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  • LES FEMMES DE THÉATRE DU XVIII SIÈCIE DE TRISTAN LECLÉRE. IMPRESSO EM PARIS PELA LEDITION DARTE H. PIAZZA EM 1991. 122 PÁGINAS 31CM X24CM. UM LIVRO RARO COM NOTÁVEIS 40 ILUSTRAÇÕES. PÁGINA DE ROSTO MANUSCRITA. DESTA EDIÇÃO FORAM TIRADOS 275 EXEMPLARES EM PAPEL HOLLANDE À LA FORME. ESTE É O EXEMPLAR Nº112. CAPITAIS E VINHETAS ORNAMENTADAS NO INÍCIO DOS CAPÍTULOS. INCLUI ÍNDICE DOS CAPÍTULOS E DAS GRAVURAS. ENCADERNAÇÃO RICA COM FLORÕES DOURADOS ENTRE NERVOS DA LOMBADA, ASSINADA POR DURVAND-PINARD. ENSAIO FRANCÊS, MULHERES, TEATRO  SÉCULO XVIII.Nota: Tristan Klingsor , nome de nascimento ( Arthur Justin ) Léon Leclère (nascido em Lachapelle-aux-Pots , departamento de Oise , 8 de agosto de 1874. foi um poeta , músico, pintor e crítico de arte francês, mais conhecido por sua associação artística com o compositor Maurice Ravel. Seu pseudônimo , combinando os nomes do herói de Wagner , Tristan (de Tristan und Isolde ) e seu vilão (de Wagner), Klingsor (de Parsifal ), indica um aspecto de seus interesses artísticos, embora ele tenha dito que escolheu os nomes porque gostava dos "sons" que eles faziam, das associações com as lendas arturianas e bretãs que ele havia lido quando criança, e que já havia muitos literatos em Paris com o sobrenome Leclère. Na introdução do livro diz E no passado quem eram os dançarinos? Quem eram os cantores? O Duque de Orléans, o Duque de Ayen, o Duque de Coigny, a Condessa de Estrades, a Duquesa de Brancas... Que nomes E até, às vezes, a Marquesa de Pompadour pessoalmente cantei na frente deles e o Duque de La Vallière me parabenizou! TCHAIKOVSKI, depois de PoocHKINE, A Dama de Espadas. Este espetáculo de que fala La Bruyère é a ópera e suas máquinas. As festas que a Duquesa do Maine inspirou no seu castelo de Sceaux tinham o mesmo objetivo de encantar a visão, a audição e, sobretudo, a mente. Segundo Furetière, o termo encantamento é definido como encanto, efeito maravilhoso proveniente de um poder mágico, de uma arte diabólica. Os poemas de Tasso e Ariosto são cheios de encanto. É também um efeito surpreendente cuja causa desconhecemos e que relacionamos com algo extraordinário. Esse charlatão faz coisas tão admiráveis que acreditamos que há encantamento. Não podemos definir melhor a inspiração das celebrações de Sceaux. Na verdade, surpresas, aparições, alegorias fantásticas, personagens exóticos e esotéricos, sombras famosas, cenas mágicas... alimentam a imaginação dos autores sob as diretrizes da Duquesa do Maine.
  • LE ROMAN DE TRISTAN ET ISEUT ( O ROMANCE DE TRISTÃO E ISOLDA ). RECONSTRUÍDO A PARTIR DE POEMAS FRANCESES DO SÉCULO XII POR JOSEPH BÉDIER. ILUSTRAÇÃO DE ROBERT ENGELS. IMPRESSO EM PARIS PELA H.PLAZZA EM 1900. 136 PÁGINAS 35CM X 27CM. TIRAGEM LIMITADA A 300 EXEMPLARES, DOS QUAIS 10 EM PAPEL JAPÓN COM UMA AQUARELA ORIGINAL. UMA SEQUÊNCIA EM CORES EM JAPÓN. UMA SEQUÊNCIA EM NEGRO SOBRE CHINA E UMA SEQUÊNCIA DE PRANCHAS. ESTE É O EXEMPLAR Nº 9. ILUSTRAÇÕES ALUSIVAS AO TEXTO. TEXTOS ENTRE CERCADURAS ORNAMENTADAS. REFERENCIA DA ( LIBRARY OF CONGRESSO ONLINE CATALOG.) ENCADERNAÇÃO ESPLÊNDIDA EM MARROQUIM GRENÁ COM DESENHOS ALEGÓRICOS NA CAPA, CORTES DOURADOS. EX-LIBRES ALBERT DUBOSC. LITERATURA FRANCESA. ROMANCE.Nota: Tristão e Isolda é uma história lendária sobre o trágico amor entre o cavaleiro Tristão, originário da Cornualha, e a princesa irlandesa Isolda. De origem medieval, a lenda foi contada e recontada em muitas diferentes versões ao longo dos séculos.O mito de Tristão e Isolda tem provável origem em lendas que circulavam entre os povos celtas do noroeste Europeu, ganhando uma forma mais ou menos definitiva a partir de obras literárias escritas por autores normandos no século XII. No século seguinte a história foi incorporada ao Ciclo Arturiano, com Tristão transformando-se em um cavaleiro da távola redonda da corte do Rei Artur. A história de Tristão e Isolda provavelmente influenciou outra grande história de amor trágico medieval, que envolve Lancelote e a Rainha Genebra. As obras literárias mais antigas sobre Tristão e Isolda que chegaram até hoje são fragmentos de dois romances em verso escritos na segunda metade do século XII em francês antigo. O primeiro deles, composto no período entre 1160 e 1190 por um misterioso autor chamado Béroul, apresenta uma história de caráter popular e violento, relativamente pouco influenciado pela estética do amor cortês medieval. A outra obra é Tristan, escrita por Tomás da Inglaterra cerca 1170. Ao contrário da obra de Béroul, a versão de Tomás apresenta um Tristão perfeitamente integrado à estética "cortês" da época. É possível que as obras de Tomás e Béroul tenham se inspirado em um livro primordial celta, hoje perdido. A reconstrução desses poemas desta edição foi feita por Charles Marie Joseph Bédier, nasceu em 28 de janeiro de 1884 em Paris, foi um filólogo romanista francês, especialista em literatura medieval. Embora tenha nascido em Paris, passou sua infância na Ilha da Reunião após a morte de seu pai, quando tinha apenas quatro anos. Tornou-se professor de literatura francesa da Idade Média e publicou muitos textos medievais em francês moderno, como Tristão e Isolda (1900), A Canção de Rolando (1921), les Fabliaux (1893). Foi eleito membro da Academia Francesa em 1920.
  • A partir desse momento apresentaremos uma memorabilia dos heróicos combatentes brasileiros da segunda guerra mundial. A FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA (FEB) foi uma força militar terrestre composta por 25.834 homens e mulheres, que durante a Segunda Guerra Mundial foi responsável pela participação do BRASIL ao lado dos Aliados na Campanha da ITÁLIA, em suas duas últimas fases (o rompimento da LINHA GÓTICA e a Ofensiva Aliada final naquela frente). A FEB era constituída pela 1ª DIVISÃO DE INFANTARIA EXPEDICIONÁRIA (1ª DIE). Seu lema de campanha, A cobra está fumando, era uma alusão irônica ao que se afirmava à época, que seria mais fácil uma cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa.Iniciaremos com o lote que segue: CAPACETE DE SOLDADO DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA ESTACIONADA NA ITÁLIA. (FEB). DEC. 1940. 28 X 17 CM. NOTA: Em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o BRASIL manteve-se neutro, numa continuação da política do presidente GETÚLIO VARGAS de não se definir por nenhuma das grandes potências em conflito. Tal pragmatismo foi interrompido no início de 1942, quando os ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA e o governo brasileiro acertaram a cessão de bases aéreas na ilha de Fernando de Noronha e ao longo da costa norte-nordeste brasileira para o recebimento de bases militares americanas.2A partir de janeiro de 1942, começou uma série de torpedeamentos de navios mercantes brasileiros por submarinos dos países do Eixo na costa litorânea brasileira, numa ofensiva idealizada pelo próprio ADOLF HITLER, que visava a isolar o REINO UNIDO, impedindo-o de receber os suprimentos (equipamentos, armas e matéria-prima) exportados do continente americano.3 A ofensiva submarina do Eixo em águas brasileiras buscava também intimidar o governo do BRASIL a se manter na neutralidade.4A opinião pública, comovida pelas mortes de compatriotas, passou a exigir que o BRASIL reconhecesse o estado de beligerância com os países do Eixo. O que só foi oficializado no final de agosto de 1942, quando foi declarada guerra à ALEMANHA nazista e à ITÁLIA fascista.5 Após a declaração de guerra, a opinião pública passou a se mobilizar para o envio à EUROPA de uma força expedicionária como contribuição à derrota do nazifascismo.  Porém, por diversas razões de ordem política e operacional (internas e com o governo americano), somente quase dois anos depois, em 2 de julho de 1944, teve início o transporte rumo à ITÁLIA do primeiro contingente da FEB, sob o comando do general ZENÓBIO DA COSTA. Antes da partida do navio General Mann, o presidente GETÚLIO VARGAS proferiu as seguintes palavras de despedida à tropa:Soldados do Brasil! O presidente da República aqui veio, acompanhado do ministro da Guerra, para trazer-vos os votos de feliz viagem. E, não podendo fazê-lo pessoalmente a cada um, o faz por meio deste microfone. É sempre uma glória lutar-se pela Pátria e por um ideal. O governo e o povo do Brasil vos acompanham em espírito na vossa jornada e vos aguardam cobertos de glórias.7        O general JOÃO BATISTA MASCARENHAS DE MORAES assumiria oficial e posteriormente o comando da FEB, quando a tropa estivesse completa. O primeiro escalão da FEB chegou ao porto de NÁPOLES, no dia 16 de julho de 1944, marcando o início da presença brasileira em terras italianas. As primeiras semanas foram ocupadas se aclimatando ao local, assim como recebendo o mínimo equipamento e treinamento necessário, sob a supervisão do comando americano, ao qual a FEB estava subordinada, já que a preparação no BRASIL demonstrou ser deficiente, devido à falta de material de instrução8, apesar dos quase dois anos de intervalo entre a declaração de guerra e o envio das primeiras tropas à frente de combate.O Teatro de Operações do Mediterrâneo, onde a FEB combateu, era comandado pelo marechal HAROLD ALEXANDER. Além de imenso dispositivo logístico, compunha-se de duas grandes unidades operacionais: o VIII EXÉRCITO inglês, comandado pelo general MONTGOMERY, e o V EXÉRCITO norte-americano, comandado pelo general MARK CLARK. Cada um desses Exércitos era formado por vários Corpos de Exército, e estes, por várias Divisões de Exército.9A FEB combateu incorporada ao V EXÉRCITO, a partir de 5 de agosto de 1944, em TARQUINIA, e ao IV CORPO DE EXÉRCITO, comandado, este, pelo general CRITTEMBERGER, a partir de 6 de setembro de 1944, com emprego da 1ª COMPANHIA DE ENGENHARIA (1ª tropa a entrar em ação na península europeia). No conjunto, combateram com a FEB, na ITÁLIA, 22 divisões, sendo: seis norte-americanas, seis britânicas, três canadenses, duas polonesas (da POLÔNIA livre), três indianas, uma sul-africana e uma neozelandesa.10A organização da FEB, na ITÁLIA, em 5 de setembro de 1944, era alicerçada pela 1ª DIE, comandada pelo general MASCARENHAS DE MORAES, que integrava as seguintes tropas: INFANTARIA DIVISIONÁRIA, comandada pelo general ZENÓBIO DA COSTA, e estruturada pelos 1º, 6º e 11º REGIMENTOS DE INFANTARIA; ARTILHARIA DIVISIONÁRIA, comandada pelo general CORDEIRO DE FARIAS; 9º BATALHÃO DE ENGENHARIA; 1º BATALHÃO DE SAÚDE; 1º ESQUADRÃO DE RECONHECIMENTO e pela 1ª COMPANHIA DE TRASMISSÕES.11A presença do corpo feminino no BATALHÃO DE SAÚDE da FEB foi um marco na valorização da mulher dentro da sociedade brasileira. O trabalho anônimo das nossas heroínas foi destacado por diversos chefes militares durante a Campanha na ITÁLIA.
  • DETECTOR DE MINAS TERRESTRES EM SEU ESTOJO ORIGINAL EM METAL. FABRICAÇÃO INSTITUT DR. FORSTER (USA) DEC. 1940. 71 X 38 CM
  • MEMORABILIA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL  FORÇA EXPEDICIONARIA BRASILEIRA. COLETE SALVA VIDAS B5 AERONÁUTICA . FABRICADO EM 1943. PARA SER INFLADO PELO PILOTO NO CASO DE QUEDA DA AERONAVE NO MAR. FABRICADO PELOS EUA. CEDIDO AO CORPO EXPEDICIONÁRIO BRASILEIRO. O CORPO EXPEDICIONARIO BRASILEIRO DURANTE A GUERRA ESTEVE SOB COMANDO DO EXÉRCITO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMERICA. NOTA: Na campanha da Itália, a FAB atuou com duas unidades aéreas, a 1ª E.L.O., e o 1º Grupo de Aviação de Caça O Esquadrão de caça teve abatidos dezesseis aviões, com morte em ação de cinco de seus aviadores, além da morte de mais três por acidentes. Apesar de, entre novembro de 1944 e abril de 1945, ter voado apenas 5% do total das missões efetuadas por todos os esquadrões sob o XXII comando aéreo tático aliado, neste período foi responsável (entre outras tarefas) pela destruição de 85% dos depósitos de munição, 36% dos depósitos de combustível, e 15% dos veículos motorizados (caminhões, tanques e locomotivas) inimigos destruídos por este comando aéreo aliado, tendo por este desempenho, recebido honrosa citação do congresso dos Estados Unidos Já ao final da campanha, devido às baixas sofridas, estava reduzido ao tamanho padrão de um esquadrão convencional.  Embora tenha dado cobertura aérea à divisão brasileira em várias ocasiões, ao contrário da Esquadrilha de Reconhecimento aéreo (E.L.O.), o esquadrão de caças brasileiro não estava subordinado ao comando da FEB e sim (sendo um dos quatro esquadrões do 350º Grupo de caças da 62ª Ala da 12ª Força aérea do exército americano), subordinado ao XXII Comando Aéreo Tático Aliado.
  • MEMORABILIA DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL - FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA. RESPIRADORES AR  DO EXERCITO E  DE DEFESA CIVIL DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (MÁSCARAS DE GÁS)  ACOMPANHADA DE SUA BOLSA PARA TRANPORTE e filtro. FORAM UTLIZADADAS NA GUERRA TANTO PELOS SOLDADOS DA FORÇA EXPEDICIONARIA BRASILEIRA QUANTO PELOS CIVIS. VIDE NOS CREDITOS EXTRAS IMAGEM DE UM CARTAZ EXPLICANDO O FUNCIONAMENTO DESTE EQUIPAMENTO. FABRICÇÃO NORTE AMERICANANOTA: A partir de 1938, o Departamento de Precauções de Ataque Aéreo foi encarregado de fornecer a cada pessoa no Reino Unido um respirador (máscara de gás); isso incluiria bebês, crianças, adultos e aqueles em hospitais e pessoas com condições que exigissem um respirador especial. Isso significaria a produção de 38 milhões de respiradores. O medo de ataques alemães usando gás venenoso era alto e esperava-se que as baixas fossem extremamente grandes. Além da questão das máscaras de gás, o ARP   e  os serviços de defesa civil foram treinados para lidar com as baixas de ataques envolvendo vários tipos de gás venenoso e produtos químicos. Na verdade, o primeiro manual emitido cobriu o tratamento de baixas por gás. Respirador de serviço geral (GSR) ARP e bolsa de transporte Haversack O Respirador de Serviço Geral (GSR) apresentava uma mangueira conectada ao filtro e fornecia mais cobertura facial. Ele foi projetado para permitir que o usuário suportasse altas concentrações de gás por longos períodos e para dar ao usuário a maior liberdade possível de movimento e conforto. Quando usado, a mochila era usada no alto do peito e era conectada à peça facial por meio de um tubo de borracha corrugado. As oculares são de acrílico e havia uma válvula de saída especial projetada para permitir a audibilidade da fala.
  • SEGUNDA GUERRA MUNDIAL FORÇA EXPEDICIONARIA BRASILEIRA  FOTOGRAFIA COM DEDICATÓRIA DO MARECHAL EUCLIDES ZENÓBIO A COSTA AO GENERAL DE BRIGADA RUBENS RESTELLL AO QUERIDO GENERAL E AMIGO  RUBENS UMA LEMBRANÇA DE NOSSA JORNADA NA ITÁLIA. MARECHAL EUZEBIO. SETEMBRO 1944  ABRIL 1960. NOTA: MARECHAL EUCLIDES ZENÓBIO DA COSTA era neto e filho de militares. Seu pai, o General de Divisão José Zenóbio da Costa, foi Diretor do Arsenal de Guerra de Mato Grosso. Ingressou no Colégio Militar do Rio de Janeiro no ano de 1903. Assentou praça em 30 de dezembro de 1911, no 2º Regimento de Cavalaria Divisionária. Aspirante a Oficial em 1915, participou da repressão à Revolta do Contestado, na divisa de Santa Catarina e Paraná. Prosseguiu seus estudos na Escola Militar do Realengo, onde concluiu os cursos de Infantaria e Cavalaria, em 1916.Galgou promoções ao longo da carreira como oficial, até ser promovido a General de Brigada, em 29 de agosto de 1941, sendo nomeado Comandante da 8ª Região Militar, em Belém (PA). Já em 1943, após a declaração de guerra do Brasil aos países do Eixo, voluntariou-se para a FEB, sendo designado para comandar a Infantaria Divisionária.O General Zenóbio da Costa partiu no primeiro escalão de embarque rumo a terras italianas, em 2 de julho de 1944, no navio-transporte General Mann, da Marinha dos Estados Unidos, com aproximadamente 5.075 militares. Como Comandante da Infantaria Divisionária, tinha sob sua subordinação as tropas do 1º, 6º e 11º Regimentos de Infantaria.A FEB ficou subordinada ao V Exército Americano, finalizando os preparativos para entrar em ação na localidade de Tarquínia. Desde os primeiros contatos com o inimigo, em 16 de setembro de 1944, até a rendição da 148ª Divisão Alemã, em Fornovo di Taro, no dia 28 de abril de 1945, o General Zenóbio da Costa manteve-se sempre próximo de sua tropa.Assumiu pessoalmente a chefia das operações na Tomada de Monte Castello, em 21 de fevereiro de 1945, mais célebre vitória da FEB. A partir dali, tomou Castelnuovo, Montese, Zocca, Montalto, Vignola, Marano e Collechio, alcançando Turim em 1º de maio, na véspera da rendição alemã em toda a frente italiana. No dia 9 de maio de 1945, foi promovido a General de Divisão. No mês seguinte, representou o Exército Brasileiro na Parada da Vitória, realizada em Londres.Idealizador da criação da Polícia do Exército, sendo seu Patrono, foi Ministro da Guerra durante o segundo governo do presidente Getúlio Vargas (1951-1954). Faleceu no dia 29 de setembro de 1963, no Rio de Janeiro.GENERAL DE BRIGADA RUBENS RESTELLL  Paulista da cidade de Jaú. Era 2o Tenente quando foi convocado para guerra. Aspirante-a-oficial de 1943, optou por uma OM que iria para FEB, o II Grupo de Obuses. Fez toda a campanha da FEB como Tenente observador avançado e atuou, principalmente, junto às companhias de fuzileiros do 6o Regimento de Infantaria, mas também atuou com o 1o e o 11o RI. Foi Instrutor do Curso de Artilharia da AMAN, Ajudante do Corpo de Cadetes, Instrutor da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) e serviu na Missão Militar Brasileira de Instrução no Paraguai. Na conclusão do curso na Escola de Estado-Maior, a convite do Gen Mamede, foi servir na 4o DC, em Campo Grande  MS. Em seguida serviu no Quartel-General do II Exército, atual Comando Militar do Sudeste, e após 1964 serviu na Secretaria Geral do Conselho de Segurança Nacional e no Gabinete do Ministro do Exército. Foi Comandante do 5o Grupo de Canhões Antiaéreos de Campinas e foi promovido a General-deBrigada em 1972. Neste posto, comandou a AD-6 no Rio Grande do Sul e encerrou a carreira militar como Diretor de Transportes do Exército. Por sua participação na Segunda Guerra Mundial recebeu as seguintes condecorações: Cruz de Combate  1a Classe; por ato de bravura individual; Medalha de Sangue do Brasil, por ter sido ferido em combate; Medalha de Campanha; Medalha de Guerra e a Silver Star (EUA).
  • SEGUNDA GUIRRA MUNDIAL FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA - MARECHAL JOÃO BATISTA MASCARENHAS DE MORAES (1883-1968)  - COMANDANTE DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL DURANTE A CAMPANHA DA ITÁLIA - FOTOGRAFIA DO MARECHAL MASCARENHAS DE MORAES COM DEIDICATÓRIA PARA DONA OLIMPIA DE ARAUJO CAMERINO, CAPITÃ DO EXÉRCITO, ENFERMEIRA DA FORÇA ESPEDICIONÁRIA BRASILEIRA NA SEGUNDA GUERRA MUNDIA. DIZ A DEDICATÓRIA: A PREZADA DONA OLIMPIA VALOROSA COMPANHEIRA DA CAMPANHA DA ITÁLIA (1944-1945) MARECHAL MASCARENHAS DE SOUZA RIO, JULHO 1958. 30 X 24 CMNOTA: Em 1944, a Força Expedicionária Brasileira (FEB), chega com mais de 25.000 combatentes para lutar na Segunda Guerra Mundial junto dos Aliados (Reino Unido, França e Estados Unidos, entre dezenas de outros países). Em meio a minas, bombas e trincheiras, os soldados feridos precisavam de tratamentos imediatos para que suas vidas fossem salvas. Para isso, foram enviadas 73 enfermeiras que se voluntariaram a servir na guerra e que formaram o Quadro das Enfermeiras da FEB. A Capitão Enfermeira Olímpia de Araújo Camerino, uma das enfermeiras da FEB, comandou o grupo destas valorosas brasileiras.  O Marrechal joão Batista Mascarenhas de Moraes  era o comandante da 2ª Região Militar em São Paulo, quando em uma reunião na casa do Major Reinaldo Ramos Saldanha da Gama, foi sondado sobre a possibilidade de comandar a Força Expedicionária Brasileira. Nesse primeiro momento o General respondeu com certa cautela, considerou o fato de já ser um homem de 60 anos de idade, dizendo que era preciso ainda se inteirar sobre o assunto. Passados dois meses, no dia 10 de agosto de 1943, Mascarenhas recebe em sua casa, um radiograma cifrado urgente do Ministro da Guerra General Eurico Gaspar Dutra, fazendo-lhe o convite oficial para assumir o comando geral da divisão expedicionária e iniciar um treinamento nos Estados Unidos. Mascarenhas respondeu no mesmo dia que sim, aceitava a missão, embarcando para o Rio de Janeiro em 17 de agosto.  articipou da preparação e adequação dos combatentes brasileiros à doutrina americana, durante o período de treinamentos no Brasil e já em terras italianas. Um considerável desafio de adaptação em meio à guerra, visto que o Exército Brasileiro ainda tinha como base de emprego, àquela época, a doutrina francesa.A liderança militar de Mascarenhas de Moraes contribuiu para a gloriosa trajetória da FEB e ganhou o reconhecimento tanto de seus compatriotas como de autoridades estrangeiras, tendo sido merecedor de citações de mérito por parte do Presidente dos Estados Unidos.Em 10 de dezembro de 1951, seis anos após o final da Segunda Guerra Mundial, a Lei nº 1.488 o promoveu a Marechal. Um tributo em vida a esse exemplo de militar e brasileiro. Faleceu no dia 17 de setembro de 1968, no Rio de Janeiro.
  • LES CONVENTS DE LOUIS LURINE ET ALPHONSE BROT. ILUSTRAÇÃO DE TONY JOHANNOT, BARON, FRANÇAIS E CÉLESTIN NANTÉVIL. IMPRESSO EM PARIS PELA J. MALLET EM 1846. 514 PÁGINAS ( FOLHAS SOLTAS ) 28CM X 18CM. COM CAIXA. LIVRO COM NOTÁVEL ILUSTRAÇÕES, INCLUI ÍNDICE DE GRAVURAS. SEMI-ENCADERNADO EM MARROQUIM VERMELHO, COM ORNAMENTOS DOURADOS NA LOMBADA. LITERATURA FRANCESA. Nota: Poderíamos escrever, sobre comunidades religiosas, dois livros muito diferentes entre si; há toda uma história edificante, na piedade, na virtude, na obra de certos monges; há uma história terrível, na preguiça, na luxúria, nas devassidãos de certos conventos. Os escritores religiosos, que mergulharam na vida secreta dos mosteiros, apenas nos deram o espetáculo da sublimidade cristã; os espíritos fortes, que visitaram o mundo monástico, apenas nos deram o espetáculo dos erros e das fraquezas humanas no claustro; o primeiro escreveu apenas o início de um livro histórico; este último apenas nos contou o final de uma grande história. Os literatos da Igreja, detendo-se nos limites que traçaram para si próprios para melhor guardarem a grandeza da vida cenocítica, tiveram razão em gritar aos pró-fãs, aos incrédulos, aos filósofos: Os discípulos de São Paulo e de Santo António rezaram, trabalharam, sofreram na terra, com os olhos voltados para o céu? Sim.
  • BRASILIA  MAPA GRAVADO EM METAL E AQUARELADO POR MONTANUS (ARNOLDUS) 1652-1683. PUBLICADO EM AMNSTERDAM HOLANDA. POR JACOB MEURS EM 1671.  ESTE É UM MAPA DO BRASIL DE ARNOLDUS MONTANUS DE 1671. ORIENTADO PARA O OESTE, O MAPA DESCREVE A REGIÃO DO RIO DA PRATA ATÉ A GUIANA E O OCEANO ATLÂNTICO E DE DOIS LAGOS MÍTICOS (LAGO PARIMA E LAGO XARAYES) ATÉ O OCEANO ATLÂNTICO. COMO ERA COMUM EM MAPAS DA AMÉRICA DO SUL DESSA ÉPOCA, A COSTA É MAPEADA EM DETALHES, COM UMA MIRÍADE DE LOCAIS ROTULADOS AO LONGO DA COSTA BRASILEIRA E VÁRIOS PEQUENOS RIOS DESAGUANDO NO OCEANO. NO ENTANTO, AO CONTRÁRIO DE MUITOS OUTROS MAPAS CONTEMPORÂNEOS DESTA REGIÃO, E INÚMEROS OUTROS QUE VIERAM DEPOIS, MONTANUS NÃO TENTA CONECTAR O RIO PARAGUAI COM O AMAZONAS. EM VEZ DISSO, ELE DESCREVEU UMA CADEIA DE MONTANHAS APÓCRIFA NO NORTE DO BRASIL, SEPARANDO EFETIVAMENTE OS DOIS PRINCIPAIS RIOS. O MAPA APRESENTA LINDA DECORAÇÃO COM CARAVELAS E ROSA DOS VENTOS. NO CANTO ESQUERDO INFERIOR UM NOBRE E UM SOLDADO HOLANDES APOIAM-SE NA CARTELA. SOBRE A MESMA CARTELA UM QUERUBIM SEGURANDO UM CADUCEU REVELA UM GLOBO TERRESTRE. JUNTO AOS HOLANDESES UM INDIO E UM NEGRO AMARRADOS ESTÃO SENTADOS. DO LADO DIREITO EM OUTRA CARTELA ESTÃO TRÊS QUERUBINS, UM APONTANDO PARA O BRASIL E OUTRO SEGURA UMA FLÂMULA ESVOAÇANTE. AOS SEUS PÉS INSTRUMENTOS NÁUTICOS.  MONTANUS, ARNOLDUS (C. 1625 - 1683). ARNOLDUS MONTANUS (C. 1625 - 1683) FOI UM ESTUDIOSO, EDITOR, PROFESSOR E AUTOR HOLANDÊS ATIVO EM AMSTERDÃ DURANTE A SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVII. MONTANUS É UMA FORMA LATINIZADA DE VAN DEN BERG OU VAN BERGEN. ELE ESTUDOU TEOLOGIA NA UNIVERSIDADE DE LEIDEN E FOI ORDENADO MINISTRO EM 1653. EM 1667, ELE SE TORNOU DIRETOR DA ESCOLA LATINA DE SCHOONHOVEN, ONDE MORREU EM 1683. A MAIOR PARTE DO TRABALHO DE MONTANUS FOI PUBLICADA EM CONJUNTO COM O GRAVADOR JACOB VAN MEURS E FOCADA EM NARRATIVAS DE VIAGENS PARA A ÁSIA E AS AMÉRICAS. SEU LIVRO MAIS FAMOSO, DE NIEUWE EN ONBEKENDE WEERELD, CONTÉM O QUE É INDISCUTIVELMENTE A PRIMEIRA VISTA DA CIDADE DE NOVA YORK, A NOVA AMSTERDÃ. SEUS OUTROS TRABALHOS OFERECEM ALGUMAS DAS PRIMEIRAS DESCRIÇÕES CONHECIDAS DA CHINA E DO JAPÃO. GRANDE PARTE DO TRABALHO DE MONTANUS FOI TRADUZIDO E PUBLICADO EM INGLÊS POR JOHN OGILBY. SEC. XVII. 41 X 34 CM (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA) COM A MOLDURA TEM 56 X 49 CMNOTA: A Laguna de Xarayes A mítica Laguna de Xarayes, rotulada como Puerto de los Reyes (A Porta dos Reis) é ilustrada aqui como o término norte, ou fonte, do Rio Paraguai. Os Xarayes, uma corruptela de "Xaraies" que significa "Mestres do Rio", eram um povo indígena que ocupava o que hoje são partes do Mato Grosso e do Pantanal do Brasil. Quando exploradores espanhóis e portugueses navegaram pela primeira vez pelo Rio Paraguai, como sempre em busca de El Dorado, encontraram a vasta planície de inundação do Pantanal no auge de sua inundação anual. Compreensivelmente interpretando mal a planície de inundação como um gigantesco mar interior, eles a nomearam em homenagem aos habitantes locais, os Xaraies. A Laguna de los Xarayes quase imediatamente começou a aparecer nos primeiros mapas da região e, ao mesmo tempo, a assumir uma qualidade lendária. Missionários e cronistas posteriores, particularmente Díaz de Guzman, imaginaram uma ilha neste lago e curiosamente a identificaram como uma "Ilha do Paraíso". ...uma ilha do Rio Paraguai com mais de dez léguas 56 km de comprimento, duas ou três 11-16 km de largura. Uma terra muito amena, rica em mil tipos de frutas silvestres, entre elas uvas, peras e azeitonas: os índios criaram plantações por toda parte, e durante todo o ano semeiam e colhem sem diferença no inverno ou verão, ... os índios daquela ilha são de boa vontade e são amigos dos espanhóis; Orejón eles os chamam, e eles têm suas orelhas furadas com rodas de madeira ... que ocupam todo o buraco. Eles vivem em casas redondas, não como uma aldeia, mas cada um à parte, embora mantenham um ao outro em muita paz e amizade. Eles chamaram antigamente esta ilha de Terra do Paraíso por sua abundância e qualidades maravilhosas. Lago ParimaO mítico Lago Parima, retratado na Guiana, está associado à busca do aventureiro inglês Sir Walter Raleigh por El Dorado. Acreditando que El Dorado ficava na parte norte da Amazônia, Raleigh navegou pelo Rio Orinoco pouco antes do início da estação chuvosa. Ao chegar a uma remota aldeia tribal, Raleigh notou canoas chegando carregando ouro, prata e outros tesouros. Questionados sobre a origem do ouro, os nativos responderam: "Manoa", o termo para a tribo à qual os comerciantes do rio pertenciam. Manoa, alegavam os nativos, poderia ser alcançada após uma longa viagem fluvial para o sul até um Grande Lago, chamado Parima. Raleigh e seus associados imediatamente associaram Manoa e o Lago Parima ao reino dourado de El Dorado, embora nunca tenham visitado a cidade ou o lago. Mapas subsequentes, incluindo este, mapearam El Dorado e o Lago Parima neste local por várias centenas de anos.
  • LA PRINCESS DE CLÉVES DE MADAME DE LAFAYETTE. ILUSTRAÇÃO COLORIDA DE SERGE DE SOLOMBKO. IMPRESSO EM PARIS PELA A. FERROURD ( LIBRAIRIE DES AMATEURS) EM 1925. 220 PÁGINAS 25CM X 17CM. COM CAIXA. EDIÇÃO LIMITADA A 1200 EXEMPLARES, SENDO QUE OS NUMERADOS DE 26 A 100 EM PAPEL SUR JAPÓN IMPERIAL, CONTÉM 3 ESTADOS DE ILUSTRAÇÕES DOS QUAIS UM ESTADO EM NEGRO COM OBSERVAÇÕES. ESTE É O EXEMPLAR Nº 36. ENCADERNAÇÃO ESPLÊNDIDA EM MARROQUIM AZUL NOITE COM ORNAMENTOS DOURADOS E CONTRACAPA EM ADAMASCADO ESTAMPADO COM A ASSINATURA DE P. AFFOLTER. LITERATURA FRANCESA.Nota: La Princesse de Clèves é um romance francês que foi publicado anonimamente em março de 1678. É considerado por muitos como o início da tradição moderna do romance psicológico e como um grande trabalho clássico, também apontado por autores como Richard Maxwell como o primeiro romance histórico. Sua autoria é geralmente atribuída para a Madame de La Fayette. A trama ocorre entre outubro de 1558 e novembro de 1559 na corte real de Henrique II da França. O romance recria essa época com precisão notável. Quase todos os personagens - embora não a heroína - são figuras históricas. Eventos e intrigas se desdobram com grande fidelidade ao registro documental. Mademoiselle de Chartres é uma herdeira protegida, com dezesseis anos de idade, cuja mãe a levou para a corte de Henrique II em busca de um marido com boas perspectivas financeiras e sociais. Quando velhos ciúmes em razão de uma faísca de parentesco intrigam contra a jovem ingênua, ela perde suas melhores perspectivas de casamento. A jovem segue a recomendação da mãe e aceita os pedidos de um pretendente medíocre, o príncipe de Clèves. Após o casamento, ela conhece o arrojado duque de Nemours. Os dois se apaixonam, mas não fazem nada para perseguir suas afeições, limitando seu contato a uma visita ocasional no salão da agora Princesa de Clèves. O duque se envolve em um escândalo na corte que leva a princesa a acreditar que ele foi infiel em suas afeições. Uma carta de uma amante rejeitada para seu amante é descoberta no vestiário de uma das propriedades - uma carta escrita ao tio da princesa, o Vidame de Chartres , que também se envolveu em um relacionamento com a rainha. Ele implora ao Duque de Nemours para reivindicar a posse da carta, que acaba na posse da princesa. O duque precisa apresentar documentos do Vidame para convencer a princesa de que seu coração é verdadeiro. Eventualmente, o príncipe de Clèves percebe que sua esposa está apaixonada por outro homem, e ela confessa isso. Ele implacavelmente a questiona - na verdade, a engana - até que ela revele a identidade do homem. Depois que ele envia um servo para espionar o duque de Nemours, o príncipe de Clèves acredita que sua esposa tem sido fisicamente e emocionalmente infiel a ele. Ele adoece e morre (seja de sua doença ou de um coração partido). Em seu leito de morte, ele culpa o duque de Nemours por seu sofrimento e implora à princesa que não se case com ele. Agora livre para perseguir suas paixões, a princesa está dividida entre seu dever e seu amor. O duque persegue-a mais abertamente, mas ela o rejeita, preferindo entrar em um convento por parte de cada ano. Depois de vários anos, o amor do duque por ela finalmente desvanece e ela, ainda relativamente jovem, passa na obscuridade.
  • AMÉRICA MERIDIONALIS MAPA: CONCINATA JUSTA OBSERVACIONES DUN ACAD. REGALIS SCIENTIARUM ET NONNULLORUM ALIORUM / E JUSTAS ANOTAÇÕES RECENTES POR G. DE L'ISLE GEOGRAPHUM; VENALIS PROSTAT AGUSTAE VINDELICORUM; APUD TOBIAM CONR. LOTTER, GEOGR. E CALCOGR. MAPA GRAVADO EM COBRE E AQUARELADO MANUALMENTE DE GUSTAV CONRAD LOTTER, RETIRADA DA OBRA "ATLAS NOVUS SIVE...", PUBLICADA POR TOBIAS CONRAD LOTTER NA CIDADE ALEMÃ DE AUSBURG EM 1772. ESTE MAPA COLORIDO MOSTRA TODA A AMÉRICA DO SUL, COM DETALHES INTERESSANTES DE CURSOS DE ÁGUA E OUTRAS INFORMAÇÕES, JUNTAMENTE COM INDICAÇÕES DAS CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS E POPULAÇÕES MAIS IMPORTANTES DA ÉPOCA. TAMBÉM MOSTRA AS ROTAS DE MAGALHÃES (1520), DRAKE (1577), LE MAIRE & SCHOUTEN (1616) E SARMINETO (1570). OUTRAS DESCOBERTAS DATADAS TAMBÉM PODEM SER VISTAS COMO TENDO SIDO MARCADAS. EM SUA MARGEM INFERIOR ESQUERDA, APRESENTA UM BELO CARTUCHO COM O TÍTULO COMPLETO ".AMERICA MERIDIONALIS CONCIÑATA JUXTA OBSERVATIONES DUN ACAD. REGALIS SCIENTIARUM ET NONULLORUM ALIORUM, ET JUXTA ANNOTATIONS RECENTISSIMAS, PER G. DE L'ISLE GEOGRAPHUM VENALIS PROSTAT AUGUSTAE VINDELICORUM APUD TOBIAM CONR. LOTTER, GEOGR. ET CALCOGR", NO QUAL NOS FORNECEM INFORMAÇÕES INTERESSANTES SOBRE O MAPA . A CARTELA  É LADEADA POR  LINDA REPRESENTAÇÃO DE  POVOS INDÍGENAS E FAUNA LOCAL.  CHAMA ATENÇÃO O FATO DE QUE OS NATIVOS SÃO APRESENTADOS COMO NEGROS, AOS  SEUS PES ESTÃO TROFÉUS DE CAÇA COMO MARFIM, CHIFRES, GARRA,  CORRENTES ABERTAS AOS PÉS DO NATIVO, TAMBÉM É APRESENTADO UM ELEFANTE E SOBRE A CARTELA ESTÁ POUSADO UM PAPAGAIO. ESTA DECORAÇÃO TRASNMITE A VISÃO PRIMITIVA DOS COLONIZADORES EUROPEUS SOBRE OS TERRITÓRIOS SUL AMERICANOS QUE FAZIAM ANALOGIA DOS ELEMENTOS TÍPICOS AFRICANOS COM O QUE ENCONTRARIAM NA AMÉRICA. ABAIXO, AS ESCALAS UTILIZADAS E SEUS EQUIVALENTES. CURIOSAMENTE A AMAZONIA É AINDA APRESENTADA COMO UM TERRITÓRIO AUTONOMO CHAMADO DE REGIO AMAZONUM. AUGSBURG (HAMBURGO) ALEMANHA, 1772. 44 x 57 CM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA. COM A MOLDURA TEM: 86 X 75 CMNOTA:  A representação pictórica da América  com elementos tipicamente africanos nasce principalmente do fato da única experiencia e conhecimento dos europeus em terras ao sul do continente na época dos grandes descobrimentos era as que encontraram na África já então frequentada por eles há mais de um século. No inicio da colonização da América o litoral era o único ponto acessível e o interior do continente uma grande incógnita mas que  por analise comparativa imaginavam ser semelhante ao continente africano. De fato, nos séculos XV e XVI, quando ocorreram as grandes viagens marítimas, os europeus se depararam com realidades que eram bastante estranhas para eles. O oceano era um lugar onde reinava o imprevisível, ou seja, os navegadores não tinham certeza do que poderia acontecer, nem do que poderiam encontrar pelo caminho. As informações que eles tinham haviam sido retiradas, em sua maioria, de livros de outros navegadores, como por exemplo Nicollo Matteo, Marco Pólo,1 etc. Mas tais informações eram povoadas de mitos e superstições. Assim, ao partirem para as grandes viagens pelo oceano, os navegadores tinham em mente as informações de livros sobre viagens e também suas próprias crenças e mitos, que desde a Antiguidade povoavam seus pensamentos. Essa informações míticas e supersticiosas pertenciam quase todas à tradição grega: Ctésias de Cnido em 398 antes de Cristo, já escrevia sobre a existência de raças fantásticas como os ciápodas que possuíam um único e grande pé, os homens peludos, sem cabeça, e que tinham os olhos nos ombros, etc; Plínio, em 77 depois de Cristo, também escrevia sobre os monstros e maravilhas que foram avistadas na Índia, como seres antropófagos (que comiam carne humana), seres andrógenos (que possuíam os dois sexos), etc. E tais informações foram sendo adaptadas ao longo do tempo. Porém, em geral, mantiveram-se quase sem alterações até o século XVI. Dessa forma pode-se entender o fato de os navegadores europeus terem visto sereias, antípodas (criaturas com os pés virados para trás), cinocéfalos (criaturas com corpo humano e cabeça de cachorro que comiam carne humana), ciclopes (monstro caracterizado por ter um único olho no meio da testa), e outras tantas criaturas monstruosas e maravilhosas, quando viajaram por regiões desconhecidas. O imaginário, ou seja, o conjunto das idéias e imagens que faziam parte da mentalidade dos europeus, foi projetado sobre aquilo que eles viram de diferente durante as viagens pelo mar, e também ao entrarem em contato com terras desconhecidas. Dessa forma, quando eles chegaram às terras que mais tarde chamaram de Continente Americano, tudo aquilo que havia de exuberante ou de estranho foi identificado com as imagens que já lhes eram familiares. Aquilo que já fazia parte do pensamento cotidiano dos europeus projetou-se sobre a realidade que estava diante deles e, dessa forma, eles puderam entendê-la. Foi por causa desse tipo de identificação que os europeus viram no Novo Mundo vários monstros e criaturas fantásticas e maravilhosas. Foi também por causa dessa identificação que os europeus acreditaram ter chegado ao Paraíso Terrestre (que era o lugar onde se encontrava o estado original do mundo, ou seja, onde se encontravam a ausência do pecado original, a pureza e a liberdade). A natureza exuberante e os bons ares eram características que contribuíam para que o Novo Mundo fosse associado ao Paraíso. Comparando-se as características das novas terras com as paradisíacas e encontrando semelhanças entre elas, os europeus logo fizeram uma associação. Dessa forma, ficava mais fácil entender a existência dessas novas terras. Mas o Paraíso nem sempre foi identificado com o Novo Mundo. Ele migrava de uma região para outra, conforme os europeus iam descobrindo e conhecendo lugares novos: ele esteve no oriente, no meio do oceano, no Novo mundo etc. Se existia a idéia de Paraíso, existia também a idéia de inferno entre os europeus contemporâneos ao período das grandes viagens marítimas. Eles eram homens profundamente religiosos e seus pensamentos eram marcados por uma constante luta entre o bem e o mal. Dessa forma, no Novo Continente não foram identificadas apenas características paradisíacas, como a vegetação exuberante, por exemplo, mas também demoníacas, os inúmeros insetos e animais peçonhentos, o forte calor e, principalmente, os costumes das gentes da terra, ou seja, dos indígenas. Os indígenas foram também relacionados com seres que estavam presentes no imaginário dos europeus: suas características assemelhavam-se às dos homens selvagens que habitavam livremente os bosques, gozando de liberdade e vivendo com base em seus instintos. Todas essas características eram contrárias ao ser humano cavalheiro e cristão que os europeus tinham como modelo. Os rituais dos indígena suas danças, sua nudez, suas práticas sexuais, sua preguiça, seus deuses, suas práticas religiosas, foram vistos pelos europeus como ações demoníacas, sobretudo o ritual antropofágico, no qual se comia a carne humana. Contudo, deve-se ter em mente que essas características que se atribuíam aos indígenas têm uma razão de ser, pois aqueles que escreviam sobre o modo de viver do índios tinham uma visão centrada na religiosidade e nos padrões de vida europeus. Além disso, a identificação do que existia no imaginário europeu com a realidade contribuiu para que o diferente não fosse visto realmente como era, mas sim filtrado por algo que já era conhecido e comum. Dessa forma, pode-se perceber que os europeus não viram os indígenas como seres humanos com um modo de vida diferenciado, mas identificaram-nos com os homens selvagens, desclassificando seus costumes e hábitos. E, do ponto de vista espiritual, os europeus consideraram as práticas indígenas demoníacas, identificando suas ações religiosas com bruxaria, feitiçaria e outros tantos rituais anti-cristãos, que já faziam parte de sua mentalidade. Assim, eles conseguiram dar sentido à existência de seres humanos em uma região que, com base nas informações que tinham, não podia só podia ser habitada por monstros e criaturas maravilhosas. Pode-se, por fim, concluir que a visão que os europeus tiveram do Novo Mundo e das gentes que o habitavam estava fundamentada no imaginário europeu que era marcado pela religiosidade e pela crença em uma série de mitos e superstições. Todas as imagens que permeavam o pensamento dos europeus, entre os séculos XV e XVI, acabaram sendo associadas à realidade do Novo mundo, de forma que ele pudesse ser entendido. Assim, as idéias de bem e mal, de Paraíso e Inferno, conduziram a visão que foi lançada sobre as novas terras e aqueles que a habitavam, ora edenizando-os, ora detratando-os.  Também as míticas criaturas monstruosas em que acreditavam os portugueses e espanhóis eram parte do imaginário que habitava a cabeça dos europeus no interior do continente. Até os séculos XV e XVI, quando ocorreram as grandes viagens marítimas, acreditava-se que esses monstros habitavam a região das Índias. Porém, a medida que os navegadores foram chegando a tais regiões e desmistificando-as, passaram a acreditar que as criaturas monstruosas estavam em outras terras que ainda eram desconhecidas. Dessa forma o oceano Atlântico e o Novo Mundo, ou o Continente Americano, passaram a ser o reduto onde habitavam esses monstros.
  • LES LIAISONS DANGEREUSES DE CHODERLOS DE LACLOS. ILUSTRAÇÃO DE G. JEANNIOT COM COLABORAÇÃO DE MAILLART. IMPRESSO EM PARIS PELA CARTERET EM 1914. 2 VOLUMES 28CM X 22CM. LIVRO RARO. TIRAGEM ÚNICA DE 200 EXEMPLARES EM PAPEL VÉLIN DU MARAIS COM ÁGUAS-FORTES ORIGINAIS EM NEGRO E EM CORES. ESTE É O EXEMPLAR Nº33. TIPOGRAFIA DE LAHURE E PARA GRAVURAS A A. PORCABEUF. CAPITAIS ORNAMENTADAS E COLORIDAS. NO VOLUME 1 CONTÉM 2 GRAVURAS ORIGINAIS, SENDO UMA DELAS ASSINADA POR R QUINTUN. O VOLUME 2 CONTÉM CARTAS COLETADAS EM UMA SOCIEDADE E PUBLICADAS PARA INSTRUÇÃO DE OUTRAS PESSOAS. ENCADERNAÇÃO BISELADA EM MARROQUIM VERMELHO. LITERATURA FANCESA.Nota: Les liaisons dangereuses (As Ligações Perigosas), romance epistolar do século XVIII, da autoria de Choderlos de Laclos e publicado em 1782. A obra retrata as relações de um grupo de aristocratas através das cartas trocadas entre si, na época imediatamente anterior à Revolução Francesa,  nobres ociosos e sem escrúpulos dedicam-se prazerosamente a destruir as reputações de seus pares. O enredo tem como foco o Visconde de Valmont e da Marquesa de Merteuil, que manipulam e humilham as restantes personagens através de intrigas e jogos de sedução. Quando lançado, o livro foi considerado calunioso, pois tratava de outro modo a nobreza francesa, mostrando a história de personagens vis, sem as idealizações da literatura anterior. Mais do que uma crítica à nobreza francesa, o livro é considerado uma obra-prima do gênero, pois adentrou muito a fundo a mente dos personagens, mostrando seus temores, desejos e malícias. Muito peculiar é a maneira como o autor nas cartas conseguiu criar uma personalidade a cada personagem, visto primeiramente pela sua maneira de escrita, e posteriormente por suas atitudes. No decorrer do livro, ficam claras as intenções manipulativas dos protagonistas, ao mesmo tempo retrata suas fraquezas, como o inesperado amor do Visconde de Valmont pela Madame de Tourvel; a carta que retrata a vida da Marquesa de Merteuil mostra os motivos pelos quais ela se tornou tão vil. O escritor, Pierre-Ambroise-François Choderlos de Laclos, nasceu em, Amiens, 18 de outubro de 1741, Foi um general do exército francês que ficou famoso na literatura mundial pelo romance "As Ligações Perigosas". Fez poucas investidas e, demonstrando com uma de talento incomum, atingiu o alvo. A postura libertária de Laclos no que tange à libertação das mulheres, que faz com que historiadores da filosofia o enquadrem como um arqueofeminista, é um dos fatos que posiciona esse romancista, militar e filósofo num lugar de vanguarda em relação ao seu tempo. Seu discurso ao concurso aberto pela Academia de Châlons-sur-Marne, cujo tema era: como melhorar a educação das mulheres?, deixa clara tal posição. O discurso em resposta dado por Laclos, de forma paradoxal - e um tanto cômica - inicia dizendo: não é possível melhorar a educação das mulheres, pois, na realidade, o que é dado a elas não é uma educação. Sua trajetória militar começou em 1760, com o alistamento na Escola Real da Artilharia de La Fère (École Royale d'Artillerie de la Fère). Foi nomeado segundo-tenente em 1760, tenente em 1761, capitão em 1771 e marechal em 1792. Após um período de trabalho junto ao Governo francês, Laclos é reintegrado ao exército em 1800 como general de brigada, já sob o comando de Napoleão Bonaparte.
  • HENRI DE TOULOUSE LAUTREC 1864  1901/ MAURICE JOYANT. RARISSIMO IMPORTANTE RETROSPECTIVA DA OBRA DO ARTISTA COM CINCO GRAVURAS ORIGINAIS DE TOULOUSE LAUTREC IMPRESSO EM PARIS PELA H. FLOURY 1926  1927. 2 VOLUMES 27CM X 21CM. DESTA OBRA FORAM TIRADOS 175 EXEMPLARES EM PAPEL JAPÓN, NUMERADOS DE 1 A 175, ENRIQUECIDOS DE 3 PONTAS SECAS ORIGINAIS DE LAUTREC EM DUAS TIRAGENS DIFERENTES. EXEMPLAR FEITO ESPECIALMENTE PARA O CONDE DE CASTILLEZA DE GUZMAN. MARCA DO EDITOR NA PÁGINA DE ROSTO. NO VOLUME 1  1926 PINTURA / NOVOLUME 2  1927 DEZENHOS, ESTAMPAS E CARTAZES. INCLUI ÍNDICE. ENCADERNAÇÃO ESPLENDIDA EM MARROQUIM VERMELHO ASSINADO POR STROOBANTS REL.Nota: Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa nasceu dia, 24 de novembro de 1864. Foi um pintor pós-impressionista e litógrafo francês, conhecido por pintar a vida boêmia de Paris do final do século XIX. Sendo ele mesmo um boêmio, faleceu precocemente aos 36 anos de sífilis e alcoolismo. Trabalhou por menos de vinte anos mas deixou um legado artístico importantíssimo, tanto no que se refere à qualidade e quantidade de suas obras, como também no que se refere à popularização e comercialização da arte. Toulouse-Lautrec revolucionou o design gráfico dos cartazes publicitários, ajudando a definir o estilo que seria posteriormente conhecido como Art Nouveau. Filho mais velho do Conde Toulouse-Lautrec-Monfa, de quem deveria herdar o título, falecendo antes do pai. Henri não apenas faz pinturas, como também cartazes promocionais dos cabarés e teatros, fazendo-se presente na revolução da publicidade do século XIX, quando a arte deixa de ser patrocinada e financiada apenas pela Igreja e os nobres, para ser comprada e utilizada pelo comércio crescente gerado pela revolução industrial. O cartaz litográfico colorido é uma nova ferramenta de divulgação de locais de lazer parisienses. Trilhando o caminho de Jules Chéret, assim como Alfons Mucha, Toulouse-Lautrec revolucionou o design gráfico dos cartazes, definindo o estilo que seria conhecido como Art Nouveau.
  • MAPA DO BRASIL POR JOHANNES BLAEU (1596-1673) - BRASÍLIA, GENERIS NOBILITATE ARMORIUM ET LITARUM. SCIENTIA PRESTANTE. MEU HERÓI. CHRISTOPH: AB ARTISCHAV ARC/SZEWSKI. NUPER EM BRASILIA POR TRIÊNIO TRIBUNO MILITUM PRUDENTISS. FORTALEZA. FELICISS. TABULUM HANC PRONO CULTU DDD JOHANNES BLAEU. EXCLUÍDO POR JOHANNES BLAEU. PUBLICADA PELA PRIMEIRA VEZ EM AMSTERDÃ EM 1642, ESTE EM PREGÃO L É DOATLAS MAIOR DE BLAEU DE 1663.  O SEGUNDO MAPA DO BRASIL DE JOAN BLAEU, ORIENTADO COM O OESTE NO TOPO, MOSTRA O LITORAL COM MUITOS DETALHES, MAS O INTERIOR É ALTAMENTE CONJETURAL E QUASE VAZIO. ORIGINALMENTE, A PLACA DE COBRE FOI ADQUIRIDA POR WILLEM BLAEU, PAI DE JOAN, DO ESTOQUE DE PLACAS DE COBRE DE HONDIUS, EM 1629. MAIS TARDE, FOI CONSIDERAVELMENTE ATUALIZADA POR JOAN. WILLEM BLAEU (1571-1638) DEIXOU SEU PRÓSPERO NEGÓCIO PARA SEUS FILHOS JOAN E CORNELIS. APÓS A MORTE PREMATURA DE CORNELIS EM 1642, JOAN CONCLUIU O TRABALHO DE UM ATLAS DE SEIS VOLUMES EM 1655. IMEDIATAMENTE ELE COMEÇOU A TRABALHAR NO TRABALHO AINDA MAIOR DO ATLAS MAIOR, QUE FOI PUBLICADO EM 1663 EM ONZE VOLUMES, CONTENDO SEISCENTOS MAPAS DE PÁGINA DUPLA E TRÊS MIL PÁGINAS DE TEXTO. ESTE FOI, E CONTINUA SENDO, O TRABALHO MAIS MAGNÍFICO DESSE TIPO JÁ PRODUZIDO. NA ÉPOCA DA PRIMEIRA APARIÇÃO DO MAPA DO BRASIL EM 1642, OS HOLANDESES ESTAVAM ATIVAMENTE TENTANDO COLONIZAR AS REGIÕES COSTEIRAS DO NORDESTE DO BRASIL. AS TENTATIVAS HOLANDESAS DE ESTABELECER UMA COLÔNIA NA AMÉRICA DO SUL COMEÇARAM EM 1624 COM UM ATAQUE MAL SUCEDIDO À BAHIA, O PORTO NATURAL DA BAHIA DE TODOS OS SANTOS. EM 1630, ELES FORAM BEM-SUCEDIDOS, DESTA VEZ EM OLINDA DE PERNAMBUCO (RECIFE), MAIS AO NORTE. PERTO DO PONTO MAIS NORDESTE DO BRASIL. EM 1642, O PODER DA COMPANHIA HOLANDESA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS ESTAVA NO AUGE. SOB A LIDERANÇA DE JOHAN MAURITS VAN NASSAU-SIEGEN, UMA GRANDE PARTE DA COSTA BRASILEIRA ERA CONTROLADA PELOS HOLANDESES E A MAIOR PARTE DO LUCRATIVO COMÉRCIO DE AÇÚCAR DO NORDESTE DO BRASIL ESTAVA EM MÃOS HOLANDESAS. NO ENTANTO, A COMPANHIA DAS ÍNDIAS OCIDENTAIS NUNCA CONSEGUIU ATRAIR COLONOS PROTESTANTES HOLANDESES SUFICIENTES PARA SUBSTITUIR OS COLONOS PORTUGUESES CATÓLICOS ROMANOS QUE SEMPRE PERMANECERIAM PORTUGUESES DE CORAÇÃO E ACABARIAM SE REVOLTANDO CONTRA OS HOLANDESES, O QUE LEVOU À EXPULSÃO DOS HOLANDESES DO BRASIL EM 1654. O MAPA É DEDICADO A CHRISTOFFEL ARCISZEWSKI (1592-1656), UM NOBRE POLONÊS, VICE-GOVERNADOR, COMANDANTE MILITAR, ENGENHEIRO, CARTÓGRAFO E ETNOGRAFO NO BRASIL, O SEGUNDO EM COMANDO SOB JOHAN MAURITS.O LINDO MAPA É ALTAMENTE DECORATIVO COM CARAVELAS, ROSA DOS BENTOS, SUNTUOSA CARTELA SOB BRASÃO ARMORIAL ONDE SE SLÊ AS INFORMAÇÕES DO MAPA E A DEDICATÓRIA A CHRISTOFFEL ARCISZEWSKI (1592-1656).  NO LADO DIRETO QUERUBINS COM UM COMPASSO DE NAVEGAÇÃO E UM OUTRO CARTA NÁUTICA. ELES SÃO ASSISTIDOS POR UM TERCEIRO QUERUBIM QUE SEGURA OUTRO INSTRUMENTO NAUTICO ANTIGO UMA BALLESTILHA. ESTE QUERUBIM TEM  ÁGUA NA ALTURA DAS COXAS COMO SE ESTIVESSE DENTRO DO OCEANO. A BALESTILHA FOI UM INSTRUMENTO NÁUTICO BASTANTE UTILIZADO PELOS PORTUGUESES NA ÉPOCA DOS DESCOBRIMENTOS, E A SUA PRIMEIRA DESCRIÇÃO ENCONTRA-SE NO LIVRO DE MARINHARIA DE JOÃO DE LISBOA EM 1514.6 NO ENTANTO, HÁ DESCRIÇÕES ANTERIORES, ATRIBUÍDAS A JACOB BEN MACHIR IBN TIBBON(PROPHATIUS) E LEVI BEN GERSON (GERSÓNIDES).  OS QUERUBINS ESTÃO SOBRE UMA CARTELA QUE CONTÉM AS ESCALAS PLANI ALTIMÉTRICAS DO MAPA. ESTE MAPA FOI GRAVADO EM METAL E AQUARELADO MANUALMENTE. SEC. XVII. 48 X 38 CM (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA).; COM A MOLDURA TEM 69 X 59 CM. NOTA: Cristóvão Arciszewski nasceu em Rogalin, Reino da Polônia, no ano de 1592. Filho de Elias Arciszewski e Helen Zbona, Arciszewski tinha dois irmãos, Elias e Bugosaw. Fazia parte de uma família de origem nobre, conquanto financeiramente limitada (Fischlowitz, 1959: 35). No início de sua juventude, Arciszewski passou a residir na corte do príncipe lituano-polonês Krzysztof Radziwi (1585-1640), na cidade de Birze, Lituânia. A serviço do príncipe Radziwi, Arciszewski exerceu atividades militares e diplomáticas na Polônia e na Lituânia. Participou também de conflitos como a segunda guerra polonesa-sueca (1621-1625). Atuou ainda em conquistas militares na costa do Báltico, na defesa de Riga e no cerco de Mitawa (Fischlowitz, 1959: 35; Kotljanchuk, 2006: 80-86). Arciszewski se destacou nos assédios em que tomou parte e mostrou-se exímio na arte de fortificar.No ano de 1624, seu destino seria radicalmente transformado. Uma querela com um advogado, administrador dos bens da família de Arciszewski e de nome Kacper Jeruzel Brzeznicki, resultou em um homicídio. Brzeznicki parece ter transferido ilicitamente propriedades da família. Incapazes de recuperar por via legal, o jovem Arciszewski, em ação conjunta com seus dois irmãos, emboscou e assassinou brutalmente Brzeznicki. O ato de Arciszewski e irmãos resultou em banimento da Polônia .Proscrito da Polônia, Arciszewski mudou-se com seu irmão Elias para a República das Províncias Unidas no começo de 1624. Passou então a atuar como correspondente de Radziwi na Haia). Em agosto de 1624, Arciszewski se alistou no exército da República e auxiliou na defesa da cidade de Breda, sob o comando do então governador-geralMaurits van Nassau. Apesar da derrota neerlandesa para os espanhóis, que conquistaram a cidade, a guerra serviria de aprendizado, conforme registros feitos por Arciszewski do sistema de defesa da cidade e das ações dos sitiadores espanhóis.No princípio de 1626, Arciszewski, em missão na França designada por Radziwi, envolveu-se em tramas políticas relativas a sucessão do trono Polonês. Descoberto o ardil, foi expedido mandado de prisão na Polônia contra Arciszewski, que se viu isolado . Após alguns anos atuando na França, acabou retornando aos Países Baixos. Logo estaria mais uma vez atuando em confrontos da Guerra dos Oitenta Anos (1568-1648). Iria participar do cerco de s-Hertogenbosch, em abril de 1629, sob o comando do novo stadhouder Frederik Hendrik, Príncipe de Orange.Nesse período, Arciszewski foi convidado para servir na Companhia das Índias Ocidentais. O polonês não demonstrou muito interesse na oferta de trabalho. Seria o risco de prisão na Europa que o empurrara para aceitar o posto de capitão no exército da Companhia, que preparava expedição para invadir a Capitania de Pernambuco, no Brasil). Arciszewski embarcou para o Brasil em 16 de novembro de 1629, chegando ao litoral de Pernambuco no começo de 1630. Arciszewski inaugurava um novo capítulo de sua vida, dessa vez como comandante de tropas da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais.Arciszewski esteve por três vezes no Brasil ao longo dos anos de 1630 e 1639. Sabe-se muito pouco sobre seu primeiro período no Brasil, entre 1630 e 1633. Em carta escrita para o jurista neerlandês Hugo Grotius, de abril de 1632, Arciszewski demonstrou insatisfação com sua vida no Brasil. Sentia-se inútil e almejava deixar a colônia ao término de seu contrato.De outras penas, contudo, a percepção sobre Arciszewski e sua atuação eram distintas. Seu comandante, Diederick van Waerdenburgh, não apenas o promoveu a major, como também expressou aos membros diretores da Companhia que o polonês era uma pessoa muito honesta e valente. Entre a soldadesca, a reputação de Arciszewski não era distinta. Um militar de nome Cuthbert Pudsey o reputou como a coluna-mestra da Companhia no Brasil. Afirmou ainda que o polonês era cuidadoso e apropriado para os serviços do exército. Outros adjetivos emergem da narrativa de Pudsey, como severo e justo. Arrematou, por fim, que a palavra de Arciszewski era lei para nós soldados .É compreensível a opinião de Arciszewski sobre seus primeiros anos no Brasil. Depois de tomar Olinda e o Recife, as forças da Companhia das Índias Ocidentais pouco avançaram para o interior, dada a ação dos defensores luso-espanhóis. Inseguros e recolhidos em suas posições fortificadas, os soldados da Companhia amargaram fome e a violência de contínuas emboscadas nos arredores de suas posições.A situação começou a mudar entre os anos de 1632 e 1633. A Companhia enviou para o Brasil dois diretores, Mathias van Ceulen e Johan Ghijselin, para tocar a administração e a guerra na colônia. O governador e comandante geral das tropas, Waerdenburgh, teve seu poder diminuído. A relação dele com a Companhia era de constante conflito, pois Waerdenburgh não aceitava pressões para avançar no território com os meios materiais de que dispunha. Ademais, ele pedira demissão que só foi aceita pela Companhia com a chegada dos diretores Ceulen e Ghijselin (Miranda, 2014: 137-138, 155-159). Arciszewski, cujo contrato estava findado, acompanhou Waerdenburgh no retorno para a Europa. Arciszewski assinaria novo contrato com a Companhia, regressando ao Brasil com o posto de coronel em 1634. Os avanços dos neerlandeses na colônia, embora lentos, já eram visíveis. Abdicaram da postura defensiva e passaram a pressionar os defensores com ataques navais longe do Recife. A Companhia levou inseguraça para regiões antes não tocadas pela guerra. A resistência também deu sinais de desgaste, mostrando-se incapaz de acudir os colonos de áreas distantes das bases principais, no Arraial do Bom Jesus e no Cabo de Santo Agostinho.De 1633 a 1634, as tropas da Companhia conseguiram conquistar posições importantes nas capitanias do Rio Grande e da Paraíba, facilitando as operações em Pernambuco. Arciszewski esteve intensamente envolvido em parte dessas operações e sua primeira grande conquista após o retorno ao Brasil foi feita na Capitania da Paraíba, em dezembro de 1634. A expedição foi encabeçada por Sigismundt von Schoppe e Arciszewski. Acompanhavam as tropas os conselheiros políticos Servaes Carpentier e Jacob Stachouwer. Forças navais ladeavam as tropas em terra e estavam sob o comando do almirante Jan Cornelisz. Lichthart. Depois de tomar posições importantes da resistência local, a gente da Companhia marchou livre para a cidade de Filipéia de Nossa Senhora das Neves. Os colonos cederam e negociaram a capitulação.Os próximos alvos da Companhia foram o Arraial do Bom Jesus, construído no princípio da invasão com o intuíto de impedir o avanço neerlandês em direção das zonas produtoras, e contra o Cabo de Santo Agostinho, onde estava localizado o principal porto das forças de resistência. Os defensores do Arraial resistiram por vários anos a inúmeras tentativas de assalto. Foi necessário que a Companhia bloqueasse várias rotas de abastecimento do Arraial para iniciar o cerco. No início de 1635, com a Paraíba já conquistada e as zonas de Goiana sob vigília, bem como as comunicações com o Cabo cortadas ao sul, Arciszewski comandou as tropas que conseguiram a rendição do Arraial após quase três meses de cerco.Derrotadas do Rio Grande ao Cabo, que caíra logo depois do Arraial, as forças de resistência remanescentes, lideradas por Matias de Albuquerque desde 1630, se retiraram para o sul de Pernambuco, que virou o novo foco da resistência aos neerlandeses. Do sul foram eram enviadas tropas para fazer guerrilha mais ao norte, atacando continuamente as áreas então sob administração da Companhia. A resistência conseguiu inclusive render uma tropa neerlandesa em Porto Calvo, numa das posições mais austrais da Companhia em Pernambuco. Em fins de 1635, um comandante veterano da Guerra dos Oitenta Anos, Don Luís de Rojas y Borja, substituiu Matias de Albuquerque.Rojas y Borja deu continuidade a contra-ofensiva sem delongas, tentando atrair os neerlandeses que estavam no sul de Pernambuco para uma batalha decisiva. Ele toparia com forças comandadas por Arciszewski em janeiro de 1636. Depois de um intenso confronto, as forças de Rojas y Borja foram vencidas em Mata Redonda. Rojas y Borja fora morto durante a refrega, sendo o comando geral das tropas luso-espanholas no Brasil passado para o napolitano Giovanni Vicenzo de San Felice, o conde de Bagnuoli. O conde de Bagnuoli era um veretano das guerras locais. Chegou ao Brasil com a armada de Antonio de Oquendo y Zandategui, em 1631. Bagnuoli manteve Porto Calvo como a principal posição defensiva das forças da resistência, concentrando lá homens e mantimentos.Sem conseguir dominar o sul de Pernambuco, os neerlandeses logo passaram a sofrer sucessivos ataques. Muitos recursos e gente da Companhia foi gasta nos enfrentamentos que ocorreram em áreas do Cabo de Santo Agostinho, da Muribeca, das várzeas dos rios Capibaribe e Beberibe, de São Lourenço, de Goiana, de Itamaracá e até da Paraíba. Era ampla a zona sem proteção alcançada pela guerrilha. Despontam em textos neerlandeses, portugueses e espanhóis nomes de combatentes das forças de resistência, como Francisco Rabelo, Henrique Dias e Antônio Filipe Camarão.  Escaramuças ocorreram meses a fio, drenando as forças da Companhia e levando destruição para o interior do Brasil.Para a administração da Companhia e para seus comandantes em terra, enquanto as forças luso-espanholas estivessem operando no sul de Pernambuco e enviando guerrilheiros para as zonas setentrionais, não havia como estabilizar e proteger a colônia. A Companhia, nos Países Baixos, mobilizou um novo reforço em tropas e apontou um governador-geral para o Brasil. Tratava-se do veterano da Guerra dos Oitenta Anos, com amplas conexões na corte da República das Províncias Unidas, Johan Maurits van Nassau-Siegen. A gente comandada por Nassau chegou ao Brasil no começo de 1637 e, logo após o embarque, o novo governador, com amparo de experientes comandantes da guerra local, Schoppe e Arciszewski, marchou para Porto Calvo. Nassau almejava entrar em batalha decisiva contra Bagnuoli e resolver a problemática situação da combalida colônia .Bagnuoli deixou Porto Calvo após os primeiros confrontos e evitou o cerco que se fechara posteriormente. Deixara, contudo, parte de suas tropas sob o comando do tenente-general da artilharia Miguel Gilberton, espanhol veterano da Guerra dos Oitenta Anos. Com sua tropa, Gilberton segurou o assédio por vários dias, mas acabou aceitando parlamentar com as forças da Companhia e assinando termos de rendição. As forças de Nassau ainda partiram em perseguição de Bagnuoli, que se retirara para Penedo e de lá atravessara com seu exército remanescente o Rio São Francisco. Seguiu para a Salvador. Ampliou-se assim até o Rio São Francisco a zona de influência da Companhia.Logo após o final da campanha em Porto Calvo, Arciszewski deixou o Brasil pela segunda vez. As motivações para sair do Brasil não são bem conhecidas. Parece que o polonês esperava ser nomeado ao cargo de governador-geral da colônia em 1636. Era uma expectativa gerada por ter sido cotado para o cargo pela Companhia, nos Países Baixos (Mello, 2006: 50). Em uma carta de sua autoria consta que Arciszewski  recebeu proposta de Wadysaw IV Waza, Rei da Polônia, para assumir posições elevadas na marinha ou no exército do Reino da Polônia. Em outro texto de Arciszewski, ele diria que fora citado por Wadysaw IV Waza e, portanto, não tendo mais obrigações no Brasil, despediu-se de Nassau e das tropas e deixara a colônia (.Ao chegar nos Países Baixos, Arciszewski foi recebido com honrarias. Mas ele não retornou para a Polônia e declinou o convite de Wadysaw IV Waza. Permanecera em Amsterdã até 1639, quando recebera novo convite para atuar no Brasil. O polonês fora nomeado general de artilharia, estando acima de todos os outros coronéis, estando abaixo apenas de Nassau na hierarquia militar da colônia.Ele chegou ao Brasil com um contigente de reforço em tropas. Mas foi uma chegada em um momento delicado para Nassau, que tinha acabado de ser derrotado de Salvador, sem conseguir tomar a cidade após cercá-la. Foram gastos recursos humanos e materiais que acabaram por desgastar a relação do governador com a direção da Companhia. A situação entre as partes estava tão estremecida que a Companhia cogitava encontrar alguém para substituir Nassau no governo do Brasil. Para tornar ainda mais problemática a chegada de Arciszewski ao Brasil, ele também já teria sido cotado como governador da colônia e ao não receber o cargo teria retornado para a Europa.O regresso de Arciszewski para o Brasil e seu comportamento acabaram por causar uma crise político-militar na colônia. Arciszewski fora despachado ao Brasil com competências amplas sobre um regimento de tropas de infantaria que há muito eram esperadas no Brasil e com uma missão velada de relatar aos diretores da Companhia todos os problemas da administração de Nassau, que percebeu a presença do polonês como uma afronta a seus.Um conflito entre eles eclodiu quando Nassau desmembrou o regimento sob o comando de Arciszewski e redistribuiu as tropas. Nassau justificou a ação por conta do estado combalido de suas guarnições após a campanha de Salvador, bem como enfatizou sua prerrogativa de capitão-general das tropas da Companhia no Brasil. Irritado, Arciszewski reagiu e elaborou um texto com diversas críticas ao episódio e a administração do Brasil. Ele pretendia enviar esse escrito aos diretores da Companhia nos Países Baixos, mas antes de remeter, apresentou o rascunho a Nassau e aos membros do Alto e Secreto Conselho. As críticas de Arciszewski causaram grande consternação aos presentes na tensa reunião. Após discussões e tentativas de apaziguamento entre as partes, o polonês acabou perdendo seu cargo. Seria preso em seus aposentos e despachado para os Países Baixos, finalizando de maneira disruptiva sua carreira no Brasil.Com o retorno aos Países Baixos, Arciszewski começou uma jornada em defesa de sua honra, embora com resultados aquém do que ele esperava. Deixaria os Países Baixos apenas em 1646. Voltou para a Polônia para exercer o cargo de general da artilharia das tropas de Wadysaw IV Waza. Arciszewski participou de campanhas militares até o ano de 1649. Saíria do exército em 1650. Sabe-se que ele passou pela Suécia e depois residiu em Gdask até falecer, em 1656.
  • LA BIÈVRE ET SAINT SÉVERIN DE J. K. HUYSMANS. ILUSTRADO COM ÁGUAS-FORTES ORIGINAIS DE AUGUSTE BROUET. IMPRESSO EM PARIS POR AUX ÉDITIONS DE LESTAMPE DE 1924. 185 PÁGINAS 22CM X 17CM. COM CAIXA. LIVRO RARO. TIRAGEM LIMITADA A 190 EXEMPLARES, SENDO QUE 20 EXEMPLARES EM PAPEL MAGADASCAR COM UMA SEQUÊNCIA FORA DO TEXTO DE ÁGUAS-FORTES. ESTE É O EXEMPLAR Nº 12. IPRESSÃO DE G. CHAMPENOIS PELA TIPOGRAFIA VERNAUT ET DOLLÉ PARA ÁGUAS-FORTES. ENCADERNAÇÃO EM MARROQUIM MARROM (2 TONS), COM ORNAMENTOS E CORTES DOURADOS, CONTRACAPA EM CHAMALOTE BEGE, ASSINADO POR ESTHER FOUNES.Nota: A primeira história é La Bièvre que representa hoje o símbolo mais perfeito da miséria feminina explorada por uma grande cidade. Nascida na lagoa de Saint-Quentin, perto de Trappes, ela corre, esbelta, pelo vale que leva seu nome e, mitologicamente, nós a imaginamos, encarnada como uma menina mal pubescente, como uma pequenina náiade, ainda brincando de bonecas, sob os salgueiros. Como muitas meninas do campo, La Bièvre foi, ao chegar a Paris, caiu na armadilha industrial dos agenciadores; despojada de suas roupas de grama e de seus enfeites de árvore, ela teve que começar imediatamente a trabalhar e se exaurir com as tarefas horríveis que lhe eram exigidas. A segunda história é de Saint-Séverin. Na Idade Média, a paróquia de Saint-Séverin formava uma espécie de triângulo, com linhas trêmulas, distorcidas na parte inferior, com a ponta escondida por uma encruzilhada. Este triângulo, cuja base repousava sobre o bebedouro de Mâcon e a rue de la Harpe e cujos dois lados se curvavam, de um lado, nas ruas de la Huchette e de la Bûcherie, e do outro nas ruasem Fain e des Noyers, de repente confinava com a Place Maubert, que se estreitava e curvava como um crescente. O bairro de Saint-Séverin era, desde suas origens, o que é hoje, um bairro pobre e de má reputação; também estava cheia de cabanas e casebres; sua aparência era sinistra e hilária; havia, além de pousadas de aparência agradável e acolhedoras torrefadoras e, para estudantes, covis para bandidos, assassinos agachados na lama de buracos de insetos; Havia também, aqui e ali, alguns hotéis antigos pertencentes a famílias nobres e que tiveram que se distanciar, com arrogância, dessas tabernas festivas, que certamente pareciam por sua vezno alto de seus frontões alegres, o sinédrio de barracos desgastados, das galeras ignóbeis onde ladrões e maltrapilhos jaziam. O escritor Joris-Karl Huysmans nasceu em Paris, 5 de fevereiro de 1848. Foi um escritor francês, cujos principais romances sintetizam fases sucessivas da vida estética, espiritual e intelectual da França do final do século XIX. Notável pela escrita considerada excepcional por sua idiossincrasia no uso da língua francesa, com amplo vocabulário, descrições, sátiras e grande erudição. Os primeiros trabalhos de Huysmans foram influenciados por romancistas naturalistas contemporâneos, como seu grande amigo Émile Zola. No entanto, logo tornou-se o principal representante do Decadentismo com a publicação de Às Avessas em 1884.
  • A NEW MAP OF SOUTH AMERICA, SHEWING ITS GENERAL DIVISIONS, CHIEF CITIES & TOWNS; RIVERS, MOUNTAINS &C. DEDICATED TO HIS HIGHNESS WILLIAM DUKE OF GLOUCESTER.  UM NOVO MAPA DA AMÉRICA DO SUL, MOSTRANDO SUAS DIVISÕES GERAIS, PRINCIPAIS CIDADES E VILAS; RIOS, MONTANHAS &C. DEDICADO A SUA ALTEZA WILLIAM DUQUE DE GLOUCESTER. UM RARO E MAGNIFICO MAPA PRODUZIDO PELO CARTÓRICO EDWARD WELLS E  DEDICADO A WILLIAM DUQUE DE GLOUCHESTER( 1689-1700). QUANDO ESTE TINHA OITO ANOS E ERA AINDA UM ESTUDANTE EM OXFORD. FOI PUBLICADO EXATAMENTE NO ANO DA MORTE DO DUQUE DE GLOUCHESTER FALECIDO PREMATURAMENTE AOS 11 ANOS CAUSANDO UMA GRAVE CRISE DINÁSTICA NA INGLATERRA POIS ERA O ÚNICO FILHO DA RAINHA ANNE.    MAPA GRAVADO EM METAL AQUARELADO MANULAMENTE. TEM PARTICULARIDADES MUITO CURIOSAS. APRESENTA O PARAGUAY COM UMA DIMENSÃO BEM MAIOR DO QUE O BRASIL QUE APARECE REDUZIDO INCLUINDO NO TERRITORIO DO PARAGUAI TODO O ESTADO DE SÃO PAULO E O SUL DO BRASIL ALÉM DO URUGUAI. A ARGENTINA CUJO TERRITORIO TAMBÉM É EM GRANDE PARTE ACRESCIDO AO PARAGUAI (INCLUSIVE BUENOS AYRES) É LIMITADA A UMA ESTREITA FAIXA DE TERRA LITORINEA AO SUL DENOMINADA MAGELANICK LAND (TERRA DE MAGALHÃES) O SULA AMAZONIA É APRESENTADA COMO UM PAÍS (THE COUNTRY OF THE AMAZONES). A AMERICA CENTRAL É REFERIDA COMO NOVA ANDALUZIA. NA GUIANA ESTÁ  DEMARCADO O MÍTICO MAR INTERIOR O LAGO PARIMA. SOBRE O PERU ESTA ESCRITA UMA OBSERVAÇÃO DO CARTÓGRAFO: É O PAÍS MAIS CONSIDERÁVEL DA AMÉRICA DO SUL, FORNECENDO GRANDES QUANTIDADES DE OURO E PRATA, E DESCREVE OS HABITANTES DO LESTE DO BRASIL COMO NAÇÕES BÁRBARAS QUE AINDA MANTÊM SUA LIBERDADE. OS MAPAS DE WELLS FORAM DEDICADOS AO PRÍNCIPE WILLIAM, DUQUE DE GLOUCESTER, FILHO DA RAINHA ANNE E HERDEIRO DO TRONO ATÉ SUA MORTE PREMATURA COM APENAS 11 ANOS (SHIRLEY). COM LINDO CARTUCHO ORNAMENTADO E HERÁLDICA REAL DO BRASÃO DO DUQUE WILLIAN. INGLATERRA, INICIO DO SEC. XVIII.  53 X 38 CM  SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA E  70 X 56 CM COM A MOLDURA.NOTA: Edward Wells foi um clérigo da Igreja da Inglaterra e defensor da educação. Ele publicou prolificamente, incluindo vários atlas do mundo antigo e contemporâneo. Wells era filho de um vigário e entrou na Christ Church, Oxford, no final de 1686. Ele se formou BA em 1690, MA em 1693 e trabalhou como tutor em sua faculdade de 1691 a 1702. Então, ele começou a viver em Cotesbach, Leicestershire, de onde continuou a publicar suas muitas obras. Ele obteve os graus de BD e DD em 1704, depois que já estava em Cotesbach. De aproximadamente 1698 em diante, Wells escreveu muitos sermões, livros e atlas. Ele se concentrou em obras catequéticas e pastorais, bem como em livros educacionais. Por exemplo, alguns de seus primeiros trabalhos foram textos de matemática para jovens cavalheiros, que incluíam como usar globos e determinar latitude e longitude. Ele também traduziu textos clássicos e cristãos, às vezes adicionando anotações geográficas. Suas geografias descritivas não eram obras excessivamente originais, mas eram populares em seu tempo. Primeiro, ele produziu um Tratado de Geografia Antiga e Presente em 1701; ele teve mais quatro edições. Em seguida, foi uma Geografia Histórica do Novo Testamento (1708), acompanhada por uma Geografia Histórica do Antigo Testamento (1711-12).O Tratado de Geografia Antiga e Presente de Edward Wells, juntamente com um Conjunto de Mapas em Fólio, foi desenvolvido e dedicado a William, Duque de Gloucester, que na época era aluno de Oxford. Wells era professor de matemática e geografia na Christ Church, onde o jovem herdeiro do trono havia começado seus estudos em 1700, aos 11 anos. Wells projetou seus mapas para uso instrucional nos cursos de geografia que lecionava, e sua apresentação cartográfica clara e direta também se mostrou popular entre o público em geral. Infelizmente, o jovem Duque de Gloucester morreu logo após sua conclusão, mas os mapas se tornaram um sucesso comercial surpreendente, e o atlas recebeu várias reimpressões até a década de 1730. Esses mapas decorativos fornecem um instantâneo fascinante da compreensão britânica do mundo no início do século XVIII e eram valorizados por sua precisão geográfica e pela força de suas imagens gravadas. Edward Wells (1667-1727) foi um matemático, teólogo e geógrafo britânico, mais conhecido por seus ataques irascíveis e bombásticos a dissidentes, presbiterianos e seu colega eclesiástico e antigo aluno, Browne Willis. Além de seus deveres como clérigo, Wells também ensinou geologia, matemática e teologia na Christ Church, Oxford. Além de produzir uma edição crítica grega do Novo Testamento, ele publicou uma coleção de mapas do mundo antigo, dedicada a um de seus alunos, o jovem duque de Gloucester. SUTTON NICHOLLS (1668-1729) foi um gravador, vendedor de gravuras, desenhista e fabricante de globos britânico. Embora mais conhecido por suas vistas panorâmicas das cidades de Londres e Westminster, Nicholls também produziu perspectivas de assentos de cavalheiros, como este exemplo. A maioria de seu trabalho foi encomendada por editores.Nota: WLIIAM O DUQUE DE GLOUCESTER (Londres, 24 de julho de 1689  Windsor, 30 de julho de 1700) foi o filho de Ana da Grã-Bretanha (então ainda princesa) e Jorge da Dinamarca e Noruega. Ele foi o único filho do casal a sobreviver à infância. Recebeu o título de Duque de Gloucester e foi visto por seus contemporâneos como um campeão do protestantismo já que seu nascimento parecia cimentar a sucessão protestante estabelecida através da "Revolução Gloriosa", que havia deposto no ano anterior seu avô católico, o rei Jaime II da Inglaterra & VII da Escócia. Ana era distante de seu cunhado e primo, o rei WILLIAM  III da Inglaterra e Orange & II da Escócia, e sua irmã, a rainha Maria II da Inglaterra, porém apoiou uma ligação entre o filho e os dois monarcas. Ele cresceu próximo do tio, que lhe fez um Cavaleiro da Jarreteira, e da tia, que frequentemente lhe mandava presentes. Willian operava seu próprio exército em miniatura em seu berçário em Kensington, que chegou a ser formado por noventa meninos. Ele também ficou amigo de seu criado Jenkin Lewis, cujas memórias do duque são uma importante fonte histórica. A saúde ruim de William sempre preocupou Ana. Sua morte em 1700, com apenas onze anos de idade, precipitou uma crise sucessória já que sua mãe era a única herdeira protestante na linha de sucessão estabelecida pela Declaração de Direitos de 1689. O parlamento não queria que o trono voltasse para um católico e dessa forma aprovou o Decreto de Estabelecimento de 1701, que colocava o trono da Inglaterra na eleitora Sofia de Hanôver, uma prima germânica de Jaime, e seus herdeiros protestantes. A MORTE DO HERDEIRO  William se mudou para os antigos aposentos de Mary no Palácio de Kensington pouco antes de seu aniversário de onze anos. Na sua festa de aniversário em Windsor, no dia 24 de julho de 1700, foi dito que ele se superaqueceu enquanto dançava. Ao cair da noite ele estava sofrendo de dores na garganta e calafrios. Os médicos não concordavam com o diagnóstico e ele desenvolveu uma febre alta. Radcliffe achou que o príncipe tinha escarlatina, enquanto outros acreditavam que era varíola. William foi sangrado, apesar das objeções de Radcliffe. Ele disse aos seus colegas, "vocês o destruíram e podem até ter acabado com ele".O médico prescreveu empolamento, que não teve efeito. William  morreu no dia 30 de julho de 1700 ao lado dos pais. Uma autópsia mostrou que ele tinha uma quantidade anormal de fluidos nos ventrículos do cérebro. O rei estava nos Países Baixos e escreveu a Marlborough, "É uma perda tão grande para mim quanto para a Inglaterra, que atravessa meu coração". Ana estava tomada pela dor e foi para seus aposentos.  Às tardes, ela era levada aos jardins "para distrair seus pensamentos melancólicos". O corpo de Guilherme foi levado de Windsor a Westminster na noite de 1 de agosto, sendo velado no Palácio de Westminster antes de ser enterrado na Cripta Real da Capela de Henrique VII, Abadia de Westminster, em 9 de agosto. Como era costume para realeza em luto, Ana e Jorge não participaram do funeral, permanecendo em reclusão em Windsor. A morte de Guilherme desestabilizou a sucessão, já que Ana era agora a única protestante restante na linha de sucessão do trono estabelecida pela Declaração de Direitos de 1689.49 Apesar dela ter tido outras dez gravidezes depois de Guilherme, todas as crianças morreram ainda dentro de seu útero ou imediatamente após o nascimento.57 O parlamento inglês não queria que o trono voltasse para um católico, então foi aprovado o Decreto de Estabelecimento de 1701 que colocava o trono da Inglaterra na eleitora Sofia de Hanôver, prima germânica de Jaime II & VII, e seus herdeiros protestantes.58 Ana sucedeu Guilherme III & II em 1702 e reinou até sua morte em 1 de agosto de 1714. Sofia havia morrido algumas semanas antes, então seu filho Jorge Luís ascendeu ao trono como Jorge I da Grã-Bretanha, o primeiro monarca britânico da Casa de Hanôver
  • MARTHE DE J. K. HUYMANS. COM ILUSTRAÇÃO DE VINTE E NOVE GRAVURAS ORIGINAIS DE AUGUSTE BROUET. IMPRESSO EM PARIS PELA DEVEMBEZ EM 1931. 125 PÁGINAS, 33CM X 25CM. UM LIVRO RARO, ESTE É UM DOS 25 EXEMPLARES EM PAPEL JAPÓN IMPERIAL CONTENDO O 2º ESTADO COM ANOTAÇÕES NO FRONTISPÍCIO, DAS 8 LAMINAS A 12 BANDAS E O ESTADO DEFINITIVO DE TODAS AS ILUSTRAÇÕES. FOI JUNTADA TAMBÉM 3 LÂMINAS RECUSADA SOBRE SEUS ESTADOS E UM DESENHO ORIGINAL DO ARTISTA. ESTE É O EXEMPLAR Nº 29. IMPRETA RETIRADA DO COLOFÃO. ENCADERNAÇÃO EM MARROQUIM VERDE, CONTRACAPA EM PELICA VERDE COM CHAMALOTE PÉROLA ASSINADO POR JEAN LAMBERT. LITERATURA FRANCESA.Nota: Marthe, histoire d'une fille, foi o primeiro romance do escritor francês Joris-Karl Huysmans , publicado em 1876. O livro é autobiográfico em inspiração e conta a história do caso de amor entre um jovem jornalista chamado Léo e a heroína do título, uma aspirante a atriz que trabalha em uma fábrica de pérolas artificiais, bem como em um bordel licenciado. O caso de amor termina e Marthe vai viver com o ator-empresário alcoólatra Ginginet. Após sua morte, ela é reduzida a viver nas ruas. Huysmans estava preocupado com a resposta ao assunto controverso do livro, já que o autor Jean Richepin havia sido recentemente preso por um mês e multado por escrever um livro sobre o tema da prostituição. Apesar disso, Marthe não é pornográfica. Huysmans pretendia que seu realismo sórdido fosse um ataque à visão superidealizada da vida boêmia em Paris que ele encontrou em escritores românticos como Henri Murger , cujas famosas Scènes de la vie bohème apareceram em 1848. O estilo de Huysmans em Marthe deve muito ao seu herói literário da época, Edmond de Goncourt . Para evitar o processo, Huysmans viajou para Bruxelas para que Marthe fosse emitido pelo editor belga Jean Gay, que tinha considerável experiência em contrabando de livros através da fronteira francesa. O romance apareceu para venda na Bélgica em 1º de outubro de 1876. Huysmans decidiu não contrabandeá-lo para a França, mas quando tentou levar 400 cópias pela alfândega francesa, todas, exceto algumas, foram apreendidas. Huysmans decidiu enviar algumas das poucas cópias restantes para figuras importantes da cena literária em Paris. Edmond de Goncourt ofereceu elogios qualificados, mas Émile Zola foi o mais entusiasmado. Joris-Karl Huysmans nasceu em Paris, 5 de fevereiro de 1848. Foi um escritor francês, cujos principais romances sintetizam fases sucessivas da vida estética, espiritual e intelectual da França do final do século XIX. Notável pela escrita considerada excepcional por sua idiossincrasia no uso da língua francesa, com amplo vocabulário, descrições, sátiras e grande erudição. Os primeiros trabalhos de Huysmans foram influenciados por romancistas naturalistas contemporâneos, como seu grande amigo Émile Zola. No entanto, logo tornou-se o principal representante do Decadentismo com a publicação de Às Avessas em 1884.
  • GUIANA SIUE AMAZONUM REGIO   MAPA LITHOGRAFICO GRAVADO EM METAL E  FINALIZADO EM AQUARELA (GRAVURA EM COBRE, CONTORNO E LAVAGEM COLORIDOS À MÃO QUANDO PUBLICADA).  INTEGROU A EDIÇÃO FRANCESA DO ATLAS MERCATOR-HONDIUS IMPRESSA EM 1633. ESTE BELO MAPA APRESENTA DESDE A ISLA MARGARITA DELTA DO ORINOCO PARA O LESTE ATÉ TAMPICO E PARA O SUL ATÉ A FOZ DO RIO AMAZONAS NO BRASIL CORRESPONDENTE AOS ESTADOS DO AMAPÁ, PARÁ E MARANHÃO. AS INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS DO MAPA SÃO ORIGINÁRIAS DO CARTÓGRAFO HOLANDÊS HESSEL GERRITZ. GERRITZ CRIOU O MAPA COM BASE EM SUA VIAGEM DE 1628/29 AO BRASIL E AO CARIBE, CONTRIBUINDO COM O BESCHRIJVINGHE VAN WEST-INDIÉN DE JOANNES DE LAET , PUBLICADO PELA PRIMEIRA VEZ EM 1630 COM ALGUMAS VARIANTES PUBLICADAS ATÉ A DÉCADA DE 1660. É UM BELO MAPA DECORADO COM ROSA DOS VENTOS, TRES CARAVELAS, MONSTRO MARINHOM, O TÍTULO EMOLDURADO EM EXUBERANTE CARTELA. COMO CURIOSIDADE APRESENTA O LAGO PARIMA (PARIME LACUS) O MAR INTERIOR,  LAGO MÍTICO PROCURADO POR SÉCULOS PELOS COLONIZADORES PORQUE SEGUNDO A LENDA AS SUAS MARGENS ESTARIA A CIDADE DE EL DORADO, TAMBÉM CONHECIDA COMO MANOA COM RUAS E TEMPLOS EM OURO (QUE NUNCA FOI ENCOTRADA MAS TAMBÉM ESTÁ REPRESENTADA NO MAPA AS MARGENS DO LAGO).  DIMENSÃO SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA: 37,5 x 48,5cm COM A MOLDURA TEM 72 X 60 CM.NOTA: Esta região tornou-se ponto de interesse de várias nações européias primeiro pelas lendas de El DORADO e depois pela riqueza da cana de açúcar e sua localização estratégica. Um dos grandes feitos militares de DOM JOAO VI já no Brasil foi a tomada da GUIANA aos franceses em 1809. Como sabemos, o príncipe regente Dom João VI saiu de Portugal com a Família Real em direção ao Brasil no dia 29 de novembro de 1807, tendo chegado aqui em 8 de março de 1808. A vinda para o Brasil foi motivada pela expansão territorial do Império Napoleônico, que, em 1807, havia chegado até a Península Ibérica. A frota de navios que trouxe a comitiva de Dom João VI obteve a escolta da marinha britânica, à época aliada de Portugal. Essa aliança político-militar luso-britânica prevaleceu por muito tempo, sobretudo durante o período em que Dom João permaneceu no Brasil. Um dos episódios mais importantes dessa aliança foi a Tomada de Caiena, capital da Guiana Francesa, em 1809.O território onde hoje se encontra a Guiana Francesa já pertenceu a espanhóis e a holandeses antes que se tornasse uma colônia da França, o que só aconteceu em 1667 por meio do Tratado de Breda. Mais ou menos nesse mesmo período, a Coroa Portuguesa começou a estabelecer suas primeiras definições de fronteira na região norte do Brasil Colônia. Com o Tratado de Utrecht, assinado em 1713, Portugal e França delinearam os limites entre suas colônias no extremo norte da América do Sul. Sendo assim, ficaram definidos os limites entre Pará (que incluía também o atual Amapá), Maranhão, de posse portuguesa, e a Guiana, sob o jugo da França.Quando estourou a Revolução Francesa, em 1789, apesar de muitas colônias da França terem entrado em convulsão política e social, não houve praticamente nenhuma repercussão na Guiana. Os problemas só começaram com a chegada e ascensão de Napoleão ao poder (1799), tornado imperador em 1804; fato que, como vimos acima, forçou a vinda da Família Real para o Brasil em 1808. Como Portugal, na pessoa de D. João, a essa altura já era um dos principais inimigos do Império Napoleônico, as animosidades continuaram. Uma das primeiras atitudes do príncipe regente foi atentar para o problema da Guiana Francesa, que poderia se tornar um local estratégico para o Império Napoleônico na América do Sul. Dom João VI, então, valeu-se da aliança com os ingleses para impor um controle militar sobre a colônia francesa.A ação de ocupação da Guiana começou com uma atividade de espionagem, executada em agosto de 1808 por oficiais portugueses (tenente Valério José Gonçalves e aspirante Florentino José da Costa) do forte de Macapá. Ambos, disfarçados de pescadores, infiltraram-se em Caiena para monitorar as atividades de proteção da ilha. Essa missão foi decisiva para colher informações importantes para a estratégia luso-britânica. A Inglaterra, de sua parte, forneceu aos portugueses o navio de guerra HMS Confiance, com tripulação comandada pelo experiente capitão James Lucas Yeo. Toda a operação esteve aos cuidados do governador da Capitania do Grão-Pará, José Narciso Magalhães Mendes, que depositou o comando nas mãos do Tenente-coronel Manuel Marques.A expedição militar partiu da ilha de Marajó com três navios, o Confiance, britânico, o Voador e o Infante Dom Pedro. A ocupação ocorreu de forma menos traumática, para ambas as partes, do que seriam outras iniciativas militares empreendidas durante o período joanino, como diz o historiador Oliveira Lima, em seu livro Dom João VI no Brasil, a tomada de Caiena, com a consequente ocupação da Guiana Francesa:... foi um feito mais de brilho, ou melhor mais de natureza a produzir efeito, do que de real importância pelos seus efeitos duradouros. A sir Sidney Smith é atribuída nas memórias que dele publicaram a iniciativa ou lembrança da expedição. Assim fosse ou não, os portugueses intentaram essa feliz ação por desforço contra a invasão de Portugal, e para acabar com a constante ameaça de um núcleo francês no continente que, propriamente reforçado, poderia facilmente tomar a ofensiva contra os relativamente esparsos e desguarnecidos estabelecimentos portugueses na América do Sul. 1Como visto, a operação luso-inglesa em Caiena teve como objetivo principal deixar claro ao Império Napoleônico que o Império Português, apesar de, à época, encontrar-se fragilizado em seus domínios na Europa, ainda era capaz de interpor-se como ameça aos projetos expansionistas de Napoleão por outras vias  colocando em xeque as colônias francesas.JODOCUS HONDIUS EDITOR DESTE MAPA EM PREGÃO nasceu em 1563 em Wakken (Flandres Ocidental). Ele se tornou um fabricante de globos e gravador de mapas. Em 1593, ele montou seu negócio em Amsterdã depois de passar vários anos em Londres. Ele foi um dos gravadores mais importantes de seu tempo e gravou mapas para van den Keere, Waghenaer e Speed. Hondius comprou as placas de Mercator em 1604, adicionou cerca de 40 mapas e publicou o Mercator-Atlas expandido pela primeira vez em 1606, ainda sob o nome de Mercator. Após sua morte em 1612 em Amsterdã, o negócio foi conduzido por seus filhos Jodocus II e Henricus.LACUS PARIME : Lago Parime ou Lago Parima é um lago lendário localizado na América do Sul. Dizia-se que era a localização da lendária cidade de Eldorado, também conhecida como Manoa, muito procurada pelos exploradores europeus. Repetidas tentativas de encontrar o lago não confirmaram sua existência, e foi descartado como mito junto com a cidade. A busca de Parime levou os exploradores a mapear os rios e outras características do sul da Venezuela, norte do Brasil e sudoeste da Guiana, antes que a existência do lago fosse definitivamente refutada no início do século XIX. Alguns exploradores propuseram que a inundação sazonal da cerrado do Rupununi pode ter sido erroneamente identificada como um lago. Investigações geológicas recentes sugerem que um lago pode ter existido no norte do Brasil, mas que secou algum tempo no século XVIII. Acredita-se que tanto "Manoa" (em arauaque) quanto "Parime" (em galibi) signifiquem "grande lago".
  • INICIAREMOS A SEGUIR O PREGÃO DE LIVROS RAROS QUE INTEGRARAM A BIBLIOTECA FORMADA PELO DR. ANTÃO DE SOUZA MORAES EMITENTE ADVOGADO, PROMOTOR PÚBLICO E CURADOR DOS ÓRFÃOS, MAGISTRADO, DESEMBARGADOR  DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO, ESCRITOR E APAIXONADO BIBLIÓFILO. ANTÃO DE SOUZA MORAES, NASCEU EM 25 DE JUNHO DE 1887, ERA FILHO DO CORONEL MANOEL DE MORAES BUENO, E DE  GERTRUDES MARIA DE SOUSA TOLEDO MORAES (1861-1935). DONA GERTRUDES ERA  FILHA DE ANTÃO DE PAULA SOUSA E GERTRUDES MARIA DE SOUSA. O CORONEL MANOEL DE MORAES BUENO, PAI DO DR. ANTÃO DE SOUZA MORAES, FOI FIGURA DE PROL CAMPINEIRA, FAZENDEIRO DE CAFÉ, CHEFE POLÍTICO, DIRETOR-PRESIDENTE DA COMPANHIA MOGYANA DE ESTRADAS DE FERRO, SEU NOME FOI PARA SEMPRE LIGADO AOS MOVIMENTOS POLÍTICOS, FILANTRÓPICOS E SOCIAIS DE SUA ÉPOCA. O DR. ANTÃO DE SOUZA MORAES FORMOU-SE BACHAREL EM DIREITO PELA FACULDADE DE DIREITO DO LARGO DE SÃO FRANCISCO EM SÃO PAULO EM 1908. PROMOTOR PÚBLICO E CURADOR DOS ORPHÃOS E AUSENTES EM CAMPINAS EM 1910. PROCURADOR DA JUNTA COMERCIAL DE SÃO PAULO EM 1926. NOMEADO DESEMBARGADOR PARA CORTE DE APELAÇÃO, EM 1935. APOSENTOU-SE EM 1940. FALECEU EM 12.07.1974. FOI CASADO COM DONA ELISA DE LOBO MORAES COM QUEM TEVE CINCO FILHOS. DONA ELISA ERA FILHA DE ANTÔNIO ÁLVARES LOBO ( ITU,  1860  CAMPINAS,  1934) . DR. ANTONIO ESTUDOU NA FACULDADE DE DIREITO DO LARGO SÃO FRANCISCO DE 1880 A 1884, ESTABELECENDO ESCRITÓRIO PROFISSIONAL EM CAMPINAS. PARTICIPOU TANTO DA CAUSA REPUBLICANA, QUANTO DA CAUSA ABOLICIONISTA. ESTA ÚLTIMA CAUSA RENDEU-LHE PROBLEMAS: DENTRE ELAS AMEAÇAS DE EXPULSÃO À FORÇA, IMPEDIDAS NA PRÁTICA QUANDO A QUESTÃO FOI LEVANTADA E DISCUTIDA NA ENTÃO ASSEMBLEIA PROVINCIAL DE SÃO PAULO (HOJE ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SÃO PAULO). EXERCEU NUMEROSAS FUNÇÕES DE INTENDÊNCIA; DENTRE ELAS, A DE HIGIENE, QUANDO CAMPINAS SOFREU NOVA EPIDEMIAS DE FEBRE AMARELA EM 1894.. GOVERNOU  CAMPINAS EM QUATRO OCASIÕES EM MEIO A CRISES SEVERAS NOTADAMENTE NA EPIDEMIA DE FEBRE AMARELA E FOI  DEPUTADO ESTADUAL POR 8 MANDATOS CONSECUTIVOS. POR SUA VEZ ANTONIO ALVARES LOBO ERA FILHO DO MAESTRO ELIAS ÁLVARES LOBO (9 DE AGOSTO DE 1834 - 1901) , QUE FOI PROTEGIDO DO REGENTE FEIJÓ QUE ENCAMINHOU SEUS ESTUDOS EM MÚSICA, COMPOSITOR E PROFESSOR. NASCIDO EM ITU, O MAESTRO ESCREVEU A MISSA A SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA EM HOMENAGEM A D. PEDRO II, TENDO SIDO ELA EXECUTADA NA CAPELA IMPERIAL (1858).  PROJETOU-SE NA MÚSICA BRASILEIRA AO COMPOR A ÓPERA A NOITE DE SÃO JOÃO, TORNANDO-SE  O PRIMEIRO ARTISTA BRASILEIRO A ESCREVER UMA ÓPERA DE CARÁTER NACIONAL. É PATRONO DA CADEIRA NUMERO 14 DA ACADEMIA BRASILEIRA DE MÚSICA. PARTICIPOU DA CONVENÇÃO REPUBLICANA DE ITU EM 1873. DR ANTÃO DE SOUZA MORAES ESCREVEU E PUBLICOU AS OBRAS PROBLEMAS E NEGÓCIOS JURÍDICOS (TRES VOLUMES), DISPERSOS RECOLHIDOS (1 VOLUME), THOMAZ ALVES (CASA GENOUD CAMPINAS.  AOS QUE O CONHECERAM DEIXOU A MEMÓRIA DE UM HOMEM REQUINTADO,  AFÁVEL,  ELEGANTE E COM VIVA INTELECTUALIDADE. CONTA-SE QUE O PRESIDENTE GETÚLIO VARGAS O CONVIDOU CERTA VEZ PARA ASSUMIR O MINISTÉRIO DA JUSTIÇA DO BRASIL, CONVITE QUE CORDIALMENTE NEGOU ALEGANDO NÃO POSSUIR ESTA VAIDADE (SUSPEITO QUE PARA UM PAULISTA DE TÃO ILUSTRE ESTIRPE NÃO CONVINHA ACEITAR O CONVITE PARA INTEGRAR O GOVERNO DO DITADOR QUE NO RECENTE EPISODIO DA REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA TENHA BOMBARDEADO COM SEUS CANHÕES E AVIÕES A CIDADE DE CAMPINAS TERRA NATAL DO DR. ANTÃO DE SOUZA MORAES). TALVEZ A MAIOR REALIZAÇÃO DE SUA VIDA TENHA SIDO A FORMAÇÃO DE SUA VASTA E IMPORTANTE BIBLIOTECA,  QUE REUNIU OBRAS PRECIOSAS E RARAS TODAS MUITO BEM CONSERVADAS, CATALOGADAS E MANTIDAS SOB CUIDADO DE PROFISSIONAIS QUE GARANTIAM SUA PRESERVAÇÃO. ASSIM APRESENTAMOS A SEGUIR 70 TITULOS, PUBLICAÇÕES RARAS E ESPECIAIS DA COLEÇÃO DO  DR. ANTÃO DE SOUZA MORAES. SÃO OBRAS UNIVERSAIS NOTÁVEIS NÃO SÓ PELA RARIDADE MAS QUE SE DESTACAM TAMBÉM PELA BELEZA E O APURO DE SUAS ENCADERNAÇÕES.

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