21 DE MAIOR D E 1868. ASSINADO: DR. ALEXANDRE DE SOUZA PEREIRA DO CARMO PRIMEIRO CIRURGIÃO HONORÁRIO DO EXÉRCITO.DR. JOÃO FERREIRA DA SILVA DR. JOÃO BATISTA CASA NOVA ... A SEGUR TRANSCRIÇÃO DE MAIS UMA SESSÃO DA JUNTA COM PARECER DE QUE O PACIENTE TEM OBTIDO MELHORAS MAS NECESSITA DE MAIS TRES MESES DE TRATAMENTO. (22 DE OUTUBRO DE 1868)
  • EM ITALIE DE MAURICE BARRÈS ( COLLECTION ELECTIQUE),  LITERATURA FRANCESA, GRAVURA EM CORES E ILUSTRAÇÕES DE AUG. HENRI THOMAS ( EAUX-FORTES EM COULEURS ET VIGNETTES DE AUG. HENRI THOMAS). 136 PÁGINAS 29CM X 21CM, IMPRESSO EM PARIS POR BLARZOT 1911. NESTA EDIÇÃO FORAM FEITAS 250 EXEMPLARES, DOS QUAIS 30 CONTENDO 3 ESTADOS DE ÁGUAS-FORTES E A SEQUENCIA DAS VINHETAS TIRADAS À PARTE. ESTE É O EXEMPLAR Nº27. ENCADERNAÇÃO RIQUÍSSIMA EM MARROQUIM VERDE ESMERALDA, COM ORNAMENTOS DOURADOS E CONTRACAPA EM SEDA COM FIGURA ILUSTRADA, BEM OMO O PAPEL MARMOREADO TOM SUR VERDE E DOURADO, ASSINADO POR RENÉ KIEFFER.Nota: Maurice Barrès Nasceu em Charmes em 19 de agosto de 1862, estudou em Nancy e depois em 1883 direito em Paris, dedicou-se ao jornalismo. Começou exaltando o individualismo nos três volumes de Culte du moi (1888-1891), logo desenvolveu um nacionalismo ligado ás raízes e às tradições locais das antigas províncias francesas (Les déracinés, 1897). Membro da Academia francesa desde 1906. Barrès foi associado nas suas obras literárias com simbolismo, um movimento que teve equivalência com a esteticismo britânico e decadentismo italiano.  Com uma uma mudança ideológica e sendo ele um líder anti-Dreyfusard, popularizou o termo nacionalismo para descrever seus pontos de vista. Ele estava numa plataforma de "O nacionalismo, protecionismo e do socialismo". Barrès publicou uma série de obras com uma unidade íntima se referindo ao egotismo (cultura do eu). Em outra fase de seus trabalhos, protestou contra o que considerava uma propaganda exagerada de ideias libertárias que provocaria, segundo ele, a "desagregação da França". René-Albert Kieffer foi um encadernador , editor e livreiro francês , nascido em 5 de abril de 1876 René Kieffer estudou na École Estienne e depois começou sua carreira como encadernador sob a orientação de Marius Michel antes de administrar sua própria oficina. Sua oficina, fundada em 1901 em Paris, foi muito ativa nas décadas de 1920 e 1950 até a sua morte. Lá encontramos vários gravadores e ilustradores, incluindo Pierre Brissaud , Joseph Hémard , Sylvain Sauvage , Jacques Touchet , Jean-Baptiste Vettiner.
  • DOM PEDRO II  GUERRA DO PARAGUAI  DOIS BOTÕES DE FARDA DE TENENTE CORONEL DO BATÃLHÃO DE ENGENHARIA DO EXÉRCITO BRASILEIRO UTILIZADO DURANTE A  GUERRA DO PARAGUAI. MARCAS DO IMPORTADOR LUIS TARRAGÃO - RIO DE JANEIRO. POSSUEM EM RELEVO NO MAIOR  BRASÃO COM COROA IMPERIAL BRASILEIRA SOBRE AS INICIAIS PII E NO DOS PUNHOS ESFERA ARMILAR COM AS 21 ESTRELAS REPRESENTANDO AS PROVÍNCIAS DO IMPÉRIO DO BRASIL. O MUSEU IMPERIAL BRASILEIRO POSSUI UM CONJUNTO DE QAUTRO BOTÕES ACONDICIONADOS EM UMA CAIXA  SENDO UM DELES IDÊNTICO AOS QUE ESTÃO SENDO APREGOADOS. NA PARTE INFERIOR DA CAIXA CONSTAM AS SEGUINTES INSCRIÇÕES: "BOTÕES DE UNIFORMES DE OFFICIAES SUPERIORES BRAZILEIROS, MORTOS NA GUERRA DO PARAGUAY (JANEIRO DE 1870). NO CENTRO, EM ARO DE OURO, MOEDA DE CÓBRE DA MESMA ÉPOCA, COM A EFFIGIE DE D. PEDRO II"; "BOTÕES RECOLHIDOS EM DIVERSOS CAMPOS DE BATALHA". VIDE NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE A FOTO DA CAIXA QUE COMPÕE O ACERVO DO MUSEU IMPERIAL.  E VEJA TAMBÉM O PUNHO DA FARDA DE ONDE FORAM RETIRADOS ESSES BOTÕES. BRASIL, SEC. XIX. 21,5 MM 0 MAIOR E 11,7 MM O MENOR. NOTA: O escritor AFONSO TAUNAY,  contava que seu pai O  VISCONDE TAUNAY, oficial-general de nosso Exército Imperial e veterano da GUERRA DO PARAGUAI, após a proclamação da Republica, nunca mais vestiu seu uniforme, para não trocar os botões dourados do Império.
  • IMPERIAL ORDEM DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. PRECIOSA INSÍGNIA EM GRAU DE CAVALEIRO CONSTRUIDA EM PRATA, OURO E ESMALTES. NOTA-SE A CARACTERIZAÇÃO NACIONALISTA DA COMENDA COM A PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL ATRAVÉS DA INSERÇÃO DAS CORES PÁTRIAS EM VERDE (ESMALTES NOS LOUROS) E AMARELO (DO OURO). O MODELO DA COROA É O DO PRIMEIRO IMPÉRIO. TODOS OS ATRIBUTOS DESSA COMENDA PERMITEM LOCALIZAR SUA ÉPOCA DE MANUFATURA E CONCESSÃO NA DÉCADA DE 1830. BRASIL, INICIO DO SEC. XIX. 5 CM DE ALTURANOTA: Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus, ou simplesmente chamada Ordem de Cristo, é uma ordem de cavalaria instituída pelo imperador Pedro I do Brasil em 7 de Dezembro de 1822, com base da ORDEM DE CRISTO portuguesa fundada pelo rei Dom Dinis e pelo papa João XXII em 1316-1319. A ordem foi usada para premiar pessoas por serviços excepcionais que resultaram em utilidade notável e comprovada para a religião(catolicismo romano), para a humanidade e para o estado .Cavaleiros da Ordem de Cristo faziam parte da nobreza sem título do Império do Brasil. Até Dom João VI a Ordem de Cristo era concedida mediante rigoroso exame do postulante, duas características eram fundamentais: Sangue Limpo (que significava não haver em sua linhagem precedente elementos com ascendência judaica, moura ou negra) e comprovar que pelo menos há três gerações não houve registro de mácula mecânica ou seja depender da subsistência por esforço braçal. A partir do séc. XVIII, sob o reinado de DOM JOSÉ I, e da filha DONA MARIA I para garantir a fidelidade dos vassalos na colônia foi preciso dispensar alguns critérios na concessão da ordem e com a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil houve um afrouxamento sem precedentes desses critérios. Não foi tarefa fácil transformar a rude colônia em sede de reino e para aglutinar esses esforços Dom João VI passou a oferecer aos ricos proprietários de terra a possibilidade de ascender a categoria de Nobreza não Titulada com a concessão da Ordem de Cristo. Essa estratégia esbarrava em alguns problemas técnicos por assim dizer, difícil era quem não tivesse no Brasil miscigenação de sangue ou que não tivesse dado duro para chegar a condição de senhor. Havia ainda uma categoria de cidadãos abastados enriquecidos de forma escandalosa como o tráfico de escravos. Tudo isso fez com que a partir daí a Ordem de Cristo, ou os critérios para sua concessão, nunca mais fossem os mesmos no Brasil ou em Portugal. Embora a posição de senhor de engenho por si só já oferecesse status privilegiado e uma posição de destaque dentro do cenário colonial muitos senhores de engenho almejavam obter títulos de nobreza devido às vantagens que o ser nobre conferia aos titulados. Fazer parte da nobreza como membros das ordens militares, por exemplo, significava estar isento de impostos como o dízimo, o que interessava a muitos senhores de engenho e em contrapartida era uma das razões para a relutância da Coroa em conceder estas honras. Uma patente de oficial miliciano, assinada pelo rei, proporcionava aos senhores de terra não só a tão almejada distinção, mas também regalias que se caracterizavam como um estilo de vida peculiar da nobreza, que incluía ter serviçais à disposição, usar montaria, gozar de regalias, como obter autorização para celebrar missas no oratório da casa e demonstrar refinamento de maneira e de costumes, a fim de serem reconhecidos enquanto homens bons. Aos homens bons cabia também a escolha, entre o seu meio, dos eleitores que, por sua vez, elegeriam os vereadores, juízes ordinários, procuradores, escrivães, almotacés e outros cargos das câmaras municipais das Vilas. Com a Independência do Brasil também era premente garantir as alianças locais e fidelidade dos súditos do Império nascente além da instituição de uma nobreza que garantisse a ordem social necessária ao aparato imperial. Depois daIndependência do Brasil, oimperadorDom Pedro Icontinuou sua autoridade inerente como a fonte de honras transmitida por seu pai, o reiDom João VIde Portugal.Seu direito estendia-se a conferir títulos de nobreza e também as três antigas ordens portuguesas de cavalaria:Ordem de Cristo,Ordem de Avize aOrdem de São Tiago da Espada.Dom Pedro I tornou-se o primeiro Grão-Mestre do ramo brasileiro da Ordem de Cristo.Segundo o historiador Roderick J. Barman, Dom Pedro I declarou em um decreto que seu direito se originou em: Soberanos Reis meus Predecessores, e especialmente pelo meu Santo e Soberano Padre D. João VI.Após a morte de seu pai, Dom Pedro I também se tornou o Grão-Mestre da Ordem Portuguesa de Cristo como Rei Pedro IV de Portugal. Em 1834 a Ordem de Cristo foi reformada pelo governo liberal de Portugal e pela rainha Maria II(irmã do imperador Dom Pedro II).A ordem perdeu suas prerrogativas militares com a reforma e tornou-se uma ordem nacional.Como tal, o ramo brasileiro da Ordem de Cristo era o único ramo que mantinha seu status militar.Em 1843 o ramo brasileiro também foi reformado pelo Imperador Dom Pedro IIe tornou-se uma ordem nacional com o decreto N. 2853. Como tal, a Ordem de Cristo terminou a sua existência como uma ordem militarem Portugal e no Brasil; no entanto, a ordem permaneceu altamente considerada pela nobreza do Brasil e Portugal como resultado de sua importância para a história e o prestígio que proporcionava aos cavaleiros.Membros de todas as ordens brasileiras de cavaleiros faziam parte da nobreza sem título ,independentemente do grau, dependendo do grau do cavaleiro eles também recebiam honras militares,saudações e estilos honoríficos. Em 22 de março de 1890, a ordem foi cancelada como ordem nacional pelo governo interino dos Estados Unidos do Brasil.No entanto, desde a deposição em 1889 do último monarca brasileiro, o imperador Pedro II, a ordem é reivindicada como uma ordem de casa, sendo concedida pelos chefes da Casa de Orleans-Bragança, pretendentes ao extinto trono do Brasil.A atual família imperial brasileira é dividida em dois ramos, Petrópolis e Vassouras, e o título Grão-Mestre da Ordem é disputado entre esses dois ramos.
  • GUERRA DO PARAGUAI - BRIGADEIRO JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY (1806 RIO DE JANEIRO  1877 (MONTEVIDEU) COMANDANTE DA 12ª BRIGADA DE INFANTARIA  - CARTA  PATENTE EM GRANDE FORMATO DO IMPERADOR DOM PEDRO II PARA O TENENTE CORONEL COMANDANTE DE BRIGADA JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY PROMOVENDO-O A CORONEL COMANDANTE DO QUINTO BATALHÃO.  EXCERTOS DO TEXTO:  DOM PEDRO POR GRAÇA DE DEUS E UNANIME ACLAMAÇÃO DOS POVOS, IMPERADOR CONSTITUCIONAL E DEFENSOR PERPETUO DO BRASIL FAÇO SABER COM QUE ESTA MINHA CARTA PATENTE PROMOVER COMO POR ESTA PROMOVO  O TENENTE DA ARMA DA INFANTARIA DO EXÉRCITO  JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY AO POSTO DE CORONEL COMANDANTE DO QUINTO BATALHÃO DA MESMA ARMA POR MERECIOMENTO E COM O DITO POSTO HAVERÁ O SOLDO QUE LHE TOCAR PAGO NA FORMA DAS MINHAS IMPERIAIS ORDENS E GOZARÁ DE TODAS AS HONRAS, PRIVILÉGIOS, LIBERDADES , ISENÇÕES E FRANQUEZAS QUE DIRETAMENTE LHE PERTENCEREM. PELO QUE LHE MANDO A AUTORIDADE A QUEM COMPETE QUE MANDAN-DO-LHE DAR POSSE AO REFERIDO POSTO JURANDO PRIMEIRO CUMPRIR SUAS OBRIGAÇÕES E O DEIXE SERVIR E EXERCITAR . E OS OFICIAIS MAIORES E CABOS DE GUERRA O TENHAM E O RECONHEÇAM POR TAL  HONREM E ESTIMEM E OS OFICIAIS E SOLDADOS  QUE LHE FICAM SUBORDINADOS LHE OBEDEÇAM E GUARDEM SUAS ORDENS EM TUDO QUE FOR DO SERVIÇO NACIONAL E IMPERIAL COMO DEVEM  E SÃO OBRIGADOS E O  REFERIDO SOLDO SE ASSENTARA NOS LIVROS A QUE PERTENCEM PARA LHE SER PAGO EM SEUS DEVIDOS TEMPOS. EM FIRMEZA DO QAUE LHE MANDO PASSAR A PRESENTE CARTA POR MIM ASSINADA E  SELLADA COM O SELLO GRANDE . DADA NESTA CORTE DA CIDADE DO RIO DE  JANEIRO, AOS 16 DIAS DO MÊS DE MARÇO DO ANO DO NASCIMENTO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO DE  MIL OITOCENTOS E SESSENTA E SEIS . QUADRAGÉZIMO QUINTO DA INDEPENDÊNCIA E DO IMPÉRIO.  ASSINA O IMPERADOR DOM PEDRO II COM LINDO SELO GRANDE DAS ARMAS IMPERIAIS.
  • IMPERIAL ORDEM DE SÃO BENTO DE AVIS  INSIGNIA DE CAVALEIRO COM SUA FITA ORIGINAL. PRATA DE LEI, ESMALTES E VERMEIL. PENDE DE COROA IMPERIAL. ESTRELA DE QUATRO RAIOS ABRILHANTADOS COM ESMALTE BRANCO, TENDO AO CENTRO UM CÍRCULO DE ESMALTE BRANCO, CARREGADO DA CRUZ DA ORDEM, FILETADO DE OURO E CIRCUNDADO DE UM FESTÃO DE LOURO. 12 CM DE ALTURA CONSIDERANDO A FITA. SEM CONSIDERAR FITA TEM 6 CM DE ALTURA. NOTA: A morte de D. João VI, em Março de 1826, e a aclamação do Imperador Dom Pedro I como Rei de Portugal e Algarves , apesar de efémera, elevou, transitoriamente, D. Pedro à dignidade de Grão-Mestre das Ordens Militares e Honoríficas Brasileiras e Portuguesas , e veio suscitar a necessidade de resolver a questão pendente da definição dos termos da posse e gozo pelo Império do Brasil , de todos os direitos e privilégios anteriormente concedidos pela Santa Sé ao reis de Portugal, enquanto administradores do Grão-Mestrado das Ordens Militares de Cristo, Avis e Santiago. D. Pedro solicitou ao Papa Leão XII a concessão de tais direitos e privilégios, dele tendo obtido a bula Praeclara Portugalliae Algarbiorumque Regum, remetida de Roma, aos 15 de Maio de 1827, mediante a qual foi criado no Brasil um novo Grão-Mestrado das Ordens Militares de Cristo, de São Bento de Avis e de Santiago da Espada, independente do Grão-Mestrado das Ordens Militares de Portugal . Além disso, concedia à Ordem de Cristo brasileira o padroado das igrejas e benefícios do Império, transformando os Imperadores do Brasil em seus Grão-Mestres perpétuos. No entanto, tal bula uma vez submetida ao escrutínio do poder legislativo brasileiro, seria liminarmente rejeitada pela Câmara dos Deputados, em Outubro de 1827, como manifestamente ofensiva à Constituição e aos direitos de Sua Majestade o Imperador. As antigas Ordens Militares Portuguesas deixaram de existir desde então no Brasil, tendo sido substituídas por outras com a mesma denominação, mas reformuladas nas suas insígnias. Foi, de fato, nesse período, entre 1825 e 1827, que D. Pedro I modificou as insígnias brasileiras, para que se distinguissem claramente das portuguesas, nelas introduzindo emblemática nova, específica do Império do Brasil , apesar de inspirada na Legião de Honra francesa: - a estrela de cinco braços bifurcados que forma o resplendor das insígnias da Ordem Imperial do Cruzeiro ; inclusão da coroa imperial brasileira nos hábitos das Ordens, cujo uso já vinha do Primeiro Reinado ; a estrela do Cruzeiro, assente numa coroa de ramos de café e de fumo e suspensa da coroa imperial; - manutenção na cabeceira da placa raiada do emblema do Sagrado Coração, em vez da coroa imperial que figura nas placas do Cruzeiro. Tão prematura introdução das novas insígnias das Imperiais Ordens de Cristo, de Avis e de Santiago é, de resto, atestada por dois óleos iconografando D. Pedro e D. Maria da Glória (futura D. Maria II), que integram a galeria dos retratos dos senhores Reis de Portugal da Real Companhia Velha de Gaia, onde ambos já as ostentam em data anterior à abdicação do Imperador A abdicação de D. Pedro I abriu um longo período de regência, que se prolongou de Abril de 1831 até à declaração da maioridade de D. Pedro II, em 1840, e durante o qual não foram concedidas mercês honoríficas. A nacionalização das Ordens Militares Portuguesas por D. Pedro II, doravante, consideradas Ordens Imperiais Brasileiras, meramente civis e políticas , bem assim como a concessão dos seus graus no Império do Brasil seria final e definitivamente regularizada e regulamentada pelo Decreto n.º 321, de 9 de Setembro em 1843, cujos três primeiros artigos estabeleciam: Art. 1.º - As Ordens Militares de Cristo, São Bento de Avis e São Tiago da Espada ficam de ora em diante tidas e consideradas como meramente civis e políticas, destinadas para remunerar serviços feitos ao Estado, tanto pelos súbditos do Império como por estrangeiros beneméritos. Art. 2.º - Cada uma destas Ordens constará de Cavaleiros e Comendadores, sem número determinado, e de 12 Grã-Cruzes; não compreendidos neste número os Príncipes da Família Imperial e os estrangeiros, que serão reputados supranumerários. Art. 3.º - Os Cavaleiros, Comendadores e Grã-Cruzes das três Ordens continuarão a usar das mesmas insígnias de que até agora têm usado, e com as fitas das mesmas cores; sendo, porém as das Ordens de Cristo e S. Tiago orladas de azul, e a da Ordem de S Bento de Avis orlada de encarnado. Quanto à placa, constata-se que, além dos incontáveis exemplos de fabrico local, existiram dois modelos distintos dessas placas, um português e outro brasileiro, adotados pelos fabricantes franceses para satisfazer as encomendas das Ordens Militares, de ambas as proveniências. O modelo francês para o Brasil segue a tipologia adotada desde finais do Primeiro Reinado.
  • ORDEM DE SÃO BENTO DE  AVIS - GRANDE PLACA PEITORAL EM PRATA DE LEI E ESMALTE. GRAU DE COMENDADOR. 9 CM DE DIAMETRO. SEC. XIX. 110 G
  • LES PAYSANS ( SCÉNES DE LA VIE DE CAMPAGNE ) DE HONORÉ DE BALZAC, LITERATURA FRANCESA, COM ILUSTRAÇÃO DE GEORGES JEANNIOT. 377 PÁGINAS 29CM X 22CM. DESTA EDIÇÃO FORAM FEITAS 150 EXEMPLARES DOS QUAIS 125 RESERVADOS AOS MEMBROS DE LA SOCIÉTÉ. ESTE É O EXEMPLAR Nº 55. IMPRESSA EM PARIS PELA SOCIÉTÉ DÊS AMIS DU LIVRE MODERNE EM 1911 POR FIRMIN-DIDOT. ENCADERNAÇÃO RIQUÍSSIMA MARROM COM DESENHOS DOURADOS E PIROGRAVURAS NAS CAPAS DIANTEIRAS E TRASEIRAS, COM CORTE DOURADO NOS 3 CANTOS E CONTRACAPA DE TECIDO DE SEDA CANELA, ASSINADO POR GRUEL.Nota: é um romance de 1844 que integra a série La Comédie Humaine de Honoré de Balzac. Foi publicado em 1855, postumamente, por sua esposa Ewelina Haska.  Em 1874, foi criada a Société dês Amis Du Livre Moderne Inicialmente foi um encontro entre vários amantes de livros para trocar ideias sobre suas descobertas . Os principais protagonistas foram Louis-Philippe de Saint-Albin, Ernest Gallien  e Charles Truelle.
  • LE CONTES DROLATIQUES DE HONORÉ DE BALZAC, LITERATURA FRANCESA, COM ILUSTRAÇÃO DE LOUIS SCHEM. 33PÁGINAS 29CM X 23CM EM PAPEL PUT FIL A LA FORM DES PAPETERIES DE LANA COM CAIXA. DESTA EDIÇÃO FORAM FEITAS 999 EXEMPLARES, SENDO ESTA EDIÇÃO Nº 93. IMPRESSÃO DE LA RUCHE ( A. ET P .JARACH ), EM 15/01/1948. EDITIONS DU MANOIR : H. PASQUINELLY C1948 DIJON PARIS. ENCADERNAÇÃO BISELADA EM MARROQUIM VERMELHO. NOTA: Les Contes Drolatiques é uma coleção de 30 contos humorísticos subversivos e satíricos do escritor francês Honoré de Balzac, inspirado no The Decameron de Giovanni Boccaccio e com influências, também, de François Rabelais. Os contos são separados em três seções, quais sejam La Belle Impéria, Les trois Clercs de Saint-Nicholas e Persévérance d'amour. Honoré de Balzac foi um escritor francês, notável por suas agudas observações psicológicas. É considerado o fundador do Realismo na literatura moderna.
  • GUERRA DO PARAGUAI  MEDALHA A LOS VALENTES DE TATAIYIBA  - BATALHA DOS GINETES. RARISSIMA MEDALHA CUNHADA PELO DITADOR SOLANO LOPEZ PARA CONDECORAR OS SOBREVIVENTES DA CAVALARIA PARAGUAIA NA BATALHA DE TATAIYBA EM 21 DE OUTUBRO DE 1867. ESTA É UMA DAS MAIS RARAS CONDECORAÇÕES RELACIONADAS A GUERRA DO PARAGUAI.  CONHECIDA COMO A BATALHA DOS GINETES PORQUE DELA SÓ PARTICIPARAM CORPOS DE CAVALARIA   A BATALHA DE TATAYIBÁ FOI TRAVADA PELA CAVALARIA FORÇA PARAGUAIA LIDERADA PELO FUTURO PRESIDENTE BERNARDINO CABALLERO E A CAVALARIA BRASILEIRA LIDERADA PELO DUQUE DE CAXIAS. OS BRASILEIROS, SUPERANDO OS PARAGUAIOS QUASE 3 A 2, FORAM VITORIOSOS. UMA ARMADILHA FOI ESTABELECIDA PELA CAVALARIA BRASILEIRA PARA PARAR AS SAÍDAS DIÁRIAS DA CAVALARIA PARAGUAIA DO TENENTE CORONEL CABALLERO. ESCONDENDO SUA FORÇA PRINCIPAL NA FLORESTA, ALGUNS BRASILEIROS ATRAÍRAM A CAVALARIA PARAGUAIA EM UMA PERSEGUIÇÃO DE 5 KM. OS PARAGUAIOS FORAM CERCADOS EM TATAYIBÁ, COM APENAS ALGUNS RETORNANDO A HUMAITÁ. CABALLERO FOI PROMOVIDO A CORONEL, E UMA MEDALHA FOI ENCOMENDADA PARA OS SOBREVIVENTES. NO VERSO UM CAVALEIRO A GALOPE EMPUNHANDO LANÇA  E A LEGENDA: EL  MARISCAL LOPEZ A LOS VALIENTES DE TATAYBA. TATAYIBA É  NO ANVERSO ENTRE COROA DE LOUROS A DATA 21 DE OUTUBRO  DE 1867. PARAGUAY, 3,3 CM DE DIAMETRONOTA: A Batalha de Tatayibá foi um confronto armado entre forças paraguaias e brasileiras no âmbito da Guerra da Tríplice Aliança . Ocorreu na noite de 21 de outubro de 1867 em um local conhecido como Tatayibá , a cerca de 5 quilômetros do Forte de Humaitá . Ao contrário de outras batalhas, esta envolveu apenas a cavalaria de ambos os lados e também é conhecida como "a batalha dos cavaleiros " . Em muitas ocasiões, os paraguaios costumavam levar seus cavalos para pastar nas margens da Laguna Hermosa. Ao saber do fato, o general Luís Alves de Lima e Silva , duque de Caxias, decidiu armar uma emboscada para destruir completamente a cavalaria paraguaia. Ele então convocou seus melhores oficiais para executar a ação. Geralmente era o então Sargento-mor Bernardino Caballero que liderava seus quatro regimentos de cavaleiros, que desmontavam e pastoreavam seus cavalos. Mas, como medida de segurança, um regimento comandado pelo Capitão Ángel Castillo permaneceu em posição defensiva para proteger os outros regimentos.Ao avançarem, os brasileiros então realizaram seu movimento pelas florestas e ilhotas adjacentes ao local, somando no total 21 regimentos de 5.000 cavaleiros providos de excelentes homens montados, os paraguaios constituíram uma força de 1.000 cavaleiros. Após uma ação rápida, uma coluna surpreendentemente encurralou o Capitão Castillo, a quem matou. Depois, outra coluna seguiu em direção ao Sargento Major Caballero, mas ele já estava alertado sobre o movimento inimigo e organizou brilhantemente suas unidades, que repeliram sucessivas cargas inimigas e as forçaram a recuar várias centenas de metros. De repente, vários regimentos brasileiros surgiram pela retaguarda, cercando completamente as forças paraguaias. Diante dessa situação contrária, as forças de Caballero conseguiram recuar e seguir em direção a Humaitá, após um movimento de diversão, para finalmente serem protegidas pelas baterias da fortaleza.. O confronto durou cerca de três horas, as forças paraguaias deixaram o campo com cerca de 400 mortos e 140 prisioneiros. Segundo fontes brasileiras, há 600 mortos e 150 presos entre as forças paraguaias. Os brasileiros, por sua vez, admitiram 10 mortos e 113 feridos em suas fileiras. No entanto, o general Isidoro Resquín menciona um número de 270 mortos entre os brasileiros. Mais tarde, por suas manobras destacadas nesta batalha, Caballero foi promovido a tenente-coronel e condecorado pelo marechal Francisco Solano López com a medalha dos combatentes Tatayibá
  • GUERRA DO PARAGUAI  RARA MEDALHA DOS ALIADOS PELO TÉRMINO DA GUERRA DO PARAGUAI  CUNHADA EM PRATA DE LEI DESTINADA A OFICIAL BRASILEIRO  (PARA SOLDADOS ERA DE BRONZE) POR DISTINÇÃO NAS BATALHAS DA GUERRA DO PARAGUA AO INTEGRAR O EXERCITO ALIANOI. NO VERSO CONTÉM A INSCRIÇÃO "REPÚBLICA ARGENTINA AL EJERCITO ALIADO EN OPERACIONES CONTRA EL GOBIERNO DEL PARAGUAI" EM TRONO DO PAVILHÃO DE ARMAS NACIONAIS ARGENTINAS. E NO REVERSO CIRCUNDANDO UM SOL RADIANTE: "AL VALOR Y LA CONSTANCIA LA NACION AGRADECIDA". FOI INSTITUIDA PARA OS MILITARES DO BRASIL E URUGUAY. 34 MM DE ALTURA
  • GUERRA DO PARAGUAI  MEDALHA SOL DE PRATA CUNHADA NO URUGUAY DESTINADA  A OFICIAIS BRASILEIROS COMBATENTES DA GUERRA DO PARAGUAI DISTINGUIDOS EM BATALHA. COM SOL EM PRATA DE LEI É DESTINADA A OFICIAIS (AS DE SOLDADOS TINHAM O SOL EM BRONZE) .   ESTA DECORAÇÃO TERIA A FORMA DE UMA CRUZ GREGA, COM UMA MEDIDA DE QUATRO CENTÍMETROS E MEIO DE COMPRIMENTO, COM OS BRAÇOS TERMINANDO EM ÂNGULOS AGUDOS. ESSES BRAÇOS SÃO LIGADOS POR UMA COROA DE LOUROS E UM DISCO NO CENTRO. DE DOIS CENTÍMETROS. SERIAM CUNHADAS EM FERRO MACIO, COLORIDAS EM TÊMPERA, TRAZENDO NO ANEL ONDE A FITA SERIA FIXADA UM SOL PRATEADO PARA OS OFICIAIS E UM SOL COBRE PARA O PESSOAL DA TROPA. NO DISCO CENTRAL QUE MENCIONAMOS, NO ANVERSO DE CADA CONDECORAÇÃO ESTARIA O ESCUDO NACIONAL, RODEADO PELA LEGENDA CAMPAÑA DEL PARAGUAY, ABAIXO NA DIREÇÃO OPOSTA 1865 - 1869. NO VERSO, PODE-SE VER A INSCRIÇÃO ÀS VIRTUDES MILITARES, CIRCUNDANDO ESTA LEGENDA REPÚBLICA ORIENTAL E NA DIREÇÃO OPOSTA, DO URUGUAI.
  • GUERRA DO PARAGUAI - MEDALHA RECOMPENSA A BRAVURA MILITAR RARA MEDALHA EM BRONZE COM SUA FITA ORIGINAL E DOIS PASSADORES POR BRAVURA EM DUAS BATALHAS DA GUERRA DO PARAGUAI. CRIADA POR D. PEDRO II PELO DECRETO 4131 DE 28 MAR 1868, DESTINADA AOS QUE SE DEM0NSTRARAM DIGNOS POR ATOS DE BRAVURA EM AÇÕES DE GUERRA DURANTE A CAMPANHA DO PARAGUAI. A MEDALHA É OVAL, DE BRONZE E USADA DO LADO ESQUERDO DO PEITO, PENDIA DE FITA COM TRÊS LISTRAS, UMA ESCARLATE CENTRAL E COMO EXTREMAS VERDES. ELA POSSUÍA TANTOS PASSADORES QUANTOS ERAM COMO CONCESSÕES POR AÇÕES EM QUE PRATICOU ATO DE BRAVURA. AS AÇÕES FIGURAVAM PELA DATA, OU PELO NOME HISTÓRICO QUE TOMOU A AÇÃO.). O ANVERSO TEM: UM CONJUNTO DE TROFÉUS DE GUERRA COM CANHÕES, BANDEIRAS E BALAS DE CANHÃO CIRCUNDADO PELA LEGENDA.  EXÉRCITO EM OPERAÇÃO CONTRA O GOVERNO DO PARAGUAY. O REVERSO APRESENTA: INSCRIÇÃO CENTRAL RECOMPENSA À BRAVURA MILITAR, CIRCUNDADO PELA INSCRIÇÃO DECRETO DE 28 DE MARÇO DE 1868. A MEDALHA DE MÉRITO POR BRAVURA NA GUERRA DO PARAGUAI, CRIADA PELO DECRETO Nº 4.131, DE 28 DE MARÇO DE 1868, PARA PREMIAR AQUELES QUE SE DISTINGUIRAM, POR BRAVURA, EM QUALQUER AÇÃO DESSE CONFLITO. CONSTITUIU-SE EM UMA DEMONSTRAÇÃO, CONFERIDA PELO IMPERADOR D. PEDRO II, DO QUANTO APRECIAVA O VALOR DOS MILITARES DAS FORÇAS EM OPERAÇÕES NA GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA. SEU DECRETO DE CRIAÇÃO ESTIPULAVA QUE A MEDALHA SERIA CONFECCIONADA EM BRONZE, SENDO IGUAL PARA TODOS OS MILITARES, SEM DISTINÇÃO DE GRAU HIERÁRQUICO. CERCA DE 2.600 MILITARES BRASILEIROS RECEBERAM A MEDALHA DE BRAVURA DO PARAGUAI. DURANTE A GUERRA, O EXÉRCITO BRASILEIRO CRESCEU DE 18.000 EM 1865 PARA 82.000 HOMENS EM 1869. A ARMADA IMPERIAL EXPANDIU DE 14 NAVIOS DE GUERRA EM 1864 PARA MAIS DE 30 EM 1870 BRASIL, 1869,  4 CM DE ALTURA .NOTA: A Guerra do Paraguai (1864-1870) foi o maior e o mais sangrento conflito de toda História da América do Sul. O Brasil liderou as operações de Guerra em conjunto com a Argentina e Uruguai contra o Ditador do Paraguai Solano Lopes. Vamos discorrer um pouco sobre as duas batalhas cujos atos de bravura laurearam o soldado que recebeu essa medalha em pregão: BATALHA DE PIRIBEBUY, TRAVADA EM 12 DE AGOSTO DE 1869: A Batalha de Piribebuy foi travada em 12 de agosto de 1869 na cidade paraguaia de Piribebuy, que era então uma porção como uma capital temporária do governo paraguaio. Os defensores paraguaios, que estavam mal armados e incluíam crianças, lutaram contra os ataques das forças aliadas, lideradas pelo general brasileiro CONDE DEU, marido da PRINCESA ISABEL e genro do IMPERADOR PEDRO II do Brasil. O pequeno povoado de Piribebuy, a pouco mais de 70 km a oeste de Asunción, encontrava-se na encosta de um cerro, cercados por colinas mais elevadas. Possuía humildes casas de tetos de palha e uma igreja colonial telhada. A vila era defendida por um fosso e trincheira de leiva, sob a forma de polígono irregular de 28 faces, de 2.422 metros de circunferência. Um córrego cortava Piribebuy, desaguando no arroio homônimo (Taunay, 2002, p. 134 et seq.). No central, forças aliancistas, de vinte mil imperiais e argentinos e mais de trinta canhões, cercaram a vila em 10 de agosto de 1869, onde se encontravam 1.600 defensores, no geral hombres mal armados, la mayor parte muchachos.(homens mal armados e crianças) No dia 11, após posicionar suas forças, o conde dEu teria intimado à rendição a Pedro Pablo Caballero. O comandante da vila teria respondido com palavras de aço: Estoy aquí para pelear, y si es necesario morir; pero no para rendirme (Centurión, 2010, p. 393-94). Na madrugada do dia 12, antes que iniciasse o bombardeio, o conde dEu mandara novamente delegado intimar a Caballero para que retirase del recinto del reducto a las mujeres y a los nios. Novamente Pedro Pablo Caballero respondera em forma altiva: Decid a vuestro jefe que las mujeres y los nios están aquí seguros, y que él mandará en territorio paraguayo cuando no haya uno que lo defienda! Destaque-se que mulheres e crianças eram boa parte das tropas defensoras da vila. A seguir, teria iniciado o ataque, de resultados já certos, devido ao enorme desequilíbrio de forças treze soldados aliancistas para cada paraguaio! Y sin embargo la resistencia fue heroica y prolongada. Duró 5 horas!. Segundo aquele autor, as tropas aliancistas teriam atacado em forma mais encarniçada pelo norte, posição que sabiam guarnecida por cuerpos compuestos de muchachos débiles armados los más de escopetas de cazar y lanzas. Como os demais atacantes, o general João Manuel Mena Barreto, montado en un hermoso alazán, teria sido rechaçado dos veces, retirando-se com suas tropas para reorganizar-se, para além do arroio Mboveví. Na terceira investida, a 500 varas c. 550 metros da trincheira, teria sido ferido mortalmente por uma bala de fuzil na ingle, ou seja, na virilha. Transferido para uma cabana próxima, faleceu antes que o cirurgião chegasse. Entrementes, os assaltantes romperam as defesas pelo sul, aprisionando, entre outros, Pedro Pablo Caballero e o chefe político da povoação, Patricio Marecos, conduzidos diante do conde que habló con Caballero. Porém, ao saber que, mesmo não tendo morrido muitos assaltantes, falecera o general Mena Barreto, o comandante em chefe das tropas imperiais teria dito, apontando para os dois prisioneiros diante de si: Degüéllenlos a esos, ellos tienen la culpa! Ordem que teria sido cumprida imediatamente. Pedro Pablo Caballero teria sido degolado ao lado do cadáver do general sul-rio-grandense ou o seu cadáver foi exposto junto a ele, mais tarde. Mais tarde, uma testemunha ocular, Asunción Gonzáles, que teria levantado o quepe do chefe paraguaio, constatando o corte ao pescoço, afastou a possibilidade de uma morte em combate. A batalha durou 5 horas, com os aliados, que tinham uma grande vantagem numérica, capturaram a cidade. O hospital da cidade foi queimado com varios feridos dentro do hospital, e os documentos oficiais foram perdidos no fogo resultante, mas o fogo resultou por conta de um tiro de canhão não intencional. BATALHA DE NHU-GUAÇU: Na batalha seguinte, Campo Grande ou Nhu-Guaçu (16 de agosto), as forças brasileiras se defrontaram com um exército formado, em sua maioria, por adolescentes e crianças e idosos, recrutados a força pelo ditador paraguaio. A derrota paraguaia encerrou o ciclo de batalhas da guerra. Os passos seguintes consistiram na mera caçada a López, que abandonou Ascurra e, seguido por menos de trezentos homens, embrenhou-se nas matas, marchando sempre para o norte. Dois destacamentos foram enviados em perseguição ao presidente paraguaio, que se internara nas matas do norte do país acompanhado de 200 homens. No dia 1.º de março de 1870, as tropas do general José Antônio Correia da Câmara (1824-1893), o Visconde de Pelotas, surpreenderam o último acampamento paraguaio, em Cerro Corá, onde Solano López foi ferido a lança pelo cabo Chico Diabo e depois baleado, nas barrancas do arroio Aquidabanigui, após recusar-se à rendição. Depois de Cerro Corá, as tropas brasileiras ficaram eufóricas, assassinando civis, pondo fogo em acampamentos e matando feridos e doentes que se encontravam nos ranchos. Não era esse o desejo do imperador D. Pedro II, que preferia ter López preso a morto. No Rio de Janeiro, a morte de Lopéz foi muito bem recebida e o imperador recuperou sua popularidade que havia sido abalada pela dispendiosa guerra. Em 20 de junho de 1870, Brasil e Paraguai assinaram um acordo preliminar de paz.
  • GUERRA DO PARAGUAI - TENENTE CORONEL JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY  IMPORTANTE DIÁRIO DE CAMPANHA EM 14 PAGINAS FRENTE E VERSO (28 FOLHAS) MANUSCRITO DO TENENTE CORONEL JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY PRECIOSO RELATO DE SUAS CARREIRA E CAMPANHAS QUE PARTICPOU COMANDANDO O 5. BATALHÃO DE INFANTARIA.  EXCERTOS DO TEXTO: 5. BATALHÃO DE INFANTARIA CORONEL COMANDANTE JOAQUIM RODRFIGUES COELHO KELLY. FILHO DO CORONEL JOAQUIM RODRIGUES COELHO. NASCEU EM 1806 NATURAL DO MUNICIPIO NEUTRO, CORTE DO IMPÉRIO, RIO DE JANEIRO. PRAÇA VOLUNTÁRIO EM 26 DE OUTUBRO DE 1829, 1. CADETE EM 23 DE NOVEMBRO DESTE ANO, PORTA BANDEIRA A 19 DE AGOSTO DE 1822. PASSOU PARA O BATALHÃO DO IMPERADOR A 18 DE JANEIRO DE 1823, FEZ A CAMANHA DA PROVINCIA DA BAHIA ONDE ASSISTIU O ATAQUE DE 3 DE JUNHO DO DITO ANO.  ALFERES POR DECRETO DE  21 DE MAIOR DE 1824, EXPEDICIONOU PARA MONTEVIDEU A 5 DE MAIO DE 1825 E ALI SE CONSERVOU ATÉ 10 DE MAIO DE 1829 DATA EM QUE REGRESSOU A CORTE POR AVISO DE 23 DE OUTUBRO DE 1831 PASSOU A FICAR AVULSO POR TER SIDO DISSOLVIDO O BATALHÃO QUE PERTENCIA. POR AVISO DE 15 DE FEVEREIRO DE 1832 TEVE UM ANO DE LICENÇA COM VENCIMENTO DE TEMPO E MIKEO SOLDO PARA IR A MONTEVIDEU POR OUTRO AVISO DE FEVEREIRO DE 1833 TEVE UM ANO DE PRORROGAÇÃO DA DITA LICENÇA A QUAL FOI DADA POR FINDA POR AVISO DE 18 DE SETEMBRO DAQUELE ANO. POR AVISO DE 12 COMUNIDADO EM OFICIO DO COMANDO DAS ARMAS DA CORTE DE 15 DE OUTUBRO SEGUINTE FOI NOMEADO INSTRUTOR. TENENTE POR DECRETO DE 12 DE OUTUBRO DE 1828.  CAPITÃO POR DECRETO DE 7 DE ABRIL DE 1847. TENENTE CORONEL POR DECRETO DE 2 DE DEZEMBRO DE 1855. CORONEL POR DECRETO DE 22 DE JANEIRO DE 1866 POR MERECIMENTO. POR DECRETO DE 289 DE JULHO PUBLICADO POR ORDEM DO DIA DO EXERCITO N. 410 DE 6 DE AGOSTO DE 1864, FOI TRANSFERIDO DO COMANDO DO CORPO DA GUARNIÇÃO DO AMAZONAS PARA O 5. BATALHAO DE ENGENHARIA AO QUAL RECOLHEU EM 3 DE OUTUBRO SEGUINTE DATA EM QUE ASSUMIU RESPECTIVO COMANDO DAQUELA UNIDADE COM O OFICIO DE AJUDANTE  DE ORDENS DA GUARDA DE NOSSA SENHORA DE IGUAPE EMPREGO DE QUE FOI DISPENSADO EM 1. DE ABRIL DE 1835. PASSOU  A EFETIVO PARA O SEGUNDO BATGALHÃO DE CAÇADORES POR OFICIO DO COMANDO DAS ARMAS DA CORTE DE 16 DO MESMO MÊS. SENDO DISSOLVIDO AQUELE BATALHÃO FICOU OUTRA VEZ AVULSO POR AVISO DE 29 DE FEVEREIRO DE 1836. POR OFICIO DO COMANDO DAS ARMAS DA CORTE DE 28 DE MARÇO FOI ENCARREGADO DA INSTRUÇÃO DOS RECRUTAS DO 1. BATALHÃO DE CAÇADORES DA FORTALEZA DE VILLEAGNON FOI NOMEADO COMANDANTE DE UMA COMPANHIA PROVISÓRIA  DE CAÇADORES QUE ENVIOU DE ANEXO PARA O 2. BATALHÃO DA MESMA ARMA NOVA ORGANIZAÇÃO POR AVISO DE 11 DE JULHO COMO FOI COMUNICADO POR OFICIO DO COMANDO DAS ARMAS DA CORTE DE 15 DO MESMO MÊS. POR AVISO DE 26 DE NOVEMBRO DO DITO ANO PASSOU A SEGUNDA VEZ A EFETIVO PARA O 2. BATALHÇÃO DE CAÇADORES POR AVIDO DE 22 DE MAIO DE 1837 TORNOU A FICAR AVULSO FICANDO PROVISORIAMENTE EMPREGADO EM OUTRO SERVIÇO. POR OFICIO DOS COMANDOS DAS ARMAS DA CORTE PASSOU A ER EMPREGADO NO RECRUTAMENTO SENDO EXONERADO REM 5 DE JULHO DE 1839 LOUVANDO-SE LHE O ZELO E HONRADEZ COM QUE NELE ATUOU. FOI NOMEADO AJUDANTE DA FORTALEZA DE VILLEGAGNON PELO COMANDANTE DAS ARMAS DA CORTE EM 30 DE MAIO. MARCHOU PARA A PROVÍNCIA DE SANTA CATARINA  EM 10 DE JANEIRO DE 1840 PASSANOD A SERVIR NO BATALHÃO DO DESTERRO. MARCHOU PARA PROVINCIA DO RIO GRANDE DO SUL EM 1841 E  ALI PERMANECEU ATE 25 DE NOVEMBRO DO CITADO ANO. MARCHOU PARA PROVÍNCIA DA BAHIA EM 9 DE JANEIRO DE 1844 CONSIDERADO MAJOR GRADUADO DO ESTADO MAIOR DE PRIMEIRA CLASSE. FOI NOMEADO PARA COMANDAR O CORPO QUE SEGUIA PARA O SERTÃO COM DESTINO A PILÃO ARCADO A FIM DE RESTABELECER O SOSSEGO PUBLICO DE ONDE REGRESSOU EM 3 DE MAIO DE 1845. EM 30 DE OUTUBRO DESSE MESMO ANO HOUVE POR BEM SUA MAJESTADE IMPERIAL  LOUVA-LO EM RAZÃO DA INPEÇÃO QUE SOFREU ORDENADO PELA ORDEM DO DIA DO COMANDO DAS ARMAS DA PROVÍNCIA EM 26 DE ABRIL DE 1847. EM 7 DE SETEMBRO DE 1847 FOI NOMEADO MAJOR PERTENCENDO AO 7. BATALHÃO NA PROVINCIA DE ALAGOAS. EM 24 DE ABRIL DE 1847 ASSUMIU O PRIMEIRO BATALHÃO DE CAÇADORES DA BAHIA. EMBARCOU COM O BATALHÃO PARA PERNAMBUCO EM 19 DE NOVEMBRO ASSINTINDO O MESMO AO ATAQUE DA POVOAÇÃO DE CRUANJI CONTRA OS REVOLTOSOS DEM 20 DE DEZEMBRO DE 1848.ASSISTIU AO ATAQUE DE 2 DE FEVEREIRO NA CAPITAL DE PERNAMBUCO . ASSISTIU AO ATAQUE DE 14 DE NOVEMBRO CONTRA OS REVOLTOSOS DO LUGAR CARNEIRO E O ATAQUE GERAL CONTRA OS REVOLTOSOS NO DIA 26 DE JANEIRO DE 1850 NO PRADO DISTRITO DE AGUA PRETA. EM 27 DE ABRIL PASSOU A PERTENCER AO 2. BATALHÃO DE INFANTARIA EM SARNADY RIO GRANDE DO SUL.  MARCHOU DEPOIS COM ELE PARA O ESTADO ORIENTAL E EMBARCOU COM O MESMO DA COLONIA SACRAMENTO PARA BUENOS AYRES A FIM DE ALI AUXILIAR A 1. DIVISÃO VONTANDO PARA MONTEVIDEU EM 19 DE FEVEREIRO DE 1852 DE ONDE SEGUIU PARA O BRASIL DEPOIS DE FEITA  A PAZ EM 5 DE ABRIL. . APRESENTOU CERTIDÃO DE HAVER SE CASADO EM MONTEVIDEU EM 30 DE MARÇO DE 1829 COM DONA PETRONA LOURENÇO MENENDES E QUE EM 8 DE DEZEMBRO DE 1835 BATIZOU UMA MENINA FILHA DE NOME CAROLINA NASCIDA A 19 DE SETEMBRO DO ANTERIOR. FOI TRANFERIDO PARA O COPRO DE MAAZONAS SENDO LOUVADO EM ORDEM DO COMANDO DAS ARMAS PELO ZELO, INTELIGENIC AE DEDICAÇÃO COM QUE SEMPRE ATUOU NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES. CASTIGOS = 0 NADA. PREMIOS MEDLHA DA CAMPANHA DA BAHIA PELA INDEPENDENCIA CONCEDIDA POR DECERTO DE JULHO DE 1825. CABVALEIRO DE SÃO BENTO DE AVIS CONCEDIDO POR DECRETO DE 3 DE FEVEREIRO DE 1842 POR MAIS DE 20 ANOS DE BONS ERVIÇOS. OFICIALATO DA ROSA CONCEDIDO POR DECRETO DE 14 DE MARÇO DE 1849. POR SERVIÇOS RELEVANTES PRSTADOS NA REVOLUÇÃO DE PERNAMBUCO (PRAIEIRA). MEDALHA DE OURO N. 1 CONCEDIDA POR DECRETO EM 14 DE MARÇO DE 1852 POR TER FEITO A CAMPANHA DO URUGUAI. COMENDA DA ROSA CONCEDIDA PELO DECRETO DE 29 DE JULHO DE 1852  POR GRAÇA ESPECIAL DO MONARCA. APRSENTOU-SE AO COMANDO DO AMAZONAS A 9 DE JULHO DE 1861 NESTA DATA ASSUMIU O COMANDO. POR PORTARIA DA PRESIDENCIA DO AMAZONAS DE 30 DE JUNHO DE 1862 FOI CHAMADO PARA ASSUMIR O COMANDO INTERINO DAS ARMAS VISTO HAVER FALECIDO O QUE EXERCIA. EM 18 DE SETEMBRO DE  DESEMBARCOU EM MONTEVIDEU  ESTADO ORIENTAL PARA SER INCORPORADO AO EXERCITO QUE TINHA OPERAR CONTRA A REPUBLICA DO PARAGUAI. PASSOU A COMANDAR A 2. BRIGADA A 2 DE ABRIL. MARCHOU FAZENDO PARTE DA VANGUARDA DO EXERCITO AO COMANDO DO GENERAL D. VENANCIO FLORES  A 17 DO DITO MÊS. TOMOU O COMANDO DA 12 BRIGADA NACIONAL NA VANGUARDA A 31 DO CITADO JULHO.  ASSISTIU AO ATAQUE DO YATAY EM 17 DE AGOSTO E A RENDIÇÃO DAS FORÇAS PARAGUAIS NA VILA DE URUGUAIANA EM 18 DE SETEMBRO SEGUINTE. POR AVISO DE 19 DO MESMO MÊS MANDOU S.M. IMPERIAL ELOGIAR PELO GARBO E CORAGEM COM QUE MARCHOU PARA O CERCO DE URUGUAIANA. POR DECRETO DE 27 DO DITO MÊS FOI CONCEDIDA A MEDALHA DE PRATA PELA RENDIÇÃO DAS FORÇAS PARAGUAIAS EM URUGUAIAN. EM 2 DE OUTUBRO SEGUIU COM A BRIGADA NA VANGUARDA DA RESTAURAÇÃO PARA CORRIENTES.  A MARGEM ESQUERDA DO RIO PARANA. EM DEZEMBRO DE 1865 FOI-LHE PERMITIDO USAR DA MEDALHA DE OURO CONCEDIDA PELO GOVERNO DO URUGUAY PELO ATAQUE DE YATAY. POR DETRETO DE 3 DE JANEIRO DE 1866 OFI AGRACIADO POR S.M. IMPERADOR COM A INSIGNIA DE DIGNATARIO DA IMPERIAL ORDEM DA ROSA PELOS SERVIÇOS PRESTADOS NO JÁ CITADO ATAQUE DE YATAY. POR DECRETO DE 22 DE JANEIRO DE 1866 FOI PROMOVIDO AO POSTO DE COROPNEL COMANDANTE DO 5. BATALHAO POR MERECIMENTO. EM 27 DE FEVEREIRO FOI TRANFERIDO PARA O COMANDO DA 2. BRIGADA. ATRAVESSOU COM A BRIGADA O RIO PARANÁ DO ESTADO ARGENTINO PARA O DO PARAGUAI EM 17 DE ABRIL. ASSISTIU COM A BRIGADA AO ATAQUE COMETIDO PELO PARAGUAY EM 2 DE MAIO DO MESMO ANO. SEGUIU COM EXERCITO NA AVANÇADA FEITA EM 20 DO CITADO MÊS PARA DESALOJAR O INIMIGO DA POSIÇÃO EM QUE SE ACHAVA. ASSISTIU CO SUA BRIGADA A BATALHA DADA AO EXERCITO PELO PARAGUAI EM 24 DO REFERIDO MÊS E AOS BOMBARDEAMENTOS NO ACAMPAMENTO DE VANGUARDA EM TUYUTY EM 14,19,20,22,24,25,26,29,30 DE JUNHO A 1,2,3,4,5,7,8,9,10,11,13,14 E QUINZE DE JULHO SEGUINTE. ASSISTIU AO ATAQUE DE 16 E 18 DO MESMO MÊS SENDO NESTES DIAS ENCARREGADO PELO ESCELENTISSIMO GENERAL D. VENANCIO FLORES DE COMNADAR A PARTE DA FRENTE DA VANGUARDA GUARNECIDO PELA ARTILHARIA. ASSISTIU AOS BOMBARDEAMENTOS DOS DIAS  20,21,22,25,29 NDE JULHO. FOI AGRACIADO PELO IMPERADOR EM 17 DE AGOSTO COM A COMNEDA DA ORDEM DE CRISTO PELOS SERVIÇOS MILITARES PRESTADOS DOS COMBATES DE 16 E 17 DE ABRIL 2 E 24 DE MAIO DO MESMO ANO. ASSISTIU AOS BOMBARDEAMENTOS FEITOS AO SEU ACAMPAMENTO EM 22,23 E 27 DE SETEMBRO.  17, 27 E 30 DE OUTUBRO 22,24 E 29 DE NOVEMBRO DE 1866 E 20 DE JULHO DE 1867. MARCHOU COM A BRIGADA NA MARCHA DE 20 DE JULHO DE TUYUTY PARA TUYU-CUE ONDE ASSISTIU A BOMBARDEIO NO DIA 30 E COMBATE DE 31 DO DITO MÊS DE JULHO. COMANDOU A A 7. BRIGADA DE INFANTARIA SENDO DENOMINADA KELLY DA VANGUARDA DO 3. CORPO DO EXERCITO TODO O MÊS DE JANEIRO DE 1868. ASSISTU OS BOMBARDEIOS FEITOS PELO INIMIGO NOS DIAS 6,8,10,13,15,18,19,20,21,22,23,24,25,27,29 E 31. COMANDOU A MESMA BRIGADA TENDO DE 1 A 18 DE FEVEREIRO DO DITO ANO ASSISTIR AO BOMBARDEIO FEITO PELO INIMIGO NOS DIAS 1,4,5,6,12,18. .PASSOU O COMANDO DA BRIGADA AO OFICIAL IMEDIATO DE 18 DE FEVEREIRO POR TER TIDO PERMISSAO DE SUA EXCELENCIA O SR.  TENENTE GENERAL BARÃO DO HERVAL E POR AUTORIZAÇÃO DE SUAEXCELENCIA O MARECHAL MARQUES DE CAXIAS CPOMANDANTE EM CHEFE DE TODAS AS FORÇAS BRASILIREIRAS  PARA RETIRAR-SE PARA O BRASIL POR DONEÇA. EMBARCOU COM DESTINO A CORTE DO RIO DE JNEIRO NO PASSO DA PATRIA EM 21 DE FEVEREIRO DE 1868 DESEMBARCANDO EM 23 DE FEVEREIRO DE 1868. OBTEVE TRES MESES DE LICENÇA COM SOLDO INTEGRAL PARA TRATAR A SUA SAÚDE NA PROVINCIA DE PERNAMBUCO. POR DECRETO DE 14 DE OUTUBRO DE 1868 FOI REFORMADO NO POSTO DE BRIGADEIRO POR SOFRE MOLESTIA INCURÁVEL QUE ME TORNAVA INCAPAZ DE CONTINUAR NO SERVIÇO. TRAZ AINDA O DIARIO DO CORONEL KELLY A TRANSCRIÇAO DE UMA NOTA DO PRESIDENTE DO URUGUAY E GENERAL EM CHEFE DA VANGUARDA DO EXERCITO:  O GENERAL EM CHEFE DA VANGUARDA DO EXERCITO ALIADO QUARTEL GENERAL EM SÃO FRANCISCO. PASSO DO ESTERO BELLACO EM 2 DE MAIO DE 1866. EX. SR. GENERAL EM CHEFE DO EX ALIADO BRIGADEIRO GENERAL BARTOLOMEU MITRE. TENHO A HONRA DE LEVAR AO CONHECIMENTO DE VOSSA EXCELENCIA QUE HOJE AO MIEO DIA UMA COLUNA DE INIMIGOS COM 600 HOMENS SENDO A QUINTA PARTE DE CAVALARIA E TRAZENDO 8 PEÇAS DE ARTILHARIA SE DIRIGIU AO CENTRO DE NOSSAS LINHAS AVANÇADAS MARNCHANDO COM TAL CELERIDADE SOBRE ELAS QUE QUASE CHEGOU SOBRE AS PONTES. SÓ PUDERAM APRONTAR 3 BATALHOES QUE LHE ENVIARAM DE RESERVA E QUE SUSTENTARAM O FOGO QUE ESTANCOU O CAMBTE E CHEGARAM EM SUA PROTEÇÃO A BRIGADA ORIENTAL A 12 BIRGADA BRASILEIRA. A BRIGADA DO CORONEL KELLY, E O REGIMENTO E ESCOLTA QUE CUJO OS ESFORÇOS E OS EXERCITOS ARGENTINOS A DIREITA E BRASILEIROS A ESQUERDA SE FIZERAM GERAL O FOGO EM TODAS AS LINHAS. O INIMIGO NO SEU PRIMIEIRO IMPULSO CHEOGU ATE ESTE LADO DO ESTERO BELLACO POREM RECHASÇADO EM TODAS AS PARTES FOI ARROJADO AO OUTRO LADO DO PASSO, PERSEGUIDO POR MAIS DE 10 QUADRAS PARA TRAS DAS SUAS ANTERIOS POSIÇÕES OCUPADAS E DEIXANDO NOSSA VANGUARDA NAS LINHAS AVANÇADAS FICANDO EM NOSSO PODER ENTRE MORTOS, FERIDOS, PRISIONEIROS, ALEM DOS NOSSOS OUTROS CANHOES, BANDEIRAS E ARMAMENTOS QUE FORAM LARGADOS PELAS OUTRAS FORÇAS QUE ENTRARAM EM FUGA. POR PARTE DO EXERCITO ALIADO DE VANGUARDA AS MINHAS IMEDIATAS OPRDENS TIVEMOS 350 HOMENS FORA DE COMBATE ENTRE MORTOS E FERIDOS. A DEICSÃO E HEROISMO COM QUE CONDURIZRAM NOSSOS SOLDADOS NESTA AÇÃO OS HONRA ALTAMENTE OS TORNAM DIGNOS DE SEREM RECOMENDADOS E CONSIDERAÇÃO DE VOSSAS EXCELENCIAS DOS GOVERNOS ALIADOS A QUE PERTENCEM. D. GAL VANGUARDA LIBERTADORA DOS EXERCITOS ALIADOS VENANCIO FLORES.
  • TENENTE CORONEL JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY LINDA CARTA PATENTE EM GRANDE FORMATO PROMOVENDO A  BRIGADEIRO O TENENTE CORONEL JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY. POR OCASIÃO DE SUA REFORMA. ASSINADA PELO IMPERADOR DOM PEDRO II, PELO BARÃO DE MURITIBA E SELADA COM O GRANDE SELO DE ARMAS DO IMPÉRIO. +- EXCERTOS DO TEXTO:  DOM PEDRO POR GRAÇA DE DEUS E UNANIME ACLAMAÇÃO DOS POVOS, IMPERADOR CONSTITUCIONAL E DEFENSOR PERPETUO DO BRASIL, FAÇO SABER AOS QUE ESTA MINHA CARTA PATENTE VIREM QUE NA CONFORMIDADE DAS DISPOSIÇÕES DO PARAGRAFO PRIMEIRO DO ARTIGO NONO DA LEI N. 648 DE DEZOITO DE AGOSTO DE 1852 HEI POR BEM CONCEDER REFORMA COMO ESTA CONCEDO AO CORONEL COMANDANTE DO QUINTO BATALHÃO DE INFANTARIA JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY AO POSTO DE BRIGADEIRO VISTO SOFRER MOLÉSTIA INCURÁVEL QUE O TORNA INCAPAZ DE CONTINUAR NO SERVIÇO. VENCENDO O DEVIDO SOLDO DESTE POSTO PELA TABELA DE 1. DE DEZEMBRO DE 1841 LEI DE 14 DE JULHO DE 1855 O QUAL SERÁ PAGO NA FORMA DAS MINHAS IMPERIAIS ORDENS E GOZARÁ DE TODAS AS HONRAS, JURISDIÇÕES E PROEMINENCIAS QUE DIRETAMENTE LHE PERTENCEREM. PELO QUE MANDO AS AUTORIDADES A QUEM COMPETE QUE PELO TAL O RECONHEÇA, HONRE E ESTIME E O MESMO ORDENO AOS OFICIAIS GENERAIS, OFICIAIS MAIORES E MAIS CABOS DE GUERRA, OFICIAIS SOLDADOS. E O DITO SOLDO SE ASSENTARÁ NOS LIVROS A QUE PERTENCER PARA LHE SER PAGO EM SEUS DEVIDOS TEMPOS.EM FIRMEZA DO QUE LHE MANDO PASSAR A PRESENTE CARTA POR MIM ASSINADA SELADA COM O SELO GRANDE DAS ARMAS DO IMPÉRIO . DADA NESTA CORTE DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO AOS 3 DIAS DO MÊS DE FEVEREIRO DO ANO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO DE 1869 QUADRAGESIMO OITAVO DA INDEPENDENCIA E DO IMPERIO.  ASSINA O IMPERADOR DOM PEDRO II E O BARÃO DE MURITIBA.  57 X 43 CM
  • IMPERIAL ORDEM DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO (ORDEM DE CRISTO) I NSÍGNIA DE PESCOÇO  EM GRAU DE COMENDADOR - LINDA COMENDA EM PRATA DE LEI COM VERMEIL E ESMALTES. CRUZ DE CRISTO QUE PENDE DE SAGRADO CORAÇÃO SOBRE ESTRELA MAÇANETADA E RESPLENDOR. BRASIL, SEC. XIX. 11 CM DE ALTURA.NOTA: A ORDEM DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, A ordem foi usada para premiar pessoas por serviços excepcionais que resultaram em utilidade notável e comprovada para a religião (catolicismo romano), para a humanidade e para o estado. Cavaleiros da Ordem de Cristo faziam parte da nobreza sem título do Império do Brasil. Até Dom João VI a Ordem de Cristo era concedida mediante rigoroso exame do postulante, duas características eram fundamentais: Sangue Limpo (que significava não haver em sua linhagem precedente elementos com ascendência judaica, moura ou negra) e comprovar que pelo menos há três gerações não houve registro de mácula mecânica ou seja depender da subsistência por esforço braçal. A partir do séc. XVIII, sob o reinado de DOM JOSÉ I, e da filha DONA MARIA I para garantir a fidelidade dos vassalos na colônia foi preciso dispensar alguns critérios na concessão da ordem. O pesquisador Kleber Henrique da Silva em seu trabalho intitulado: Distinção, Privilégio e Honra: Os Cavaleiros da Ordem de Cristo da Capitania de Pernambuco nos século XVII- XVIII relatou 35 HABILITAÇÕES PARA ORDEM DE CRISTO NA CAPITANIA DE PERNAMBUCO ENTRE OS ANOS DE 1697 ATÉ 1784. Toda documentação encontra-se no Instituto dos Arquivos Nacionais da Torre do Tombo- Mesa de Consciência e Ordens de Portugal. O pesquisador cita em seu texto como exemplo alguns casos que chamam atenção. No ano de 1753, Antonio de Souza Couceiro, natural morador no Recife Pernambuco, filho do capitão de Granadeiros José de Souza Couceiro, cavaleiro professo da Ordem de Cristo, batizado na Vila de Olivença, foi com a idade de 6 meses para o Rio de Janeiro, viveu em Santos Velhos e foi morador em Pernambuco, sendo também Presbítero do Hábito de São Pedro. A sua mãe, Josefa de Souza era natural de Recife. Seu avô paterno era João de Souza Couceiro, ajudante engenheiro, natural de Lisboa, Freguesia de Santos e era casado com Maria Salgado Pereira, natural da freguesia da Magdalena no Rio de Janeiro. O suplicante tinha como avós maternos, Antonio de Souza Marinho, natural de Recife, que era Cavaleiro na Ordem de Cristo, tenente e mestre de campo general em Pernambuco, casado com Antonia Correa, natural do Recife. A avó materna do suplicante teve loja de confeitaria o que acarretou impedimento. Entretanto, o suplicante foi dispensado do impedimento e recebeu o hábito. Caso bem semelhante foi o do suplicante Francisco de Souza Teixeira de Mendonça, natural do Recife- PE, no ano de 1770. Era capitão de uma Companhia de Cavalaria auxiliar da Boa Vista, termo da cidade de Olinda, tinha mais de 50 anos, serviu como tesoureiro dos defuntos e ausentes da Capitania de Pernambuco. Seu pai, coronel Manoel de Souza Teixeira era português, natural da Rua Direita em Arrifana e era cavaleiro da Ordem de Cristo. Sua mãe, Mariana de Mendonça e Sylva, era natural de Pernambuco. Seus avós paternos, Anna de Souza e Manuel Dias Teixeira eram portugueses. Como avós maternos, tinha Antonio Rodrigues da Sylva e Maria da Motta, também naturais de Portugal. A avó paterna do suplicante foi estalajadeira, o que acarretou impedimento. O suplicante recorreu e foi dispensado do impedimento, ficando habilitado a receber o hábito da Ordem de Cristo. 28 Estes dois exemplos citados acima são semelhantes, pois ambos eram descendentes de portugueses e possuíam cargos de importância na Capitania de Pernambuco, descendiam de antepassados já pertencentes à Ordem de Cristo e embora tendo sido descobertos casos de mácula mecânica em suas avós, estes recorreram e foram dispensados do impedimento, podendo ser habilitados a receber o hábito da Ordem. O mesmo não aconteceu com João Velho Barreto, natural de Goiana- Pernambuco, este era filho dos pernambucanos, Francisco Barreto, homem pobre que viveu de recuperar coisas alheias na Vila das Alagoas e tinha como esposa Catherina Paes Barreto. Seus avós paternos, Zacharias Barreto, natural de Ipojuca-PE , era pardo e oficial mecânico, casado com Maria Piteira. Já seus avós maternos, Joseph Lobo Barreto, pernambucano, morador nas Cinco Pontas de Pernambuco, era mulato, filho de negra e tinha a profissão de ourives, casado com a pernambucana Catherina Fernandes. Este suplicante teve sua habilitação negada. Estes três exemplos deixam claro que a aprovação nas habilitações pela Mesa de Consciência e Ordens possuíam pesos diferentes na avaliação dos suplicantes. Em alguns casos, as regras e as prerrogativas necessárias eram reconsideradas, no entanto, para outros aspirantes, os resultados eram inflexíveis. Parece evidente que a mácula de sangue era mais grave que a mácula mecânica e somado a isto, a maior importância dos colonos que descendessem de antigos cavaleiros da Ordem para definir os rumos no processo de habilitação era uma prerrogativa considerável. Com a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil houve um afrouxamento sem precedentes desses critérios. Não foi tarefa fácil transformar a rude colônia em sede de reino e para aglutinar esses esforços Dom João VI passou a oferecer aos ricos proprietários de terra a possibilidade de ascender a categoria de Nobreza não Titulada com a concessão da Ordem de Cristo. Essa estratégia esbarrava em alguns problemas técnicos por assim dizer, difícil era quem não tivesse no Brasil miscigenação de sangue ou que não tivesse dado duro para chegar a condição de senhor. Havia ainda uma categoria de cidadãos abastados enriquecidos de forma escandalosa como o tráfico de escravos. Tudo isso fez com que a partir daí a Ordem de Cristo, ou os critérios para sua concessão, nunca mais fossem os mesmos no Brasil ou em Portugal. Embora a posição de senhor de engenho por si só já oferecesse status privilegiado e uma posição de destaque dentro do cenário colonial muitos senhores de engenho almejavam obter títulos de nobreza devido às vantagens que o ser nobre conferia aos titulados. Fazer parte da nobreza como membros das ordens militares, por exemplo, significava estar isento de impostos como o dízimo, o que interessava a muitos senhores de engenho e em contrapartida era uma das razões para a relutância da Coroa em conceder estas honras. Uma patente de oficial miliciano, assinada pelo rei, proporcionava aos senhores de terra não só a tão almejada distinção, mas também regalias que se caracterizavam como um estilo de vida peculiar da nobreza, que incluía ter serviçais à disposição, usar montaria, gozar de regalias, como obter autorização para celebrar missas no oratório da casa e demonstrar refinamento de maneira e de costumes, a fim de serem reconhecidos enquanto homens bons. Aos homens bons cabia também a escolha, entre o seu meio, dos eleitores que, por sua vez, elegeriam os vereadores, juízes ordinários, procuradores, escrivães, almotacés e outros cargos das câmaras municipais das Vilas.
  • IMPERIAL ORDEM DO NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. PRECIOSA INSÍGNIA EM GRAU DE CAVALEIRO CONSTRUIDA EM OURO DE ALTO TEOR E ESMALTES. NOTA-SE A CARACTERIZAÇÃO NACIONALISTA DA COMENDA COM A PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL ATRAVÉS DA INSERÇÃO DAS CORES PÁTREAS EM VERDE (ESMALTES NOS LOUROS) E AMARELO (DO OURO).). BRASIL, INICIO DO SEC. XIX. 2,7 CM DE ALTURA.NOTA: Imperial Ordem de Nosso Senhor Jesus, ou simplesmente chamada Ordem de Cristo, é uma ordem de cavalaria instituída pelo imperador Pedro I do Brasil em 7 de Dezembro de 1822, com base da ORDEM DE CRISTO portuguesa fundada pelo rei Dom Dinis e pelo papa João XXII em 1316-1319. A ordem foi usada para premiar pessoas por serviços excepcionais que resultaram em utilidade notável e comprovada para a religião(catolicismo romano), para a humanidade e para o estado. Cavaleiros da Ordem de Cristo faziam parte da nobreza sem título do Império do Brasil. Até Dom João VI a Ordem de Cristo era concedida mediante rigoroso exame do postulante, duas características eram fundamentais: Sangue Limpo (que significava não haver em sua linhagem precedente elementos com ascendência judaica, moura ou negra) e comprovar que pelo menos há três gerações não houve registro de mácula mecânica ou seja depender da subsistência por esforço braçal. A partir do séc. XVIII, sob o reinado de DOM JOSÉ I, e da filha DONA MARIA I para garantir a fidelidade dos vassalos na colônia foi preciso dispensar alguns critérios na concessão da ordem e com a vinda da Corte Portuguesa para o Brasil houve um afrouxamento sem precedentes desses critérios. Não foi tarefa fácil transformar a rude colônia em sede de reino e para aglutinar esses esforços Dom João VI passou a oferecer aos ricos proprietários de terra a possibilidade de ascender a categoria de Nobreza não Titulada com a concessão da Ordem de Cristo. Essa estratégia esbarrava em alguns problemas técnicos por assim dizer, difícil era quem não tivesse no Brasil miscigenação de sangue ou que não tivesse dado duro para chegar a condição de senhor. Havia ainda uma categoria de cidadãos abastados enriquecidos de forma escandalosa como o tráfico de escravos. Tudo isso fez com que a partir daí a Ordem de Cristo, ou os critérios para sua concessão, nunca mais fossem os mesmos no Brasil ou em Portugal. Embora a posição de senhor de engenho por si só já oferecesse status privilegiado e uma posição de destaque dentro do cenário colonial muitos senhores de engenho almejavam obter títulos de nobreza devido às vantagens que o ser nobre conferia aos titulados. Fazer parte da nobreza como membros das ordens militares, por exemplo, significava estar isento de impostos como o dízimo, o que interessava a muitos senhores de engenho e em contrapartida era uma das razões para a relutância da Coroa em conceder estas honras. Uma patente de oficial miliciano, assinada pelo rei, proporcionava aos senhores de terra não só a tão almejada distinção, mas também regalias que se caracterizavam como um estilo de vida peculiar da nobreza, que incluía ter serviçais à disposição, usar montaria, gozar de regalias, como obter autorização para celebrar missas no oratório da casa e demonstrar refinamento de maneira e de costumes, a fim de serem reconhecidos enquanto homens bons. Aos homens bons cabia também a escolha, entre o seu meio, dos eleitores que, por sua vez, elegeriam os vereadores, juízes ordinários, procuradores, escrivães, almotacés e outros cargos das câmaras municipais das Vilas. Com a Independência do Brasil também era premente garantir as alianças locais e fidelidade dos súditos do Império nascente além da instituição de uma nobreza que garantisse a ordem social necessária ao aparato imperial. Depois da Independência do Brasil, o imperador Dom Pedro I continuou sua autoridade inerente como a fonte de honras transmitida por seu pai, o rei Dom João VI de Portugal. Seu direito estendia-se a conferir títulos de nobreza e também as três antigas ordens portuguesas de cavalaria: Ordem de Cristo, Ordem de Aviz e a Ordem de São Tiago da Espada. Dom Pedro I tornou-se o primeiro Grão-Mestre do ramo brasileiro da Ordem de Cristo. Segundo o historiador Roderick J. Barman, Dom Pedro I declarou em um decreto que seu direito se originou em: Soberanos Reis meus Predecessores, e especialmente pelo meu Santo e Soberano Padre D. João VI. Após a morte de seu pai, Dom Pedro I também se tornou o Grão-Mestre da Ordem Portuguesa de Cristo como Rei Pedro IV de Portugal. Em 1834 a Ordem de Cristo foi reformada pelo governo liberal de Portugal e pela rainha Maria II(irmã do imperador Dom Pedro II).A ordem perdeu suas prerrogativas militares com a reforma e tornou-se uma ordem nacional. Como tal, o ramo brasileiro da Ordem de Cristo era o único ramo que mantinha seu status militar. Em 1843 o ramo brasileiro também foi reformado pelo Imperador Dom Pedro II e tornou-se uma ordem nacional com o decreto N. 2853. Como tal, a Ordem de Cristo terminou a sua existência como uma ordem militar em Portugal e no Brasil; no entanto, a ordem permaneceu altamente considerada pela nobreza do Brasil e Portugal como resultado de sua importância para a história e o prestígio que proporcionava aos cavaleiros. Membros de todas as ordens brasileiras de cavaleiros faziam parte da nobreza sem título, independentemente do grau, dependendo do grau do cavaleiro eles também recebiam honras militares, saudações e estilos honoríficos. Em 22 de março de 1890, a ordem foi cancelada como ordem nacional pelo governo interino dos Estados Unidos do Brasil. No entanto, desde a deposição em 1889 do último monarca brasileiro, o imperador Pedro II, a ordem é reivindicada como uma ordem de casa, sendo concedida pelos chefes da Casa de Orleans-Bragança, pretendentes ao extinto trono do Brasil. A atual família imperial brasileira é dividida em dois ramos, Petrópolis e Vassouras, e o título Grão-Mestre da Ordem é disputado entre esses dois ramos.
  • GUERRA DO PARAGUAI - BRIGADEIRO JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY (1806 RIO DE JANEIRO  1877 (MONTEVIDEU) COMANDANTE DA 12ª BRIGADA DE INFANTARIA  - CARTA DE OUTORGA DA ORDEM DE CHRISTO  EM GRAU DE COMENDADOR CONFERIDO AO TENENTE CORONEL COMANDANTE DE BRIGADA JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY COMO DISTINÇÃO POR SUA ATUAÇÃO NOS COMBATES DE 16 E 17 DE ABRIL (BATALHA DE ITAPIRÚ) E 2 (BATALHA DE ESTERO BELLACO)  E 24 DE MAIO (BATALHA DE TUIUTI)  DE 1866. EXCERTOS DO TEXTO:  DOM PEDRO POR GRAÇA DE DEUS E UNANIME ACLAMAÇÃO DOS POVOS, IMPERADOR CONSTITUCIONAL E DEFENSOR PERPETUO DO BRASIL, COMO GRÃO MESTRE DA ORDEM DE CHRISTO. FAÇO SABER QUE ESTA MINHA CARTA VIREM QUE, ATENDENDO AOS RELEVANTES SERVIÇOS MILITARES PRESTADOS PELO TENENTE CORONEL COMANDANTE DE BRIGADA JOAQUIM RODRIGUES COELHO KELLY NOS COMBATES  DE 16 E 17 DE E 2 E 24 DE MAIO DE 1866.. HEI POR BEM, NOMEÁ-LO COMENDADOR DA DITA ORDEM. PELO QUE LHE MANDEI PASSAR A PRESENTE, A QUAL, DEPOIS DE PRESTADO O JURAMENTO DO ESTILO, SERÁ SELLADA COM O SELLO DAS ARMAS IMPERIAIS. NADA PAGOU DE JÓIA NEM DE EMOLUMENTOS EM VIDTURDE DO ART. 16 DA LEI N. 585 DE 6 DE SETEMBRO DE 1850 E DO AVISO DO MINISTÉRIO DA FAZENDA DE 6 DE NOVEMBRO DO MESMO ANNO. DADA NO PALÁCIO DO RIO DE JANEIRO, AOS 10 DE OUTUBRO DE MIL OITOCENTOS E SESSENTA E SEIS . QUADRAGÉZIMO QUINTO DA INDEPENDÊNCIA E DO IMPÉRIO.  ASSINAM O IMPERADOR DOM PEDRO II E O MARQUES DE PARANAGUA MINISTRO DA GUERRA COM LINDO SELO SECO DAS ARMAS IMPERIAIS. NOTA: O Imperador D. Pedro II' partiu para a cidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, apresentando-se no acampamento do exército como o primeiro Voluntário da Pátria. Assim, participando da sorte de seus compatriotas, demonstrou sua dedicação ao Brasil, utilizando essa estratégia política para servir de exemplo aos militares ali estacionados e para o Brasil como um todo. D. Pedro II foi seguido pelo genro, o Conde D'Eu, pelo Marquês de Caxias, pelo general Osório, o Barão de Porto Alegre, e pelo ministro da Guerra, Silva Ferraz. A força moral dos cidadãos que acompanhavam a guerra pelos jornais que circulavam na Corte e nas províncias começou a levantar-se. As informações dos primeiros correspondentes de guerra do Brasil chegavam a todos os pontos da capital do Império, com narrativas sobre o campo de batalha, as marchas pelos pântanos, as dificuldades encontradas pelo exército aliado, apontando, aqui e ali, atos de bravura praticados por soldados, generais e ex-cativos. Contudo, a inexperiência do exército brasileiro e as dificuldades provocadas pelo inóspito território paraguaio ceifaram a vida dos primeiros voluntários. Dos 51 batalhões de Voluntários da Pátria que seguiram para a guerra, restaram 14. Os demais sucumbiram nos combates, caíram nos leitos arranjados em hospitais de campanha ou deixarem no teatro da guerra doentes e mutilados para internamento nos hospitais provisórios de Santa Catarina, nos hospitais militares da cidade do Rio de Janeiro, ou no asilo improvisado no Quartel da Armação, em Niterói. Na fase mais difícil da campanha, entre 1866 e 1870, o governo novamente apelou para o patriotismo da população brasileira. Mais contingentes de Guardas Nacionais foram chamados às armas. Estes, lentamente e em pequenas porções, foram se reunindo, entristecidos, abatidos, como quem se sacrificava sem causa. O governo imperial anunciou aos presidentes de província uma nova ideia: solucionar o dificil problema da emancipação da escravatura no Brasil com a compra de cativos para a guerra. O governo prometia bons preços e títulos nobiliárquicos para aqueles senhores que apresentassem mais libertos. Rapidamente, muitos cidadãos compreenderam que podiam ser substituídos, assim como seus filhos, pelo elemento servil - preferencialmente o mau escravo, o velho e a escória das fazendas. Eram escravos vendidos em leilões e pagos com o crédito do Estado, em apólices que rendiam vantagens aos seus senhores. A alforria em troca dos perigos das batalhas. No entanto, o escravo também entendeu que ir à guerra era a esperança de dias melhores, de um pão menos amargo, da possibilidade de aventurar-se por lugares ignorados. Os escravos fugiam solitários ou em bandos e apresentavam-se aos recrutadores com nomes falsos, para despistar seus senhores. Eram os primeiros que desejavam o embarque imediato, a fim de não serem recapturados. Com a demonstração de bravura, mesmo que em defesa de uma pátria que não lhes pertenciam, esperavam retornar da guerra com a condecoração no peito e a carta de liberdade nas mãos. Encontraram sim, na volta ao Brasil, os velhos grilhões e a humilhação de serem detidos em meio às festividades, ainda vestidos com as fardas desbotadas pela prolongada campanha, depois da árdua tarefa cumprida. Cada navio de passageiros que chegava do teatro da guerra trazia a notícia de um novo triunfo; no dia seguinte, porém, também se liam nos jornais as longas relações dos que haviam morrido nos combates, em torno da bandeira pátria, ou nos hospitais, longe dos seus, que ficavam na viuvez e na orfandade. Do mesmo cais seguiam para os hospitais da Corte ou para seus lares, os feridos, os mutilados e os moribundos, vítimas de moléstias adquiridas nos campos alagadiços, nos vastos pantanais, nos sertões inóspitos e tórridos do Paraguai.Finalmente, depois de cinco anos de luta, no dia 1 de março de 1870, o hinobrasileiro foi tocado em Aquidaban. Era o sinal da vitória final das tropas da TripliceAliança. Terminava a luta medonha e sem tréguas entre o Paraguai, Brasil, Argentina e Uruguai, com a morte de López e de seus generais. O exército paraguaio havia sido completamente desbaratado, embora o Brasil tivesse sessenta mil homens fora de combate, entre os quais, generais de mar e de terra.Começava o regresso dos batalhões de Voluntários da Pátria e GuardasNacionais à pátria, seguidos pelos soldados de linha, todos representados por uma fração do grupo primitivo. Alguns novos agrupamentos resultavam da fusão de cinco ou seis batalhões diversos, dizimados nos sucessivos e encarniçados combates e pelas epidemias de cólera, de variola e de beribéri, entre outras doenças.Quem poderá descrever o delirio que se apoderou da capital do Império, asgalas com que a cidade se adornou para receber os heróis que traziam o pavilhão nacional desagravado da afronta recebida injusta e traiçoeiramente? Os primeiros que pisaram o solo pátrio formaram a brigada sob o comando do baiano Faria Rocha. Este, depois de haver sido abraçado com a maior efusão pelo Imperador, fez sua marcha triunfal pela Rua Primeiro de Março, antiga Rua Direita, enfeitada com os imponentes arcos que os comércios nacional e estrangeiro mandaram erigir em honra dos defensores do Brasil.As jovens senhoras, entre êxtases e risos de júbilo - possuídas de orgulho eradiantes de felicidade por verem chegar incólumes os penhores de seus corações - atiravam nuvens de flores. Junto às jovens, formando um triste contraste, estavam pálidas matronas cobertas de luto, que aos soluços e prantos de dor e de pungente saudade, não encontravam ali seus entes queridos. Apesar de serem privadas até mesmo do piedoso consolo de ver os ossos dos filhos, mortos na campanha, essas mães também lançavam flores e engrinaldavam as esfarrapadas bandeiras enegrecidas pelo fumo dos mortíferos instrumentos de guerra e pela poeira de tantos campos de batalhas! Algumas bandeiras voltaram manchadas com o sangue daqueles que as carregavam e que, a elas abracados foram feridos e morreram no mais sangrento combate!

567 Itens encontrados

Página: