Peças para o próximo leilão

590 Itens encontrados

Página:

  • ADRIANO PUBLIUS AELIUS HADRIANUS (86-161 DC)  MAGNFICO BUSTO EM MÁRMORE BRANCO E VERMELHO APRESENTANDO HERMA DO IMPERADOR ADRIANO. ASSENTE SOBRE COLUNA EM FLEXGLASS QUE ACOMPANHA O LOTE. EUROPA, INICIO DO SEC. XX. 84 X 73 CM (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DO PEDESTAL DE FLEXGLASS) ESSE LOTE NECESSITA DE SER RETIRADO EM SÃO PAULO CAPITAL NA REGIÃO DOS JARDINS.NOTA:  Adriano (Imperador romano) (76-138) foi o terceiro imperador romano, da Dinastia dos Antoninos, que governou entre os anos de 117 e 138 e marcou o apogeu do Império Romano.Adriano (Publios Aelius Hadrianus) nasceu em Itálica (Bética), hoje na Espanha, no dia 24 de janeiro do ano 76. Pertencente à dinastia dos Antoninos, era sobrinho do imperador Trajano. Era um homem letrado, amante das artes e do direito. Adriano ocupou cargos de responsabilidade e prestígio. Como Tribuno da II Legião, distinguiu-se em sucessivas campanhas militares empreendidas pelo imperador Trajano. Foi nomeado chefe do exército e governador da Síria durante a guerra contra os povos partas. Adriano foi adotado por seu tio e imperador Trajano e indicado como seu sucessor. Com a morte de Trajano em 117, Adriano foi nomeado Imperador Romano. Logo que assumiu, abandonou a política de conquistas do seu antecessor e optou pelas alianças o que contribuiu para amenizar os riscos de revoltas. Seu governo caracterizou-se pelo empenho em reforçar a unidade do império e garantir sua prosperidade. Incentivou as relações entre as províncias do império, facilitou o acesso ao direito de cidadania e garantiu a liberdade religiosa. O fim da política expansionista estabelecida por Adriano provocou o descontentamento de alguns generais que chegaram a organizar uma conspiração logo reprimida com a morte de seus principais líderes. As execuções sem julgamento logo despertaram a reação do Senado, já indisposto pela aproximação do imperador com as camadas populares, nas quais buscava apoio através de medidas como: a proteção dos pequenos proprietários e arrendatários, o cancelamento de dívidas fiscais e a concessão de generosos donativos para as massas. Adriano causou indignação quando tirou do Senado o poder de decidir sobre os negócios internos que passaram a ser administrados, como nas províncias, por quatro cônsules. As relações entre o Imperador e o Senado tornaram-se mais tensas com a nomeação de numerosos senadores de origem provincial, e a transferência para o Estado, do Consilium Principis, órgão consultivo composto por políticos e juristas.  O Senado também se revoltou com a entrega dos altos comandos do exército a membros da classe dos cavaleiros, antes reservados a homens do Senado.  Dotado de espírito aventureiro e cosmopolita, decidido a garantir a presença romana em todo o império, Adriano passou grande parte de seu governo viajando pelas províncias romanas, cuidando da reorganização administrativa e da defesa das fronteiras do império. Adotou como princípio fundamental de ação o lema a vontade do soberano é a suprema lei. Controlava pessoalmente todos os setores da política e da administração. Em suas viagens, reuniu grande número de obras de arte, que colecionou no palácio que mandou construir em Tivoli, perto de Roma.  Para enfrentar a ameaça dos povos bárbaros, o imperador Adriano ordenou a construção de muralhas e fortalezas nos limites da Mauritânia, Germânia, Dácia e da Bretanha, no norte da atual Inglaterra, na fronteira com a Escócia. Construída entre 122 e 128, a Muralha de Adriano, com mais de 100 quilômetros, além de proteger as terras conquistadas, assinalava o limite ocidental dos domínios do Império.Adriano abrandou as leis que regiam a escravidão e contribuiu para a consolidação do direito romano encarregando o jurisconsulto Salvius Julianus de reunir e revisar toda a legislação romana que foi unificada no Edito Perpétuo, em 131, que passou a ser a lei fundamental do Império Romano. Nos últimos anos de seu reinado, já doente e pressionado por intrigas relativas à sucessão, Adriano permaneceu a maior parte do tempo em Roma e adotou políticas mais severas. No ano 138, adotou Antonino, que lhe sucedeu o trono com o nome de Antonino Pio. Adriano (Imperador romano) faleceu em Baias, Itália, no dia 10 de julho de 138. Foi sepultado no Mausoléu de Adriano, que mandou construir em Roma, no ano 135, hoje conhecido como Castelo de Sant Angelo.
  • TADINI  RICO COLAR EM MICROPÉROLAS DISTRIBUIDAS EM NOVE FIEIRAS REMATADAS POR PEDANTIFE EM OURO 18K COM FARTA CRAVAÇÃO DE BRILHANTES  EXTRA MUITO BRANCOS E PUROS E TURMALINA ROSA LAPIDADA EM FEITIO DE CORAÇÃO. SÃO 64 BRILHANTES 8 X 8 , QUATRO BRILHANTES COM LAPIDAÇÃO QUADRADA E 8 BRILHANTES COM APROXIMADAMENTE 10 PONTOS. O ROBUSTO FECHO TAMBÉM EM OURO 18K  SEGUE O PADRÃO DECORATIVO DOS TERMINAIS QUE ENVOLVEM O PEDANTIFE. O CORAÇÃO DE TURMALINA ROSA É MAGNIFICO (TEM 20 MM DE COMPRIMENTO). O COLAR TEM 39 CM DE COMPRIMENTO E PESA 61.2 GNOTA: Nas jóias TADINI sempre me encantou a qualidade do trabalho mas salta aos olhos a vivacidade das pedras, o explendor das gemas escolhidas pela excelência que valorizam de maneira definitiva o trabalho do ourives. Por isso quando chegam as minhas mãos jóias desse prestigiado joalheiro, raramente deixo de identificar o artífice em um primeiro olhar, até mesmo sem o auxílio de lente.
  • TADINI - LUMINOSO ANEL EM PLATINA  COM CRAVAÇÃO DE ESMERALDAS E BRILHANTES. SAO NOVE BRILHANTES TOTALIZANDO APROXIMADAMENTE 1 CT  E 7 ESMERALDAS COM 0,8 CT. COMO SEMPRE EM SE TRATANDO DE JÓIAS TADINI CHAMA ATENÇÃO A QUALIDADE DAS PEDRAS! 5,4 G  ARO 16
  • TADINI - PORTENTOSO ANEL EM OURO 18 K COM CRAVAÇÃO DE BRILHANTES EM NAVETE. SÃO OITO LINDAS PEDRAS DE MUITA VIDA E QUALIDADE QUE TOTALIZAM APROXIMADAMENTE 80 PONTOS. ARO 16. 5,1 G
  • ELEGANTE BULE EM BRATA DE LEI COM MARCAS PARA A ITALIA, INICIO DO SEC. XX.  (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI) REQUINTADO FEITIO ALONGADO E ARQUITETURA EM FACETAS.. TAMPA BASCULANTE COM PEGA PINHIFORME . ITÁLIA, INICIO DO SEC.XX. 26 CM DE ALTURA. 660 G
  • ELEGANTE ACUCAREIRO  EM PRATA DE LEI COM MARCAS PARA A ITALIA, INICIO DO SEC. XX (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI). REQUINTADO FEITIO ALONGADO E ARQUITETURA EM FACETAS.. INTERIOR COM VERMEIL. ITÁLIA, INICIO DO SEC.XX.  16  CM DE ALTURA. 472 G
  • BACCARAT  MAJESTOSO PAR DE CASTIÇAIS EM CRISTAL REMATADO EM ESMALTES E OURO. GRANDES PINGENTES LAPIDADOS A TODA VOLTA. CÚPULAS REMATADAS EM OURO E TAMBÉM LAPIDADAS;  FRANÇA, SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. 58 CM DE ALTURA. Um pingente está ausente mas tal fato não é notado pela profusão de peças. Uma das cúpulas tem pequeno bicado na borda, detalhe que também se perde no conjunto dessas peças faustosas e imponentes.
  • ELEGANTE JARRA EM BRATA DE LEI COM MARCAS PARA A ITALIA, INICIO DO SEC. XX (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI). REQUINTADO FEITIO ALONGADO E ARQUITETURA EM FACETAS.. ITÁLIA, INICIO DO SEC.XX.  23 CM DE ALTURA. 562 G
  • LINDA CREMEIRA EM BRATA DE LEI COM MARCAS PARA A ITALIA, INICIO DO SEC. XX (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI). REQUINTADO FEITIO ALONGADO E ARQUITETURA EM FACETAS.. INTERIOR COM VERMEIL . ITÁLIA, INICIO DO SEC.XX.  13 CM DE ALTURA. 275 G
  • MEISSEN - LINDO BOWL DE APARATO  EM PORCELANA DE MEISSEN  (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI)  SUNTUOSAMENTE DECORADO COM CACHOS DE UVA E PARRAS RELEVADOS RECOBERTOS EM OURO. BORDA FENESTRADA. ALEMANHA, SEC. XIX. 28 CM DE DIAMETRO
  • THEODORE HAVILAND  LIMOGES COM MARCA DO IMPORTADOR CASA MICHEL SÃO PAULO. LINDO APARELHO DE JANTAR EM PORCELANA COM REQUINTADA DECORAÇÃO COM GUIRLANDA DE LAURÉU E PEROLADO. REQUINTADA BORDA RELEVADA SIMULANDO PALHA TRANÇADA NA BORDA. ARREMATES EM OURO. DOTADO DE  50  PEÇAS SENDO : 18 PRATOS RASOS, 12 PRATOS FUNDOS, 12 PRATOS DE SOBREMESA, 1 LINDA SOPEIRA, 7 PEÇAS DE SERVIÇO DIVERSAS INCLUSIVE UMA TRAVESSA COM DEPOSITO PARA MOLHO.
  • ASPREY -  REQUINTADO PORTA CAVIAR EM METAL ESPESSURAOD A PRATA COM FRASCO EM CRISTAL ARTISTICAMENTE LAPIDADO. MARCAS DA EXCLUSIVA MANUFATURA DE ASPREY.  EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO! LONDRES, INGLATERRA, 23 CM DE DIAMETRONOTA: Asprey , anteriormente Asprey & Garrard Limited , é uma designer, fabricante e varejista de joias, prataria , artigos domésticos, artigos de couro, relógios e varejista de livros com sede no Reino Unido . Com sua principal loja localizada em Mayfair , Londres , a Asprey é uma varejista de luxo para clientes da realeza e famosos. Possui um Mandado Real do Príncipe de Gales renovado para o REI CHARLES  III também colaborou com a Fórmula 1 em linhas de produtos.
  • REQUINTADO MOINHO DE PIMENTA PARA MESA  EM PRATA DE LEI (EX COLELÇÃO LUCIANO TADINI) COM MARCAS DE CONTRASTE PARA CIDADE DE BIRMINGHAM, LETRA DATA 1906, PERÍODO EDUARDIANO.  PRATEIRO WILLIAN DEVENPORT REGISTRADO EM 1893. INGLATERRA, 1906. 8 CM DE ALTURA.
  • LINDA CÔMODA LOMBARDA EM MADEIRA REVESTIDA EM RÁDICA (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI). MOVIMENTO BOMBE E CONTRABOMBE. QUATRO GAVETAS SOBREBOSTAS. ITALIA, SEC. XIX. 100 X 137 X 63 CM. Este movel necessita de ser retirado na cidade de São Paulo região dos Jardins
  • TABULEIRO BAR EM PRATA DE LEI E MADEIRA REVESTIDA EM RÁDICA (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI). MARCAS DE CONTRASTE  PARA CIDADE DE LONDRES, LETRA DATA 1904 E PRATEIRO THOMAS BRADBURY & FILHOS. ELEGANTE BORDA FENESTRADA EM PRATA DE LEI COM ALÇAS INCISAS. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS TAMBEM EM PRATA DE LEI. PLANO COM ELABORADA MARCHETARIA TENDO AO CENTRO FIGURA DE CONCHA MARINHA, ACOMPANHA BASE EM MADEIRA  COM FECHAMENTO EM X. INGLATERRA, 1904. 56 CM DE DIAMETRO. PEQUENA PERDA NA RÁDICA NO CENTRO DO TABULEIRO. Thomas Bradbury & Filhos
  • ELISEU VISCONTI  PAISAGEM COM PONTE  (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI)  TECNICA CRAYON. ASSINADO CANTO INFERIOR ESQUERDO. PROVAVELMENTE PAISAGEM FRANCESA. PRIMEIRA DÉCADA DO SEC. XX. 15 X 11 CM  (SEM CONSIDRAR O TAMANHO DA MOLDURA) COM A MOLDURA TEM 39 X 34 CMNOTA: Eliseu dAngelo Visconti nasceu em 30 de julho de 1866, na Vila de Santa Catarina, Comuna de Giffoni Valle Piana, Província de Salerno, Itália. Filho de Gabriel dAngelo e de Christina Visconti, teria imigrado para o Brasil com um ano de idade. Uma carta de próprio punho, encaminhada por Eliseu Visconti em 26 de agosto de 1938 a Oswaldo Teixeira, à época diretor do Museu Nacional de Belas Artes, constitui o único documento que faz menção ao ano em que Visconti imigrou. De seu texto, depreende-se que sua vinda para o Brasil teria ocorrido em 1873, aos sete anos de idade, portanto. Visconti menino foi trazido por influência de D. Francisca de Souza Monteiro de Barros, a baronesa de Guararema, aluna de pintura de Victor Meirelles e que se tornaria grande incentivadora e protetora de Visconti. Em tratamento de saúde na Itália, a baronesa convence a família de Eliseu a deixá-lo vir para o Brasil, juntamente com sua irmã Marianella. Aqui já se encontravam seus irmãos maiores, Tobias, Afonso e Anunciata. Eliseu Visconti instala-se inicialmente na Fazenda São Luiz, em São José de Além Paraíba, de propriedade de Luiz de Souza Breves, o barão de Guararema. Se a intenção do barão e da baronesa ao trazer Visconti e seus irmãos era ter ajuda na lavoura de café, a afeição da baronesa pelos cinco italianinhos frustraria esses planos e logo os afastaria da fazenda, em busca de uma formação que nada tinha a ver com o trabalho rural. E esse amor maternal, explícito em cartas da boa senhora, certamente ajudou Eliseu a superar a ausência dos pais, que nunca vieram ao Brasil. Eliseu vem jovem para o bairro do Andaraí, no Rio de Janeiro, e estuda música no Club Mozart, na Rua da Constituição, com o compositor Vincenzo Cernicchiaro. Mas foram as lições de solfejo com Henrique Alves de Mesquita, interrompidas com a irritação do maestro a cada nota desafinada, que afastariam Eliseu definitivamente da música. E o precoce talento pelas artes plásticas finalmente prevaleceu, após a baronesa ver um de seus desenhos, representando a figura de uma camponesa romana. A conselho de sua protetora, Visconti deixa de frequentar as aulas de música e abraça os estudos de desenho e pintura. Naqueles idos de 1882, a baronesa era a proprietária do antigo solar da marquesa dos Santos, em São Cristóvão, hoje Museu do Primeiro Reinado. Lá conservava precioso acervo de arte, com certeza mais um incentivo ao jovem Visconti. A matrícula no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro viria ainda no ano de 1882. Tobias dAngelo, irmão de Eliseu, por conta de sua atuação no jornal que fundara voltado à colônia italiana, La Voce del Popolo, mantinha amizade com o poeta Otaviano Hudson. E o poeta ligaria seu nome às artes plásticas ao encaminhar Eliseu com uma carta de apresentação a Francisco Bethencourt da Silva, fundador do Liceu, instituição voltada para atender estudantes de classes menos favorecidas. Os trabalhos de Visconti, além de valerem-lhe dos colegas o apelido de papamedalhas, despertaram a atenção dos professores do Liceu, entre os quais Victor Meirelles, José Maria de Medeiros, Estevão Roberto da Silva, Belmiro de Almeida e Pedro José Peres. Sem abandonar o Liceu, ingressa na Imperial Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro em 1885, estimulado por D. Pedro II. O imperador, um ano antes, em uma de suas visitas ao Liceu, impressionado que ficara com uma escultura de Visconti intitulada As Romãs, havia aconselhado o jovem Eliseu a continuar seus estudos na Academia: Por que o senhor não entra na Academia? O senhor deve continuar, deve entrar o quanto antes na Academia. Foram as palavras de D. Pedro II ao ser apresentado a Visconti por Estevão Silva, durante solenidade no Liceu Imperial de Artes e Ofícios. O imperador gostava de pessoalmente distribuir os prêmios aos alunos da Instituição. Na Academia, Visconti teria novamente como professores Victor Meirelles e José Maria de Medeiros, e ainda Zeferino da Costa, Henrique Bernardelli e Rodolpho Amoedo. Mas receberia a última recompensa do Liceu em 1886, novamente das mãos do imperador, que lhe entrega o prêmio da Medalha de Prata em Ornatos e acrescenta: Vejo que o senhor progride. Isto me causa grande satisfação. Quando entra para a Academia? Visconti, emocionado por ter sido reconhecido pelo imperador, gagueja e não consegue agradecer a D. Pedro II nem lhe comunicar que já ingressara na Academia. Anos depois, o agradecimento viria em forma de homenagem, quando Visconti, já em plena República e mesmo sofrendo críticas, inclui a figura do imperador no pano de boca do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Durante sua permanência na Academia, Visconti receberia prêmios que, se analisados qualitativamente, denotavam uma tendência que resultaria na grande conquista do prêmio maior, o da viagem ao exterior. Visconti adquiriu sólida formação artística que, aliada ao seu temperamento inquieto, faria com que participasse de episódios marcantes, prenúncio do surgimento de um artista com personalidade renovadora, sempre aberto a novas experiências. Após a proclamação da República, como reflexo dos momentos de transição política, a Academia de Belas Artes foi palco de intensos debates entre grupos de professores e jovens alunos que propunham caminhos alternativos para a reforma a ser empreendida na Academia. Lutava-se contra as normas de ensino então vigentes, herança da missão artística francesa de 1816. O grupo dos modernos, dentre os quais se alinhavam Eliseu Visconti, José Fiúza Guimarães e Rafael Frederico, pressionavam por uma ampla reforma dessas antigas normas, bastante defasadas das ideias mais arejadas trazidas da Europa pelos professores Rodolpho Bernardelli e Rodolpho Amoedo. Por exemplo, o regimento interno da Academia exigia que as aulas se desenvolvessem no recinto da Escola, impedindo o contato direto do artista com a natureza. Foi contra medidas desse tipo, somadas ao fato de os mestres não buscarem renovação, limitando-se ao aperfeiçoamento formal, que Eliseu Visconti e seu grupo se insurgiram. Queriam também os modernos que fossem restabelecidas as provas para Prêmio de Viagem à Europa, interrompidas desde 1884. Enquanto isso, os positivistas, mais radicais, pregavam mesmo a extinção da Academia, instituição que consideravam anacrônica, pleiteando inteira liberdade aos aspirantes das artes, sem sujeitarem o caráter aos corruptos processos do regime acadêmico. Dentre os positivistas estavam Montenegro Cordeiro, Décio Villares e Aurélio de Figueiredo. Num terceiro grupo, na defesa das normas tradicionais de ensino, reuniam-se os conservadores. Assembleias realizadas em 16 e 21 de junho de 1890, das quais participam alunos e professores da Academia, indicam uma primeira aproximação entre modernos e positivistas. E em meados daquele ano, um projeto comum, fruto de acordo entre os dois grupos, era encaminhado a Benjamin Constant, ministro do Interior encarregado da reforma da Academia. Ainda assim, talvez com o intuito de pressionar o governo e apressar a reforma, em 15 de julho daquele ano, os modernos, acompanhados pelos professores com eles afinados, afastam-se da Academia e fundam o Ateliê Livre. Montado inicialmente num barracão construído no Largo de São Francisco, o Ateliê Livre, após dois meses de funcionamento, transferiu-se para um sobrado à Rua do Ouvidor. O curso de pintura do Ateliê, ministrado por Rodolpho Amoedo e pelos irmãos Bernardelli, logo despertou a curiosidade de artistas já formados, dentre os quais João Batista Castagneto, várias vezes visto visitando o antigo sobrado. Finalmente, em 8 de novembro de 1890, o governo da República terminou por aprovar a reforma proposta pela comissão encabeçada por Rodolpho Bernardelli e Rodolpho Amoedo. É criada a Escola Nacional de Belas Artes e os dois professores da comissão são nomeados diretor e vice-diretor da Escola, respectivamente. Os professores Victor Meirelles, Pedro Américo, Maximiano Mafra e Moreira Maia, ligados ao antigo regime, aposentam-se. O movimento dos modernos, ao qual Eliseu Visconti se engajara com o entusiasmo dos seus 23 anos, acabara por atingir o grande Victor Meirelles, seu mestre e por quem Visconti daria mostras de enorme admiração por toda a sua vida. Sobre a tela A Primeira Missa no Brasil, de Victor Meirelles, Visconti diria a Frederico Barata: em qualquer lugar do mundo este monumento deveria estar sozinho em uma sala, onde só ele dominasse, só ele fosse visto, sem que nada distraísse o olhar de sua esplêndida grandeza. Com o fechamento dos cursos do Ateliê Livre, seus integrantes podiam agora retornar à escola oficial. Mas antes de abandonar o prédio da Rua do Ouvidor, organizam uma exposição coletiva inaugurada no dia 26 de novembro, contendo trabalhos de filiados ao movimento e que contou com a colaboração financeira de simpatizantes e patrocinadores do Ateliê Livre, como Fonseca Araújo, Luiz de Rezende e José do Patrocínio. Organizada nos moldes do Salon des Indépendants dos impressionistas franceses, a mostra atraiu numeroso público, destacando-se como expositores Eliseu Visconti, Rafael Frederico, José Fiúza Guimarães, Bento Barbosa e França Júnior.O orgulho do jovem Eliseu em participar daquela experiência contestadora ficou registrado em uma pintura sua, datada de 24 de setembro de 1890, na qual se pode ler: Atelier Livre, e a dedicatória a Julio de Magalhães Macedo, colega que com ele fez parte da primeira lista de inscritos para o curso livre de pintura. Cabe assinalar que Frederico Barata registra em seu livro o ano de 1889 como o da formação do Ateliê Livre e da realização da exposição coletiva. No entanto, Ana Maria Tavares Cavalcanti demonstra, através de consultas a edições da época do jornal O Paiz, que houve equívoco de Frederico Barata no registro dessas datas, equívoco repetido por aqueles que utilizaram o livro do eminente jornalista e crítico de arte como fonte de consulta. Também o termo modernos, utilizado por Frederico Barata para designar o grupo de professores e alunos que lutavam por uma reforma nos regulamentos da Academia, não foi encontrado pela pesquisadora, fazendo os jornais da época menção aos grupos dos novos e dos positivistas. Ao finalizar seus estudos no Brasil, Visconti já estava capacitado tecnicamente diante das questões da pintura então em voga na Escola. Essa maturidade pode ser percebida na paisagem Mamoeiro, com a qual o artista conquista, ainda em 1889, a Medalha de Ouro em Pintura. Nessa obra já se apresentam aspectos que seriam constantes na produção de Visconti, como, por exemplo, o manejo da cor. As qualidades de Visconti seriam confirmadas pela sugestão de compra de duas de suas obras para integrar a nova galeria da Academia, fato marcante se considerada sua então condição de estudante. Em 1892 é organizado o primeiro concurso da República, tendo como prêmio a concessão de bolsa de estudos na Europa. Eliseu Visconti, que tanto lutara por ver restabelecido esse prêmio, participa e vence o concurso, sendo o primeiro pensionista da República pela Escola Nacional de Belas Artes. (https://eliseuvisconti.com.br/primeiros-tempos-1866-1892/)
  • EBERLE - (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI) DOZE GARGOS PARA BOLO EM PRATA DE LEI TEIOR 900. BRASIL, SEGUNDA METADE DO SEC. XX. 14 CM DE COMPRIMENTO. 273 G
  • FORMIDÁVEL ESPELHO COM MOLDURA EM MADEIRA ARTISTICAMENTE ENTALHADA. ESTILO E ÉPOCA PROVANCE ITALIANA, INICIO DO SEC. XVIII (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI). A MOLDURA ARTISTICAMENTE ENTALHADA DESTACA-SE POR APRESENTAR TRES LINDOS PÁSSAROS ESCULPIDOS EM MEIO A BELISSIMAS ROCAILLES VEGETALISTAS. PROVANCE, INICIO DO SEC. XVIII. 143 X 105 CM. Necessita de ser retirado em São Paulo na região dos Jardins.
  • CHARLES JAMES ALLEN & SIDNEY DARWIN  (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI) CONJUNTO PARA ENTRADAS EM METAL ESPESSURADO A PRATA E OURO. CABO EM MADREPÉROLA. UM AUNTENTICO CONJUNTO DE PEÇAS COM TIPICA ESTÉTICA EDUARDIANA ALIANDO PRATA E MADREPÉROLA. SÃO DOZE FACAS E NOVE GARFOS. INGLATERRA, PRIMEIRA DÉCADA DO SEC. XX. 19 CM DE COMPRIMENTO (FACAS)NOTA: Charles James Allen (1853-1938) e Sidney Darwin (1851-1928) uniram forças em 1887. Allen nasceu em Kentish Town, Londres, filho de Charles Vincent Allen, um joalheiro, e de sua esposa, Amy. O primeiro trabalho de Allen quando adolescente foi como clicker no comércio de botas. Darwin nasceu em Sheffield, filho de William Darwin, um carpinteiro, e de sua esposa, Elizabeth. Ele era neto de John Darwin, proprietário da Elsecar Ironworks, e trabalhou para várias empresas antes de conhecer Allen. Ele foi aprendiz da Walker & Hall e depois ocupou cargos gerenciais na James Deakin & Sons , Lee & Wigfull e em uma empresa de prata de Londres. Allen & Darwin especializou-se em produtos de prata e folheados, registrando marcas de prata no Sheffield Assay Office em 1887 e 1892. A empresa estava sediada em Portland Works, 55 Arundel Street, e antes de 1914 tinha um escritório em Londres na área de Hatton Garden/Holborn. A parceria fabricava facas de prata para frutas, escultores de peixe, facas de sobremesa e artigos em caixas.   Sidney Darwin, Ravencliffe, Ranmoor, morreu em 21 de fevereiro de 1928, aos 76 anos. Conservador e maçom (Lojas Milton e Wentworth), dizia-se que "uma vida tranquila era mais do seu gosto do que uma atividade pública" (Sheffield Daily Telegraph, 22 Fevereiro de 1928). Ele foi enterrado em Fulwood, deixando  20.727. A parceria foi dissolvida naquele ano e redenominada como Allen. Charles James Allen, Union Lane, morreu em 15 de abril de 1938, aos 84 anos. Ele deixou  48.943 e foi enterrado em Ecclesall. Seu filho, Laurence Allen (1894-1961), tornou-se o proprietário da empresa  mais tarde baseada em Portland Works, Randall Street. Laurence morava na Barnet Avenue, Bents Greens, e morreu em 27 de janeiro de 1961. Ele deixou  5.731. A marca da empresa era uma ampulheta
  • PRATA DE LEI EDUARDIANA (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI). CONJUNTO DE FACAS E GARFOS PARA ENTRADAS.EM PRATA DE LEI COM VÍVIDO VERMEIL E CABOS EM MADREPEROLA. MARCAS DE  CONTRASTE  PARA CIDADE DE  CHESTER, LETRA DATA 1906 (PERÍODO  EDUARDIANO). PRATEIROS WALKER & HALL. FACAS TEM LAMINAS ARTISTICAMENTE TRABALHADAS EM PRATA DE LEI E VERMEIL. SÃO ONZE FACAS E CINCO GARFOS.  INGLATERRA, 1906, 695 G (PESO TOTAL)

590 Itens encontrados

Página: