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  • SPONTINI, GASPARE (1774-1851) COMPOSITOR DE OPERA E MAESTRO. SOLICITA AO PRESIDENTE DO INSTITUTO A CÓPIA DE UMA CARTA APRESENTADA PELO ARTISTA. PRIMEIRA METADE. SEC. XIX. 21 CM DE ALTURANOTA: Gaspare Luigi Pacifico Spontini (14 de novembro de 1774  24 de janeiro de 1851) foi um compositor de ópera e maestro italiano. Nascido em Maiolati na província de Ancona, agora Maiolati Spontini, passou a maior parte da sua carreira em Paris e Berlim, mas retornou ao local de nascimento no final da vida. Durante as primeiras duas décadas do século XIX, Spontini foi figura importante na ópera francesa. Na juventude, estudou no Conservatorio della Pietà de' Turchini em Nápoles. Em 1807, escreveu La vestale, o seu trabalho mais conhecido. Escrito por incentivo da Imperatriz Joséphine, teve a sua estreia na Ópera de Paris. Admirado pelos seus contemporâneos Luigi Cherubini e Giacomo Meyerbeer e, mais tarde, por Hector Berlioz e Richard Wagner.
  • DELIBES LEON (1836-1891) CARTA DE LEON DELIBES A UM AMIGO DESCULPANDO-SE POR UM  MAL ENTENDIDO. FRANÇA MEADOS DO SEC. XIX. NOTA: Léo Delibes (La Flèche, 21 de fevereiro de 1836  Paris, 16 de janeiro de 1891) foi um compositor francês do século XIX que compôs várias obras musicais, entre elas, a ópera Lakmé, cuja ária mais conhecida é o Dueto das Flores. Clément Philibert Léo Delibes nasceu em Saint-Germain-du-Val, agora parte da França. Seu pai era carteiro, sua mãe uma talentosa música amadora e seu avô um cantor de ópera. Foi criado principalmente por sua mãe e seu tio após a morte precoce de seu pai. Em 1871, com 35 anos de idade, o compositor casou-se com Léontine Estelle Denain. Delibes morreu 20 anos depois, em 1891, e foi enterrado no Cemitério de Montmartre, Paris.
  • GABRIEL FAURÉ (1845-1924)  CARTA DE FAURÉ UM DOS MAIORES COMPOSITORES FRANCESS DO SEC. XIX EM QUE APRESENTA SUA PRÓPRIA BIOGRAFIA ARTÍSTICA. FRANÇA, FINAL DO SEC. XIX. NOTA: Gabriel Urbain Fauré (Pamiers, Ariège, 12 de maio de 1845  Paris, 4 de novembro de 1924)nota 1 foi um compositor, organista, pianista e professor francês. Foi um dos mais proeminentes compositores franceses da sua geração, e o seu estilo musical influenciou muitos compositores do século XX. De entre os seus trabalhos, destaque-se Pavane, Requiem, nocturnos para piano e as canções Après un rêve. Embora as suas composições mais conhecidas, e acessíveis, sejam as suas primeiras, Fauré compôs as suas obras mais reconhecidas nos seus últimos anos, num estilo mais complexo de harmonia e melodia.Fauré nasceu no seio de uma família com cultura mas com poucas ligações à música. O seu talento começou a revelar-se quando ainda era pequeno. Com nove anos de idade, foi enviado para uma escola de música em Paris, onde aprendeu recebeu formação para organista de igreja e mestre-de-coro. Um dos seus professores era Camille Saint-Saëns, que se tornaria seu amigo de longa data. Depois de terminar os seus estudos, em 1865, Fauré trabalhou como organista e professor, pouco tempo tendo para a composição musical. Quando começou a ser bem-sucedido, já com alguma idade, no posto de organista da Igreja de la Madeleine e diretor do Conservatório de Paris, quando sem tempo para compor; nas férias de Verão, retirava-se para o campo para se concentrar nas suas composições. Nos seus últimos anos de vida, Fauré foi reconhecido em França como o principal compositor da sua época. Em 1922, recebeu um tributo nacional sem precedentes, em Paris, pelo presidente da República Francesa. Fora de França, a música de Fauré levou décadas a ser aceita, exceto na Grã-Bretanha, onde teve muitos admiradores durante a sua vida.A música de Fauré tem sido descrita como uma ligação entre o romantismo e o modernismo, no quartel do século XX. Quando nasceu, Chopin ainda compunha e, quando morreu, começava-se a ouvir jazz e música atonal da Segunda Escola de Viena. O Grove Dictionary of Music and Musicians, que o descreve como o compositor mais avançado da sua geração em França, salienta que as suas inovações harmônicas e melódicas influenciaram o ensino de música a muitas gerações. Durante os últimos vinte anos da sua vida, sofreu com uma crescente surdez. Contrastando com o charme das suas primeiras músicas, os seus últimos trabalhos são às vezes escapistas e de caráter retraído ou introspectivo, e às vezes turbulentos e apaixonados. Filho de gente modesta, mostrou muito novo notáveis aptidões para a música, tanto que aos 8 anos, sem auxílio de mestre, fazia improvisações no harmônio da igreja de Montgauzy.Em 1855 Fauré entra para a afamada Escola Niedermeyer, de Paris, onde permanece como aluno interno até 1865, onde recebeu uma sólida educação musical e geral. Do corpo docente da Escola, fazia parte Saint-Saëns, ao qual ficou devendo, além dos seus conhecimentos pianísticos, uma cultura musical que não só abrangia os grande mestres contemporâneos, como lhe revelava a grandeza e perfeição de ofício de um Johann Sebastian Bach.Fauré, após a guerra de 1870 faz contínuas viagens para assistir uma série de apresentações de Saint-Saëns e, principalmente, Richard Wagner. Embora impressionado com a música e o gênio de Richard Wagner, Fauré nem por um momento se deixou influenciar por uma arte inteiramente estranha ao seus temperamentos próprios, permanecendo na história da música francesa da segunda metade do Século XIX como um dos raros compositores que souberam resistir aos sortilegiosos Wagnerianos.As peças para piano (improvisos, Noturnos, Barcarolas, etc), que dotavam a música francesa de obras que ela há muito desconhecia, iam se sucedendo, acompanhadas pelas melodias admiráveis, implantavam na França um gênero que ia verdadeiramente continuar a tradição de Franz Schubert e Robert Schumann.Em 1920, com a idade de 75, ele aposentou-se do Conservatório, principalmente devido à sua crescente surdez.
  • LOUIS MOREAU GOTTSCHALK (NOVA ORLEANS 1829  RIO DE JANEIRO 1869) ARTISTA NORTE AMERICANO RADICADO NO BRASIL QUE COMPOS ENTRE OUTRAS OBRAS A GRANDE FANTASIA TRIUNFAL SOBRE O HINO NACIONAL BRASILEIRO DEDICADA A PRINCESA ISABEL   CARTA DE LOUIS MOREAU GOTTSCHAK A ARTHUR NAPOLEÃO DOS SANTOS (1843-1925).NOTA:  -Louis Moreau Gottschalk (Nova Orleães, 8 de maio de 1829  Rio de Janeiro, 18 de dezembro de 1869) foi um pianista e compositor norte-americano. Compôs, entre outras, a Grande Fantasia Triunfal Sobre o Hino Nacional Brasileiro, que dedicou a Sua Alteza Imperial a Condessa d'Eu. Sua última composição foi Marcha Solene Brasileira para Orquestra e Banda Militar com Canhão.Filho de um negociante judeu de Londres e de uma haitiana creole, Gottschalk nasceu e foi criado em Nova Orleans onde foi exposto a uma grande variedade de influências musicais. Aprendeu a tocar piano muito cedo e logo foi reconhecido como um prodígio neste instrumento. Em 1840 deu seu primeiro concerto público no hotel St. Charles. Dois anos depois, deixou os Estados Unidos e foi para a Europa a fim de receber treinamento em música erudita, que ele sabia ser importante para as suas ambições artísticas. O Conservatório de Paris rejeitou sua matrícula inicialmente e Gottschalk só conseguiu aos poucos seu reconhecimento no meio musical francês através de amigos. Após seu retorno à América em 1853, Gottschalk viajou frequentemente. Uma longa viagem a Cuba em 1854 marcou o início de uma série de viagens à América Central e América do Sul. Por volta de 1860, Gottschalk havia se estabelecido como o mais importante pianista do Novo Mundo. Apesar de nascido em Nova Orleans, na Louisiana, um estado sulista, ele apoiava a causa da União durante a Guerra Civil Americana. Mesmo retornando à sua cidade com pouca frequência, ele sempre se apresentava como nativo de Nova Orleans. Em 1865 ele foi forçado a deixar os Estados Unidos como resultado de um caso escandaloso com uma estudante do seminário feminino de Oakland. Escolheu viajar novamente para o Brasil, onde continuou a dar muitos concertos. Estava em temporada no Rio de Janeiro, tocando no Teatro Lyrico Fluminense, quando sentiu-se mal, vítima de malária, em 24 de novembro de 1869. Um fato muito comentado à época é que ele acabara de tocar sua peça romântica Morte!! logo antes de seu colapso, mas de fato o colapso ocorreu quando ele iniciava a interpretação da peça Tremolo. Não chegou a se recuperar do colapso. Seu médico recomendou uma temporada num hotel no alto da Tijuca (atual Alto da Boa Vista). Ali ficou por cerca de três semanas, vindo a morrer logo após, em seu quarto no hotel, provavelmente em decorrência de doses excessivas de quinino. Foi sepultado com grande honra no Cemitério de São João Batista e posteriormente seus restos mortais foram trasladados para seu país de origem e ele se encontra atualmente enterrado no Cemitério Green-Wood no Brooklyn, Nova Iorque.ARTHUR NAPOLEÃO DOS SANTOS  (Porto, 6 de março de 1843  Rio de Janeiro, 12 de maio de 1925) foi um pianista, compositor, editor de partituras musicais, professor e comerciante luso-brasileiro. Mudou-se em 1866 para o Brasil, onde viveu o resto da sua vida.Foi criança prodígio, tendo dado o seu primeiro recital aos sete anos de idade. Fez recitais por toda a Europa, tendo tocado em dueto com Henri Vieuxtemps e Henryk Wieniawski.Em 1866 estabeleceu-se no Rio de Janeiro onde se tornou comerciante de instrumentos musicais e partituras e editor de músicas. Como editora, a famosa Casa Artur Napoleão contribuiu significativamente para a divulgação da música brasileira durante décadas.Continuou a atuar como pianista concertista e camerista, destacando-se o duo formado com o violinista cubano Joseph White. Sua obra composicional é praticamente dedicada ao piano. Também foi professor de piano, tendo Chiquinha Gonzaga como uma de suas alunas.Fundou, em 1883, uma sociedade de concertos clássicos no Rio de Janeiro.Além da música, interessava-se pelo xadrez, tendo sido o autor da Caissana Brasileira, um livro com problemas de xadrez, publicado em 1898. Três anos mais tarde, participou do primeiro jogo de xadrez disputado à distância (em consulta e por telégrafo) por uma equipe do Brasil e uma da Argentina - que terminou com a vitória da Argentina.1Arthur Napoleão é patrono da cadeira número 18 da Academia Brasileira de Música fundada por Walter Burle-Marx.
  • JEAN NEPOMUCENE  CARTA DE JEAN NEPOMUCENE HUMMEL DATADA DE 26  5  1825 SOLICITANDO AO PRESIDENTE DA SOCIETE ACADEMIQUE DES ENFANTS DAPPOLON PEDINDO PARA SER CORRESPONDENTE ESTRANGEIRO DA SOCIEDADE. ASSINA COMO MAITRE DE CHAPELLE DE LA COUR DE SAXE-WEIMAR. NOTA: Benjamin Louis Paul Godard (18 de agosto de 1849 - 10 de janeiro de 1895) foi um violinista francês e compositor da era romântica de origem judaica, 1 mais conhecido por sua ópera Jocelyn . Godard compôs oito óperas, cinco sinfonias, dois concertos para piano e dois para violino, quartetos de cordas, sonatas para violino e piano, peças e estudos para piano e mais de uma centena de canções. Ele morreu de tuberculose aos 45 anos em Cannes ( Alpes-Maritimes ) e foi enterrado no túmulo da família em Taverny, no departamento francês de Val-d'Oise . Godard nasceu em Paris em 1849. Ingressou no Conservatório de Paris em 1863, onde estudou com Henri Vieuxtemps (violino) e Napoléon Henri Reber ( harmonia ) e acompanhou Vieuxtemps duas vezes à Alemanha.Em 1876, o seu Concerto romantique foi apresentado nos Concertos Populaires, e outras das suas grandes obras também foram apresentadas nestes concertos. Em 1878, Godard foi co-vencedor do Prix de la Ville de Paris. A sua composição vencedora, uma sinfonia dramática intitulada Le Tasso , continua a ser uma das suas obras mais admiradas.Dessa época até sua morte, Godard escreveu um grande número de composições. Estas incluem oito óperas , entre elas: Jocelyn (a "Berceuse" da qual permanece a composição mais conhecida de Godard), apresentada em Paris em 1888; Dante , tocou na Opéra-Comique dois anos depois; e La Vivandière , deixada inacabada e concluída por Paul Vidal (18631931). A última delas foi ouvida na Opéra-Comique em 1895, e tocada na Inglaterra pela Carl Rosa Opera Company .Tornou-se professor no Conservatório de Paris em 1887 e foi nomeado Chevalier (Cavaleiro) da Légion d'honneur em 1889. longa lista de obras de Godard inclui cinco sinfonias : Symphonie gothique (1883), Symphonie orientale (1884) e Symphonie légendaire (1886); Concerto romântico para violino e orquestra (1876), dois concertos para piano , três quartetos de cordas , quatro sonatas para violino e piano, uma sonata para violoncelo e piano, dois trios de piano e várias outras obras orquestrais. Entre suas peças para piano podem ser mencionadas Mazurka No. 2, Valse No. 2, Au Matin , Postillon , En Courant , En Train e Les Hirondelles . A Canção de Florian também é muito popular e foi arranjada para vários instrumentos. A quarta sonata de Godard para violino e piano contém um scherzo escrito no compasso incomum de4. Ele escreveu mais de 100 músicas.Segundo a Encyclopdia Britannica Décima Primeira Edição , as composições de Godard são desiguais, até porque a sua produtividade era enorme . o mais distinto."  Godard se opôs à música de Richard Wagner e também criticou fortemente o anti-semitismo de Wagner . O estilo musical de Godard estava mais em sintonia com o de Felix Mendelssohn e Robert Schumann .
  • BENJAMIN GODARD  MISSIVA DE GODARD ENCAMINHADA A SUA MÃE EM RESPOSTA A UMA MENSAGEM ENVIADA POR ELA. GODARD FOI UM VIOLINISTA FRANCÊS E COMPOSITOR DA ERA ROMÂNTICA DE ORIGEM JUDAICA,  MAIS CONHECIDO POR SUA ÓPERA JOCELYN . EXCERTOS DO TEXTO TRADUZIDO: EU NÃO SABIA PODE TER CERTEZA QUE O ASSUNTO SERÁ RESOLVIDO. CREIA MAMÃE NOS MEUS MELHORES SENTIMENTOS. BENJAMIN GODARD..NOTA: Benjamin Louis Paul Godard (18 de agosto de 1849 - 10 de janeiro de 1895) foi um violinista francês e compositor da era romântica de origem judaica,  mais conhecido por sua ópera Jocelyn . Godard compôs oito óperas, cinco sinfonias, dois concertos para piano e dois para violino, quartetos de cordas, sonatas para violino e piano, peças e estudos para piano e mais de uma centena de canções. Ele morreu de tuberculose aos 45 anos em Cannes ( Alpes-Maritimes ) e foi enterrado no túmulo da família em Taverny, no departamento francês de Val-d'Oise .  Godard nasceu em Paris em 1849. Ingressou no Conservatório de Paris em 1863, onde estudou com Henri Vieuxtemps (violino) e Napoléon Henri Reber ( harmonia ) e acompanhou Vieuxtemps duas vezes à Alemanha.Em 1876, o seu Concerto romantique foi apresentado nos Concertos Populaires, e outras das suas grandes obras também foram apresentadas nestes concertos. Em 1878, Godard foi co-vencedor do Prix de la Ville de Paris. A sua composição vencedora, uma sinfonia dramática intitulada Le Tasso , continua a ser uma das suas obras mais admiradas.Dessa época até sua morte, Godard escreveu um grande número de composições. Estas incluem oito óperas , entre elas: Jocelyn (a "Berceuse" da qual permanece a composição mais conhecida de Godard), apresentada em Paris em 1888; Dante , tocou na Opéra-Comique dois anos depois; e La Vivandière , deixada inacabada e concluída por Paul Vidal (18631931). A última delas foi ouvida na Opéra-Comique em 1895, e tocada na Inglaterra pela Carl Rosa Opera Company .Tornou-se professor no Conservatório de Paris em 1887 e foi nomeado Chevalier (Cavaleiro) da Légion d'honneur em 1889.A longa lista de obras de Godard inclui cinco sinfonias : Symphonie gothique (1883), Symphonie orientale (1884) e Symphonie légendaire (1886); Concerto romântico para violino e orquestra (1876), dois concertos para piano , três quartetos de cordas , quatro sonatas para violino e piano, uma sonata para violoncelo e piano, dois trios de piano e várias outras obras orquestrais. Entre suas peças para piano podem ser mencionadas Mazurka No. 2, Valse No. 2, Au Matin , Postillon , En Courant , En Train e Les Hirondelles . A Canção de Florian também é muito popular e foi arranjada para vários instrumentos. A quarta sonata de Godard para violino e piano contém um scherzo escrito no compasso incomum de54. Ele escreveu mais de 100 músicas.Godard se opôs à música de Richard Wagner e também criticou fortemente o anti-semitismo de Wagner . O estilo musical de Godard estava mais em sintonia com o de Felix Mendelssohn e Robert Schumann .
  • LOTE RETIRADO ATENDENDO INTERESSE DO ARQUIVO NACIONAL - CORRESPONDENCIA DE  D. DIOGO DE MENEZES (PORTUGAL 1788  1878) MINISTRO DA FAZENDA DO BRASIL DE 26 DE FEVEREIRO DE 1821 A 16 DE JANEIRO DE1822 (FOI SUBSITTUIDO POR OCASIÃO DA FORMAÇÃO DO GABINETE BRASILEIRO INSTITUIDO POR DOM PEDRO ENQUANTO REGENTE DO REINO. A MISSIVA É DIRIGIDA A  DOM DIOGO JOSÉ FERREIRA DE EÇA DE MENESES,CONDE DE LOUSÃ -   CORRESPONDENCIA ENTRE OS DOIS FIGALGOS RESPONSÁVEIS PELAS FINANÇAS NO PERÍODO JOANINO DO BRASIL TRATANDO A RESPEITO DAS DIFICULDADES PARA O RECEBIMENTO DE DÍZIMOS DAS PROVÍNCIAS.   EXCERTOS DO TEXTO: POR MAIS QUE TENHA REFLETIDO, PROCURADO E COGITADO ALGUM MEIO MENOS ONEROSO QUIE AS ARREMATAÇÕES PARA A COBRANÇA DOS DIZIMOS NAS PROVINCIAS DO INTERIOR DO BRASIL  NÃO ME FOI POSSIVEL DESCOBRIR ARBITRIO ALGUM QUE POSSA OFERECER A VOSSA EXCELENCIA OU POR ESTAR FORA DO MEU ALCANCE OU PORQUE REALMENTE NÃO O HÁ.  AS DIFICULDADES QUE OCORREM A ESTE RESPEITO JÁ FORAM PREVISTAS EM HUMA DAS SÁBIAS LEIS DE 22 DE DEZEMBRO DE 1761 QUANDO NELA SE CLASSIFICARAM AS RENDAS QUE DEVIAM SER ADMINISTRADAS E CONTRATADAS  E NO ÁLVARA DE 28 D EJUNHO DE 1808 EM QUE SE RECONHECEU A SER ATUALMENTE IMPRATICÁVEL A COBRANÇA DAS MIUNÇAS DOS DÍZIMOS POR ADMINISTRAÇÃO. FAVORECER POIS A LAVOURA QUE QUE É A GRANDE BASE DA GRANDEZA E PROSPERIDADE DO BRASIL ALIVIAR O POVO DAS VEXAÇÕES DE RENDEIROS E REGULAR ESTA CONTRIBUIÇÃO DE MANEIRA QUE ELLA RECAIA COM MAIS IGUALDADE SOBRE A RENDA LIQUIDA.E NÃO SOBRE O PRODUTO TOTAL SÃO OBJETOS QUE NÃO PODEM DEIXAR DE INTERESSAR A UNIÃO DE MUITAS LUZES EM UM CENTRO COMUNHÃO MOSTRA OS MELHORAMENTOS MAIS ADEQUADOS E QUE DEVEM SER COMBINADOS COM OUTROS OBJETOS. JULGO QUE NÃO SE DEVE FAZER UMA INOVAÇÃO TOTAL QUE ALEM DE ME PARECER AGORA IMPRATICAVEL PODE SER QUE  ATÉ INFLUENCIE NAS IDEIAS RELIGIOSAS QUE FAVORECEM E AUXILIAM AINDA A COBRANÇA DOS DIZIMOS. NAS MESMAS PROVINCIAS DE BEIRA MAR PERMITA-ME VOSSA EXCELENCIA PELO MUITO QUE AMA A FRANQUEZA E VERDADE ESTA BREVE DIGRESSÃO ANTOLHA-SE-ME DIFICULDADES  NÃO PEQUENAS: 1. PORQUE REDUZIDA TODA A COBRANÇA Á EXPORTAÇÃO EMBARAÇADA ESTA COMO PODE ACONTECER, EXPERIMENTARIA  VOSSA EXCELÊNCIA GRANDES FALTA NAS ENTRADAS DO ERÁRIO.2. PORQUE EM CALCULO DE FINANÇAS DOIS E DOIS  NÃO FAZEM SEMPRE QUATRO E SE A MODICA CONTRIBUIÇÃO DE SEIS POR CENTO NÃO CONVIDAVA ATÉ AGORA A GRANDES EXTRAVIOS, NÃO ACONTECERA O MESMO AJUNTANDO-SE A ESTA MAIS DEZ POR CENTO: 3. PORQUE ALGUMAS PROVÍNCIAS DE GRANDE CONSUMO POUCO OU NADA EXPORTARÃO NÃO SE ACHARAM OUTROS QUE POSSAM  COMPENSAR E DÍZIMOS DAQUELE CONSUMO. COM O ESPÍRITO AINDA MAL ASSENTADO SEM OS MEUS LIVROS, SEM OS MEUS PAPÉIS QUE NÃO CHEGARAM DE PERNAMBUCO EU SÓ PEGUEI NA PENA PARA CUMPRIR O QUE VEJO-ME DETERMINADO E POR ISSO ESPERO QUE VOSSA EXCELÊNCIA SE DIGNARÁ DE RECEBER OS DESACERTOS DA MINHBA OBEDIENCIA. DEOS GUARDE A VOSSA EXCELENCIA MUITOS ANOS. RIO DE JANEIRO 15 DE ABRIL DE 1821. ILMO E EXCELENTISSIMO SR. CONDE DA LOUSÃ ASSINA D. DIOGO DE MENEZES. NOTA:CONDE DA LOUZÃ: Nasceu na Casa do Arco, em Guimarães, Portugal, em 1º de agosto de 1772. De família nobre portuguesa, era filho de Maria José Ferreira de Eça e Bourbon e Rodrigo José António de Meneses, 1º conde de Cavaleiros, e sobrinho e afilhado de Marcos de Noronha e Brito, conde dos Arcos, último vice-rei do Brasil e capitão general de Mar e Terra dos Estados do Brasil (1806-1808). Seu pai foi conselheiro da Fazenda (1790), deputado da Junta da Administração do Tabaco (1792) e governador das capitanias de Minas Gerais (1780-1783) e da Bahia (1784-1788). Fez carreira militar na Cavalaria, tendo servido no Regimento de Cavalaria de Mecklemburgo, chegando a tenente-coronel. Veio para o Brasil com a comitiva da família real, em 1808. De volta ao Reino, foi deputado da Junta dos Três Estados e mordomo-mor da arquiduquesa austríaca d. Maria Leopoldina, a quem acompanhou ao Rio de Janeiro, em 1817, em razão do seu casamento com o príncipe d. Pedro. Em 1821 foi nomeado por d. João VI presidente do Real Erário e secretário de Estado dos Negócios da Fazenda, por ocasião de sua instalação no Brasil. Acompanhou d. João VI em seu retorno a Portugal, em 1821. Foi nomeado e tomou posse da Câmara dos Digníssimos Pares do Reino, a câmara alta das Cortes Portuguesas, durante o reinado de d. João VI, em 1826, o que acabaria sendo suspenso e, mais tarde, quando restabelecido o seu lugar, não aceitou tomar assento. Em 1827, por um curto período durante a Regência de d. Isabel Maria, foi novamente nomeado secretário de Estado dos Negócios da Fazenda e presidente do Tesouro Público. Em 1828 reassumiu o cargo, sendo afastado pela vitória das tropas liberais constitucionalistas que apoiavam d. Pedro, em oposição às absolutistas de d. Miguel, o que deu fim à Guerra Civil Portuguesa (1828-1834). Casou-se com d. Mariana Antônia do Resgate de Saldanha Corte-Real da Câmara e Lencastre (1784-1848), 3ª condessa da Louzã. Foi grã-cruz da Ordem de Nossa Senhora de Vila Viçosa, comendador da Ordem de Cristo, grã-cruz da Ordem de São Leopoldo de Áustria e sócio honorário da Academia Real das Ciências de Lisboa. Morreu em Lisboa, em 4 de fevereiro de 1862. D
  • DOM PEDRO GASTÃO DE ORLEANS E BRAGANÇA (1913-2007) NETO DA PRINCESA ISABEL  O CASTELO DEU  AQUARELA SOBRE PASTEL. EX COLEÇÃO DO ARTISTA.  DOM PEDRO GASTÃO NASCEU DURANTE A VIGÊNCIA DO BANIMENTO DA FAMÍLIA IMPERIAL BRASILEIRA, NA PROPRIEDADE DE SEUS AVÓS PATERNOS, O CASTELO D'EU, PEDRO GASTÃO CHEGOU AO BRASIL AOS NOVE ANOS DE IDADE, NO ANO DE 1922, QUANDO A LEI DO BANIMENTO FOI REVOGADA PELO ENTÃO PRESIDENTE DA REPÚBLICA EPITÁCIO PESSOA. AO NASCER, SEU TIO LUÍS MARIA FILIPE DE ORLÉANS E BRAGANÇA JÁ DETINHA O TÍTULO DE PRÍNCIPE IMPERIAL DO BRASIL E SEU PRIMO PEDRO HENRIQUE DE ORLÉANS E BRAGANÇA O DE PRÍNCIPE DO GRÃO-PARÁ. AO LONGO DE SUA ADOLESCÊNCIA, O PRÍNCIPE VIVEU ENTRE A FRANÇA NATAL E O BRASIL, AONDE VEIO ALGUMAS VEZES.PEDRO GASTÃO CONCLUIU SEUS ESTUDOS NA EUROPA E CASOU-SE COM A INFANTA MARIA DE LA ESPERANZA DE ESPANHA, NA SICÍLIA, EM 1944. ESTABELECEU-SE NO BRASIL A PARTIR DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL E FOI VIVER NA CIDADE DE PETRÓPOLIS, NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. LÁ, SE TORNOU UMA DAS FIGURAS MAIS POPULARES DA FAMÍLIA IMPERIAL, PRINCIPALMENTE APÓS A MORTE DE SEU PAI. MORANDO NO PALÁCIO DO GRÃO-PARÁ, ANTIGO ALOJAMENTO DOS SEMANÁRIOS DO MUSEU IMPERIAL, ELE PASSOU A SER CONHECIDO COMO O "PRÍNCIPE DE PETRÓPOLIS".23 X 30 CMNOTA: Quando  o golpe republicano pôs fim ao império  no Brasil em 15 de novembro de 1889,  o Imperador e seus familiares partiram para o exílio na Europa. Depois de chegar ao velho continente, a Princesa Isabel nunca mais retornaria ao Brasil em vida. Conta em seu livro de memórias, a Condessa de Paris, neta e também  homônima da Princesa Isabel ,  que quando era criança em um dos aniversários da avó decorou e recitou a pedido de seus pais, a  POESIA CANÇÃO DO EXÍLIO de Gonçalves Dias para homenagear Dona Isabel em sua data natalícia. A canção, no entanto, não trouxe a alegria esperada e a princesa começou a chorar. Mais: sua neta guardou em suas memórias que foi neste dia que viu, pela primeira vez, um adulto chorando. A princesa Isabel olha-me com seus bons olhos azuis, tão claros e sorridente, inicialmente tão encorajadores e depois, repentinamente, cheios de lágrimas Eu estava consternada porque acreditava ter-lhe causado um mal. Não sabia o que o exílio podia fazer chorar, assinalou a Condessa de Paris. O CASTELO DEU até 1945 foi o lar da Família Imperial Brasileira em seu exílio na França. Foi então adquirido pelo milionário Assis Chateaubriand, que pretendia fazer da construção a sede da "Fundação Dom Pedro II", um instituto de auxílio a estudantes brasileiros na Europa, que jamais saiu do papel. Adquirido pelo governo municipal de Sena Marítimo em 1961, o Castelo d'Eu reabriu em 1973, passando a abrigar a Casa da Câmara e o chamado Musée Louis-Philippe, este último destinado a preservar a memória dos príncipes e da monarquia. Em seu acervo encontram-se peças pertencentes à Família Imperial Brasileira. Vide nos créditos extras desse lote uma imagem do CASTELO DEU durante visita da RAINHA VICTORIA da Inglaterra em 1847 e também imagem do interior do castelo na época em que que vivia lá a Princesa Isabel.  CANÇÃO DO EXÍLIO  GONÇALVES DIAS  1847 Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;As aves, que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá ()Não permita Deus que eu morra,Sem que eu volte para lá;Sem que disfrute os primoresQue não encontro por cá;Sem quinda aviste as palmeiras,Onde canta o Sabiá.
  • Continuaremos a apresentar elementos da COLEÇÃO ARQUEOLÓGICA DAS CIVILIZAÇÕES EGIPCIA, ETRUSCA E ROMANA DO DR. ANTONIO MELILO. Essas peças inicialmente integraram a COLEÇÃO DO DR. CARLOS M. FERREIROZ DIAZ, médico espanhol radicado em Buenos Ayres na segunda metade do Sec XX. Era um reputado Arqueológo, Egiptóligo e também especialista em civilizações Pré Colombianas. Esses itens participaram de uma Exposição em Buenos Ayres com curadoria da ORGANIZACION INTERNACIONAL NUEVA ACRÓPOLIS fundada por Jorge Angel Livraga. Toda a descritiva dos artefatos foi feita pelo Dr. Ferreiroz. Iniciaremos com o lote que segue: IMPÉRIO MÉDIO EGÍPCIO - FRAGMENTO DE  ESTELA FUNERÁRIA EM  PASTA DE PEDRA (GRÃOS DE QUARTZO EM PÓ FINO FUNDIDOS COM PEQUENAS QUANTIDADES DE ÁLCALI E/OU CAL POR MEIO DE AQUECIMENTO PARCIAL.) REPRESENTA OSIRIS, ESPOSO DE ISIS, DEUS DOS MORTOS COM O LÁTEGO E O GANCHO. AO LADO DELE EM PE ESTA BHUTO A COBRA SAGRADA. NA FRENTE DE BHUTO ESTÁ O OFETANTE COM UM VASO DE OFERENDAS AOS DEUSES. IMPÉRIO MÉDIO 2100 A 1700 ac. 16 X 16 CM
  • FRAGMENTO DE ESCULTURA VOTIVA COM FEITIO DE GATO. OFERENDA A BASTES, A DEUSA COM CABEÇA DE GATO QUE CONFERIA PROTEÇÃO, BOA SAÚDE E FERTILIDADE. CONSTRUIDA EM PASTA DE PEDRA (GRÃOS DE QUARTZO EM PÓ FINO FUNDIDOS COM PEQUENAS QUANTIDADES DE ÁLCALI E/OU CAL POR MEIO DE AQUECIMENTO PARCIAL) EPOCA SAÍTA, 700 AC. 10 CM ALTURANOTA: Bastet era provavelmente a mais conhecida das divindades felinas do Egito e era uma contraparte benevolente de Sekhmet, a deusa da destruição com cabeça de leão. Juntos, ilustram a natureza complexa dos gatos que os egípcios tanto admiravam: por um lado, podiam ser graciosos, vigilantes e férteis; por outro, podem ser agressivos, destrutivos e implacáveis.Embora as primeiras representações de Bastet a mostrem como uma leoa, mais tarde ela assumiu a forma de um gato doméstico ou de uma mulher com cabeça de gato. Amplamente popular em todo o Egito, o centro do seu culto era a cidade de Bubastis, ao norte do atual Cairo. Milhares de fiéis viajavam para lá todos os anos para um festival em sua homenagem, onde se bebia mais vinho do que em um ano inteiro, segundo o historiador grego Heródoto. Aqueles que buscavam o favor de Bastet deixavam oferendas votivas, como estatuetas ou múmias de gatos em vasos de madeira ou bronze, em seu templo. O arqueólogo suíço Édouard Naville descobriu milhares de gatos mumificados em Bubastis durante as suas escavações na década de 1880.
  • ESCULTURA VOTIVA DE TOURO DEDICADA A  PTAH. CONSTRUIDA EM PASTA DE PEDRA (GRÃOS DE QUARTZO EM PÓ FINO FUNDIDOS COM PEQUENAS QUANTIDADES DE ÁLCALI E/OU CAL POR MEIO DE AQUECIMENTO PARCIAL). EGITO,  ÉPOCA TARDIA 664-332 a.C. ENCONTRADA EM MENPHIS. 7 X 6 CMNOTA:  A adoração do touro Apis é atestada já na Dinastia I. Indiscutivelmente, o Apis, ao contrário de muitos animais sagrados no Egito, não era apenas favorecido por uma certa divindade, mas era considerado uma divindade por direito próprio. Um único representante vivo foi alojado perto do templo de Ptah, em Memphis. O touro selecionado para esta importante função tinha certas marcas coloridas, como um triângulo branco na testa e manchas pretas semelhantes a pássaros alados ou escaravelhos no corpo. O touro é frequentemente mostrado, como aqui, usando um grande disco solar, uma coleira com faixas e um pano retangular decorado nas costas. O touro Apis participava de cerimônias de fertilidade e regeneração. Quando morreu, foi embalsamado e enterrado com todas as honras; naquela época, um novo touro com as marcações exigidas foi selecionado. Começando com o reinado de Amenhotep III (13901352 aC) na Dinastia 18, o local dos sepultamentos de Apis gradualmente se tornou um enorme e crescente sistema subterrâneo de câmaras chamado Serapeum na necrópole de Menfita, Saqqara. O touro era tão venerado que até as mães dos touros Apis tinham seu próprio culto e cemitério
  • FRAGMENTO DE ESCULTURA VOTIVA COM FEITIO DE THOTH  - AVE SAGRADA (IBIS) UMA DAS REPRESENTAÇÕES DE THOTH. CONSTRUIDA EM PASTA DE PEDRA (GRÃOS DE QUARTZO EM PÓ FINO FUNDIDOS COM PEQUENAS QUANTIDADES DE ÁLCALI E/OU CAL POR MEIO DE AQUECIMENTO PARCIAL) EPOCA SAITA, ESCAVADA EM MENFIS . THOTH ERA O DEUS EGÍPCIO DA ESCRITA, DA SABEDORIA E DA MAGIA. ELE ESTAVA ASSOCIADO À ORDEM E À JUSTIÇA E ERA CONSELHEIRO E MEDIADOR DOS DEUSES. PATRONO DOS ESCRIBAS, SUA CONTRAPARTE FEMININA ERA SESHAT, DEUSA DA ESCRITA E GUARDIÃ DOS LIVROS, THOTH CRIOU A LINGUAGEM E SESHAT DEU SUAS PALAVRAS AO POVO.SEC. VII. AC. 7 CM DE COMPRIMENTO. NOTA: Os deuses egípcios estavam sempre em conflito e o papel de Thoth como mediador e solucionador de problemas era frequentemente solicitado. Quando Rá amaldiçoou sua filha Nut, proibindo-a de dar à luz em qualquer dia do ano, ela veio a Thoth em busca de ajuda. O velho e sábio Thoth superou a maldição apostando com o Deus da Lua (Khonsu) por um pouco de sua luz. Ele ganhou 1/72 da luz da lua. O suficiente para cinco dias extras no ano, permitindo que Nut tenha seus cinco filhos (Osíris, Ísis, Geb, Néftis e Hórus) e ampliando o calendário anual de 360 para 365 dias.Novamente, quando Set assassinou seu irmão Osíris, foi Thoth quem ajudou sua esposa Ísis a realizar o ritual para trazê-lo de volta à vida e deu-lhe as palavras mágicas para que Osíris pudesse gerar Hórus. Mais tarde, ele usou sua sabedoria e magia para apoiar Hórus nas guerras em curso com Set.Mais uma vez, quando Tefnut, a Deusa da chuva e da umidade  essencial para manter a vida no ambiente desértico do Egito  se afastou de seu pai Rá e fugiu para a Núbia. Rá enviou Thoth com Shu (mensageiro dos deuses e marido de Tefnut) disfarçados de babuínos para persuadi-la a voltar para casa. Eles tiveram sucesso em sua busca e retornaram com grande alegria na terra do Egito. Thoth também ajudou Osíris e Anúbis no Salão da Verdade, registrando o resultado da pesagem do coração contra a pena da verdade. Decidir se uma pessoa pode ou não entrar na vida após a morte. Joshua J. Marks escreve: Sua casa na vida após a morte, conhecida como Mansão de Thoth, fornecia um lugar seguro para descansar e receber feitiços para ajudá-los contra os demônios que os impediriam de chegar ao paraíso. Sua magia também foi fundamental para a revitalização da alma que trouxe os mortos de volta à vida no submundo. Há evidências de que Thoth é uma das primeiras divindades conhecidas e que sua adoração remonta ao período pré-dinástico (6.000-3.150 aC). Seu culto também foi aceito e venerado pelas famílias reais posteriores e no Segundo Período Intermediário o nome Tutmés, que significa Nascido de Thoth, aparece três vezes na Cronologia dos Faraós.Na Colina Thoth, o ponto norte da Necrópole de Tebas, fica o templo mais antigo conhecido em Tebas. Aqui foram escavadas três estátuas de babuínos e fragmentos inscritos com o nome do faraó Mentuhotep II (2055-2004 a.C.).Nas escavações em andamento no templo funerário de Amemhotep III (1390-1352 aC), foram encontradas duas grandes estátuas de Thoth como um babuíno. Pensa-se que estes podem ter feito parte de uma avenida de babuínos que conduz ao templo, semelhante em estilo à avenida de esfinges que vai de Luxor a Karnak. Este Faraó também encomendou as duas estátuas de babuínos de 30 toneladas em Hermópolis.No entanto, a popularidade de Thoth estendeu-se muito além das classes dominantes. Seu centro de culto em Hermópolis atraiu um grande número de peregrinos. Milhares de íbis e babuínos mumificados, usados como oferendas votivas em dias de festa, foram encontrados perto daqui e também em Saqqara. Estátuas de pedra do tipo encontrado no Museu Hunt também teriam sido oferecidas por funcionários e outros indivíduos ricos.Imagens de Thoth em ambas as suas manifestações são encontradas nos túmulos dos sacerdotes dos faraós e nos da população em geral. Amuletos de Thoth como um íbis, e mais frequentemente como um babuíno, foram encontrados em diferentes períodos da história do Egito. Pensa-se que estes foram usados por escribas.
  • SEKHEMET  ESCULTURA REPRESENSTANDO A DEUSA SEKHEMET CONSTRUIDA EM PASTA DE PEDRA (GRÃOS DE QUARTZO EM PÓ FINO FUNDIDOS COM PEQUENAS QUANTIDADES DE ÁLCALI E/OU CAL POR MEIO DE AQUECIMENTO PARCIAL). A DEUSA TEM CABEÇA DE LEOA, PERUCA LONGA TRIPARTIDA. 19 DINASTIA, CIRCA DE 1200 AC. ENCONTRADA EM TEBAS EPOCA SAÍTA, 700 AC. 8 CM  ALTURANOTA: Sekhmet, cujo nome significa a Poderosa, era associada à magia, ao sol, à guerra, às pestes e à cura; os sacerdotes da deusa podem ser vistos como a primeira comunidade de médicos que existiu no mundo antigo, segundo estudiosos.Numa versão de um antigo mito, ela foi enviada à terra pelo deus Rá a fim de exterminar a humanidade, e só teria sido impedida após ser embebedada com cerveja avermelhada, acreditando que estava tomando sangue humano.Sua força e proteção eram invocadas em hinos e fórmulas mágicas, como numa passagem do Capítulo 164 do Livros dos Mortos: Salve ó tu, Sekhmet-Bastet-Rat, senhora dos deuses () única que está na fronte de seu pai; não há deuses mais eminentes do que ela; grande de magia na barca dos milhões de anos, prestigiosa de aparição no lugar do silêncio (). /Glória a ti, que és mais corajosa que os deuses!. Muitas eram as divindades felinas egípcias, sendo Sekhmet uma das mais conhecidas e importantes. Seu centro de culto principal ficava em Mênfis, onde fazia tríade com Ptah (esposo) e Nefertem (filho). O leão (leoa no caso!) era o principal animal sagrado associado a ela. Leões foram mumificados no Egito antigo e os casos conhecidos de enterramentos desses régios felinos são relativamente raros, incluindo achados em cemitérios em Saqqara e Abydos.
  • PIETRO MASCAGNI  FOTOGRAFIA EM GRANDE FORMATO COM AUTÓGRAFO DO COMPOSITOR.E MAESTRO AUTOR DA OBRA CAVALLERIA RUSTICANA.  ITALIA, INICIO DO SEC. XX. 27 CM DE ALTURA. NOTA: Pietro Mascagni, um dos compositores de ópera mais importantes na virada do século XX, morreu em Roma em 2 de agosto de 1945.  Ele nasceu em Livorno em 1863. Seu pai, padeiro, queria que estudasse direito, porém Pietro, seguindo sua vocação, iria estudar música no Conservatório de Milão tendo Amilcare Ponchielli como professor e Giacomo Puccini como colega. Abandona os estudos e se torna diretor de uma pequena trupe de opereta. Instala-se numa pequena cidade, Cerignola, lecionando música e regendo uma pequena orquestra local. O jovem compositor vive em relativa pobreza até sua vitória no Concurso Sonzogno com sua ópera mais célebre, Cavalleria Rusticana (1889), apoiada numa história do romancista Giovanni Verga. A canção, que se traduz por cavalheirismo camponês, de aldeia, é um melodrama em um ato com libreto em italiano de Giovanni Tozzetti e Guido Menasci. Considerada uma das óperas clássicas do verismo, teve sua estreia no Teatro Constanzi, Roma, em 17 de maio de 1890. O sucesso foi impressionante. Em menos de um ano, Mascagni era uma celebridade no mundo todo. Até Mahler se mostrou entusiasmado, quando, por exemplo, riu sarcasticamente de uma representação de "La Bohème", de Puccini. O fato ilustra que, em sua juventude, Mascagni era tanto ou mais admirado que Puccini.Foi a primeira manifestação do verismo musical. Seguiram-se outras óperas, entre elas as mais célebres foram: L'amico Fritz (1891) e Iris (1898), considerada sua melhor ópera, ainda encenada na Itália.Mascagni teve uma brilhante carreira de maestro. Foi quem pronunciou o elogio fúnebre de seu amigo Puccini quando morre prematuramente em 1924. O êxito formidável de Cavalleria Rusticana eclipsou a maior parte de seus trabalhos posteriores. No entanto escreveu 15 óperas, uma opereta, diversas magníficas obras orquestrais e vocais bem como canções e música para piano. A visão que Mascagni tinha da ópera era bastante distinta daquela de seu amigo Puccini, o que pode ter sido um dos fatores que levou os críticos a subestimar o valor de sua música depois de sua morte. A Cavalleria Rusticana, por sua curta duração  1 hora e 15 minutos , desde 1893, é amiúde representada em programa duplo de duas horas e meia com I Pagliacci de Ruggero Leoncavallo. É ainda a única ópera de Mascagni a ser executada ainda hoje em todos os cantos do mundo. L'amico Fritz e Iris são ainda representandas de tempos em tempos na Itália e seu valor é igual ou até superior ao da Cavalleria Rusticana. O refinamento orquestral nelas está nitidamente presente, contrastando com a ideia difundida de que a orquestração de Mascagni seria sumária. As harmonias cromáticas de sua ópera demonstram de resto que o compositor não estava alheio às inovações de sua época.Mascagni fez prova de grande ecletismo quanto a escolha dos temas, deixando o verismo, por exemplo, para temas mais românticos  "Isabeau", "Parisina". O próprio compositor rebateu os críticos que o etiquetaram muito apressadamente como romântico tardio. Mascagni, pioneiro do verismo, declararia a propósito de Cavalleria Rusticana : "Fui coroado antes de ser rei!". Cavalleria Rusticana continua sendo uma das óperas mais populares. Nas estatísticas da publicação Operabase aparece em 27º lugar entre as 100 óperas mais representadas entre 2005 e 2010, sendo a 16ª em italiano. E há trechos que soem ser interpretados por separado em concertos, como os coros e o intermezzo orquestral. A popularidade dessa obra, de grande emotividade, se viu enormemente reforçada pela inclusão de um trecho no filme "O Poderoso Chefão Parte III". A composição é também tema central da película de Martin Scorcese, Touro Selvagem.
  • ETRÚRIA -  GRANDE E MAGNIFICA ESCULTURA EM CERÂMICA APRESENTANDO CABEÇA DE DIVINDADE PROVAVELMENTE DA DEUSA ARITIMI. ENCONTRADA EM VETULONIA, GROSSETO, ITÁLIA. RESQUÍCIOS DE POLICROMIA. 600 A 200 AC. 25 X 20 CMNOTA: A escultura etrusca foi uma das expressões artísticas mais importantes do povo etrusco , que habitou as regiões do Norte da Itália e do Centro da Itália entre cerca do século IX a.C. e o século I a.C.. A arte etrusca foi em grande parte uma derivação da arte grega , embora desenvolvida com muitas características próprias.  Dada a quase total falta de documentos escritos etruscos, um problema agravado pela escassez de informações sobre a sua língua - ainda em grande parte indecifrada - é na sua arte que se encontram as chaves para a reconstrução da sua história, embora o grego e as crônicas romanas também são de grande ajuda. Tal como a sua cultura em geral, a escultura etrusca tem muitos aspectos obscuros para os estudiosos, sendo objecto de controvérsia e obrigando-os a propor as suas interpretações sempre de forma hesitante, mas o consenso é que fez parte do legado mais importante e original da arte italiana e até contribuiu significativamente para a formação inicial das tradições artísticas da Roma Antiga .  A visão da escultura etrusca como um todo homogêneo é errônea, havendo variações importantes, tanto regionais quanto temporais.  A origem dos etruscos é objeto de controvérsia desde a antiguidade. Heródoto acreditava que eles eram descendentes de populações vindas da Anatólia antes de 800 aC, que deslocaram os habitantes anteriores,  embora Dionísio de Halicarnasso os tivesse como autóctones. A investigação moderna também não chegou a um consenso e os especialistas acabaram por considerar esta questão insolúvel, passando a estudar como a sociedade estava organizada, e não de onde vieram.  O que se sabe com certeza é que em meados do século VII a.C. as suas principais cidades já tinham sido fundadas, iniciando imediatamente um período de expansão territorial que acabou por dominar uma grande região mais ou menos no centro da península Itálica. , indo do Vêneto e da Lombardia ao Lácio e à Campânia , o que se chamou de Etrúria .  Contudo, nos séculos seguintes as suas conquistas foram ameaçadas e vários povos italianos conseguiram que os seus avanços fossem remetidos. Finalmente, os seus últimos redutos foram tomados pelos romanos, que absorveram a sua cultura e provocaram a sua dissolução. No seu auge, os etruscos eram o povo mais poderoso da Itália pré-romana e estabeleceram uma civilização próspera com uma grande produção agrícola, uma frota poderosa, um comércio florescente cobrindo grande parte do Mar Mediterrâneo e uma cultura única, onde a arte desempenhou um grande papel. papel, tendo grande influência na formação inicial da arte da Roma Antiga . A sua presença em Itália é assumida a partir do século IX a.C., mas as inscrições em monumentos e objetos, que proporcionam maior certeza na sua datação, só aparecem por volta de 700 a.C.. Embora partilhassem uma cultura comum, os etruscos não formavam uma unidade política coerente e a sua organização social era semelhante ao sistema polis grego , eles até lutaram entre si também. Não existem textos literários etruscos sobreviventes, a sua história pode ser recuperada diretamente a partir de evidências arqueológicas, mas muito do que se sabe foi contado pelos gregos e romanos. Tito Lívio fala de uma sociedade de povo etrusco composta por cunhados (consangüíneos),  sodales  (irmãos de armas) e clientes (pessoas que ofereceram seus serviços e esperavam receber proteção de seus patronos.)
  • ROMA  SEC. I DC.   FRAGMENTO DE  PINTURA MURAL AFRESCO EM ESTUQUE COM CARACTERÍSTICAS DO QUARTO ESTILO ASSOCIADO A MEADOS DO SEC. I D.C  INSPIRADO NOS DESENVOLVIMENMTOS ARTÍSTICOS SURGIDOS NA CONSTRUÇÃO DA VLLA DO IMPERADOR NERO NO  CORAÇÃO DE ROMA. O FRAGMENTO EM QUESTÃO É UMA PARTE DE MOLDURA COM ELEMENTO VEGETALISTA EM FUNDO EM TOM DE VERMELHO.  .EX COLEÇÃO PROF. DR.  ANTONIO BERNARDES DE OLIVEIRA. EMOLDURADO. SEC I AC. 11 X 9 CM  NOTA: A técnica utilizada para pintar paredes chama-se afresco  porque envolve a pintura sobre estuque recentemente colocado e ainda húmido  ou fresco (afresco em italiano). Isso significou que os pigmentos utilizados se fundiram com as camadas preparadas de pó de cal e mármore para formar uma camada compacta na qual as cores adquiriram uma aparência polida que perdurou ao longo do tempo. A maioria das cores usadas nos tempos antigos vinha de pigmentos de base mineral. Amarelos, vermelhos, marrons e alguns verdes foram obtidos pela decantação do terreno natural, ou às vezes por um processo conhecido como calcinação que provoca decomposição térmica. Outros pigmentos  rosa, por exemplo  são originários de plantas  e o preto é muitas vezes à base de carvão. O azul - frequentemente descrito como Azul Egípcio - era um pigmento particularmente caro para criar e envolvia o aquecimento de uma mistura de areia de quartzo, sais de cálcio e limalha de cobre (malaquita).  A arte do afresco praticada nos tempos clássicos foi descrita por Vitrúvio ( De Architectura ) e Plínio, o Velho ( Naturalis Historia ). Uma parede foi preparada pela aplicação de 1-3 camadas de argamassa (cal e areia) seguidas de 1-3 camadas de cal misturadas com mármore de pó fino; pigmentos coloridos foram aplicados enquanto a parede ainda estava úmida. Às vezes, tempera e cera líquida eram adicionadas após a secagem da parede. Quatro estilos "Pompeianos" de decoração de paredes pintadas, que aparecem em toda a Itália e no mundo romano, foram identificados por August Mau ( Pompeia, Sua Vida e Arte ), no final do século XIX. O Primeiro Estilo ("Incrustação") originou-se no início do século 2 aC. É uma imitação de folheado de mármore, em que a decoração pintada lembra lajes de mármore colorido. Este estilo representa as aspirações culturais de uma classe média em ascensão e foi inspirado na decoração em mármore real das paredes interiores do palácio grego helenístico. Exemplo: Casa Samnita, Herculano . O Segundo Estilo começou no início do século I AC. Este estilo abriu a parede, proporcionando uma ilusão de janelas e pórticos que davam para cenas imaginárias, geralmente emolduradas por colunas e arquitraves pintadas . A arquitetura pintada neste estilo tendia para o pesado e substancial, com perspectiva multiponto, às vezes dando um efeito semelhante ao de Escher. Exemplos no Estilo II incluem as pinturas da Odisseia de uma casa romana no Esquilino (agora no Vaticano), a Villa de Lívia em Prima Porta (pinturas no Museo Nazionale Romano), a já mencionada Villa de Publius Fannius Synistor em Boscoreale, e o Vila dos Mistérios em Pompéia. O Terceiro Estilo ("ornamental") data do período augustano no final do século I aC. Abandonando a arquitetura realista e as vistas abertas do Estilo II, o Estilo III fechou as paredes para criar um efeito de "galeria de imagens". Normalmente, uma imagem central grande seria flanqueada por uma imagem menor de cada lado. A arquitetura torna-se atenuada, insubstancial e fragmentária; candelabros alongados geralmente substituem as colunas pintadas anteriormente. O Quarto Estilo aparece em Pompéia após o terremoto de 62 DC e continu a no mundo romano até o século II DC. O Estilo IV é heterogêneo e incorpora elementos de todos os estilos anteriores. A arquitetura torna-se mais realista e a parede tende a se abrir novamente, mas não tanto quanto no Estilo II. Desenvolvendo-se a partir do Estilo III, as pinturas ganham a ilusão de portabilidade ao serem colocadas em edículas trompe-l'oeil , telas e tapeçarias. Outros desenvolvimentos incluem a imitação de fundos de palco e um estilo "intrincado" que consiste em arabescos sobre fundo branco, como na Domus Aurea de Nero, em Roma. Os temas figurativos da arte romana - além do retrato - normalmente referem-se a mitos, lendas e rituais religiosos. Tal como acontece com as suas estátuas, os romanos copiaram ou imitaram muitas das suas pinturas de originais gregos helenísticos. Portanto, ao olhar para as pinturas romanas, é importante compreender o contexto mitológico e religioso da cultura clássica grega e romana. Os romanos eram pessoas de mentalidade literal, e deveríamos conhecer suas histórias para podermos ler sua arte como os romanos fizeram.
  • ROMA  SEC. I DC.   FRAGMENTO DE  PINTURA MURAL AFRESCO EM ESTUQUE COM CARACTERÍSTICAS DO QUARTO ESTILO ASSOCIADO A MEADOS DO SEC. I D.C  INSPIRADO NOS DESENVOLVIMENMTOS ARTÍSTICOS SURGIDOS NA CONSTRUÇÃO DA VLLA DO IMPERADOR NERO NO  CORAÇÃO DE ROMA. O FRAGMENTO EM QUESTÃO É UMA PARTE DE DECORAÇÃO CENTRAL COM ROSTO DE DIVINDADE..EX COLEÇÃO PROF. DR.  ANTONIO BERNARDES DE OLIVEIRA. EMOLDURADO. SEC I AC. 10 X 9 CMNOTA: A técnica utilizada para pintar paredes chama-se afresco  porque envolve a pintura sobre estuque recentemente colocado e ainda húmido  ou fresco (afresco em italiano). Isso significou que os pigmentos utilizados se fundiram com as camadas preparadas de pó de cal e mármore para formar uma camada compacta na qual as cores adquiriram uma aparência polida que perdurou ao longo do tempo. A maioria das cores usadas nos tempos antigos vinha de pigmentos de base mineral. Amarelos, vermelhos, marrons e alguns verdes foram obtidos pela decantação do terreno natural, ou às vezes por um processo conhecido como calcinação que provoca decomposição térmica. Outros pigmentos  rosa, por exemplo  são originários de plantas  e o preto é muitas vezes à base de carvão. O azul - frequentemente descrito como Azul Egípcio - era um pigmento particularmente caro para criar e envolvia o aquecimento de uma mistura de areia de quartzo, sais de cálcio e limalha de cobre (malaquita).  A arte do afresco praticada nos tempos clássicos foi descrita por Vitrúvio ( De Architectura ) e Plínio, o Velho ( Naturalis Historia ). Uma parede foi preparada pela aplicação de 1-3 camadas de argamassa (cal e areia) seguidas de 1-3 camadas de cal misturadas com mármore de pó fino; pigmentos coloridos foram aplicados enquanto a parede ainda estava úmida. Às vezes, tempera e cera líquida eram adicionadas após a secagem da parede. Quatro estilos "Pompeianos" de decoração de paredes pintadas, que aparecem em toda a Itália e no mundo romano, foram identificados por August Mau ( Pompeia, Sua Vida e Arte ), no final do século XIX. O Primeiro Estilo ("Incrustação") originou-se no início do século 2 aC. É uma imitação de folheado de mármore, em que a decoração pintada lembra lajes de mármore colorido. Este estilo representa as aspirações culturais de uma classe média em ascensão e foi inspirado na decoração em mármore real das paredes interiores do palácio grego helenístico. Exemplo: Casa Samnita, Herculano . O Segundo Estilo começou no início do século I AC. Este estilo abriu a parede, proporcionando uma ilusão de janelas e pórticos que davam para cenas imaginárias, geralmente emolduradas por colunas e arquitraves pintadas . A arquitetura pintada neste estilo tendia para o pesado e substancial, com perspectiva multiponto, às vezes dando um efeito semelhante ao de Escher. Exemplos no Estilo II incluem as pinturas da Odisseia de uma casa romana no Esquilino (agora no Vaticano), a Villa de Lívia em Prima Porta (pinturas no Museo Nazionale Romano), a já mencionada Villa de Publius Fannius Synistor em Boscoreale, e o Vila dos Mistérios em Pompéia. O Terceiro Estilo ("ornamental") data do período augustano no final do século I aC. Abandonando a arquitetura realista e as vistas abertas do Estilo II, o Estilo III fechou as paredes para criar um efeito de "galeria de imagens". Normalmente, uma imagem central grande seria flanqueada por uma imagem menor de cada lado. A arquitetura torna-se atenuada, insubstancial e fragmentária; candelabros alongados geralmente substituem as colunas pintadas anteriormente. O Quarto Estilo aparece em Pompéia após o terremoto de 62 DC e continu a no mundo romano até o século II DC. O Estilo IV é heterogêneo e incorpora elementos de todos os estilos anteriores. A arquitetura torna-se mais realista e a parede tende a se abrir novamente, mas não tanto quanto no Estilo II. Desenvolvendo-se a partir do Estilo III, as pinturas ganham a ilusão de portabilidade ao serem colocadas em edículas trompe-l'oeil , telas e tapeçarias. Outros desenvolvimentos incluem a imitação de fundos de palco e um estilo "intrincado" que consiste em arabescos sobre fundo branco, como na Domus Aurea de Nero, em Roma. Os temas figurativos da arte romana - além do retrato - normalmente referem-se a mitos, lendas e rituais religiosos. Tal como acontece com as suas estátuas, os romanos copiaram ou imitaram muitas das suas pinturas de originais gregos helenísticos. Portanto, ao olhar para as pinturas romanas, é importante compreender o contexto mitológico e religioso da cultura clássica grega e romana. Os romanos eram pessoas de mentalidade literal, e deveríamos conhecer suas histórias para podermos ler sua arte como os romanos fizeram.
  • LOTE RETIRADO ATENDENDO INTERESSE DO ARQUIVO NACIONAL - DOM PEDRO I  - MINUTA ESCRITA  DE PUNHO DO IMPERADOR EM PAPEL COM MARCA D'AGUA DE USO DO PALÁCIO, ENCAMINHADA AO MINISTRO DA JUSTIÇA MARQUES DE VILLA REAL DA PRAIA GRANDE PARA DETERMINAR  INVESTIGAÇÃO SOBRE A AGRESSÃO SOFRIDA PELO JORNALISTA  E FUNCIONARIO PUBLICO LUIZ AUGUSTO MAY (1782-1850) UM DOS MAIS CONTROVERSOS REDATORES JORNALISTICOS DO INICIO DO PERIODO IMPERIAL. EDITOR DO PERIODICO O MALAGUETA QUE ESTREOU EM 1821. COMO O NOME JÁ APRESENTA ESSE PERIÓDICO DEDICAVA-SE A ALFINETAR TODOS OS MANDATÁRIOS DO IMPÉRIO DESDE O IMPERADOR ATÉ SEU MAIS FIGADAL INIMIGO JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA. COM QUEM MAY DIVIDIU ARMAS NA LUTA CONTRA A INVASÃO NAPOLEONICA EM PORTUGAL. EM SEU EXEMPLAR DE ESTRÉIA EM DEZEMBRO DE 1821, MAY DESTACOU D. PEDRO I  TAL QUAL UM JOVEM PRÍNCIPE ABANDONADO ENTREGUE AO CHARLATANISMO DE OUTREM. TAMBÉM EM UM OUTRO PERIÓDICO SEU  O ESPELHO, SEGUNDO CONSTA, PUBLICAVA ARTIGOS ESCRITOS PELO IMPERADOR D.PEDRO I E PELO SEU SECRETÁRIO FRANCISCO GOMES DA SILVA, O CHALAÇA. HÁ QUEM AFIRME QUE FAZIA USO DA PENA PARA O JORNAL PUBLICAR, O MARQUÊS DE REZENDE. COMO RESULTADO DE UMA DESTAS QUERELAS, MUITO CITADAS NA HISTORIOGRAFIA E VINCULADA ÀS QUESTÕES RELACIONADAS AO FUTURO DA ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE (MAY FOI ESPANCADO DUAS VEZES POR MOTIVOS DISTINTOS -1823 E 1829), HOUVE CONSEQUÊNCIAS FÍSICAS NO EPISÓDIO EM QUE MAY FOI ESPANCADO, TENDO SUA MÃO DEFORMADA. DIFÍCIL SABER QUAL DE SEUS INIMIGOS CULTIVADOS COM ESMERO PERPETROU A AÇÃO ENTRENTANTO SABE-SE QUE FOI OBRA DE ALGUÊM MUITO IMPORTANTE NO PALÁCIO. MAY ERA UM LOBISTA QUE USOU DE SUA PENA MORDAZ PARA SEGUIR OS VENTOS QUE LHE FOSSEM MAIS PROPÍCIOS EM VANTAGENS ECONÔMICAS, POLÍTICAS E SOCIAIS. EXCERTOS DO TEXTO: SENDO PÚBLICA NESTA CIDADE A ESCANDALOSA E ATROZ  COM QUE FOI ATACADO, ESPANCADO E FERIDO GRAVEMENTE NO INTERIOR DA SUA CASA O OFICIAL E MAIOR GRADUADO DA SECRETARIA DO ESTADO DE NEGOCIOS DA MARINHA LUIZ AUGUSTO MAY, NA NOITE DE SEIS DO CORRENTE, COM OFENSA DOS MAIS SAGRADOS DIREITOS DO CIDADÃO, E COM INJÚRIA DE SUA MAGESTADE O IMPERADOR, QUE SE AGRAVA DE VER PRÁTICA DE TAMANHA BARBARIDADE NA CAPITAL DO IMPÉRIO ,E ISTO QUANDO NELLA ESTÃO REUNIDOS OS REPRESENTANTES DA NAÇÃO PARA FAZEREM FIRMES E IMPUGNÁVEIS AQUELES DIREITO PRIMÁRIOS FIM DA SOCIEDADE CIVIL. MANDA O MESMO AUGUSTO SENHOR, PELA SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA JUSTIÇA, QUE O JUIZ DE CRIME DO BAIRRO DA SÉ PROCEDA A HUMA ESPERTÍSSIMA DEVASSA PARA SEREM CASTIGADOS OS PERPPETRADORES DESTE MALEFÍCIO. E DÊ LOGO A RAZÃO POR QUE NÃO TEM EXECUTADO O QUE DERTEMINA A ORDEM DO ARTIGO 1  PRARAGRAFO 5 INCISO 31 OND ESTÁ MARCADO O TERMO PARA DOIS DIAS PARA OS CRIMES COMETIDOS NAS CIDADES OU VILLAS. PALÁCIO DO RIO DE JANEIRO EM 9 DE JUNHO DE 1823. NOTA: uís Augusto May nasceu em Lisboa no ano de 1782. Começou sua carreira como militar. Entrou para o Exército aos 16 anos, ascendendo a capitão de artilharia. Segundo historiografia, Luís Augusto May esteve ao de José Bonifácio integrando o Batalhão Acadêmico de Coimbra à época da ocupação francesa . Outros nomes de peso na política luso-brasileira foram seus contemporâneos em Portugal, como: Dom Rodrigo de Souza Coutinho, afilhado de Marquês de Pombal; José da Silva Lisboa, futuro censor e também redator de jornais no Rio de Janeiro - o Visconde de Cairú; entre outros que serão abordados adiante. Nesse sentido, Augusto May foi contemporâneo daquela que Kenneth Maxwell, em estudo célebre, chamou de Geração de 1790. Ou seja, homens preocupados com o futuro das relações entre Portugal e sua colônia americana. Apesar de haver divergências de datas nos cargos os quais ocupou no início dos oitocentos, consta que a pedido da Coroa foi funcionário da Secretaria de Legação Estrangeira em Londres. Em 1810, como reconhecimento de seu trabalho, tornou-se Oficial Adido ao Estado Maior do Exército. Naquele mesmo ano, Augusto May chegou ao Brasil como intérprete dos trabalhadores suecos da fábrica de ferro de São João de Ipanema, em Sorocaba . Segundo o historiador Hélio Vianna, na intenção de manter seu cargo de militar, correspondia-se a respeito com políticos de destaque, como o Marquês de Aguiar; com o Conde da Barca, João Paulo Bezerra e com Tomás Antônio Vila Nova Portugal, todos auxiliares do monarca d. João VI. Ciente de seu valor e da necessidade de se fazer lembrar, May passou boa parte de sua vida enviando correspondências com súplicas por audiências com o Governo; por maior reconhecimento profissional - fosse pleiteando melhorias de salário e/ou cargos, fosse pensões e honrarias. May era ambicioso, não pedia pouco. Os documentos manuscritos encontrados no Arquivo Biográfico do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) trazem os sucessivos pedidos de honrarias e títulos de nobreza que Augusto May solicitou para si e para seu filho. Em meio a inúmeras tentativas, conquistou em 1818 o hábito da Ordem de Cristo junto a Dom João VI . Dois anos depois conquistou uma pensão por meio do decreto do mesmo Rei por préstimo e honra com que tem servido como Oficial da Secretaria de Estado dos negócios da Marinha. No que concerne a sua inclinação política, exposta muitas vezes em seu periódico, é possível notar já no primeiro número de A Malagueta, seu esforço em deixar claro não ser constitucional por contrato, nem corcunda por inclinação, nem republicano. A divulgação de uma espécie de plano de trabalho do periódico era prática comum dos redatores ou editores da época. Fato este que não o impediu de continuar suas investidas em uma carreira política de destaque por meio de súplicas ao monarca, que passou a ser, no pós independência, d.Pedro I. Em meio às intensas convulsões da política, em pleno curso de debates em torno da independência, lançou em setembro de 1822 o escrito Exposição de motivos dirigidas por May a Sua Alteza Real, o príncipe d. Pedro I, pelos quais o aconselha a contemporizar, adiando a Aclamação e substituindo-a pela Aclamação da Regência em todo o Reino. O documento referia-se ao perigo de separação de províncias (especialmente a de Pernambuco) ou de uma delegação do poder real português, da Bahia para o Norte, na pessoa do Infante d. Miguel ou da Princesa Maria Thereza. Do mesmo modo, questões pessoais apareciam como tema e se confundiam com o curso da política do Império. Uma delas pode ser notada no manuscrito intitulado de Última campanha epistolar de May junto a d. Pedro I. Neste documento agia por dois lados. De um, aconselhava o Imperador e de outro pedia indenizações pelas espoliações verbais (publicadas na imprensa) e físicas que tem passado. O redator não via com bons olhos a presença de José Bonifácio ao lado de d. Pedro I e escrevera oferecendo aconselhamento de forma recorrente. May agia como uma figura sinuosa, no sentido que jogava com seus interesses e o poder para obter vantagens/estabilidades políticas e financeiras, não obstante as mesmas lhe fossem negadas por muitas vezes. May foi figura marcante na Corte Fluminense durante os anos de 1810 a 1850. Através de seus periódicos, interferia nas questões políticas mais prementes de seu tempo. Tendo sido publicado durante 12 anos, embora com interrupções, A Malagueta foi órgão de intensa atividade servindo como instrumento que descortinou muito do cotidiano político da Corte. Segundo Araújo Porto Alegre, May foi redator que tanto deu o que falar no tempo da independência. Para ele, ...era homem laborioso, excêntrico; e de uma sagacidade ao encarar os acontecimentos. Seu periódico, existiu em três séries com 122 números totais, de agosto de 1821 a dezembro de 1833. Vale dizer que poucos jornais foram cronologicamente tão longe, uma vez que o contexto prejudicava as atividades de imprensa de opinião. Em termos práticos o jornal passou por quatro fases, cada uma sendo produzido em uma tipografia. Durante os doze anos em que esteve circulando na Corte o referido periódico obteve quinhentos assinantes, o que para a época no que se refere a condições políticas e técnicas é bastante significativo. Nesse sentido, o jornal de May se expandia com um número bastante expressivo para a época, considerado como o mais popular na corte.  Sua publicação era um ato de destemor de um cidadão comum frente à pena de homens poderosos. Houve outros  redatores polêmicos como Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa mas que estavam sob a proteção da maçonaria enquanto Augusto May andava só. Isto posto, cabe frisar que por meio de seu jornal May participava ativamente da política e usava a imprensa como um espaço para sua voz, uma voz ardida aos olhos daqueles que foram se forjando como seus adversários. Tal postura lhe impingiu o epíteto de O Malagueta. Em junho de 1823, mês caro ao redator, o jornal Diário do Governo publicou versos alusivos a Luís Augusto May e ao seu impresso . Que demônio há tão danado, que não teme a cutilada, dos fios secos da espada, do terrível May armado?
  • CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO  (VISCONDE DE VILLA REAL DE PRAIA GRANDE (2.) CHÁVENA PARA CHÁ COM SEU PÍRES EM PORCELANA PERTENCENTE AO SERVIÇO DO  VISCONDE VILA REAL DE PRAIA GRANDE (CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO) EM PORCELANA CHARLES PILLIVUYT. PASTA DURA DE FUNDO BRANCO, BORDA PARCIALMENTE EM VERDE BERILO ENTRE FILETES DOURADOS. NA CALDEIRA, MONOGRAMA VPG ENTRELAÇADO E DOURADO, SOB COROA DE VISCONDE. EXEMPLAR DESSE MESMO SERVIÇO ESTÁ REPRODUZIDO A PÁGINA 344 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL POR JENNY DREYFUS.ERA FILHO DO MARQUES DA VILLA REAL DA PRAIA GRANDE, PRIMEIRO MINISTRO DA JUSTIÇA DO BRASIL APÓS A INDEPENDENCIA. CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO FILHO FOI CORONEL DO EXÉRCITO IMPERIAL, GRANDE DO IMPÉRIO, GENTIL HOMEM DA IMPERIAL CÂMARA, MEMBRO DO CONSELHO DE SUA MAGESTADE IMPERIAL , COMENDADOR DA IMPERIAL ORDEM DE CRISTO, CAVALEIRO DA IMPERIAL ORDEM DA ROSA E DA IMPERIAL ORDEM DO CRUZEIRO, TINHA A MEDALHA DA DIVISÃO COOPERADORA DA BOA ORDEM E A INSIGNIA DE OURO DA DISTINÇÃO DE COMBATES. SÉCULO XIX. 14,5 CM DE DIAMETRO.
  • LOTE RETIRADO ATENDENDO INTERESSE DO ARQUIVO  NACIONAL. - CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO  RARO DOCUMENTO ASSINADO POR DOM LUIZ DE VASCONCELLOS E SOUZA (1742 PORTUGAL  1809 BRASIL) , CONDE DE FIGUEIRÓ E VICE REI DO BRASIL (1778 A 1790) ORDENANDO PAGAMENTO DE SOLDO A CAETANO PINTO DE MIRANDA, FUTURO MARQUÊS DE VILLA REAL DE PRAIA GRANDE COMO GOVERNADOR NOMEADO DE ANGOLA POR DOM JOÃO VI. A CURIOSIDADE DO DOCUMENTO RESIDE PRINCIPALMENTE NO FATO DE QUE CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO NUNCA ASUMIU O CARGO DE CAPITÃO GENERAL DE ANGOLA, MAS POR MEIO DE MANIFESTAÇÕES DE DIVERSOS MUNICÍPIOS, DA CÂMARA DO SENADO DO RECIFE E DE PESSOAS NOTÁVEIS JUNTO AO PRÍNCIPE REGENTE, FOI MANTIDO NO CARGO. ASSIM PERMANECEU NO BRASIL O HOMEM QUE É UM DOS PAIS FUNDADORES DE NOSSA NAÇÃO, PRIMEIERO MINISTRO DA JUSTIÇA DO BRASIL E PERTINAZ CONSELHEIRO DE DOM PEDRO I EM INÚMERAS OCASIÕES TANTO NA PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL QUANTO NO NASCIMENTO DO IMPÉRIO. EXCERTOS DO TEXTO: LUIZ DE VASCONCELLOS E SOUZA, DO CONSELHO DE ESTADO, PRESIDENTE DO REAL ERÁRIO E NESSE LUGAR TENENTE JUNTO A REAL PESSOA DO PRÍNCIPE REGENTE NOSSO SENHOR FAÇO SABER A JUNTA DA FAZENDA REAL AO REINO DE ANGOLA QUE PELO REAL ERÁRIO REQUEREU CAETANO PINTO DE MIRANDA MONTENEGRO, GOVERNADOR E CAPITÃO GENERAL NOMEADO PARA O DITO REINO SE LHE EXPEDIREM AS ORDENS NECESSÁRIAS A ESTA JUNTAA FIM DE SER PAGO DOS SOLDOS QUE VENCER COM O DITO CARGO. AO QUE HAVENDO ATENÇÃO FOI OMESMO SENHOR SERVIDO DETERMINAR QUE O DITO GOVERNADOR E CAPITÃO GENERAL SEJA JÁ PAGO DO SOLDO QUE VENCER DESDE O DIA DE SEU EMBARQUE NO PORTO DA CAPITANIA DE PERNAMBUCO ATÉ O DIA DO DESEMBARQUE NO PORTO DESSE REINO OU SEJA BREVE OU DILATADA A VIAGEM REGULANDO-SE A CONTA PARA O PAGAMENTO DO DITO SOLDO PELA CERTIDAO DO CAPITÃO DO NAVIO QUE O TRANPORTAR COM DECLARAÇÃO PORÉM QUE SÓ RECEBERÁ MEIO SOLDO DURANTE O TEMPO QUE SE DEMORAR COM JUSTO IMPEDIMENTO O QUAL NÃO LHE SEJA POSSÍVEL EFETUADA POR MAR OU TERRA DO PORTO EM QUE DESEMBARCAR DE PROPÓSITO OU POR QUALQUER CASO ACIDENTAL PARA SE TRANSPORTAR AO LUGAR DE SEU DESTINO CONTANTO QUE A DITA JUTNA LIQUIDE, REGULE, ARBITRE  E CONHEÇA DO JUSTO IMPEDIMENTO PARTA SE LIQUIDAR O PAGAMENTO DO MEIO SOLDO TODOS NA CONFORMIDADE DA PREVISÃO DO CONSELHO ULTRAMARINO EM DATA DE MAIO DESTE ANO. O QUE SE DETERMINARÁ A DITA JUNTA PARA QUE ASSSIM O TENHA ENTENDIDO E EXECUTE NA FORMA QUE POR ESTA SE LHE ORDENA. RAIMUNDO IDELFONSO ALVES RIBEIRO O FEZ EM LISBOA AOS VINTE E DOIS DE MAIO DE 1805. THEOTONIO RUIZ DE CARVALHO A FEZ ESCREVER. ASSINA DOM LUIZ DE VASCONCELLOS E SOUZA. NOTA: Nasceu no bispado de Lamego em Portugal, segundo filho de Bernardo José Pinto de Miranda Montenegro, fidalgo escudeiro da Casa Real e de d. Antônia Matilde Leite Pereira de Bulhões. Comendador da Ordem de Cristo, Montenegro seguiu a carreira das letras, frequentando a Universidade de Coimbra a partir de 1777, onde obteve o grau de bacharel em 1781. Concluiu a licenciatura em 1783, ano em que também recebeu o grau de doutor em Direito. Contemporâneo dos irmãos Andrada, José Bonifácio e Antônio Carlos, foi apresentado ao ministro Martinho de Melo e Castro por d. Catarina Balsemão  mulher de Luiz Pinto de Sousa Coutinho, futuro ministro e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra , senhora de grande influência na corte, que solicitou para seu afilhado, o despacho de governador do Mato Grosso. O ministro Melo e Castro, no entanto, o nomeou em 1791 para o cargo de intendente do ouro no Rio de Janeiro, permanecendo na função até 1794, quando conseguiu a patente de governador e capitão general da capitania de Mato Grosso. Permaneceu governador do Mato Grosso até 1803, e tornou-se, posteriormente, governador da capitania de Pernambuco, no período entre 1804 a 1817, inclusive durante a Revolução pernambucana. Chegou a ser nomeado governador e capitão general de Angola, mas por meio de manifestações de diversos municípios, da Câmara do Senado do Recife e de pessoas notáveis junto ao príncipe regente, foi mantido no cargo. Participou ativamente da v ida política do Império, e recebeu do Imperador d. Pedro I os títulos de barão, visconde e marquês de Vila Real da Praia Grande.

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