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  • FABULOSA FONTE DE PAREDE COM FEITIO DE MASCARON ESCULPIDO EM MÁRMORE APRESENTANDO CABEÇA DE LACAIO (COMPLETA UM PAR COM A APREGOADA NO LOTE A SEGUIR). CONCEBIDA PARA UM JARDIM PARTICULAR FORMAL FRANCÊS ACOMPANHA O MODISMO DESSE TIPO DE ADEREÇO EM VOGA NA FRANÇA NO REINADO DE LOUIS XV. CABELOS ENCARACOLADOS E ROSTO DRAMÁTICO FRUTO DE VIRTUOSA ESCULTURA. DA BOCA ENTREABERTA JORRA ÁGUA QUE ALIMENTA A FONTE.  ESSA GRANDE FONTE É UM ELEMENTO ARQUITETÔNICO QUE REMETE AO PERÍODO ÁUREO  DO BARROCO FRANCES EM QUE SE MOSTRAM MAIOR FAUSTO E QUALIDADE NA PRODUÇÃO ARTÍSTICA. FRANÇA, SEC. XVIII. 55 X 40 X 30 CMNOTA: Se o barroco italiano influencia artistas franceses, o século XVII vê o nascimento de um vocabulário de arte francês emprestado do classicismo e referências ao estilo antigo que gradualmente terá uma influência na escala européia. A partir da segunda metade do século XVII, Paris substituiu Roma como a capital artística da Europa, um papel que não deixará até o século XX. A arte francesa do século XVII é geralmente chamada de barroca, mas de meados ao final do século XVII, o estilo da arte francesa mostra uma aderência clássica a certas regras de proporção e sobriedade não características do barroco como era praticado na Europa do Sul e do Leste. durante o mesmo período. O nome de Grand Siècle (Grande Século) designa na França o século XVII, que é um dos períodos mais ricos da história deste país. Usada pela primeira vez para descrever o reinado de Luís XIV (1661-1715), a historiografia agora a aplica a um período mais longo que abrange todo o século XVII e vai desde o reinado de Henrique IV  que vê a recuperação da autoridade real e o fim de as guerras de religião  até a morte de Luís XIV, que é de 1589 a 1715. Durante este período marcado pelo absolutismo monárquico, o reino da França domina ou, na sua falta, marca duradouramente a Europa graças a sua expansão militar e sua crescente influência cultural. Na segunda metade do século, as cortes da Europa em busca de radiação, principesco ou real, tomam como modelo o do Rei Sol e seus atributos. Língua, arte, moda e literatura francesa espalhadas pela Europa. Uma influência francesa muito influente que também marcará todo o século XVIII. No entanto, sob Luís XIV, o Barroco como era praticado na Itália não era de gosto francês (a famosa proposta de Bernini para redesenhar o Louvre foi rejeitada por Luís XIV). Através de propaganda, guerras e grandes obras arquitetônicas, Louis XIV lançou um vasto programa projetado para a glorificação da França e seu nome. O Palácio de Versalhes, inicialmente um pequeno pavilhão de caça construído por seu pai, foi transformado por Luís XIV em um maravilhoso palácio para festas e festas. O arquiteto Louis Le Vau, o pintor e designer Charles Le Brun e o paisagista André Le Nôtre criaram maravilhas: as fontes dançavam; foliões errantes descobriram grutas escondidas nos jardins. O ímpeto inicial para essa transformação de Versalhes é geralmente ligado ao castelo particular Vaux-le-Vicomte, construído para o ministro da Fazenda de Luís XIV, Nicolas Fouquet. Tendo oferecido um luxuoso festival para o rei na residência recém-terminada em 1661 (Le Brun, Le Vau, Le Nôtre, o poeta La Fontaine, o dramaturgo Molière estava sob o patrocínio de Fouquet), o ministro foi acusado de apropriação indébita de fundos e condenado à prisão perpétua. Os arquitetos e artistas sob seu patrocínio foram todos colocados para trabalhar em Versalhes. Nesse período, o ministro de Louis, Jean-Baptiste Colbert, estabeleceu o controle real sobre a produção artesanal na França; daí em diante, a França não compraria mais bens de luxo do exterior, mas estabeleceria, ela mesma, o padrão de qualidade. Esse controle também foi visto na criação de uma academia de pintura e escultura, que manteve uma hierarquia de gêneros na pintura (o mais nobre, segundo André Félibien em 1667, sendo pintura histórica), um forte uso da retórica pictórica e um senso estrito de decoro no assunto. A influência francesa também é evidente nas outras artes: o designer de jardins André Le Nôtre cria a fórmula canônica do jardim francês que se espalha rapidamente por toda a Europa. O jardim francês ou à la française, dos quais os jardins de Versalhes, Vaux-le-Vicomte e Chantilly (todos de André Le Nôtre) são ótimos exemplos, eram um modelo de jardinagem, oposto ao inglês e conquistou o mundo inclusive a Itália berço artístico do mundo ocidental até então. Da palavra árabe rímel, e do italiano mascheron , Mascaron, significa 'grande máscara grotesca', ou seja, significa bufonaria.Originárias do balé de máscaras italiano, retiradas da Antiguidade Greco-Latina por artistas renascentistas, elas desempenhavam um papel de guardião. Além disso, foram utilizados como modelo decorativo em toda a França e Europa. Embora poucas fontes tenham sido construídas nas cidades francesas, onde a água geralmente era retirada diretamente do rio ou de poços. muitas fontes foram construídas em jardins particulares dos palácios da aristocracia. As fontes de parede foram construídas na nascente ou contra a parede do edifício. Eles tinham um reservatório de água que era enchido por gravidade, e então a água saía de bicas, ou cânones , muitas vezes decoradas com mascarons, ou máscaras, em forma de cabeças de humanos, animais ou monstros. Em 1662, o rei Luís XIV de França começou a construir um novo tipo de jardim, o Garden à la française , ou jardim formal francês, no Palácio de Versalhes . Neste jardim, a fonte desempenhou um papel central. Ele usou fontes para demonstrar o poder do homem sobre a natureza e para ilustrar a grandeza de seu governo. Nos Jardins de Versalhes , em vez de cair naturalmente em uma bacia, a água era atirada para o céu, ou formada em forma de leque ou buquê. A água dançante foi combinada com música e fogos de artifício para formar um grande espetáculo. Estas fontes foram obra dos descendentes de Tommaso Francini , o engenheiro hidráulico italiano que veio para a França na época de Henrique IV e construiu a Fonte dos Médici e a Fonte de Diana em Fontainebleau .Duas fontes eram as peças centrais dos Jardins de Versalhes, ambas retiradas dos mitos sobre Apolo, o deus sol, emblema de Luís XIV, e ambas simbolizando o seu poder. A Fontaine Latone (166870) desenhada por André Le Nôtre e esculpida por Gaspard e Balthazar Marsy, representa a história de como os camponeses da Lícia atormentaram Latona e seus filhos, Diana e Apolo , e foram punidos ao serem transformados em sapos. Isto foi um lembrete de como os camponeses franceses abusaram da mãe de Luís, Ana da Áustria , durante a revolta chamada Fronda na década de 1650. Quando a fonte é ligada, jatos de água caem sobre os camponeses, que ficam frenéticos enquanto se transformam em criaturas. A outra peça central dos Jardins, na intersecção dos eixos principais dos Jardins de Versalhes, é o Bassin d'Apollon (1668-1671), desenhado por Charles Le Brun e esculpido por Jean Baptiste Tuby. Esta estátua apresenta um tema também retratado na decoração pintada da Sala dos Espelhos do Palácio de Versalhes: Apolo na sua carruagem prestes a sair da água, anunciado pelos Tritões com trombetas de concha. As historiadoras Mary Anne Conelli e Marilyn Symmes escreveram: "Projetada para um efeito dramático e para lisonjear o rei, a fonte é orientada de forma que o Deus Sol se levante do oeste e viaje para o leste em direção ao castelo, em contradição com a natureza."  Além destas duas fontes monumentais, os Jardins ao longo dos anos continham dezenas de outras fontes, incluindo trinta e nove fontes de animais no labirinto representando as fábulas de Jean de La Fontaine .Havia tantas fontes em Versalhes que era impossível fazer com que todas funcionassem ao mesmo tempo; quando Luís XIV fazia seus passeios, seus encarregados de fontes ligavam as fontes à sua frente e desligavam as que estavam atrás dele. Luís construiu uma enorme estação de bombeamento, a Machine de Marly , com quatorze rodas d'água e 253 bombas para elevar a água a trezentos pés do rio Sena , e até tentou desviar o rio Eure para fornecer água para suas fontes, mas o abastecimento de água nunca foi suficiente.
  • HENRY PICARD  (ATIVO ENTRE 1831 E 1864)  FORNECEDOR DO IMPERADOR NAPOLEÃO III - SEVRES  PALACIANO CENTRO DE MESA  COM GUARNIÇÃO EM BRONZE ORMOLU ASSINADA POR HENRY PICARD, FORNECEDOR DO IMPERADOR NAPOLEÃO III. PICARD FOI O GÊNIO DA FUNDIÇÃO E DOURAÇÃO EM SUA ÉPOCA NO AUGE DO IMPÉRIO FRANCÊS SUAS PEÇAS COMPÕE O ACERVO DO MUSEU DO LOUVRE. ESSE PRODIGIOSO CENTRO APRESENTA FUNDO EM AZUL CELESTE COM DUAS GRANDES RESERVAS SENDO UMA COM ALEGORIA DE QUERUBINS E NA FACE OPOSTA LUXURIANTES FLORES. O BRONZE É IMPRESSIONANTE POUCAS VEZES SE VERÁ TRABALHO DE TÃO MAGNIFICA QUALIDADE APRESENTANDO VOLUMOSAS ROCAILLES EXPLENDIDAMENTE DOURADAS A OURO. PEÇAS DE HENRY PICARD COM O NÍVEL DESSA APRESENTADA NO LEILÃO ATINGEM CIFRAS DE DEZENAS DE MILHARES DE LIBRAS, CHEGANDO EM ALGUNS CASOS A MAIS DE CEM MIL LIBRAS (VIDE EM: https://www.mayfairgallery.com/henri-picard ). FRANÇA, MEADOS DO SEC. XIX. 55 X 37 CM NOTA: Henri Picard foi um prestigiado fondidor e dourador do século XIX , que trabalhou em Paris entre os anos de 1831 e 1864. Picard era famoso por fundir e dourar objetos decorativos com uma produção de altíssima qualidade. Picard trabalhou para o escritório Defreville, além de colaborar com designers contemporâneos como Charles Perrault e Grault. Embora o artesão tenha sido encomendado por muitos patronos importantes, a conquista mais notável de Picard foi fornecer ao imperador Napoleão III objetos decorativos, vários dos quais ainda estão no Apartamento de Estado do Museu do Louvre, em Paris.
  • CIA DAS INDIAS FOLHA DE TABACO  REINADO QIANLONG (1736-1795) -  RARÍSSIMA TRAVESSSA EM PORCELANA DE EXPORTAÇÃO PADRÃO FOLHA DE TABACO. ARREMATES EM OURO. RICA DECORAÇÃO COM ESMALTES DA FAMÍLIA ROSA. DECORAÇÃO COM LARGAS FOLHAS E EXUBERANTE FLORES. BORDA RECORTADA, FEITIO BELISSIMO PEÇA DE ALTO COLECIONISMO INTERNACIONAL. CHINA, FINAL DO SEC. XVIII. 33 CM DE COMPRIMENTO NOTA: Conhecido no  Ocidente como folha de tabaco esse padrão foi provavelmente inspirado em uma planta da flora do Sudeste Asiático ou em um padrão têxtil asiático.  O padrão folha de tabaco surgido no final do sec. XVIII principalmente para o mercado inglês, americano, português e brasileiro, é o de porcelana Cia das Índias mais valorizado de todos os produzidos no período setecentista. Os ingleses o adoravam porque diziam que refletia as luzes das velas. George Washington também tinha peças desse serviço e são hoje em dia presença obrigatória nas coleções mais importantes do mundo.
  • FRACALANZA EM PRATA MACIÇA  FAQUEIRO EM PRATA DE LEI TEOR 900 MODELO PROVENÇÃL (CONHECIDO COMO MARAJOARA) ESTILO ART DECO APRESENTA DECORAÇÃO EM CINZELADOS VEGETALISTAS BASTANTE ELEGANTES. O FEITIO DAS PEÇAS É BELISSIMO. FORAM MUITO POUCOS FAQUEIROS PRODUZIDOS PELA FRACALANZA TOTALMENTE EM PRATA DE LEI (ERAM FEITOS SOB ENCOMENDA APENAS). COMPLETO PARA 12 PESSOAS COM 143 PEÇAS SENDO: 12 FACAS PARA JANTAR, 12 GARFOS PARA JANTAR, 12 COLHERES DE SOPA, 12 COLHERES PARA CHÁ, 12 COLHERES PARA CAFÉ, 12 COLHERES PARA SORVETE, 12 GARFOS PARA ENTRADAS, 12 FACAS PARA ENTRADAS, 12 FACAS PARA PEIXE COM LAMINAS TAMBEM EM PRATA DE LEI, 12 GARFOS PARA PEIXE. 11  LINDAS PEÇAS PARA SERVIÇO INCLUINDO UM PAR DE TALHERES  PARA SERVIR SALADAS COM PARTES ATIVAS EM FAUX TARTARUGA. ELEGANTES E EM EXCELENTE ESTADO DE CONSERVAÇÃO!  8610 G (PESO TOTAL)
  • PORTENTOSA FLOREIRA DE GRANDE DIMENSÃO COM SEU PRESNTOIR EM PRATA DE LEI COM MARCAS DE CONTRASTE ÁGUIA, PRATEIRO TOPAZIO. ELEGANTE CONTRUÇÃO COM EXUBENRANTES ROCAILLES. VEGETALISTA E CONCHEADOS. LINDA E GRANDIOSA!  O PRESENTOIR É DOTADO DE ESPELHO BIZOTADO E  ALMA EM MADEIRA. PORTUGAL INICIO DO SEC. XX. 59 CM DE COMPRIMENTO.  6320 G (PESO TOTAL)
  • PRATA DE LEI FRANCESA - MAX MUNDT  CHEFE DO TRAFEGO DA COMPANHIA PAULISTA NO SEC. XIX.  ATENTE PARA ESSE MAGNIFICO CONJUNTO. SERVIÇO DE CHÁ E CAFÉ EM PRATA DE LEI COM MARCAS DE CONTRASTE CABEÇA DE MERCÚRIO E DEDICATORIA PARA MAX MUNDT QUE NA SEGUNDA METADE DO SEC. XIX FOI RESPONSÁVEL PELO TRÁFEGO DA COMPANHIA PAULISTA DE ESTRADAS DE FERRO. O LINDO TABULEIRO COM INUSITADO FORMATO DE VIOLA  É DECORADO COM CAPRICHADAS FLORES E RAMAGENS. EM RESERVA CENTRAL UMA FLAMULA COM DEDICATÓRIA: OFFERECIDO PELO PESSOAL DO TRÁFEGO DA COMPANHIA PAULISTA ENTRE LAURÉIS AS INCIAIS MM DE MAX MUNDT CHEFE DO TRÁFEGO DA COMPANHIA PAULISTA NA SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. O CONJUNTO POSSUI ALÉM DO TABULEIRO CREMEIRA, CAFETEIRA, BULE DE CHÁ , AÇUCAREIRO PARA TORRÕES E AÇUCAREIRO PARA  AÇUCAR GRANULADO. TODAS AS PEÇAS SÃO MONOGRAMADAS. NAS NOTAS ABAIXO REPRODUZIREMOS UM TEXTO DO HISTORIADOR JORGE ALVES DE LIMA COM UMA CURIOSA NARRATIVA SOBRE UM CÉLEBRE CRIME OCORRIDO NA CIDADE DE CAMPINAS EM 1884 QUE CONTOU COM A AJUDA DE MAX MUNDIT PARA SER ELUCIDADO. FRANÇA, SEC. XIX.   67 CM DE COMPRIMENTO. 6240 GNOTA: As décadas de ouro da economia cafeeira, no final do século XIX em Campinas, não foram marcadas apenas pelo desenvolvimento urbano, pela riqueza e opulência, mas também por delitos julgados no Fórum local. Um dos crimes que marcaram a sociedade da época e teve repercussão nacional foi o assassinato de Manoel Vitorino de Menezes, um dos mais ricos capitalistas do Brasil. Este artigo recria o cenário e o desenrolar desse célebre homicídio. Em 1884, Campinas já era uma cidade pujante. Cercada de centenárias fazendas cafeeiras, de comércio diversificado e da nascente força industrial. Havia filiais de alguns bancos, mas uma parte significativa do movimento bancário era gerido pela agência do Banco Mercantil de Santos, cuja agência localizava-se na Rua do Bom Jesus, 9 (atual Avenida Campos Salles), cruzamento com a Rua do Rosário (atual Avenida Francisco Glicério). Esses e outros atributos econômicos traziam para cá capitalistas, industriais e homens de negócios interessados em novos investimentos. Um desses homens endinheirados a visitar Campinas foi Manoel Antônio Vitorino de Menezes, morador de Desterro (atual Florianópolis, SC), 50 anos, negociante de escravos e agiota, e que aqui mantinha negócios com José de Campos Salles, Antônio Carlos de Moraes Sales e José Rodrigues Ferraz do Amaral. No final de setembro de 1884, Vitorino de Menezes saiu de Desterro com destino ao Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas e Santos, de onde partiria de volta para a sua cidade, a bordo do navio da companhia de cabotagem. Acontece que ele desapareceu misteriosamente na última etapa de sua viagem de negócios. Não tardou para que as autoridades policiais de Santa Catarina buscassem informações sobre o paradeiro do milionário negociante. O Diário de Campinas publicou, na primeira página da edição de 27 de janeiro de 1885, a seguinte nota: Aos 30 de setembro de 1884, embarcou na cidade de Desterro, capital de Santa Catarina, o Sr. Manoel Antônio Vitorino de Menezes, capitalista daquela praça prometendo regressar dentro de 15 dias. O vapor que o conduziu foi o de nome Vitória, da Companhia do Espírito Santos e Caravelas Até a presente data, apesar das indagações feitas por cartas e telegramas, não tem sido possível saber onde se acha o Sr. Vitorino de Menezes Interessou-se pelo caso o jovem Antônio Duarte de Moraes Sarmento, talvez o pioneiro do jornalismo investigativo local. Soube o jornalista que Vitorino de Menezes hospedou-se no Hotel do Universo, de João Camillo Giraud, localizado na Rua Regente Feijó, 70. Para lá foi Sarmento a perguntar e anotar. Giraud confirmou o registro do desaparecido no dia 10 de outubro de 1884, uma sexta-feira, e colocou seus funcionários frente a frente com o jornalista. As mais valiosas informações vieram da entrevista com o copeiro Cassiano Fiuza. Ele contou que na noite de 10 de outubro, Vitorino de Menezes lhe pediu para coser o bolso do paletó e que, ao tomar a peça, percebeu que havia dentro dela uma letra de 30 contos de réis e mais 20 contos de réis em notas de 500, quantia que Fiuza afirmou jamais ter visto em toda a sua vida. O hóspede ainda lhe confidenciou que estava em Campinas para resolver negócios pendentes e que no dia 11, pela manhã, iria à agência do Banco Mercantil para falar com o gerente. Fiuza tinha mais informações: ao voltar da agência naquele dia, Vitorino de Menezes lhe contou que o gerente remarcara a reunião para o dia seguinte, domingo, em razão de atender o abonado com mais tranquilidade. Depois dessas revelações, o proprietário Giraud finalizou a reunião apontando que no dia 13, pela manhã, um mensageiro do gerente daquele Banco entregou-lhe a chave do quarto de Vitorino Menezes e uma carta pedindo que Giraud enviasse, pelo mesmo mensageiro, a conta das despesas e as bagagens do hóspede. Moraes Sarmento saiu do Hotel e dirigiu-se ao Banco, a fim de obter informações com o gerente, José Pinto de Almeida Júnior. O jornalista ouviu de Almeida Júnior que o negociante catarinense havia partido para Santos no trem das 7 horas da manhã do dia 13, segunda-feira, e que para evitar o atraso do seu cliente, propôs-lhe que pagasse a conta do hotel e que despachasse, pelo próximo trem, a sua bagagem. O jornalista finalizou o dia de trabalho na Estação de trens para encontrar com Max Mundt, o chefe do tráfego da Companhia Paulista, que confirmou a expedição da mala de Vitorino de Menezes para Santos, no dia 14 de outubro, terça-feira. Moraes Sarmento manteve o sigilo de sua investigação, mas assim que a completou prestou suas anotações e hipóteses ao delegado de polícia, João Gonçalves Pimenta. Finalmente, seis meses depois da abertura do caso, com a preciosa colaboração de Moraes Sarmento, o delegado de polícia de Campinas, João Gonçalves Pimenta, elucidou o misterioso desaparecimento do negociante de escravos Manoel Antônio Vitorino de Menezes. As peças se encaixaram após o depoimento de Indalécio Augusto de Vasconcelos, antigo funcionário do Banco Mercantil de Santos em Campinas. O informante não trabalhava mais na agência e residia em Araras, cidade distante cerca de 70 km da nossa Princesa dOeste. Vasconcelos era assistente do gerente e, no dia 12 de outubro, domingo, ele recebeu Vitorino de Menezes na agência e o conduziu até José Pinto de Almeida Júnior. Todavia, o chefe não quis a sua presença ali e o liberou pelo resto do dia. No dia seguinte, segunda-feira, ao apresentar-se para a rotina diária da agência, Indalécio foi informado pelo chefe de que Vitorino de Menezes tomou o trem das 7 horas para Santos e que, em vista do atraso do cliente para a viagem, o banco arcaria com as despesas do hotel e com o despacho da bagagem, sendo reembolsado posteriormente. Dias depois, porém, ao fazer uso da latrina da agência, Indalécio notou que haviam pequenas manchas parecidas com sangue no assoalho e que daquela fossa se desprendia fétido e nauseabundo odor. Ao comentar com o chefe, Almeida Júnior ordenou-lhe que deitasse ali quantas sacas de cal fossem necessárias, que providenciasse sua obstrução definitiva e a construção de nova latrina. Algumas semanas depois, Indalécio foi despedido do trabalho e, com a recompensa recebida, resolveu voltar para a sua cidade natal e recomeçar a vida. Meses depois, José Pinto de Almeida Júnior, o gerente, demitiu-se do Banco Mercantil de Santos em Campinas e não foi mais visto em Campinas e em Piracicaba, onde era filho de uma tradicional família local. João Gonçalves Pimenta precisava encontrar o corpo para encerrar o caso. No dia 27 de março de 1885, uma sexta-feira, o delegado convidou os representantes da imprensa, autoridades e demais pessoas influentes para assistirem a diligência de seus subordinados no prédio onde funcionava a agência do Banco Mercantil de Santos. Horas depois foi retirado do prédio o cadáver de Vitorino de Menezes. Ele trajava frack de alpaca lona preta e calças de casimira da mesma cor. Nos bolsos foram encontrados um relógio inglês com corrente de ouro, 64$500 réis em dinheiro, sendo uma nota de 50, uma de 10 e quatro de 1. Trazia em um dos dedos um anel com grande brilhante, que foi reconhecido pelo joalheiro local, Emílio Decourt. Ainda durante a exumação do cadáver, às 10 horas de 28 de março, sábado, o delegado recebeu do chefe de polícia da capital o seguinte telegrama: Almeida Pinto está preso e foi encontrado no Hotel de France calmamente tomando o seu café da manhã. O cadáver foi levado à sala de autópsia, onde os peritos notaram duas fraturas no crânio, uma ligando a região temporal com a frontal e a outra na união da temporal com a occipital, havendo nesta segunda fratura a perda da substância do osso. No lado esquerdo e posterior do tórax notaram, ainda, uma solução de continuidade de cerca de 7 cm de comprimento, que se verificou comprometer apenas a pele e os músculos intercostais. O exame cadavérico foi assinado pelo delegado Gonçalves Pimenta e os farmacêuticos Joaquim Correia de Mello e Rafael Gonçalves de Salles e, como testemunhas: Heitor Barboza, Leopoldo Amaral, Francisco Pacheco, Guilherme do Nascimento, Indalécio de Vasconcelos, Alberto Sarmento, Antônio Sarmento e Joaquim Toledo. No dia 9 de abril, quinta-feira, pelo expresso da tarde veio de São Paulo José Pinto de Almeida Júnior, escoltado por soldados. Diversos advogados foram consultados, mas Antônio Alves de Costa Carvalho e Francisco Quirino dos Santos aceitaram a causa do criminoso. Além de jurista, Francisco Quirino dos Santos foi jornalista, abolicionista, poeta, dramaturgo e notável tribuno republicano. O Ministério Público, na figura do promotor Albino José Barbosa de Oliveira, apresentou a denúncia. O processo foi a julgamento no dia 26 de março de 1886, uma sexta-feira. O caráter hediondo do crime havia provocado grande reação de toda a sociedade e vários jornalistas de São Paulo, a capital da província e do Rio de Janeiro, a Corte, estavam presentes em Campinas para acompanharem o desfecho do julgamento. A sala do Júri estava repleta. O promotor Barbosa de Oliveira tomou assento na tribuna acusatória ao lado do juiz José Joaquim Baeta Neves, presidente do Tribunal. O réu entrou na sala, pálido, barba crescida e com fios grisalhos, uma figura lúgubre ainda mais acentuada pelo traje em preto. Em seguida, o juiz começou interrogando o réu, ato que demorou pouco mais de 2 horas. Depois foram ouvidas as testemunhas, fase que iniciou às 2 horas da tarde e terminou já na madrugada do dia seguinte. Na mesma madrugada o promotor público iniciou a sua acusação, concluindo pela pena de morte. Aqui peço aparte para informar ao leitor que o Código Criminal do Império do Brasil, então vigente, previa mesmo a morte do réu como pena máxima para crimes terríveis. A defesa rebateu e contraditou os testemunhos avessos ao assassino. Finalmente, às 9h30 da manhã, o juiz deu a sentença: Em vista da decisão do Júri, condeno o réu José Pinto de Almeida Júnior à galés perpétuas, grau médio do artigo 271 do Código Criminal, ficando, porém, suspensa esta sentença por ter sido apelada para a relação do distrito, por força do artigo 449. O escrivão recomende o réu na prisão em que está, lance o seu nome no rol dos culpados e o faça pagar as contas. Sala do Júri de Campinas, aos 28 de março de 1886. (a.) José Joaquim Baeta Neves  presidente do Tribunal. Na verdade, o objetivo da defesa fora alcançado: livrar o réu da pena de morte, conseguido com 1 voto de absolvição entre os 12 jurados. Mas, para Francisco Quirino dos Santos, o defensor, a sua luta foi fatal para a sua saúde, já abalada. A 5 de maio de 1886 ele faleceu em São Paulo. Campinas perdeu um de seus grandes filhos, com 45 anos de idade. A data do novo julgamento foi designada para o dia 9 de junho, uma quarta-feira, agora com Toledo Pisa na defesa. Presidiu a nova sessão o juiz Inácio José de Oliveira Arruda. Depois de todos os atos já conhecidos, o Conselho de Sentença recolheu-se à sala de deliberação e, voltando rapidamente com a decisão, condenou o réu José Pinto de Almeida Júnior à pena morte. A sessão terminou com a leitura da sentença do juiz: Em conformidade da decisão do Júri, declarando o réu José Pinto de Almeida Júnior incurso no grau máximo do artigo 271 do Código Criminal, condeno o dito réu à pena de morte, à multa de 20% do valor roubado e às custas; suspenso, porém, qualquer procedimento, porquanto na forma da lei, apelo para o colendo Tribunal da Relação deste distrito. Sala das sessões do Júri, 10 de junho de 1886, (a.) Inácio José de Oliveira Arruda. Todavia, o Poder Moderador exercido pelo imperador D. Pedro II comutou a pena de morte em galés perpétuas, como eram conhecidas as penas de trabalhos forçados. Por fim, com a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, a pena de Almeida Júnior foi alterada para 30 anos, o que não impediu o infeliz condenado falecer na prisão, vítima de uma pertinaz moléstia.
  • MARFIM DE GOA  NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO  SINGULAR E GRANDIOSA IMAGEM DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO EM MARFIM COM MONUMENTAL BASE EM MADEIRA. A VIRGEM É APRESENTADA COM MÃOS POSTAS, MANTO ELEGANTEMENTE DRAPEADO E CABELOS CAINDO EM CASCATA SINUOSA EM SUAS COSTAS. CRESCENTE LUNAR SOB OS PÉS. A SANTA É ASSENTE SOBRE LINDA BASE EM MADEIRA, POSTADA SOBRE GLOBO QUE É ADORNADO POR ROCAILLES REVEVADSA. FINALIZA SOBRE QUATRO PÉS ME BOLA. GOA, POSSEÇAO PORTUGUESA NA INDIA, SEC, XVII OU PRINCIPIO DO XVIII. 66 CM DE ALTURA (COM A BASE) SOMENTE A IMAGEM 43 CM DE ALTURA
  • LANG YAO - BELO FLOREIRO EM PORCELANA DE LANG EM ESMALTE FLAMBE VERMELHO UNDERGLAZE (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI). FORMATO TIANQIUPING. MAGNÍFICA COMPOSIÇÃO DE CORES OBTIDAS COM A OXIDAÇÃO DE PIGMENTOS NATURAIS EM QUEIMA CONTROLADA EM MUFLA. CHINA, QIANLONG, SEC. XVIII. 40 CM DE ALTURA. TEM UM RESTAURO NA BORDA. NOTA: LANG TINGJI, foi nomeado pelo Imperador KANGXI, supervisor de porcelana nos fornos de Jingdezhen. A intenção do Imperador era a de recriar as famosas porcelanas monocromáticas do período Ming do SEC. XIV. Os chineses tem essa particularidade, um respeitoso culto aos ancestrais e suas conquistas. Edmund de Waal em seu livro O Caminho da Porcelana: A jornada de Uma Obsessão (recomendo muitíssimo) referencia assim essa respeitosa paixão pela memória dos ancestrais: Esse pode ser o ano em que alguém encomenda a fabricação de turíbulos que se parecem muito com os turíbulos feitos há trezentos anos. Esses por sua vez foram feitos para aludir bronzes de 900 anos atrás. Assim a devoção atravessa os séculos e as gerações. LANG TINGJI era extremamente dedicado e mergulhou fundo na tarefa que lhe foi destinada. O problema é que o pigmento de vermelho intenso que dá o tradicional aspecto vidrado dessas porcelanas conhecidas no mundo ocidental como sang de boeuf (sangue de boi) era feito a base de coral e ágata o que o tornava extremamente caro. O próprio fabrico era delicado, principalmente quanto ao processo de queima e a porcelana que LANG TINGJI finalmente conseguiu reproduzir, tinha uma margem de perda muito grande e passou a ser conhecida como 100 para 1 (a cada 100 peças somente uma era aproveitada). Mas esse custo não desmotivou o imperador KANGXI afinal ele era o grande imperador iniciador da dinastia QING. Ele era um homem 100 para 1. Tamanho era esse custo de produção que gerou um ditado sobre a porcelana de LANG como ficou então conhecida, em homenagem a seu redescobridor: Quer ficar pobre? Faça porcelana de Lang. Hoje nós conhecemos essa produção como LANG YAO.
  • TADINI - ESPLENDOROSO ANEL EM OURO 18 K COM CRAVAÇÃO DE SAFIRAS ORIENTAIS DE EXCEPCIONAL QUALIDADE E BRILHANTES EXTRAS MUITO BRANCOS E COM MUITA VIDA. ESTE SOFISTICADO ANEL TEM NAS DUAS EXTREMIDADES SAFIRAS NATURAIS DO CEILÃO COM LAPIDAÇÃO QUADRADA TOTALIZANDO APROXIMADAMENTE 2 CT. NO CENTRO UMA GRANDE SAFIRA ORIENTAL BIRMANESA COM 0,5 CT, EM TORNNO DA SAFIRA CENTRAL 18 BRILHANTES EXTRAS COM LAPIDAÇÃO QUADRADA.. ARO 17. 14,2 G
  • DANILO DI PRETE  INFINITO EM CHAMAS  (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI)  CACHE DA GALERIA COSME VELHO NO VERSO COM CERTIFICADO DE AUTENTICIDADE. OLEO SOBRE TELA. DATADE DE 1970. 46 X 55 CM.NOTA: O pintor, ilustrador e catazista Danilo di Prete, nasceu em Pisa, na Itália, em 1911. Autodidata, inicia suas pinturas pelo figurativismo, chegando a ilustrar episódios da II Guerra no Grupo de Artistas Italianos em Armas e, com eles, ilustra episódios da guerra na Albânia, Grécia e Iugoslávia.. . Sua pintura no período é figurativa, e entre os temas que explora fora do grupo predominam marinhas, naturezas-mortas e retratos. Chega ao Brasil em 1946, fixa-se em São Paulo, e por quatro anos dedica-se à atividade publicitária. Em 1951, participa da 1ª Bienal Internacional de São Paulo e conquista o prêmio nacional de pintura, com o quadro Limões. Motivado a trazer artistas do pós-guerra europeu ao Brasil, ele teria sugerido a Ciccillo Matarazzo (1898 - 1977) a idéia de uma bienal nos moldes da de Veneza. O artista não é citado por Yolanda Penteado (1903 - 1983), esposa de Matarazzo, em suas memórias, nem por Antonio Bivar, seu biógrafo, mas é consenso que ele atua no planejamento da exposição. Participa de outras doze bienais. Em 1965, volta a receber o prêmio nacional de pintura, na 8ª Bienal Internacional de São Paulo.  Apesar de sua obra conversar com características do movimento futurista, em suas cores intensas e certa exaltação à tecnologia, Di Prete foi abstracionista, buscando o movimento e a vibração da arte cinética. Experimentalista, ultrapassa o limite da tela, estruturando suas pinturas em relevo, primeiro com a própria tinta, e passando para a introdução de objetos como fios de nylon, ferro, arame, sucatas, etc. Pretendia a pintura cósmica, no período coincidente com a Corrida Espacial, combinando harmonicamente a temática do cosmos com a estética abstrata.
  • REQUINTADA MESA DE JANTAR EM MADEIRA RECOBERTA EM RÁDICA DE NOGUEIRA (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI) . TAMPO COM FEITIO OVAL. FUSTE CENTRAL TORNEADO SUPORTADO POR QUATRO PÉS ELEGANTEMENTE ENCURVADOS E FINALIZADOS EM RODÍZIOS. ITALIA, SEC. XIX. 160 X 120 X 76 CM Este móvel necessita de ser retirado em São Paulo Capital, Região dos Jardins
  • ANTONINUS PIUS (86-161 AC)  MAGNFICO BUSTO EM MÁRMORE BRANCO E VERMELHO APRESENTANDO HERMA DO IMPERADOR ANTONINO PIO. ASSENTE SOBRE COLUNA EM FLEXGLASS QUE ACOMPANHA O LOTE. EUROPA, INICIO DO SEC. XX. 84 X 73 CM (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DO PEDESTAL DE FLEXGLASS) ESSE LOTE NECESSITA DE SER RETIRADO EM SÃO PAULO CAPITAL NA REGIÃO DOS JARDINS.NOTA: Antonino Pio, foi imperador romano de 138 a 161. Foi o quarto dos cinco bons imperadores, sucedendo a Adriano, que o adotara como filho. Pertencente à gens Aurélia, foi denominado "Pio" pelo facto de ter insistido na deificação de seu predecessor Adriano e pai adotivo.Antonino exerceu o poder em contato com o senado, cujo papel cerimonial aceitava, ainda que não lhe cedendo qualquer parcela de poder real; ao contrário de Adriano, permaneceu em Roma durante todo o seu reinado. Realizou uma política de austeridade, sem grandes edificações ou conquistas militares - salvo um deslocamento para o norte da fronteira da Britânia, após as campanhas do general Quinto Lólio Úrbico, que resultou na construção de um novo muro, a Muralha de Antonino, ao norte da Muralha de Adriano, na fronteira entre as atuais Inglaterra e Escócia. Antonino Pio casou-se por volta de 110 - 115 com Ânia Galéria Faustina a Maior. Faustina era a filha de cônsul Marco Ânio Vero e Rupília Faustina (meia-irmã da imperatriz romana Víbia Sabina por parte da mãe, Matídia). Faustina foi uma formosa mulher, conhecida em Roma pela sua sabedoria. Passou toda a sua vida ao cuidado dos desfavorecidos
  • FLORIANO TEIXEIRA  OST  MENINA COM PÁSSAROS (EX COLEÇÃO LUCIANO TADINI) ASSINADO NA FRENTE E NO FUNDO DA TELA. TAMBEM NO FUNDO É DATADO 1971 E LOCALIZADO SALVADOR. CACHE DE A GALERIA HADOCK LOBO 1111 NO CHASSI. 25 X 25 CM (SEM CONSIDERAR O TAMANHO DA MOLDURA.). COM A MOLDURA TEM 45 X 45 CMNOTA: FLORIANO TEIXEIRA (1923-2000)  Cearense por hábito, mas nascido num município da baixada maranhense de nome Cajapió, em 1923,dia 8 de março, que no seu dizer fica numa região coberta por grandes pântanos, florestas, campos pastoris, rica em babaçu e folclore. Criado em São Luís, tendo realizado seus estudos no Grupo Escolar Sotéro dos Reis, depois o Liceu Maranhense, quando em 1935 após as primeiras aulas de desenho do professor Rubens Damasceno, realiza as suas primeiras aquarelas e executa caricaturas e histórias em quadrinhos. No ano de 40, já dentro do rol dos pintores, introduzido por J. Figueredo, estuda e documenta tipos populares e cenas das docas de São Luís, conhece a obra de EI Grego, que o fascina vivamente, especialmente pelo alongamento das figuras, quando em 41 ganha o 1 prêmio do I Salão de Dezembro. O amor pela pintura torna-se irreversível. Descobre os impressionistas franceses e expressionistas alemães.Em 1948, encarregado de fazer um levantamento e catalogação das gravuras, desenhos, e pinturas da coleção Artur Azevedo, manuseia obras de Daumier, Gavarni, Millet, entre outros e um ano depois, participa da fundação do Núcleo Eliseu Visconti, e descobre Portinari. Neste momento trava contrato com as técnicas de monotipia e da xilogravura. Mas São Luís vai um pouco além nesta história. Desta fase diz Milton Dias: Floriano aprendeu São Luís, aprendeu e amou e pintou seus sobrados, seus azulejos, suas ruas e ruelas, a gente culta e gentil, de correto falar. Aprendeu também o mar e o transpôs nos seus óleos, luz e sombra marinhas, altos e baixos, grandezas e loucuras azuis. As imagens que trazia, casas, plantas, pessoas, paisagens sertanejas, juntou habitantes da praia, homens, mulheres, crianças, pescadores, incorporou docas e cais ao seu mundo e era esse o apurado de lembranças, de vivências, emoção, de poesia, de sofrências e amor que carregava consigo, quando aportou em Fortaleza.Em 1950 muda-se para o Ceará. Funda com Antônio Bandeira o grupo Independência (1952), e um ano depois pinta para a Companhia Sul América um mural cujo tema é a vida rural cearense, para em seguida criar um painel triptico para o Cartório Martins, com tema histórico, a fundação do Ceará. Em Fortaleza toma parte ativa nos movimentos artísticos, faz xilogravuras para o jornal O Democrata, e mesmo à distância, elege Braque como mestre, cria cenários para o Teatro-Escola, e em 1956 realiza suas primeiras pinturas abstratas. Mas o Ceará é mais. Lá, conhece Alice, a mesma Alice que hoje sua mulher e mãe de seus sete filhos, eles que estão presentes como tema principal quando retorna ao figurativismo. Desta época vale salientar a criação do Museu de Arte da Universidade Federal do Ceará, em 1962, o qual foi seu primeiro diretor.E é do Ceará, participando de uma exposição de artistas nordestinos que chega a Bahia, para em 1965 ficar definitivamente. Floriano após tantos caminhos e exposições e prêmios, e que em paralelo ao desenho, pintura e gravura, exerceu a atividade de ilustrador de livros  são suas as capas dos 12 volumes da coleção de Obras Completas de Graciliano Ramos, os desenhos de Dona Flor, A Morte e a Morte de Quincas Berro D Águas, Milagre dos Pássaros, O Menino Grapiúna, todos de Jorge Amado, Maria Duzá de Lindolfo Rocha, e em depoimento para a Revista Exu, da Fundação Casa de Jorge Amado, em janeiro de 88, declara estar a sua arte mais madura, mais consciente. Não me situo em escola nenhuma  escolas são modismos e a gente observa que eles só se repetem. Eu pinto o que tenho vontade de pintar, o que sei pintar, e o que quero fazer naquele momento.
  • BARÃO DE ATALIBA NOGUEIRA  RARO PRATO RASO EM PORCELANA DECORADA NO ATELIER DE J. MANSARD EM PARIS. EXEMPLAR DESSE SERVIÇO ESTÁ REPRESNETANDO NO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL POR JENNY DREYFUS (PAG 243). BORDA RECORTADA REMATADA POR FRISO EM OURO. ENTRE A CALDEIRA E A ABA GRANDE MONOGRAMA COM AS INICIAIS AN ENTRELAÇADAS SOB CORONEL DE BARÃO COM GRANDEZA. PERTENCEU AO SERVIÇO DO BARÃO DE ATALIBA NOGUEIRA. NOTÁVEL CAFEICULTOR EM CAMPINAS. DESTACOU-SE TAMBÉM POR TER SIDO UM DOS FUNDADORES DA COMPANHIA MOGYANA DE TRENS QUE PRESIDIU POR 18 ANOS (1878-1896). FORMADO BACHAREL EM DIREITO NO LARGO DE SÃO FRANCISCO AOS 24 ANOS, FOI JUIZ MUNICIPAL EM CAMPINAS E VEREADOR PELO PARTIDO LIBERAL ENTRE 1861 E 1864. FOI CASADO COM DONA LUISA XAVIER DE ANDRADE, HERDEIRA DA FAZENDA JAGUARY, HOJE SANTA ÚRSULA, AINDA DE POSSE DE SEUS DESCENDENTES. SEU PALACETE PRÓXIMO A CATEDRAL DE CAMPINAS, AINDA SUBSISTE. OCUPANDO MEIA QUADRA POSSUI 25 COMODOS, TINHA ÁGUA ENCANADA E BANHEIROS PRIVATIVOS (UM LUXO IMPENSÁVEL PARA ÉPOCA). COSNTRUIDO EM FEITIO DE U TINHA UM PÁTIO COM FRONDOSA FIGUEIRA (VIDE NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE IMAGENS DO PALACETE). RECEBEU ALI A MELHOR SOCIEDADE PAULISTA. MEMORÁVEL FOI O ALMOÇO OFERECIDO A SANTOS DUMONT (SOBRE O QUAL DISCORREREMOS EM LOTES ADIANTE). CASOU DUAS DE SUAS FILHAS COM FILHOS DO CONSELHEIRO ALBINO JOSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA, PRIMO DE RUY BARBOSA QUE POR ESSE MOTIVO VISITAVA REGULARMENTE CAMPINAS E TORNOU-SE AMIGO DOS BARÕES DE ATALIBA NOGUEIRA FREQUENTANDO SUA FAZENDA ASSIM COMO A FAZENDA DO CONSELHEIRO BARBOSA DE OLIVEIRA, A FAZENDA RIO DAS PEDRAS QUE RECEBIDA COMO HERANÇA DE SUA ESPOSA DONA ISABEL AUGUSTA DE SOUZA QUEIROZ (NETA DO BRIGADEIRO LUIZ ANTONIO E SOBRINHA DOS MARQUESES DE VALENÇA). A BARONESA GERALDO DE REZENDE ERA FILHA DO CASAL. FRANÇA, SEC. XIX. 23,5 CM DE DIAMETRONOTA: João de Ataliba Nogueira, primeiro e único barão de Ataliba Nogueira (Campinas, 8 de setembro de 1834  Campinas, 6 de outubro de 1921), foi um advogado, formado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo e cafeicultor brasileiro. Membro do Partido Liberal de Campinas e presidente da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. Filho de José Teixeira e de D. Ana Eufrásia de Almeida. Casou-se em 1864 com D. Luísa Xavier de Andrade, com a qual teve uma filha: Guiomar Ataliba Nogueira, que se casou com Luís Xavier de Andrade e com a qual deixou descendência. É avô de Iolanda Penteado, que seria esposa do industrial e mecenas Francisco Antônio Paulo Matarazzo Sobrinho.
  • EDWARD LADD BETTS (1815-1872) O BARÃO DAS FERROVIAS INGLESAS NO SEC. XIX. FORMA PAR COM A OFERTADA NO LOTE A SEGUIR. REQUINTADA ENTRE DISH (PRATO COBERTO PARA ENTRADAS)  COM TAMPA EM PRATA DE LEI CONTRASTES PARA CIDADE DE LONDRES E LETRA DATA 1846. PRATEIRO  BENJAMIM SMITH II, CUJO TRABALHO É IGUALADO EM EXCELENCIA AO DO PRATEIRO REAL PAUL STORN, DE FATO SMITH E PAUL STORN DESENVOLVERAM IMPORTANTES PROJETOS EM PARCERIA. A OBRA DE BENJAMIM SMITH II TEM MAGNIFICOS EXEMPLARES NA COLEÇÃO DA COROA INGLESA.  A  TAMPA APRESENTA PEGA COM SUNTUOSA CABEÇA DE VEADO ENCOLEIRADO  SOBRE COROA DUCAL. TIMBRE ARMORIAL DE EDWARD LADD BETTS.  PERPENDICULAR AO TIMBRE, NA TAMPA,  ESTÁ O BRASÃO DE ARMAS DOS BETTS COM ESCUDO BIPARTIDO POR GOLA CONTENDO 3 CINQUEFÓLEOS. SOB O ESCUDO O LEMA OSTENDO NON OSTENTO (EU MOSTRO, NÃO ME GABO). PARTE INFERIOR DO ENTRE DISH É CONSTRUIDA EM METAL PRATEADO, COMO É DE USO NO PERÍODO, TEM FEITIO OVAL APRESENTANDO DIVISORIA MÓVEL SOB A TAMPA ONDE O ALIMENTO SE MANTEM AQUECIDO PELA AGUA QUENTE A  BASE TEM MARCAS DA MANUFATURA DE ELKINTON E LETRA DATA PARA O ANO DE 1846. O BRASÃO PERNTENCE A EDWARD LADD BETTS (1815-1872), O GRANDE CONSTRUTOR DE FERROVIAS NA INGLATERRA VITORIANA. BETTS  COMPROU EM KENT EM 1848  A MANSÃO DO PERÍODO JACOBITA  (SEC. XVII) CHAMADA  PRESTON HALL (VIDE FOTO DA MANSÃO NOS CRÉDITOS EXTRAS DESSE LOTE ASSIM COMO UMA FOTO DO PRÓPRIO EDWARD LADD BETTS). INGLATERRA, 1846, 3380 G (PESO TOTAL)
  • EXCEPCIONAL ORATÒRIO DE LAPINHA OU MAQUINETA, ESTILO E ÉPOCA DOM JOSÉ I. É PRESIDIDA PELA CRUCIFICAÇÃO DE CRISTO COM RESPLENDOR EM OURO MACIÇO TENDO AO SEU REDOR E ABAIXO DISPOSTAS IMAGENS DE DEVOÇÃO EM CALCITA POLICROMADA: SÃO JOSÉ DE BOTAS, SÃO JOAQUIM, SÃO FRANCISCO DE ASSIS, SANTA LUZIA, NOSSA SENHORA DA SOLEDADE, NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.  RICA PINTURA INTERNA COM FLORES E NUVENS EXTERNAMENTE POLICROMIA COM PREDOMÍNIO DAS TONALIDADE VERDE E VERMELHA REMATADAS EM OURO BRUNIDO. ASSENTE SOBRE QUATRO PÉS. MINAS GERAIS, SEC. XVIII. 45 CM DE ALTURA.NOTA: Tipicamente mineiros os oratórios denominados lapinhas geralmente apresentam  a cena clássica do Calvário com a Sagrada Parentela e algum Santo de Devoção do encomendante. Notadamente a arte das maquinetas mineiras  floresceu na região de Ouro preto, Mariana e Santa Luzia. Oratórios são  objetos de fé, testemunhos do catolicismo, pelos quais se pode recompor a trajetória da formação da nacionalidade brasileira. Através deles acompanha-se a imersão do fenômeno barroco na vida cotidiana do Brasil colonial. O oratório representava a ligação do homem com o divino. A origem do oratório remonta à Idade Média, época em que as famílias que não podiam construir capelas, representavam-nas através de um objeto. Para Angelo Araújo o oratório "reporta-se à edícula romana, morada dos deuses lares, e desde os primórdios do cristianismo são encontrados como objeto do culto aos mártires e santos. Ao longo de dois milênios, aparecem e ressurgem em todos os territórios da cristandade, consubstanciando estilos vigentes, tendências, influências e costumes de cada região. Os oratórios chegaram ao Brasil nos primeiros navios portugueses, como protetores daqueles intrépidos navegantes. Povoaram a cena doméstica, na cidade e no campo, das cozinhas aos quartos de dormir, das varandas às salas de jantar, dos salões as senzalas.
  • SANTANA GUIA CONDUZINDO A VIRGEM MENINA -  LINDA ESCULTURA EM CALCITA POLICROMADA E DOURADA COM RESPLENDOR E COROA EM PRATA DE LEI. BASE ESTILO E ÉPOCA DONA MARIA I. REPRESENTA SANTANA CAMINHANDO TENDO AO SEU LADO  A VIRGEM MARIA, AINDA MENINA, DE MÃOS DADAS COM SUA SANTA MÃE. A VIRGEM TEM SOB O BRAÇO UM LIVRO DE PRECEITOS.  BAHIA,  FINAL DO SEC. XVIII. 28 CM DE ALTURA SEM CONSIDERAR O TAMANHO DO RESPLENDOR, COM O RESPLENDOR TEM 32 CM. NOTA: A figura de Santana Mestra é figura de veneração recorrentemente representada no período do alto barroco no séc. XVIII em Portugal e em suas colônias. Na arte barroca, a iconografia de SantAnna evoca mais a educação de Maria do que sua concepção e genealogia. Dois tipos iconográficos ressaltam este tema: SantAnna Mestra e SantAnna Guia. Nessas representações Maria é sempre menina, mesmo quando apresentada como uma mulher em miniatura. Ela já tem idade para aprender questões religiosas e morais. O tipo iconográfico de SantAnna Mestra foi criado no século XIII ou antes, possivelmente na Inglaterra. O livro que Anna ou a virgem carrega é seu atributo essencial. O livro indica que os dois tipos iconográficos convergem para o mesmo significado fundamental. Tudo leva a crer que este significado foi responsável pela difusão intensa desta iconografia de SantAnna como educadora em Minas. No mundo lusitano, o culto da imagem de SantAnna Mestra era estimulado através de indulgências prometidas aos que orassem diante das imagens representadas em gravuras ou pinturas como no caso desta em pregão. O que SantAnna ensinava a sua filha? O conteúdo do livro aberto de SantAnna Mestra é raramente indicado em esculturas e gravuras (por exemplo: Salmo 24 e Deus). No entanto, há gravuras portuguesas que revelam o sentido do ensinamento, por apresentarem inscrições na parte inferior da estampa (Psal. 118 e Prov. 4). Nas obras do século XVIII, a religião e a virtude compunham a essência da educação da Virgem, e estes valores davam sentido às imagens de SantAnna Mestra, norteando os devotos que as contemplavam. A iconografia da Contra-Reforma revela que a forma mais significativa de uma mãe ser santa foi sendo mestra e guia. A santa do livro é onipresente no catolicismo setecentista das Minas. Mais do que um instrumento do saber, o livro é um canal de comunicação, destinado a Maria e aberto também ao fiel que contempla a imagem (Mãe, mestra e guia: uma análise da iconografia de SantaAnna Maria Beatriz de Mello e Souza).
  • BARÃO DE SÃO FIDELIS  ANTONIO JOAQUIM DA SILVA PINTO (1826-1884) LINDO PRATO DE SOBREMESA  EM PORCELANA COM MARCAS DO ATELIER DE CHARLES PILIVUYT MEDAILLE DOR EXPOSITION UNIVERSELLE 1867. BORDA COM FEITIO RECORTADO FILETADA EM OURO E SUCEDIDA POR INTRICADA GREGA EM OUROINTERROMPIDA POR RESERVAS COM FEITIO DE CORAÇÃO CONTENDO FLORES E PÁSSAROS. DELIMITANDO A CALDEIRA GROSSO BARRADO EM AZUL POMPADOUR. A CALDEIRA TEM GREGA EM OURO EMOLDURANDO BRASÃO CENTRAL COROADO COM AS ARMAS DE  ANTONIO JOAQUIM DA SILVA PINTO (1826-1884), BARÃO DE SÃO FIDELIS.  PAQUIFES EM OURO GUARNECEM O BRASÃO. BRASÃO DE ARMAS DATADO DE 25.05.1868. REGISTRADO NO CARTÓRIO DA NOBREZA, LIVRO VI, FLS. 99: ESCUDO ESQUARTELADO: NO 1.º, EM CAMPO DE GOLES, 5 CRESCENTES DE LUA DE OURO, POSTOS EM ASPA; NO 2.º, DE GOLES, 2 CANAS DE AÇÚCAR DE OURO, POSTAS EM SANTOR; NO 3.º, DE PRATA, UM LEÃO ROMPENTE DE GOLES, ARMADO DE AZUL; E NO 4.º, FAIXADO DE 6 PEÇAS DE OURO E AZUL. COROA DE BARÃO. TIMBRE: UM LEÃO DE PRATA COM UM CRESCENTE DE LUA NA ESPÁDUA ESQUERDA .EXEMPLAR DESSE SERVIÇO ESTÁ REPRODUZIDO NA PAGINAS 322 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL POR GENY DREYFFUS. FRANÇA, SEGUNDA METADE DO SEC. XIX. 22 CMNOTA: No ano de 1867, no dia 10 de julho, lembrando São Fidélis, o Imperador, objetivando premiar o cidadão Antonio Joaquim da Silva Pinto, pelos relevantes e patrióticos serviços prestados durante a Guerra do Paraguai, o agraciou com o título de barão de São Fidélis e ainda com a comenda da Ordem de Rosa. O barão de São Fidélis, descendente de ilustre família portuguesa, nasceu na cidade de Campos, na Freguesia de São Sebastião, sendo seus pais Manoel Joaquim da Silva Pinto e d. Luiza Maria Pinto. Quando recebeu o título já era e já era  Cavalheiro da Ordem de Cristol. O Barão  de São Fidélis faleceu no dia 20 de setembro de 1884, na fazenda de sua propriedade, denominada Tahy, sendo seu corpo sepultado no cemitério de Carmo, na cidade de Campos.
  • JOAQUIM SIQUEIRA DA COSTA  ABASTADO COMERCIANTE CARIOCA, NO QUINTAL DE SUA RESIDÊNCIA FORAM INTRODUZIDAS UMA DAS PRIMEIRAS MUDAS DE CAFÉ DO RIO DE JANEIRO NO FINDAR DO SEC. XVIII OU NOS PRIMEIROS ANOS DO SEC. XIX, AINDA SOB COLONIZAÇÃO PORTUGUESA. MUITO RARO PRATO EM PORCELANA COMPANHIA DAS INDIAS PERIODO JIAQING (1796-1820). BORDA EM PROFUNDO AZUL COBALTO REALÇADO EM OURO. CALDEIRA EMOLDURADA POR LAURÉU COM RAMOS UNIDOS POR AMARRIO. RESERVA CENTRAL COM MONOGRAMA JSC ENTRELAÇADO. REPRODUZIDO POR BRANCANTE NO LIVRO O BRASIL E A CERAMICA ANTIGA. PAG. 353. ENTRETANTO COM A DEVIDA VÊNIA AO IMPECÁVEL TRABALHO DO BRILHANTE EUDINO DA FONSECA BRANCANTE, HÁ AÍ UM ENGANO DE IDENTIDADE. O SERVIÇO É ATRIBUIDO POR BRANCANTE AO COMANDANTE JOAQUIM JOSÉ DE SIQUEIRA E O MESMO BRANCANTE ALUDE SER O DITO JOAQUIM, SEGUNDO NEWTON DA SILVA CARNEIRO (A LOUÇA DA COMPANHIA DAS INDIAS NO BRASIL)  PROPRIETÁRIO DE UMA CHÁCARA EM MATA PORCOS CUJA RESIDÊNCIA ERA UMA DAS MELHORES DO RIO DE JANEIRO COLONIAL, NA VERDADE O PROPRIETÁRIO DESSA CHÁCARA ERA O COMERCIANTE JOAQUIM SIQUEIRA DA COSTA. NUMA ÉPOCA EM QUE AS INFORMAÇÕES SE BASEAVAM EM RELATOS MUITAS VEZES ESCRITOS A MÃO COM IMPRECISÃO E FALTA DE LEGIBILIDADE O ERRO DEVE TER ACONTECIDO. TAMBEM ESTÁ REPRODUZIDO NA PAGINA 148 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL DE JENNY DREYFUS.  O PRATO TEM SELO DA ANTIGA COLEÇÃO ETLIN, NA VERDADE ESSE EXEMPLAR É O QUE FOI UTILIZADO PARA PRODUZIR A IMAGEM DO LIVRO O BRASIL E A CERAMICA ANTIGA DE EUDINO DA FONSECA BRANCANTE PAG 353. E O APRESENTADO EM PÁGINA INTEIRA NO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL PAG. 146. AS MESMAS INFORMAÇÕES CONTIDAS NA DESCRIÇÃO DE BRANCANTE FORAM VERTIDAS PARA AS DE DREYFUS QUE CERTAMENTE BASEOU-SE NA  VERSÃO DE SEU ANTECESSOR.  CHINA, SEC. XIX. 20 CM DE DIAMETRO.NOTA: Mandadas vir do Maranhão algumas Sementes ou mudas, entre 1760 e 1762, para a Cidade do Rio de Janeiro, pelo chanceler da Relação, desembargador João Castelo Branco, vingaram apenas as que foram plantadas uma no quintal da casa em que residia ele, à ladeira do morro de Santo Antônio, em ponto próximo à hoje Imprensa Nacional, e outra nos terrenos do mosteiro de Santa Teresa, e mais duas na horta do convento dos capuchinhos italianos, à rua dos Barbonos (primitivamente chamada "caminho dos Arcos da Carioca" e que tomou o nome então vulgar dos frades, depois conhecidos por "barbadinhos", mais caricativamente), e atualmente rua Evaristo da Veiga.Destes últimos pés, que parece haverem produzido mais cedo e melhor que os outros, recebeu o holandês João Hoppman sementes que plantou em sua chácara de Mata-Porcos, a qual mais tarde ficou conhecida por "chácara do Siqueira"(por ter pertencido ao negociante J. Siqueira da Costa), sita à rua de São Cristóvão, em frente à Miguel da Frias, e limitada pelo lado esquerdo do rio. Ao bispo D. José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo-Branco, que regeu a diocese fluminense desde 1774 até 1805, foi que deveu o cafeeiro a propagação em parte do interior do atual Estado do Rio de Janeiro.
  • NOSSA SENHORA DA SOLEDADE - EXPLENDIDA IMAGEM EM MARFIM COM EXPRESSIVOS TRAÇOS E VIRUTOSA ESCULTURA. A VIRGEM É APRESENTADA EM SUA POSTURA DESDITOSA ANTE O FILHO CRUCIFADO. POUCAS VEZES SE VERA ESCULTURA COM TAMANHA CAPACIDADE DE EXPRESSÃO DE SENTIMENTO COMO NOS TRANSMITE A ANTIFONA DO SEC. XV STABAT MATER. ITALIA, SEC. XVII/XVIII 27 CM DE ALTURANOTA:O título do hino mais triste é um incipit da primeira linha, Stabat mater dolorosa (que significa "A mãe permaneceu cheia de tristeza").O hino chamado de Dolorosa, um dos mais pungentes e diretos poemas medievais, medita sobre o sofrimento de Maria, a mãe de Jesus, durante a crucificação. Ele é cantado em honra à Nossa Senhora das Dores. O Dolorosa já recebeu diversas composições musicais por diversos artistas, principalmente Palestrina, Pergolesi, Scarlatti, Vivaldi, Haydn, Rossini, Dvoák, Schubert, Liszt, Verdi e Perosi.O Dolorosa era bem conhecido já no final do século XIV e Georgius Stella escreveu sobre a sua utilização em 1388, com outros autores corroborando a afirmação mais para o final do século. Na Provença, por volta de 1399, ele era utilizado em procissões que duravam nove dias.Como sequência litúrgica, o Dolorosa foi suprimido, juntamente com centenas de outras, pelo Concílio de Trento, mas retornou ao missal por ordem do papa Bento XIII, em 1727, na festa de Nossa Senhora das Dores

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