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  • DONA MARIA II  RAINHA DE PORTUGAL E DOS ALGARVES E PRINCESA DO BRASIL. FILHA DE DOM PEDRO I. LITOGRAVURA EM METAL PUBLICADA POR EL CORREO DE ULTRAMAR GALERIA DE CONTEMPORÂNIOS. PUBLICAÇÃO EM PARIS PARA O PÚBLICO DE LÍNGUA ESPANHOLA. APRESENTA A LEGENDA DONA MARIA DE LA GLORIA REINA DE PORTUGAL. RARA E BELISSIMA! 28 X 18 CM NOTA: A saúde de Maria II, no entanto, era muito debilitada e suas gravidezes  todas elas  foram de alto risco. Devido a isso, apenas sete dos 11 filhos que teve conseguiram sobreviver, e ela morreu exatamente por conta disso, no seu 11º parto, em 15 de novembro de 1853, com apenas 34 anos.
  • S. M. F. DOM PEDRO V - LITHOGRAVURA DE BARRETO A PARTIR DE DESENHO DE M. V. ROIZ. CIRCA DE 1853. 28 X 18 CM
  • RETRATO DE PEDRO DE SOUSA HOLSTEIN, COMO MARQUÊS DE PALMELA, LITOGRAVURA DE HÉL. HUBERT, 1811 - 1841,DESENHO DE PRADIER, CHARLES SIMON, 1783-1847 ENTRE 1825 E 1833. FRANÇA, PRIMEIRA METADE DO SEC. XIX. 30 X 22 CMNOTA: Nasceu em 8 de maio de 1781, em Turim, na Itália. Filho de diplomata, morou em diversas cidades europeias, fixando-se em Portugal pela primeira vez em 1795. Estudou na Universidade de Coimbra, tendo ingressado no exército português em 1796. Em 1802 iniciou na carreira diplomática como conselheiro de seu pai, embaixador português em Roma. Com a morte do pai, em 1803, permanece como encarregado dos negócios junto à Cúria. Voltou a Portugal em 1805, encontrando uma conjuntura política conturbada em razão da ameaça das tropas napoleônicas. Favorável à aproximação com a Inglaterra, reintegrou-se às forças de defesa para lutar contra os franceses. Serviu em Madri entre 1809 e 1812 como ministro plenipotenciário, onde foi um dos principais negociadores de paz. Defendeu os interesses portugueses no embate sobre as questões territoriais de Olivença e do Rio da Prata no Congresso de Viena em 1815. Foi o ministro extraordinário do príncipe regente, d. João VI em Londres, em 1816. Nomeado para a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, assumiu o cargo em 1820, momento em que a revolução do Porto já estava em curso. Defensor da volta da corte para Portugal e da manutenção de Lisboa como metrópole do império luso, apresentou ao príncipe regente um projeto com as bases de uma constituição que assegurava a participação do monarca no Poder Legislativo. Sua proposta não foi seguida, o que o levou a demitir-se do cargo. Acompanhou d. João no regresso a Lisboa, em abril de 1821, tendo sido impedido de fixar-se em Portugal. Somente retornou à vida pública em 1823, quando foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Foi demitido e preso no decurso do movimento absolutista liderado por d. Miguel, mas reassumiu o cargo de ministro com o exílio deste. Em 1825 retornou a Londres como embaixador, tendo assumido ainda diversos cargos em sua vida pública, como: presidente do Conselho de Ministros, ministro dos Negócios Estrangeiros, embaixador em Londres, senador e presidente da Câmara. Recebeu o título de conde em 1812, o de marquês em 1825 e o de duque de Palmela em 1833. Morreu em Lisboa, em 12 de outubro de 1850.
  • DUQUE DE PALMELA PORCELANA COMPANHIA DAS INDIAS RARA TAÇA EM PORCELANA CIA DAS INDIAS PERTENCENTE AO SERVIÇO DO DUQUE DE PALMELA D.PEDRO DE SOUSA HOLSTEIN (1781-1850). BELA DECORAÇÃO COM ESMALTES DO PERÍODO JIAQING. BORDA COM GUIRLANDA EM OURO. CORPO E CALDEIRA COM ÁRVORE DE ROMÃ E SEUS FRUTOS TENDO AO FUNDO CIDADELA. NÃO FORA RARO POR TER PERTENCIDO AO SERVIÇO DESSE TITULAR É TAMBÉM DE RARA BELEZA, UMA PEÇA SURPREENDENTE DA LAVRA DOS ARTESÃOS DE PORCELANA CHINESA DO INICIO DO PERÍODO OITOCENTISTA. EXEMPLAR DESTE SERVIÇO ESTA REPRODUZIDO NO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL, POR JENNY DREYFUS. PAG. 135, 8 CM DE DIÂMETRO. NOTA: D.Pedro de Sousa Holstein (1781-1850) o primeiro Duque de Palmela foi um dos artífices da Revolução Liberal que entronizou Dona Maria II em Portugal com a deposição do usurpador D. Miguel. Era afilhado de batismo da Rainha Dona Maria I e do rei Dom Pedro III. Foi feito conde por Dona Maria I, sua madrinha, Marquês por Dom joão VI e Duque por Dom Pedro I quando este regia o Reino de Portugal em favor de sua Filha D. Maria II. Foi um militar que desempenhou papel importante nas guerras peninsulares pela libertação de Portugal do jugo de Napoleão Bonaparte. Foi também ministro plenipotenciário em Londres e guardião de Dona Maria II quando esta viveu em na Inglaterra a aguardar as guerras que destronariam seu tio e marido Dom Miguel I que lhe usurpou o trono português. Em 1817 foi chamado a exercer o cargo de ministro dos negócios estrangeiros. Como tal, viajou para oRio de Janeiro, onde a corte portuguesa se encontrava desde as invasões francesas. No entanto, contrário à presença da corte noBrasil, e não emLisboa, acaba por se demitir; só após aRevolução Liberalde 24 de Agosto de 1820, e o subsequente regresso dorei, em 1821, Palmela aceitou o cargo; nessa altura foi incumbido de viajar ao Brasil e acompanhar o rei no seu regresso triunfal a Portugal. Até à sua morte desempenhou numerosos cargos políticos e militares. Por sua lealdade foi recompensado por Dom Pedro I que o tornou grande no Reino. D. Pedro de Sousa Holstein, 1º conde, marquês e duque de Palmela e 1º duque do Faial, descendente da Casa de Bragança e da Família Real Dinamarquesa; foi primeiro-ministro de Portugal.
  • RAINHA DONA MARIA II (1834-1853)  - PINTURA ASSINADA PELO PINTOR MINIATURISTA ANTÓNIO JOAQUIM DE SANTA BÁRBARA (1813-1865), RETRATISTA DA CASA REAL E DATADA DE 1854 PORTANTO NO ANO SEGUINTE AO DA MORTE DE DONA MARIA II. A RAINHA É APRESENTADA SEGURANDO A CONSTITUIÇÃO DE PORTUGAL. PORTUGAL, 1854, 12 CM DE ALTURA.NOTA: O estudo da pintura em miniatura ainda implica, além da investigação documental, um verdadeiro trabalho de detetive  e este, exige tempo. A pandemia de certo modo nos ajudou, obrigando a uma quarentena obrigatória, encerrando arquivos e museus. Mergulhados em leituras profundas, aceitamos novos desafios, como descobrir quem seria Sta. Bárbara, cuja assinatura encontramos, na lateral de pequenos retratos, litografias, e até peças de ourivesaria do Oitocentos.Sabíamos da existência dos ourives António Pedro e Augusto Luís de Santa Bárbara, treinados pelo Dr. Hugo Xavier, e conhecíamos dois retratistas: António Joaquim e António Manuel de Santa Bárbara - o segundo, talvez discípulo do primeiro. Especulava-se que seriam irmãos, sem documentos que o comprovasse. A pista que faltava para restabelecer as suas identidades veio às nossas mãos por acaso: era uma anotação manual do historiador Vasco Valente, publicada em 2011 por Carlos da Silva Lopes. Referia que a morte de António Joaquim de Santa Bárbara, retratista da Casa Real, fora anunciada no Diário de Noticias a 25 de Novembro de 1865. Com tempo, chegamos à publicação integral: Falleceu há dias com 53 anos de idade, vítima de uma lesão no coração, o sr. Antonio Joaquim de Santa Bárbara, retratista da Casa Real. Trabalhava em litografia, a óleo e em miniatura sobre marfim, distinguindo-se sobre tudo pela semelhança perfeita com que fazia qualquer retrato, ainda de pessoas já falecidas, como (...) o retrato a óleo de (.. .) José Maria Grande, existente na sala de uma associação em Lisboa. Foi notável também pela execução de alguns quadros religiosos, notando-se entre eles o que se acha colocado na capella-mor da egreja de Santa Maria Madalena, na Póvoa de Santa Iria. (Diário de Notícias, 25 de novembro de 1865).
  • DONA MARIA II  RAINHA DE PORTUGAL E PRINCESA DO BRASIL  LINDA CAIXA TABAQUEIRA EM MADEIRA LACADA COM TAMPA DECORADA COM RETRATO DE DONA MARIA II POR OCASIÃO DA RECUPERAÇÃO DO TRONO USURPADO POR SEU TIO DOM MIGUEL. POSSUI A LEGENDA: D. MARIA II RAINHA DE PORTUGAL E ALGARVES. JUNTO COM SEU IRMÃO DOM PEDRO II FOI UMA DAS DUAS ÚNICAS PESSOAS NASCIDAS NA AMÉRICA QUE SE TORNARAM MONARCAS. PORTUGAL. CHAMADA DE RAINHA INSUBMISSA FOI UMA MULHER INDEPENTE E EMPODERADA, ALGO INCOMUM PARA SEU TEMPO.  DEC. 1830. 7 CM DE DIAMETRO. NOTA: Quando, a 4 de abril de 1819, nasceu no Rio de Janeiro D. Maria da Glória, futura Rainha D. Maria II, filha do então Infante D. Pedro, que seria o Rei D. Pedro IV de Portugal, e da arquiduquesa Dona Leopoldina de Áustria, o Reino encontrava-se ainda a recuperar da devastação provocada pelas Invasões Francesas, que tinha motivado a deslocação, em 1808, da Casa Real Portuguesa para o Brasil. A possibilidade dessa colónia caminhar para a independência, levam D. João VI, avô de D. Maria, a retardar o regresso da Corte à Europa. Contudo, em 1821, apesar desta divisão de interesses e vontades, agravada pelo conflito entre liberais e absolutistas, que lacerava a própria Casa Real, a Coroa acaba por regressar a Portugal.É nesta complicada teia política e com apenas sete anos, que o seu pai abdica, em abril de 1826, do trono de Portugal a seu favor, numa tentativa de evitar o confronto entre as fações liberais e absolutistas que dividiam, na época, o Reino e a Europa. Neste sentido, estava previsto que a futura rainha, logo que tivesse maior idade, casasse com o seu tio, D. Miguel, entretanto nomeado, em julho de 1826 regente e lugar-tenente do Reino. Contudo, após este assumir a regência ao chegar a Lisboa, em janeiro de 1828, o projeto de matrimónio depressa foi esquecido. Perante a perspetiva de fracasso do acordo, D. Maria, que tinha permanecido no Brasil, viajou para a Europa em julho de II - 18 1828, mas com os grupos políticos, entretanto em confronto, viu-se impossibilitada de entrar no seu futuro Reino. Só a 23 de setembro de 1834, com o fim da Guerra Civil e já com quinze anos de idade, é que pisa pela primeira vez solo português e inicia o seu reinado.Casa em 1 de dezembro 1834 com Augusto de Leuchtenberg, neto da Imperatriz Josefina, primeira mulher de Napoleão Bonaparte, mas este viria a falecer logo em março do ano seguinte. Volta a casar em 9 de abril de 1836, com Fernando de SaxeCoburgo-Gotha, irmão de Leopoldo I, rei dos Belgas e primo do príncipe Alberto, marido da Rainha Vitória da Inglaterra.Ao longo de quase todo o reinado sucederam-se graves acontecimentos políticos, tendo D. Maria II, logo de início, se deparado com um reino mergulhado em antagonismos ideológicos e ambições rivais que originavam fraturas sociais e crises políticas profundas.Neste complexo ambiente sociopolítico, a monarca entre cedências e resistências, e mesmo perante todas as adversidades, demonstrou sempre grande firmeza e habilidade política na defesa das prerrogativas reais e a legalidade constitucional.Apesar de todas as dificuldades, esta também foi uma época em se deu uma modernização marcante de Portugal, bem visível nas políticas de saúde e de obras públicas de Costa Cabral, na remoção das antigas estruturas feudais, nas importantes reformas do ensino e instrução, na abertura económica e na internacionalização do País, nos projetos coloniais e marítimos de Sá da Bandeira, na estabilização política e no início de um dos períodos mais prósperos de Portugal com a Regeneração, em 1851. D. Maria II foi cognominada de A Boa Mãe, em face da aprimorada educação que dispensou aos seus sete filhos ou de A Educadora, devido às grandes reformas que tiveram lugar durante o seu reinado no campo do Ensino e da Educação.Entre essas alterações destaca-se a criação de um ensino técnico e politécnico e a profunda reforma do ensino naval com a instituição da moderna Escola Naval. Esta reforma iniciou-se em 1836, após a Revolução Setembrista ter colocado no poder Sá da Bandeira e Passos Manuel, os quais deram início a uma série de mudanças estruturais. É neste âmbito que, em 11 de janeiro de 1837, foi criada a Escola Politécnica, em substituição da Academia Real da Marinha, situação que originaria nos anos seguintes um aceso debate entre aqueles que queriam dar maior enfâse na teoria e os que consideravam mais importante a formação no campo da liderança e do comando de um navio de guerra, perto das lides marítimas e da hierarquia da Marinha.É então nomeada uma comissão que acaba por propor o fim do modelo existente, incluindo a extinção da Academia Real dos Guardas-Marinhas e a criação de um novo modelo de ensino. Assim, por decreto de D. Maria II promulgado a 23 de abril de 1845, nascia a "Escola Naval", cuja respetiva estrutura e normas de funcionamento foram promulgadas alguns dias depois, mais concretamente a 19 de maio. A nova escola dos futuros oficiais de Marinha a situar no Terreiro do Paço, na antiga Ribeira das Naus, local simbólico associado aos Descobrimentos e às Navegações Portuguesas, seria chefiada por um diretor, dotado de largos poderes administrativos e disciplinares, acompanhado de um corpo docente estabilizado, formado por oficiais e civis dotados de elevado prestígio académico e científico.Desta forma, D. Maria II ficará indelevelmente, associada a uma das maiores e mais fecundas reformas do ensino naval que tiveram lugar em Portugal.A Rainha veio a falecer ao dar à luz o seu décimo primeiro filho, a 15 de novembro de 1853, tendo sido considerada uma perda irreparável pelas suas qualidades de mãe e soberana, numa altura em que o País tinha finalmente entrado numa fase de tranquilidade e desenvolvimento.
  • GUERRA DO PARAGUAI -  CERTIDÃO DE INTEIRO T4EOR DOS SERVIÇOS PRESTADOS POR JOSÉ LUIZ DA SILVA ENGAJADO NO EXÉRCITO IMPERIAL DE 1863 A 1875 TENDO TOMADO PARTE EM DIVERSOS COMBATES DO PARAGUAY, SELO SECO COM  ARMAS  DO REGIMENTO IMPERIAL DE CAVALARIA DA PROVÍNCIA DE SÃO PAULO. A CERTIDÃO FOI OUTORGADA POR ANTONIO BENTO MONTEIRO TOURINHO CAPITÃO COMANDANTE DA COMPANHIA DE CAVALLARIA DE S. PAULO. . EXCERTOS DO TEXTO: ANTONIO BENTO MONTEIRO TOURINHO CAVALHEIRO DA ORDEM DE CHRISTO , ORDEM DA ROSA E CONDECORADO COM  AS MEDALHAS CONTÂNCIA E VALOR, AS D MÉRITO MILITAR E GERAL DA CAMPANHA DO PARAGUAY, CAPITÃO COMANDANTE DA COMPANHIA DE CAVALLARIA DE SÃO PAULO POR SUA MAGESTADE O IMPERADOR. ..."  EXYTENSO DOCUMENTO NARRANDO EM PORMENORES A CARREIRA E COMBATES EM QUE O SOLDADO LUTOU. 32 CM DE ALTURA.
  • DOM PEDRO II  GUERRA DO PARAGUAI  DOIS BOTÕES DE FARDA DE TENENTE CORONEL DO BATÃLHÃO DE ENGENHARIA DO EXÉRCITO BRASILEIRO UTILIZADO DURANTE A  GUERRA DO PARAGUAI. MARCAS DO IMPORTADOR LUIS TARRAGÃO - RIO DE JANEIRO. POSSUEM EM RELEVO NO MAIOR  BRASÃO COM COROA IMPERIAL BRASILEIRA SOBRE AS INICIAIS PII E NO DOS PUNHOS ESFERA ARMILAR COM AS 21 ESTRELAS REPRESENTANDO AS PROVÍNCIAS DO IMPÉRIO DO BRASIL. O MUSEU IMPERIAL BRASILEIRO POSSUI UM CONJUNTO DE QAUTRO BOTÕES ACONDICIONADOS EM UMA CAIXA  SENDO UM DELES IDÊNTICO AOS QUE ESTÃO SENDO APREGOADOS. NA PARTE INFERIOR DA CAIXA CONSTAM AS SEGUINTES INSCRIÇÕES: "BOTÕES DE UNIFORMES DE OFFICIAES SUPERIORES BRAZILEIROS, MORTOS NA GUERRA DO PARAGUAY (JANEIRO DE 1870). NO CENTRO, EM ARO DE OURO, MOEDA DE CÓBRE DA MESMA ÉPOCA, COM A EFFIGIE DE D. PEDRO II"; "BOTÕES RECOLHIDOS EM DIVERSOS CAMPOS DE BATALHA". VIDE NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE A FOTO DA CAIXA QUE COMPÕE O ACERVO DO MUSEU IMPERIAL.  E VEJA TAMBÉM O PUNHO DA FARDA DE ONDE FORAM RETIRADOS ESSES BOTÕES. BRASIL, SEC. XIX. 21,5 MM 0 MAIOR E 11,7 MM O MENOR. NOTA: O escritor AFONSO TAUNAY,  contava que seu pai O  VISCONDE TAUNAY, oficial-general de nosso Exército Imperial e veterano da GUERRA DO PARAGUAI, após a proclamação da Republica, nunca mais vestiu seu uniforme, para não trocar os botões dourados do Império.
  • DOM FERNANDO II  REI DE PORTUGAL CARTA DIRIGIDA AO CARDEAL SPINOLA AGRADECENDO VOTOS DE FELIZ NATAL. DE PUNHO DO MONARCA COM SELOS DE ARMAS REAIS E SIGILO DATADA DE 30 DE MARÇO DE 1844. EXCERTOS DO TEXTO: ILUSTRISSIMO E REVERENDÍSSIMO EM CHRISTO PADRE CARDEAL SPINOLA: MEU COMO IRMÃO MUITO AMADO. EU DOM FERNANDO PRO GRAÇA DE DEUS REI DE PORTUGAL, E DOS ALGARVES, DAQUEM E DALEM MAR EM ÁFRICA SENHORA DE GUINÉ E DA CONQUISTA, NAVEGAÇÃO  E COMÉRCIO DA ETIÓPIA, ARAPIA, PÉRSIA E DA INDIA ETC...VOS ENVIO MUITO SAUDAR COMO AQUELE QUE MUITO AMO E PREZO. O CONCEITO EM QUE TENHO AS VOSSAS QUALIDADES FAZ MAIS PLAUSÍVEL A SATISFAÇÃO COM QUE RECEBO A CARTA QUE ME ESCREVESTE POR OCASIÃO DO SANTISSIMO NATAL, DESEJANDO SER A OCASIÃO DE MOSTRAR-VOS A ESTIMAÇÃO QUE FAÇO DA VOSSA PESSOA ILLUSTRISSIMO E REVERENDISSIMO EM CHRISTO PADRE CARDEAL SPINOLA, MEU COMO IRMÃO MUITO AMADO. NOSSO SENHOR HAJA A VOSSA PESSOA EM SUA SANTA GUARDA. ESCRITA NO PAÇO DAS NECESSIDADES EM 30 DE MARÇO DE 1844. ASSINA REI.NOTA: Fernando II Viena, 29 de outubro de 1816  Lisboa, 15 de dezembro de 1885) foi o segundo marido da rainha D. Maria II e Príncipe Consorte de Portugal, de 1836 até 1837, altura em que se tornou Rei de Portugal e Algarves por direito de sua esposa. Era o filho mais velho do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota e da sua esposa, a princesa Maria Antônia de Kohár. Foi o primogénito do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gota, irmão do duque Ernesto I e do rei Leopoldo I dos Belgas, e da sua esposa, Maria Antônia de Koháry. Teve três irmãos mais novos: Augusto, Vitória e Leopoldo. Em 1835, quando D. Maria II enviuvou do seu primeiro casamento com o príncipe Augusto de Beauharnais, D. Fernando foi escolhido para novo esposo da soberana. As negociações do casamento foram dirigidas por D. Francisco de Almeida Portugal, Conde de Lavradio, tendo o contrato matrimonial sido assinado em 1 de Dezembro de 1835, com o barão de Carlowit em representação do duque reinante de Saxe-Coburgo, e o barão de Stockmar em representação do príncipe Fernando, seu pai. A 1 de Janeiro de 1836, casa-se com D. Maria II por procuração, a qual assina o decreto nomeando D. Fernando marechal-general do Exército, posto reservado ao próprio Rei, na sua função de Comandante Supremo do Exército.carece de fontesD. Fernando partiu de Coburgo, atravessou a Bélgica, e embarcou em Oostende para Lisboa, onde chegou a 8 de Abril. A cerimónia do casamento realizou-se no dia seguinte. A nomeação de D. Fernando enquanto marechal-general gerou polémica entre os liberais mas, uma vez que essa dignidade já houvera sido conferida ao príncipe D. Augusto, o governo não podia deixar de comprometer-se com a rainha.carece de fontesDe acordo com a lei Portuguesa, enquanto marido da rainha reinante, D. Fernando só poderia receber o título de rei após o nascimento do primeiro herdeiro (foi por este motivo que o primeiro marido da rainha, Augusto de Beauharnais, nunca foi rei). D. Fernando foi, portanto, príncipe de Portugal até ao nascimento do futuro D. Pedro V em 1837. Foi eleito, a 4 de Maio de 1836, presidente da Academia Real das CiênciasD. Fernando evitou envolver-se no panorama político, preferindo dedicar-se às artes. Por ocasião da fundação da Academia de Belas-Artes de Lisboa a 25 de Outubro de 1836, D. Fernando e a rainha declaram-se seus protetores. Após uma visita ao Mosteiro da Batalha (que se encontrava abandonado, depois da extinção das ordens religiosas), D. Fernando passa a dedicar parte das suas preocupações às causas de cariz nacionalista, como a protecção do património arquitectónico português edificado, tendo também impulsionado aspectos culturais e financeiros, a par do estímulo à acção desenvolvida por sociedades eruditas, como projectos de restauração e manutenção respeitantes não só à vila da Batalha, mas também ao Convento de Mafra, Convento de Cristo, em Tomar, ao Mosteiro dos Jerónimos, Sé de Lisboa, e Torre de Belém. Como amante de pintura que era, colaborou com algumas gravuras de sua autoria, na Revista Contemporânea de Portugal e Brasil (1859-1865)Em 1862, depois de uma revolta na Grécia contra o rei Oto I, D. Fernando II foi convidado a subir ao trono grego, proposta que recusou.Em 1868, com a revolução que expulsou a rainha Isabel II de Espanha, o governo provisório espanhol, não desejando estabelecer uma república, ofereceu a coroa a D. Fernando II, então com cinquenta e dois anos, proposta que D. Fernando também rejeitou. Em 1869, D. Fernando casa-se pela segunda vez, morganaticamente, com Elise Hensler, tornada Condessa d'Edla, que era uma cantora de ópera e mãe solteira, a quem viria a deixar como herança o Palácio da Pena, cuja construção foi da sua inteira responsabilidade. Desde os sessenta anos que D. Fernando sofria de umt umor facial que o desfigurou bastante, mantendo-o afastado da vida pública. A 12 de Dezembro de 1885, devido à visão dupla provocada pelo tumor, no intervalo de uma ópera, tropeçou ao descer as escadas para o vestíbulo no Teatro de São Carlos, batendo violentamente com a cabeça contra a parede. Ficou em coma e morreu três dias depois. No seu testamento deixou quase todos os seus bens à viúva, o que provocou uma comoção pública. O seu corpo jaz ao lado de D. Maria II, sua primeira esposa, no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa
  • D. FERNANDO II  REI DE PORTUGAL (1816-1885)  - LITOGRAVURA A PARTIR  DE JOÃO MACPHAIL (1816-1856)  POR LOPES & BASTOS EM 1850. 31 X 20 CM
  • D. FERNANDO II  REI DE PORTUGAL (1816-1885)  -  LITOGRAVURA A PARTIR  DE DESENHO DO MONARCA CUJO UM DOS PASSATEMPO ERA PRODUZI-LAS. ESSA EM QUESTÃO RETRATA GUERREIROS MOUROS. 23 X 16 CMNOTA: Viena era já, ao tempo, um importante centro de cultura e de arte onde o jovem príncipe da Saxónia Coburgo e Gotha desenvolveu o seu gosto pelas ciências e pelas artes, além de uma notável competência linguística pois falava: alemão, húngaro, francês, inglês e, mais tarde, português. Desde muito novo que manifestou o seu gosto pela colecção de gravuras. Ramalho Ortigão diz que o então rei de Portugal coleccionava gravuras desde os nove anos , manifestando preferência pela escola alemã de gravura. Casado com a rainha, D. Maria II de Portugal, D. Fernando II fica conhecido como o Rei Artista, não só pelo seu grande apreço pelas artes, como também pela sua faceta de artista que desenvolveu nos campos da cerâmica, escultura, pintura e gravura. Foi ele o grande impulsionador da gravura sobre metal e Maxime Lalanne diz que na relação dos membros da Societé des Aqua-Fortistes, D. Fernando II ocupa o 1º lugar . D. Fernando foi presidente da Academia Real das Ciências e, juntamente com a rainha, protetor das artes e do seu ensino. Apoiaram, nomeadamente, a fundação da Academia de Belas-Artes, iniciativa de Passos Manuel. A D. Fernando se deve também a defesa do património edificado, sendo conhecida a sua intervenção, nomeadamente, na Batalha, nos Jerónimos, em Mafra e na reconstrução do que é hoje o Palácio da Pena, em Sintra. Após a morte de D. Maria II, casou com a Condessa dEdla que deixou em legado ao Museu Nacional de Arte Antiga uma caixa contendo 129 matrizes das gravuras de D. Fernando. As gravuras de D. Fernando constituem um acervo muito importante não só pelo seu valor histórico artístico, mas pelo número substancial de obras inventariadas: 123 estampas diferentes. Mas esta importância acentua-se ainda mais se tivermos em consideração que é o de não ser muito usual encontrar obras deste autor nas colecções particulares portuguesas. Soares refere como provável causa as poucas probas que teriam sido tiradas, dado que o artista não produziu as com fins comerciais. Ernesto Soares, que dedicou grande atenção ao estudo da obra de D. Fernando, enumera um total de 170 gravuras deste artista. Nas descrições que Ernesto Soares faz das gravuras do monarca, na sua História da Gravura, assinalam-se diversas imprecisões, que se podem dever à dificuldade que por vezes apresenta a leitura da inscrição e da subscrição, devido ao facto de estas se encontrarem sobrepostas a motivos de desenho. Também quanto a certas datas, sobretudo nos cassos em que esta não aparece na gravura, não sabemos como Soares as apurou. Na obra El-Rei D- Fernando II Artista, Ernesto Soares elabora nova listagem das obras do monarca, incluindo exemplares que não tinham sido mencionados na história da Gravura. Mas mesmo assim, ainda que salvaguardando possíveis enganos devido à pouca clareza das descrições, continua a haver estampas citadas numa obra e não na outra. As gravuras de D. Fernando, pela sua espontaneidade e anotações rabiscadas, parecem quase tratar-se de folhas de um bloco de apontamento onde o monarca gazia esboços rápidos de cenas que lhe despertavam a atenção ou outras fruto seu carácter fantasioso. É muito interessante apreciar este à vontade com que D. Fernando abordava um médium como as chapas, como se fossem vulgares folhas de papel. No entanto Ernesto Soares indica que todas as suas gravuras foram resultado de prévios desenhos, depois oferecidos ou inutilizados4. Esta facilidade no traço verifica-se sobretudo nas cenas que envolvem o motivo principal das gravuras. Como salienta Ernesto Soares uma grande parte das chapas abertas pelo monarca possuem, como que emoldurando o assunto principal do quadro pequeninos ensaios de buril ou ponta5 , que revelam grande espontaneidade no traço e retratam pequenos apontamentos da mais heterogénea natureza. E enquanto a cena central é trabalhada a águaforte, estes enquadramentos são geralmente delineados à ponta seca, o que acentua ainda mais o seu carácter imediato e os aproxima do conceito de esboço rápido que, como Raczynski afirmou, limpression du moment a fait naître6. Mas nem toda a obra de D. Fernando reflecte esta espontaneidade. Algumas gravuras são mais trabalhadas, apresentando maior detalhe. D. Fernando tratou na sua obra diversos assuntos, como pessoas (retratos, personagens exóticas, mendigos, cavaleiros, cavalos, gatos, macacos, cães, etc.); paisagens; cenas de costumes (trabalhadores do campo, sapateiros, peixeiras, saltimbancos, etc.); cenas fantásticas (motivos hofmanianos7 , personagens de histórias ligadas à sua origem germânica; seres demoníacos, animais fantásticos, pequenos seres tipo gnomos, etc.). São muitas as estampas em que o rei surge mesmo como figura principal. Ernesto Soares afirma que na obra de D. Fernando São de considerar algumas figuras aí representadas, como verdadeiros auto-retratos, embora velados pela fantasia do artista, e portanto valiosas como espécies icónicas8. Mas a sua própria pessoa não é a única personagem tirada da realidade e retratada pelo monarca. Outras figuras povoam a sua obra: elementos da família real (o seu pai, esposa, os infantes seus filhos), da sociedade, das artes (do teatro e ópera), militares e amigos
  • D. FERNANDO II  REI DE PORTUGAL (1816-1885)  -  FRAGMENTO JUNTO DE UMA ANOTAÇÃO DOS CALALLOS QUE DEVIAM SER DISTRIBUIDOS DA MANEIRA INDICADA NO MESMO FRAGMENTO E DE PRÓPRIO PUNHO DE EL REI DOM FERNANDO II DUAS FIGURAS DESENHADAS NO VERSO TAMBEM SÃO DESENHADAS PELO MESMO SENHOR. 7 DE DEZEMBRO DE 1853.  EXCERTOS DO TEXTO: PRINCIPE LEOPOLDO: ROY, PARA MIM : NAMORADO, CAPITAO ZANSTICHEK: COMICHÃO, BARÃO WANGENHEM: INGRATTO. DEVE MAIS VIR O NEPTUNO E O DIAMANTE. . ESTA É A PROPRIA LETRA DE S M EL REY DOM FERNANDO II. NO VERSO DOIS DESENHOS FEITOS PELO SOBERANO. PORTUGAL, 1853. 17 X 11 CM
  • DOM PEDRO V - LISBOA, 16 DE SETEMBRO DE 1837  11 DE NOVEMBRO DE 1861), APELIDADO "O ESPERANÇOSO" E "O MUITO AMADO", FOI O REI DE PORTUGAL E ALGARVES DE 1853 ATÉ À SUA MORTE. AUTÓGRAFO DO MONARCA EM RESPOSTA A FALLA DE HENRIQUE GOBYNS POR OCASIÃO DE LHE ENTREGAR A CREDENCIAL QUE O NOMEAVA MINSITRO RESIDENTENTE DE EL REY DOS BELGAS JUNTO A SUA MAJESTADE FIDELISSIMA. A CREDENCIAL DESSE MINISTRO TEM LUGAR EM 6 DE OUTUBRO DE 1860. TENDO A FALLA COMO RESPOSPA VEM TRNACIRPTA NO DIARIO DE LISBOA DE 8 DO REFERIO MES N. 230. EL REI O SENHOR DOM PEDRO V. FALECEU NA NOITE DO DIA 11 DE NOVEMBRO DE 1861 PELAS 7 1/4 E NO DIA 15 VÉSPERA DO ENTERRO DE SUA MAJESTADA COM A MAIS VIVA SAUDADE POR EL REI LANCEI AQUI ESTA NOTA. JACINTO DA SILVA MENGO. A NOTA DO EMBAIXADOR VEM ESCRITA EM FRANCES . O AUTOGRAVO TEM INSCRIÇÃO SENHORA MINHA BOA IRMÃ E PRIMA ASSINA PEDRO. PALACIO DE MAFRA EM 13 DE DEZEMBRO DE 1855.NOTA:  Pedro V (Lisboa, 16 de setembro de 1837  11 de novembro de 1861), apelidado "o Esperançoso" e "o Muito Amado", foi o Rei de Portugal e Algarves de 1853 até à sua morte. Era o filho mais velho da rainha Maria II de Portugal, e de seu marido, o rei Fernando II. Ascendeu ao trono com apenas 16 anos de idade, após a morte de sua mãe, tendo o pai exercido as funções de Regente do Reino até à maioridade, em 1855. Embora muito jovem aquando da sua ascensão ao trono português, com apenas 16 anos, foi considerado por muitos como um monarca exemplar, que reconciliou o povo com a casa real, após o reinado da sua mãe ter sido fruto de uma guerra civil vencida. D. Fernando II, seu pai, desempenhou um papel fundamental no início do seu reinado, tendo exercido o governo da nação na qualidade de regente do reino, orientando o jovem rei no que diz respeito às grandes obras públicas efectuadas. Pedro V é frequentemente descrito como um monarca com valores sociais bem presentes, em parte devido à sua educação, que incluiu trabalho junto das comunidades e um vasto conhecimento do continente europeu. A 16 de setembro de 1855, completando 18 anos, foi aclamado rei, presidindo nesse mesmo ano à inauguração do primeiro telégrafo eléctrico no país e, no ano seguinte (28 de outubro), inaugura o caminho de ferro entre Lisboa e Carregado. É também no seu reinado que se iniciam as primeiras viagens regulares de navio, entre Portugal e Angola.Dedicou-se com afinco ao governo do país, estudando com minúcia as deliberações governamentais propostas. Criou ainda o Curso Superior de Letras, em 1859, que subsidiou do seu bolso, com um donativo de 91 contos de réis. Nesse mesmo ano é introduzido o sistema métrico em Portugal.Pedro V foi um defensor acérrimo da abolição da escravatura e data do seu reinado um episódio que atesta a convicção do monarca nessa matéria e que simultaneamente demonstra a fragilidade de Portugal perante as grandes potências europeias: junto à costa de Moçambique é apresado um navio negreiro francês, tendo o seu comandante sido preso. O governo de França não só exigiu a libertação do navio, bem como uma avultada indemnização ao governo português.Portugal é, por essa altura, flagelado por duas epidemias, uma de cólera, que grassa de 1853 a 1856, e outra de febre amarela, principalmente em 1856/1857. Durante esses anos o monarca, em vez de se refugiar, percorria os hospitais e demorava-se à cabeceira dos doentes, o que lhe trouxe muita popularidade.  Em 1858, D. Pedro V casa-se, por procuração, com a princesa Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, que morreu no ano seguinte. Sendo a saúde pública uma das suas preocupações, foi, juntamente com a sua esposa, a princesa Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, que Pedro fundou hospitais públicos e instituições de caridade. Aliás, cumprindo os desejos por ela manifestados, o monarca fundou o Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa, após a sua morte.Morreu com apenas 24 anos, em 11 de novembro de 1861, devido a febre tifoide1 (enquanto o povo suspeitava de envenenamento e por isso viria a amotinar-se). A sua morte provocou uma enorme tristeza em todos os quadrantes da sociedade. Não tendo filhos, foi sucedido pelo irmão, o infante D. Luís, que habitava então no sul de França. Foi sepultado no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa.Teve uma notável preparação moral e intelectual. Estudou ciências naturais e filosofia, dominava bem o francês, alemão, grego e o latim e chegou a estudar inglês. O seu espírito terá sido influenciado pela convivência que teve com Alexandre Herculano, que foi seu educador, junto com Francisco Antonio Martins Bastos.2No dizer dos biógrafos, Pedro V: "com um temperamento observador, grave, desde criança ... mandou pôr à porta do seu palácio uma caixa verde, cuja chave guardava, para que o seu povo pudesse falar-lhe com franqueza, queixar-se ... O povo começava a amar a bondade e a justiça de um rei tão triste ...".As cartas de Pedro V para sua sogra, Josefina de Baden, escritas entre 1858 e 1861, estão preservadas no arquivo da família Hohenzollern-Sigmaringen, que está no Arquivo do Estado de Sigmaringen (Staatsarchiv Sigmaringen) na cidade de Sigmaringa, Baden-Württemberg, Alemanha.3As cartas de Pedro V a seu cunhado, Leopoldo de Hohenzollern-Sigmaringen, escritas entre 1858 e 1861, também estão preservadas no Arquivo do Estado de Sigmaringen (Staatsarchiv Sigmaringen).
  • LEILÃO COLEÇÃO DR. ANTONIO MELILLO - PRIMEIRA ETAPA - Em 8/8/1964 o Jornal ÚLTIMA HORA um dos mais respeitados diários de notícias brasileiro trazia pela primeira vez, à luz da imprensa, a notícia sobre a mais espetacular coleção particular de documentos históricos existente no Brasil, a COLEÇÃO EDUARDO STOPPEL. A matéria por si só atraia o interesse pelo inusitado de seu conteúdo com ares de enredo novelesco. O jornal relatou a curiosa história de um judeu alemão que ainda antes da Segunda Guerra Mundial abandonou a Alemanha, seu país de origem, já impregnado dos ideais nazistas encarnados por Adolf Hitler, para viver no Brasil. Em 1935 uma edição do ALMANAQUE LAEMMERT listava EDUARDO STOPPEL como um BELCHIOR, termo empregado para designar um comerciante de livros usados e documentos, um alfarrabista estabelecido então na Rua Barão de Itapetininga n. 42, República na cidade de São Paulo (vide em: http://memoria.bn.br/docreader/cache/1834704700543/I0115406-2-0-003094-001876-006278-003807.JPG). De forma emblemática o escritório de EDUARDO STOPPEL ficava bem em frente ao local do martírio dos jovens MARTINS, MIRAGAIA, DRAUSIO E CAMARGO (MMDC) para sempre símbolos da luta contra a ditadura e a favor das liberdades constitucionais no estopim da Revolução Constitucionalista de 1932. EDUARDO STOPPEL dedicou-se no Brasil a mesma profissão que exercera na Alemanha por toda vida, foi sempre um BELCHIOR. Sem parentes em nosso país ou sucessores conhecidos em seu país de origem, EDUARDO STOPPEL foi recolhido no final dos anos 50 em um hospital para loucos na Capital Paulista onde passou seus últimos dias até falecer em 18 de outubro de 1961 (conforme registro no cemitério Israelita de São Paulo). Pouco antes de falecer, EDUARDO STOPPEL revelou aos médicos da instituição Psiquiátrica, a existência dessa preciosa coleção guardada em um cofre forte de agência bancária em São Paulo. Em um primeiro momento sua revelação não teve impacto, foi tratada como mais um devaneio de loucura. Mas diante da insistência do paciente, por ocasião do óbito, alguêm lembrou de averiguar a informação e constatou-se que eram verídicas e precisas, havia na agência indicada um cofre em nome de EDUARDO STOPPEL. A instituição que albergou o judeu alemão em seus últimos anos RECEBEU AUTORIZAÇÃO, POR MEIO DE ORDEM JUDICIAL DO JUIZ TITULAR DA 3. VARA DA FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES DA COMARCA DA CIDADE DE SÃO PAULO (com base no inventário processado pelo CARTÓRIO DO 8. OFÍCIO DA FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES de São Paulo), PARA PROCEDER O LEILÃO EM HASTA PÚBLICA DA COLEÇÃO EM ÚNICO LOTE, A TÍTULO DO PAGAMENTO DAS VULTOSAS SOMAS DECORRENTES DA INTERNAÇÃO DO FALECIDO EDUARDO STOPPEL. O JORNAL O GLOBO informava que o cerne da coleção de EDUARDO STOPPEL trazida por ele da Alemanha, foi fundido a documentos por ele adquiridos no Brasil, que tinham pertencido à coleção deJOSÉ JACQUES DA COSTA OURIQUE, TENENTE DO CORPO DE ENGENHEIROS DO EXÉRCITO IMPERIAL. José Jacques da Costa Ourique, originário do Rio de Janeiro foi designado diretor do Gabinete Topográfico do serviço de estradas provinciais paulistas em 1842. Formado pelaAcademia Militar do Rio de Janeiro, que, desde sua origem, em 1810, foi destinada aoensino de oficiais artilheiros e engenheiros geógrafos e topógrafos a serem aproveitados na direção dos trabalhos de minas e obras públicas. Ourique nasceu em 1815, ao ser transferido para São Paulo, contava 27 anos. Ali dirigiu o curso proposto para os alunos do Gabinete Topográfico para formação de engenheiros práticos. Em 1844 foi criada a Diretoria de Obras Públicas, a qual foi subordinada a escola dirigida por Ourique. Sucedeu que a diretoria entendeu não mais remunerar seus alunos que eram assalirados para dedicar-se aos estudos e essa política acabou por promover o esvaziamento e consequente extinção da Escola. Quanto ao Gabinete Topográfico, o mesmo foi extinto pela lei nº 27, de 23 de abril de 1849. Ourique optou por permanecer como engenheiro de obras na Diretoria de Obras Públicas. No Relatório Geral do Conselho dos Engenheiros, de 1852, localizamos Ourique como chefe da 2ª Seção do Sul da Diretoria de Obras Públicas, compreendendo a 5ª Comarca com exceção dos municípios de Guaratuba, Paranaguá; e Antonina. Tratou aí de obras nas estradas de Santo Amaro e São Bernardo. Mais tarde tornou-se o primeiro comandante da Escola Militar (curso de Infantaria e Cavalaria) da Província do Rio Grande, entre 1851 e 1853, faleceu durante uma experiência com hidrogênio no laboratório da escola conforme Relatório sobre os ex-integrantes ilustres da escola militar, do Comando Militar de Porto Alegre. Para além de militar e lente de escola de engenharia Ourique era um estudioso interessado em História Brasileira e por meio de Documentos históricos escritos pelas personalidades que protagonizaram os fatos, reuniu uma coleção voltada à gênese da NAÇÃO BRASILEIRA. Seguindo a trajetória da coleção em 1963, o pregão judicial da COLEÇÃO EDUARDO STOPPEl (já então congregando a coleção JOSÉ JACQUES OURIQUE), foi realizado pelo LEILOEIRO OFICIAL MOACIR CATALDI e o arrematante foi o célebre COMERCIANTE DE ANTIGUIDADES JOSÉ CLAUDINO DA NÓBRECA (AUTOR DO LIVRO MEMÓRIAS DE UM VIAJANTE ANTIQUÁRIO). O JORNAL ÚLTIMA HORA relata que JOSÉ CLAUDINO DA NÓBREGA após o arremate que atingiu o valor de aproximadamente UM MILHÃO DE CRUZEIROS, entrou em negociação com o MUSEU NACIONAL para vender a preciosa coleção. Entretanto a negociação não chegou a bom termo porque o Museu não conseguiu levantar o recurso de 2,5 milhões de cruzeiros necessários para aquisição e o antiquário JOSÉ CLAUDINO DA NÓBREGA procedeu a venda por 4 milhões de cruzeiros ao DR ANTONIO MELILLO, entusiasta colecionador de documentos históricos e objetos arqueológicos. Por décadas o DR ANTONIO MELILLO não só preservou a coleção como a ampliou e permitiu sua divulgação e apresentação em importantes exposições promovidas em INSTITUIÇÕES MUSEOLÓGICAS BRASILEIRAS (como o Museu Histórico Nacional e Museu Imperial, Biblioteca Nacional, Instituto Histórico e Geográfico Nacional, Biblioteca Pública de São Paulo, também foram amplamente divulgadas em matérias de tv e muitos jornais ao longo dos ultimos 50 anos). A coleção DR ANTONIO MELILLO foi adquirida após sua morte por um conceituado professor da POLI USP, quis o destino que quase duzentos anos após ser iniciada por um Professor de Engenharia (JACQUES OURIQUE), tenha sido colocada sob a guarde de um outro Professor também de Engenharia. Segue há alguns anos, com seu último proprietário e nesse momento, quase dois séculos após o início de sua formação, a COLEÇÃO DR ANTONIO MELILLO (EX EDUARDO STOPPER E EX JOSÉ JACQUES DA COSTA OURIQUE) será apregoada como uma das mais significativas coleções particulares brasileiras de DOCUMENTOS HISTÓRICOS a serem apresentados item por item. Toda a documentação jurídica do primeiro leilão de 1963 ordenado pela justiça do Estado de São Paulo, no já longínquo ano de 1963 (PERÍODO EDUARDO STOPPER) até as publicações dos jornais que anunciaram a existência da COLEÇÃO E SUA HISTÓRIA FORMATIVA no período em que esteve sobre a propriedade de JOSÉ CLAUDINO DA NÓBREGA e a documentação relativa as publicações e exposições realizadas durante as décadas em que esteve de posse do DR ANTONIO MELILLO, estão disponíveis para analise dos licitantes e acompanharão de acordo com o julgamento do LEILOEIRO os lotes que lhes forem pertinentes (seguindo como critérios os documentos específicos reproduzidos em jornais da época que dizem respeito aos lotes. Quanto a documentação do leilão judicial do ACERVO EDUARDO STOPPER realizado em 14 de maio de 1963 será juntada aos lotes do arrematante cujas compras atingirem em sua soma o maior valor de arremate no pregão). DESSA FORMA A DARGENT LEILÕES TEM A HONRA DE APRESENTAR A PRIMIERA ETAPA DO  LEILÃO DE DOCUMENTOS HISTÓRICOS, GRAVURAS E TESOUROS ARQUEOLÓGICOS EGIPCIOS DA COLEÇÃO DR. ANTONIO MELILLO. PRIMEIRA PARTE DO ACERVO (O ACERVO TOTAL COMPREENTE CERCA DE QUATROCENTOS DOCUMENTOS E DUZENTAS GRAVURAS) Uma oportunidade única para aquisição de documentos que apresentam pontos de vista e exercício do ofício de personagens envolvidos na história brasileira (PRÍNCIPE MAURÍCIO DE NASSAU, GIUSEPPE GARIBALDI, BANDEIRANTES, POLÍTICOS, IMPERADORES BRASILEIROS, PRINCESA ISABEL MILITARES, NOBRES E PERSONALIDADES) MAS TAMBÉM DE PERSONAGENS PARA SEMPRE LIGADOS A HISTÓRIA UNIVERSAL COMO NAPOLEÃO BONAPARTE, CATARINA A GRANDE DA RÚSSIA, CZAR NICOLAU I, CARTA DE CHERUBINI, CARTA DE BENJAMIM GODARD, REIS DE PORTUGAL DESDE O SEC. XV, RAINHA MARIA ANA DA ÁUSTRIA (ESPOSA DE DOM JOSÉ I), REI LOUIS XV, PAPAS, PARTITURA ASSINADA POR GEORGES BIZET, RETRATO AUTOGRAFADO POR PIETRO MASCAGNE, CARTA DE RICHARD STRAUSS, CARTA DE VICTOR HUGO, CARTA DE GABRIEL FAURÉ, CARTA DOS CORSÁRIOS FRANCESES QUE SEQUESTRARAM O RIO DE JANEIRO EM 1771). UM PREGÃO DE DOCUMENTOS IMPORTANTE COMO POUCOS QUE JÁ OCORRERAM EM NOSSO PAÍS, MAS TAMBÉM ICONTESTAVELMENTE INUSITADO PELA COLEÇÃO ARQUEOLÓGICA EGÍPCIA CONHECIDA POR EGIPTÓLOGOS INTERNACIONAIS. TAMBÉM PEÇAS ETRUSCAS E ROMANAS. DESTACAMOS AINDA A COLEÇÃO SETECENTISTA DE ARTEFATOS EM MINAS NOVAS E CRISÓLITAS. UM BOM ARREMATE A TODOS!!!!

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