Peças para o próximo leilão

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  • ENCANTADORA PAPELEIRA EM MINIATURA ESTILO DOM JOSÉ I  ESCULPIDA EM JACARANDÁ. DOTADA DE TRES GAVETÕES COM GAVETAS EM SUAVE ONDULAÇÃO E  DUAS GAVETAS JUSTAPOSTAS DE MENOR TAMANHO. A FÁBRICATEM GAVETAS, ESCANINHOS E UMA PORTA CENTRAL. METICULOSAMENTE ENTALHADA COMO UMA PEÇA DE TAMANHO NATURAL, OS PÉS SÃO EM PAPIRO ALMOFADAS LARERAIS ESSA LINDA PAPELEIRA MINIATURA É UM EXEMPLAR DE VIRTUOSE E ERUDIÇÃO NA ARTE DO ENTALHAMENTO. BRASIL, INICIO DO SEC. XX. 40 X 37  X 22 CM
  • SUBLIME CRUCIFIXO EM CRISTAL SATINÊ COM PONTEIRAS EM OURO 18K. EM UM GRANDE E ÚNICO BLOCO DE CRISTAL ESTÁ ESCULPIDA A CRUZ DE ONDE PENDE TERNA FIGURA DE CRISTO EM RELEVO. OS TERMINAIS DA CRUZ SÃO EM OURO MACIÇO 18K COM APROXIMADAMENTE 20G NO TOTAL. UMA PEÇA INCRÍVEL, UM TESOURO BELISSIMO E ÚNICO. EUROPA, INICIO DO SEC. XX. 20 X 14,3 CM
  • ELEGANTES BRINCOS EM OURO 18 K COM CRAVAÇÃO DE DIAMANTES. FEITIO CONCHEADO. 6,89 G. 25 MM DE COMPRIMENTO
  • EX CARNE SANTA CATARINA LABOURE -  PRECIOSA RELÍQUIA DE PRIMEIRO GRAU ACONDICIONADA EM RELICÁRIO EM BRONZE ORMOLU SOB BASE EM ONIX. A RELIQUIA ESTÁ SELADA EM CERA VERMELHA COM CORDÕES DE SIGILO. O SELO TEM CARIMBO DO SUPERIOR GERAL DA CONGREGAÇÃO DA MISSÃO. A RELIQUIA É UM PEDAÇO DO CORPO INCORRUPTO DA SANTA CATARINA LABOURE. A RELÍQUIA TEM LEGENDA: EX CARNE BEATA C. LABOURÉ VIRG. DATA DA ÉPOCA DA EXUMAÇÃO DO CORPO EM 1933. 18 CM DE ALTURA NOTA: Catarina Labouré, a vidente de Nossa Senhora a quem se deve a existência da Medalha Milagrosa, nasceu no seio de uma numerosa família de camponeses na pacífica vila de Fain-les-Moutiers, na França. Sua mãe morreu quando ela contava ainda nove anos de idade. Foi quando a menina tomou a bem-aventurada Virgem Maria por mãe e protetora. Piedosa desde a mais tenra infância, Catarina jejuava duas vezes por semana, não obstante as tarefas domésticas fatigantes que realizava na fazenda do pai. Além disso, participava diariamente da Santa Missa na capela das Irmãs da Caridade, a um quilômetro e meio de casa. Havendo tomado a decisão de entrar para a vida religiosa, Catarina negou duas propostas de casamento, e seu pai, esperando desencorajar a filha, mandou-a viver junto com um irmão, que conduzia um restaurante em Paris, onde ela obedientemente servia às mesas. As circunstâncias, ao fim e ao cabo, permitiram que ela entrasse para a Ordem das Irmãs da Caridade, na Rue du Bac, em Paris, e foi ali que se cumpriu a sua vocação. Como jovem postulante, ela costumava ver Nosso Senhor em frente ao Santíssimo Sacramento durante a Missa, e por três vezes teve visões místicas e simbólicas de São Vicente de Paulo sobre o relicário que continha seu coração incorrupto, conservado na capela da casa onde se deram todas as suas visões. Sem dúvida, as mais extraordinárias eram as que envolviam a Virgem Maria. No dia 18 de julho de 1830, véspera da festa de São Vicente de Paulo, fundador de sua Ordem, Santa Catarina foi despertada durante a noite por seu anjo, que lhe apareceu com o aspecto de uma criança de cerca de cinco anos, toda radiante, e que a conduziu para dentro da capela. Ali ela recebeu a visita de Nossa Senhora, que tomou o assento reservado ao diretor das irmãs. Prostrando-se diante da aparição, Catarina recebeu a graça de pôr suas mãos dobradas sobre os joelhos da Virgem, que lhe disse: Vem aos pés deste altar. Ali serão derramadas graças sobre ti e sobre todos os que pedirem por elas, ricos e pobres.A segunda aparição ocorreu em 27 de novembro de 1830, enquanto Catarina fazia sua meditação vespertina. Ao ouvir o farfalhar da seda, que ela reconheceu da primeira aparição, Catarina olhou para o lugar de onde vinha o som e contemplou a Santíssima Virgem de pé, na capela, próxima a uma imagem de São José. A pequena esfera que a aparição mantinha perto de seu coração lentamente desapareceu e imediatamente seus dedos se adornaram de anéis, e destes saíam raios de luz, símbolos das graças que ela concederia a todos os que lhas pedissem.Devagar foi aparecendo em volta de Nossa Senhora uma moldura ovalada com letras brilhantes que diziam: Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós. No mesmo instante, uma voz dizia: Tu deves cunhar uma medalha a partir deste modelo. As pessoas que a usarem depois de indulgenciada receberão grandes graças, especialmente se a usarem em torno do pescoço; graças serão distribuídas abundantemente sobre aqueles que tiverem confiança. A visão voltou as costas a Catarina e então apareceu o monograma da Virgem, que é encontrado no verso da Medalha Milagrosa. A terceira visão foi praticamente idêntica a esta segunda, com a diferença de a Virgem ter-se movido para cima do tabernáculo e atrás dele, lugar que é agora ocupado por uma imagem esculpida com base nessa visão. Esta alma privilegiada reportou tais visões apenas a sua superiora e a seu diretor espiritual, e muitas dificuldades tiveram de ser superadas antes de as medalhas serem cunhadas e distribuídas. Depois de sua profissão, Catarina foi mandada para o abrigo da Rue de Reuilly, onde passou os próximos 46 anos de sua vida, realizando os trabalhos mais servis e repugnantes em favor dos mais velhos e dos enfermos. Suas irmãs de congregação sabiam todas que uma no meio delas era a aclamada vidente da Medalha Milagrosa, mas a identidade de Catarina só foi revelada em seu leito de morte. Tendo predito por várias vezes que não chegaria a ver o ano de 1877, a santa morreu em 31 de dezembro de 1876. Observando as leis de Paris a respeito do enterro em jazigos particulares, seu venerável corpo foi posto dentro de um caixão triplo, em uma cripta na capela da Rue de Reuilly, 77, onde permaneceu intocado por 56 anos. Logo em seguida ao anúncio de sua beatificação, deu-se o costumeiro reconhecimento das relíquias. Em 21 de março de 1933, uma delegação de médicos e sacerdotes juntou-se na cripta para a exumação. O caixão externo de madeira tinha caído aos pedaços, mas o segundo caixão, de chumbo, encontrava-se bem preservado e não foi sem grande dificuldade que conseguiram retirá-lo do exato lugar onde fora colocado e no qual permanecera por mais de meio século. O caixão foi levado então a uma sala especialmente preparada para se examinar a relíquia. O agente funerário cortou a tampa do caixão chumbado e retirou-a, deixando entrever um caixão interno de madeira, que também estava aberto. Quando o médico suspendeu o pano que cobria o corpo, seus restos foram encontrados perfeitamente intactos. Uma testemunha ocular escreveu: As mãos haviam deslizado para o lado, mas estavam brancas e em seu aspecto natural. O cordão do rosário havia apodrecido e as contas haviam se desprendido no caixão. A pele do rosto tinha a aparência levemente estriada, mas estava inteira. Os olhos e a boca estavam fechados. Duas senhoras que haviam conhecido a Irmã Catarina reconheceram com facilidade as características de sua santa amiga. O cirurgião da comunidade, Dr. Robert Didier, que foi testemunha da exumação, deixou registrado que: Limpo o corpo, tinha a aparência perfeitamente preservada, e em roupas que haviam mantido sua coloração e consistência normal. As cornetas do hábito da religiosa haviam ficado sobre seu rosto, e isso, junto com o peso do pano mortuário e da serragem, fez achatar-se-lhe o nariz. As mãos e o rosto tinham uma cor rosada com leves tons de marrom, mas também estavam intactos. Dois dedos da mão esquerda estavam um pouco enegrecidos, mas nós percebemos de imediato que a cor escura devia-se não à necrose do tecido, mas sim à tinta do hábito que havia passado para a mão do lado da rachadura do caixão de chumbo. Havendo apurados esses fatos, colocamos o pano de volta e fechamos o caixão para o traslado do corpo. O corpo da santa foi colocado depois na capela da casa principal, sob o altar lateral de Nossa Senhora do Sol, onde repousa até hoje atrás de uma cobertura de vidro. As mãos erguidas e entrelaçadas por um rosário são feitas de cera. As mãos incorruptas da santa, que foram amputadas, são mantidas em um relicário especial, conservado agora no claustro das noviças, na casa principal. O coração da santa também foi colocado em um relicário especial, rica e reverentemente adornado, na capela da Rue de Reuilly, onde a santa havia rezado com tanta frequência enquanto cumpria seus deveres de estado. A capela onde ocorreram as visões de Santa Catarina Labouré é, sem dúvida nenhuma, uma das mais veneradas no mundo, não só por ter recebido várias visitas de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa e de São Vicente de Paulo, mas também por haver nela várias relíquias preciosas:opróximo ao corpo incorrupto de Catarina, por exemplo, está o altar de São Vicente de Paulo, fundador da Ordem, na frente de cuja estátua está exposto um relicário contendo o seu coração;odo outro lado da capela, sobre o altar lateral, encontra-se outro relicário magnífico: uma estátua de cera contendo os ossos de Santa Luísa de Marillac, religiosa que fundou, junto com São Vicente, a congregação das Filhas da Caridade;odo lado do altar principal está a cadeira de veludo azul que a própria Virgem Maria tomou como assento em sua primeira aparição a Catarina Labouré (os que visitam a capela são autorizados a tocar e beijar a cadeira, e muitos deixam sobre ela pedacinhos de papel em que vão escritos seus pedidos de oração).Santa Catarina foi canonizada em 27 de julho de 1947. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 28 de novembro, um dia após a festa da Medalha Milagrosa.
  • RELICARIO MÚLTIPLO EM TECA DE MADEIRA FOLHEADA A OURO SELADO E ACOMPANHADO DE CERTIFICADO DE DOM TOMMASO MICHELE SALZANO, BISPO AUXILIAR DE NAPOLES,    ARCEBISPO DE EDESSA OSROENE, CONSELHEIRO DE ESTADO DO REINO DAS SUAS SICILIAS.E IMPORTANTE CANONISTA DO VATICANO. ALÉM DISSO FOI AMIGO DA FAMÍLIA IMPERIAL BRASILEIRA, CORRESPONDIA-SE COM DOM PEDRO II E A IMPERATRIZ TERESA CRISTINA NATURAL DE NÁPOLIS. O  DOCUMENTO É  DATADO DE 1882. ESSE LINDO RELICARIO TEM AO CENTRO PINTURA SOBRE SOBRE PLACA REPRESENTANDO A VIRGEM COM MENINO JESUS. POSSUI RELIQUIAS NO ENTORNO EX ARVORE (ARVORE ONDE A SAGRADA FAMILIA ABRIGOU-SE NA FUGA PARA O EGITO) EX PRAESEPIO JC (PARTE DO PRESEPIO DE JESUS CRISTO VENERADO EM SANTA MARIA MAGIIORE ROMA, EX SEP BMV (SEPULCRO DA VIRGEM SANTA MARIA ANTES DE SUA GLORIFICAÇÃO), EX ORT GETSEMAN (RELIQUIA DO JARDIM DO GETSEMANI) , SANTA CLARA VIRGEM MARTIR QUE SE VENERA NA CIDADE DO PORTO EM PORTUGAL, SANTA LUZIA MARTIR, SÃO FLORIANO MÁRTIR (SOLDADO ROMANO MARTIRIZADO POR DIOCLESIANO) E SANTO URBANO MÁRTIR ( Urbano da Macedônia foi um dos Setenta Discípulos. Junto com Ampliato, Estácio, Narciso, Apeles e Aristóbulo, ele foi um ajudante de Santo André, que também foi quem o ordenou bispo da Macedônia.). O DOCUMENTO É ASSINADO PELO ARCEBISTO THOMMASO MICHELE SALZANO . NOTA: Nasceu em Nápoles, perto da igreja de Santa Sofia, filho de Carmine Salzano e Maria Rosa Guadagni. Foi batizado por seu tio materno Pietro Salzano, arquidiácono de Nocera, na paróquia napolitana de San Tommaso a Capuana, então já funcionando na igreja de Santa Caterina a Formiello; ele recebeu o nome de Michele Angelo. Tendo perdido a mãe em 10 de dezembro de 1810, após a mudança do pai para Nocera, permaneceu em Nápoles com alguns parentes maternos. Apoiado pelo tio padre, completou os primeiros estudos particulares com o padre Giovanni d'Anna, depois estudou filosofia com Francesco Ferraioli e direito com Nicola Marino. Seu tio o apresentou aos Redentoristas de Nocera e um deles o Padre Luigi Rispoli o orientou em sua escolha vocacional orientada para a ordem dominicanaAcompanhado do pai Ventura, ingressou nos Dominicanos em 1825, em Roma, no convento de Santa Sabina, acolhido pelo mestre geral padre Giuseppe Maria Velzi. No ano seguinte emitiu os votos na igreja de Santa Maria sopra Minerva, nas mãos do provincial da Lombardia, padre Vincenzo Pirattoni , e tomou o nome religioso de Tommaso, que antecedeu o seu nome de batismo.Em 1828 concluiu brilhantemente os seus estudos teológicos em Roma com o abade beneditino Vincenzo Bini, o jesuíta Colman e o teatino Ventura. Em outubro de 1829 foi ordenado sacerdote em Nocera, pelo bispo de Cava e Sarno Silvestro Granito.Dominicano e professor de teologia e direito canônico na Universidade de Nápoles de 1834 a 1850 . Foi nomeado bispo titular de Tanis a partir de 1854 e elevado a arcebispo titular de Edessa de Osroene a partir de 1873 pelo Papa Pio IX . Foi consagrado pelo Cardeal Sisto Riario Sforza em 12 de março de 1854 na igreja de San Domenico Maggiore , assistido pelos bispos Raffaele Serena e Raffaele Carbonelli .. Foi conselheiro de estado do Reino das Duas Sicílias e a partir de 1860 foi delegado apostólico da nunciatura apostólica em Nápoles . Teve debates críticos com Antonio Scialoja .
  • DR. FIDÊNCIO NEPOMUCENO PRATES (1818-1900)  COVILHETE EM PORCELANA DA MANUFATURA CHARLES PYLLVUYT MEDAILLE DOR 1867, PARIS. BORDA COM FRISO EM OURO SUCEDIDA POR BARRADO NA TONALIDADE CORAL ENTRE FRISOS EM NEGRO. CALDEIRA TEM INICIAIS FP (COM F DUPLICADO PARA TRAZER SIMETRIA E ENGRANDECER O MONOGRAMA). F EM NEGRO E P EM CORAL REALÇADO EM OURO. GUARNECEU O SERVIÇO DO DR. FIDÊNCIO NEPOMUCENO PRATES, CASADO COM DONA INOCÊNCIA DA SILVA PRATES, SENDO ESTA FILHA DOS BARÕES DE ANTONINA E SOBRINHA DO BARÃO DE IBICUÍ. DR. FIDÊNCIO ERA FILHO DE FIDÉLIS NEPOMUCENO PRATES, GRANDE ESTANCIEIRO NO RIO GRANDE DO SUL, QUE CHEGOU A AJUDAR FINANCEIRAMENTE OS REBELDES FARRAPOS E FOI DEPUTADO NA CONSTITUINTE DA REPÚBLICA RIO GRANDENSE.  FOI PAI DO CONDE EDUARDO PRATES, SOBRINHO DE DOM FELICIANO JOSÉ RODRIGUES DE ARAUJO PRATES (1781-1858), PRIMEIRO BISPO DE PORTO ALEGRE (1781-1858), ERA CUNHADO DO COMENDADOR FRANCISCO FERREIRA DE CASTILHOS, CASADO COM DONA CAROLINA DE CARVALHO PRATES (IRMÃ DE FIDÊNCIO). FORAM PAIS DO DR. JÚLIO DE CASTILHOS (JÚLIO PRATES DE CASTILHOS), GOVERNADOR DUAS VEZES DA PROVINCIA CONSIDERADO PELOS SEUS CONTERRÂNIOS O PATRIARCA DO RIO GRANDE DO SUL. GETÚLIO VARGAS FOI UM FERVOROSO ADMIRADOR DA JÚLIO DE CASTILHOS E OS PRINCÍPIOS POSITIVISTAS DO CASTILHISMO FORAM PRONTAMENTE ADOTADOS POR VARGAS EM SEU GOVERNO. FRANCISCO DE CASTILHOS ERA SÓCIO DE SEU CUNHADO DR. FIDÊNCIO NEPOMUCENO PRATES, JUNTOS ABASTECECERAM SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO COM TROPAS DE MUARES. EM 1868 O SR. FRANCISCO FERREIRA DE CASTILHOS, EM MEIO A SEUS NEGÓCIOS NO RIO DE JANEIRO PROTOCOLOU UM OFÍCIO ENDEREÇADO AO IMPERADOR DOM PEDRO II SOLICITANDO UMA COMENDA POR TER FEITO POR OCASIÃO DA GUERRA DO PARAGUAI UMA VULTOSA DOAÇÃO DE 350 CAVALOS PARA USO DAS TROPAS, NO QUE FOI ATENDIDO PELO GOVERNO IMPERIAL. FRANÇA, DEC. DE 1850, 23 CM DE COMPRIMENTO. NOTA: FIDÊNCIO PRATES foi capitalista sócio da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e Fluviais (um dos vapores da Companhia que navegavam no Transporte de café pelo Rio Mogi Guaçu recebeu inclusive em seu batismo o nome Fidêncio Prates em homenagem ao empresário. Foi também acionista do Banco do Comércio e Indústria de São Paulo, foi um dos precursores das ações  para atrair imigrantes para o Brasil a fim de substituírem a mão de obra escrava. Em 1865 o Jornal CORREIO PAULISTANO noticiava uma reunião no Palácio do Governo Paulista com a presença do Barão de São João do Rio Claro, do Barão de Antonina, Barão de Iguape, Dr. Bernardo Gavião, Marinho Prado, Fidêncio Prates, Comendador Vicente Queiroz, Silvério Jordão, João Ribeiro dos Santos Camargo e Souza Barros. Nessa reunião os presentes ouviram do General Wood, representante de 600 famílias de fazendeiros do sul dos Estados Unidos derrotados na Guerra da Secessão que pretendiam estabelecer-se no Brasil.  Em 1860, O imperador Dom Pedro II sentia a pressão do Partido Liberal exigindo do governo algumas mudanças. As exigências giravam em torno de uma maior representação no governo, abertura da Amazônia para exploração e para o comércio exterior; gradual libertação dos escravos e reconstrução do sistema trabalhista numa base nacionalista. Certamente, a imigração ajudaria a resolver os dois últimos problemas. A pressão do Partido Liberal foi tanta que conseguiram, a 27 de setembro de 1860, a aprovação da Lei da Imigração. De forma resumida a Lei registrava: O governo olha com bons olhos colônias independentes que queiram se estabelecer no Brasil. Os grupos já estabelecidos receberiam ajuda na forma de estrada, escolas e igrejas. As terras seriam demarcadas e providenciado um abrigo provisório, os navios estrangeiros seriam bem recebidos em portos brasileiros. O Brasil empolgou os Confederados por algumas razões. Uma delas devido ao seu tamanho com uma grande variedade de climas, semelhantes ao dos estados do sul onde eles viviam. Outra razão foi a maneira como estava sendo abolida a escravidão, pacífica e adequadamente. Numa atitude compreensível, os imigrantes estavam interessados nos métodos empregados para eliminar aquele costume. O caminho da imigração estava pavimentado. De um lado os Sulistas, desgostosos com o pós-guerra e o desfecho da reconstrução de suas vidas e as de suas famílias. Do outro lado, um país precisando de mão de obra especializada para aproveitar a oportunidade que se apresentava. Junte-se a isso a intensa propaganda e o incentivo daqueles que vieram na frente para espiar a terra. Esses fatores se encaixavam perfeitamente, favorecendo o movimento de imigração para o Brasil. Não se sabe o número exato daqueles que preferiram emigrar para o Brasil, a quantidade é incerta. A estimativa é de 20 mil sulistas). Assim foram chegando os primeiros imigrantes. Eles foram para vários lugares no país. Um bom número foi para a região do Vale do Ribeira, em Iguape, no litoral do Estado de São Paulo. Outro núcleo de imigrantes se formou na região do Rio Tapajós, outro em Campinas que se deslocou para Região de Santa Bárbara do Oeste.
  • RELICARIO DO SANTO LENHO DE CRISTO (CRUZ DE CRISTO) EM TECA DE PRATA DE LEI FILIGRANADA COM CORDÕES DE SIGILO E SELO EM CERA COM BRASAO CARDINALICIO. ACONDICIONADO EM ESTOJO. EUROPA, SEC. XVIII. 7,5 CM DE ALTURANOTA: NOTA: No calendário litúrgico católico o dia 3 de maio é celebrado pela Igreja como o dia em queSanta Helenaencontrou aSanta Cruz de Cristo. É uma data simbólica, pois há controvérsias quanto à data histórica exata em que as buscas promovidas pela mãe do imperador Constantino de fato identificaram aVera Cruz, como foi chamada a verdadeira Cruz em que Jesus foi morto no Gólgota. Esse evento, em latim, é chamado de Inventio Sanctae Crucis, literalmente Encontro da Santa Cruz. De acordo com o Breviário Romano: Após aquela insigne vitória que o imperador Constantino obteve sobre Maxêncio, quando recebeu de Deus o sinal da Cruz do Senhor (In hoc signo vinces), Santa Helena, mãe de Constantino, tendo recebido uma revelação num sonho, foi a Jerusalém para procurar zelosamente a Cruz. Lá cuidou ela de destruir a imagem de Vênus, em mármore, que, para apagar a memória da paixão de Cristo Senhor, os gentios haviam colocado no lugar da Cruz e que ali permanecera durante cerca de 180 anos. O mesmo ela fez no presépio do Salvador, onde fora posto um simulacro de Adônis, e no lugar da ressurreição, onde haviam colocado um de Júpiter. Purgado, assim, o local da Cruz, foram encontradas depois de profundas escavações três cruzes, e, à parte delas, a inscrição que havia sido posta sobre a Cruz do Senhor. Como não se sabia sobre qual das três ele deveria ser afixado, um milagre sanou a dúvida. Eis que Macário, bispo de Jerusalém, tendo elevado preces a Deus, levou cada uma das cruzes a três mulheres que sofriam de grave enfermidade, e, enquanto as demais de nada serviram às mulheres, a terceira Cruz, levada à terceira mulher, curou-a imediatamente. Santa Helena, tendo encontrado a Cruz da salvação, construiu ali uma igreja magnificentíssima, na qual depositou parte da Cruz em urnas de prata, entregando outra parte a seu filho, Constantino, que a levou a Roma, à igreja da Santa Cruz de Jerusalém, edificada no palácio Sessoriano. Ela também entregou ao filho os cravos que trespassaram o Santíssimo Corpo de Jesus Cristo. Naquele tempo, Constantino sancionou uma lei para que, desde então, ninguém fosse condenado ao suplício da cruz, e aquilo que antes era castigo e maldição para os homens passou a ser glória e objeto de veneração.
  • RELICÁRIO DUPLO EM PRATA DE LEI CONTENDO RELÍQUIAS DO SANTO LENHO, DO VÉU DA VIRGEM MARIA E DE SÃO VICENTE DE PAULO. A TECA É EM PRATA DE LEI COM CRUZ LATINA EM UMA TAMPA E DATADA DE OITO DE OUTUBRO DE 1901. AS RELIQUIAS ESTÃO ARRANJADAS NAS DUAS PARTES DO RELICÁRIO COM LINDOS ARREMATES EM OURO. SÃO FECHADAS COM CORDÕES DE SIGILO E SELO EM CERA. FRANÇA, 1901. 38 MM DE ALTURA
  • RELICARIO DE SANTO ANTÃO E SAO NICOLAU. LINDO RELICARIO EM PRATA VERMEIL CRAVEJADA COM PEDRARIAS CONTENDO RELÍQUIAS DE SANTO ANTÃO E DE SÃO NICOLAU DE BARI (PÇROTETOR DOS NAVEGANTES). EM ESTOJO ORIGINAL E COM SELO LACRADO COM SIGILO E COM BRASÃO ECLESIÁSTICO. EUROPA, SEC. XIX. 9 CM DE DIAMETRO. NOTA: Nicolau nasceu em Patara, uma cidadezinha marítima da Lícia, na Turquia meridional, no III século d.C., em uma família rica, que o educou ao cristianismo. A sua vida, desde a sua juventude, foi marcada pela obediência. Ao tornar-se órfão, ainda muito jovem, de pai e mãe, Nicolau, recordando a passagem evangélica do Jovem Rico, empregou toda a riqueza paterna à assistência dos necessitados, enfermos e pobres.Foi nomeado Bispo de Mira e, sob o império de Diocleciano, foi exilado e preso. Depois da sua libertação, em 325, participou do Concílio de Niceia e faleceu em Mira em 343. Foram muitos os episódios transmitidos sobre Nicolau e todos dão testemunho de uma vida ao serviço dos mais fracos, pequeninos e indefesos. SANTO ANTÃO No Brasil conhecido com Santo Antônio Abade ou Santo Antão e em Portugal também é conhecido como Santo Antonio, o egípcio. Foi um dos fundadores do monastério e é também chamado de Antônio do Egito. Capítulo indispensável da vida dos santos, tema onipresente na história da arte, praticamente não existe quem desconheça ou não tenha ouvido falar das tentações de Santo Antão, aqui narradas por Santo Atanásio. Foi o próprio Senhor quem prometeu a Antão, afinal, que seus combates se tornariam célebres em todo o mundo: Porque aguentaste sem te renderes, serei sempre teu auxílio e te tornarei famoso em toda parte. As lutas do santo abade contra os demônios constituem, sem sombra de dúvida, uma das maiores razões para a popularidade dessa história. Sendo esses inimigos de Deus espíritos puros, como poderiam eles realmente agredir algumas pessoas, provocando nelas fortes dores físicas e deixando marcas visíveis em seus corpos? Por causa da complexidade do assunto, muitos homens de ciência preferiram relegar histórias como as que vão abaixo ao mundo das fantasias, das lendas e do fundamentalismo religioso. Até a nossa época ser providencialmente agraciada com o fenômeno do Padre Pio de Pietrelcina, o qual, tendo passado por todas essas experiências em pleno século XX, no auge do desenvolvimento científico e tecnológico da humanidade, sem que a ciência pudesse sondar-lhes a causa, terminou levantando uma relevante questão: se fatos tão extraordinários se passaram com um homem de nossa época, sem explicação natural, por que não poderiam ter acontecido, também, com os santos antigos e medievais? Antão foi egípcio de nascimento. Os seus pais eram de boa linhagem e abastados. Como eram cristãos, também o menino cresceu como cristão. Depois da morte dos seus pais ficou só com a sua única irmã, muito mais jovem. Tinha então uns dezoito a vinte anos, e tomou cuidado da casa e de sua irmã. Menos de seis meses depois da morte de seus pais, ia, como de costume, a caminho da igreja. Enquanto caminhava, ia meditando e refletia como os apóstolos deixaram tudo, e seguiram o Salvador (cf. Mt 4, 20; 19, 27); como, segundo se refere nos Atos (4, 35-37), os fiéis vendiam o que tinham e o punham aos pés dos Apóstolos para distribuição entre os necessitados, e quão grande é a esperança prometida nos céus para os que assim fazem (cf. Ef 1, 18; Col 1, 5). Pensando estas coisas, entrou na igreja. Aconteceu que nesse momento se estava lendo o evangelho, e ouviu a passagem em que o Senhor disse ao jovem rico: Se queres ser perfeito, vende o que tens e dá-o aos pobres, depois vem, segue-me e terás um tesouro no céu (Mt 19, 21). Como se Deus lhe houvera proposto a lembrança dos santos, e como se a leitura houvesse sido dirigida especialmente a ele, Antão saiu imediatamente da igreja e deu a propriedade que tinha de seus antepassados: trezentas aruras, terra muito fértil e formosa. Não quis que nem ele nem sua irmã tivessem algo que ver com ela. Vendeu tudo o mais, os bens móveis que possuía, e entregou aos pobres a considerável soma recebida, deixando só um pouco para sua irmã. De novo, porém, entrando na igreja, ouviu aquela palavra do Senhor no evangelho: Não se preocupem do amanhã (Mt 6, 34). Não pôde suportar maior espera, mas foi e distribuiu aos pobres também este pouco. Colocou sua irmã entre virgens conhecidas e de confiança, entregando-a para que a educassem. Então dedicou todo o seu tempo à vida ascética, atento a si mesmo e vivendo de renúncia a si mesmo, perto de sua própria casa. Ainda não existiam tantas celas monásticas no Egito, e nenhum monge conhecia sequer o longínquo deserto. Todo o que desejava enfrentar-se consigo mesmo, servindo a Cristo, praticava sozinho a vida ascética, não longe de sua aldeia. Naquele tempo havia na aldeia vizinha um ancião que desde sua juventude levava na solidão a vida ascética. Quando Antão o viu, teve zelo pelo bem (Gl 4, 18), e se estabeleceu imediatamente na vizinhança da cidade. Desde então, quando ouvia que em alguma parte havia uma alma esforçada, ia, como sábia abelha, buscá-la e não voltava sem havê-la visto; só depois de haver recebido, por assim dizer, provisões para sua jornada de virtude, regressava. Aí, pois, passou o tempo de sua iniciação, se afirmou sua determinação de não voltar à casa de seus pais nem de pensar em seus parentes, mas a dedicar todas as suas inclinações e energias à prática contínua da via ascética. Fazia trabalho manual pois tinha ouvido que o que não quer trabalhar não tem direito de comer (2Ts 3, 10). Do que recebia guardava algo para sua manutenção e o resto dava-o aos pobres. Orava constantemente, tendo aprendido que devemos orar em privado (cf. Mt 6, 6) sem cessar (cf. Lc 18, 1; 21, 36; 1Ts 5, 17). Além disso, estava tão atento à leitura da Sagrada Escritura, que nada se lhe escapava: retinha tudo, e assim a sua memória lhe servia de livro. Mas o demônio, que odeia e inveja o bem, não podia ver tal resolução num jovem, e pôs-se a empregar suas velhas táticas também contra ele. Primeiro tratou de fazê-lo desertar da vida ascética recordando-lhe sua propriedade, o cuidado da sua irmã, os apegos da parentela, o amor do dinheiro, o amor à glória, os inumeráveis prazeres da mesa e todas as demais coisas agradáveis da vida. Finalmente apresentou-lhe a austeridade e tudo o que se segue a essa virtude, sugerindo-lhe que o corpo é fraco e o tempo é longo. Em resumo, despertou em sua mente toda uma nuvem de argumentos, procurando fazê-lo abandonar seu firme propósito. O inimigo viu, no entanto, que era impotente em face da determinação de Antão, e que antes era ele que estava sendo vencido pela firmeza do homem, derrotado por sua sólida fé e sua constante oração. Pôs então toda a sua confiança nas armas que estão nos músculos de seu ventre (Jó 40, 16). Jactando-se delas, pois são sua preferida artimanha contra os jovens, atacou o jovem molestando-o de noite e instigando-o de dia, de tal modo que até os que viam Antão podiam aperceber-se da luta que se travava entre os dois. O inimigo queria sugerir-lhe pensamentos baixos, mas ele os dissipava com orações; procurava incitá-lo ao prazer, mas Antão, envergonhado, cingia seu corpo com sua fé, orações e jejuns. Atreveu-se então o perverso demônio a disfarçar-se em mulher e fazer-se passar por ela em todas as formas possíveis durante a noite, só para enganar a Antão. Mas ele encheu seus pensamentos de Cristo, refletiu sobre a nobreza da alma criada por Ele, e sua espiritualidade, e assim apagou o carvão ardente da tentação. E quando de novo o inimigo lhe sugeriu o encanto sedutor do prazer, Antão, enfadado com razão, e entristecido, manteve seus propósitos com a ameaça do fogo e dos vermes (cf. Jd 16, 21; Sir 7, 19; Is 66, 24; Mc 9, 48). Sustentando isto no alto, como escudo, passou por tudo sem se dobrar. Toda essa experiência levou o inimigo a envergonhar-se. Em verdade, ele, que pensara ser como Deus, fez-se louco ante a resistência de um homem. Ele, que na sua presunção desdenhava carne e sangue, foi agora derrotado por um homem de carne em sua carne. Verdadeiramente o Senhor trabalhava com este homem, Ele que por nós tornou-se carne e deu ao seu corpo a vitória sobre o demônio. Assim, todos os que combatem seriamente podem dizer: Não eu, mas a graça de Deus comigo (1Cor 15, 10). Finalmente, quando o dragão não pôde conquistar Antão nem por estes últimos meios, mas viu-se arrojado de seu coração, rangendo os seus dentes, como diz a Escritura (cf. Mc 9, 17), mudou, por assim dizer, sua pessoa. Tal como é seu coração, assim lhe apareceu: como um moço preto; e como inclinando-se diante dele, já não o molestou com pensamentos pois o impostor tinha sido lançado fora mas usando voz humana disse-lhe: A muitos enganei e venci; mas agora que te ataquei a ti e a teus esforços como o fiz com tantos outros, mostrei-me demasiadamente fraco. Quem és tu que me falas assim?, perguntou-lhe Antão. Apressou-se o outro a replicar com a voz lastimosa: Sou o amante da fornicação. A minha missão é espreitar a juventude e seduzi-la; chamam-me o espírito de fornicação. A quantos eu enganei, decididos que estavam a cuidar de seus sentidos! A quantas pessoas castas seduzi com minhas lisonjas! Eu sou aquele por cuja causa o profeta censura os decaídos: Foram enganados pelos espírito da fornicação (Os 4, 12). Sim, fui eu que os levei à queda. Fui eu que tanto te molestei e tão a miúde fui vencido por ti. Antão deu, pois, graças ao Senhor e armando-se de coragem contra ele, disse: És então inteiramente desprezível; és negro em tua alma e tão débil como um menino. Doravante já não me causas nenhuma preocupação, porque o Senhor está comigo e me auxilia: verei a derrota de meus adversários (cf. Sl 117, 7). Ouvindo isto, o negro desapareceu imediatamente, inclinando-se a tais palavras e temendo acercar-se do homem. Assim dominou-se Antão a si mesmo. Decidiu então mudar-se para os sepulcros que se achavam a certa distância da aldeia. Pediu a um dos seus familiares que lhe levasse pão a longos intervalos. Entrou, pois, em uma das tumbas; o mencionado homem fechou a porta atrás dele, e assim ficou dentro sozinho. Isto era mais do que o inimigo podia suportar, pois em verdade temia que agora fosse encher também o deserto com a vida ascética. Assim chegou uma noite com um grande número de demônios e o açoitou tão implacavelmente que ficou lançado no chão, sem fala pela dor. Afirmava que a dor era tão forte que os golpes não podiam ter sido infligidos por homem algum para causar semelhante tormento. Pela Providência de Deus porque o Senhor não abandona os que nele esperam seu parente chegou no dia seguinte trazendo-lhe pão. Quando abriu a porta e o viu atirado no chão como morto, levantou-o e o levou até a igreja da aldeia e o depositou sobre o solo. Muitos de seus parentes e da gente da aldeia sentaram-se em volta de Antão como para velar um cadáver. Mas pela meia-noite Antão recobrou o conhecimento e despertou. Quando viu que todos estavam dormindo e só seu amigo se achava desperto, fez-lhe sinais para que se aproximasse e pediu-lhe que o levantasse e levasse de novo para os sepulcros, sem despertar ninguém. O homem levou-o de volta, a porta foi trancada como antes e de novo ficou dentro, sozinho. Pelos golpes recebidos estava demasiado fraco para manter-se de pé; orava então, estendido no solo. Terminada sua oração, gritou: Aqui estou eu, Antão, que não me acovardei com teus golpes, e ainda que mais me dês, nada me separará do amor de Cristo (cf. Rm 8, 35). E começou a cantar: Se um exército se acampar contra mim, meu coração não temerá (Sl 26, 3). Tais eram os pensamentos e palavras do asceta, mas o que odeia o bem, o inimigo assombrado de que depois de todos os golpes ainda tivesse valor para voltar, chamou seus cães e arrebatado de raiva disse: Vêem vocês que não pudemos deter esse tipo nem com o espírito de fornicação nem com os golpes; ao contrário, chega até a desafiar-nos. Vamos proceder contra ele de outro modo. A função de malfeitor não é difícil para o demônio. Essa noite, por isso, fizeram tal estrépito que o lugar parecia sacudido por um terremoto. Era como se os demônios abrissem passagens pelas quatro paredes do recinto, invadindo impetuosamente através delas em forma de bestas ferozes e répteis. De repente todo o lugar se encheu de imagens fantasmagóricas de leões, ursos, leopardos, touros, serpentes, víboras, escorpiões e lobos; cada qual se movia segundo o exemplar que havia assumido. O leão rugia, pronto a saltar sobre ele; o touro, quase a atravessá-lo com os chifres; a serpente retorcia-se sem o alcançar completamente; o lobo acometia-o de frente. E a gritaria armada simultaneamente por todas essas aparições era espantosa, e a fúria que mostravam, feroz. Antão, atormentado e pungido por eles, sentia aumentar a dor em seu corpo; no entanto, permanecia sem medo e com o espírito vigilante. Gemia, é verdade, pela dor que atormentava seu corpo, mas a mente era senhora da situação e, como por debique, dizia-lhes: Se tivessem poder sobre mim, teria bastado que viesse um só de vocês; mas o Senhor lhes tirou a força e por isso se esforçam em fazer-me perder o juízo com seu número; é sinal de fraqueza terem de imitar animais ferozes. De novo teve a valentia de dizer-lhes: Se é que podem, se é que receberam poder sobre mim, não se demorem, venham ao ataque! E se nada podem, para que esforçar-se tanto sem nenhum fim? Porque a fé em Nosso Senhor é selo para nós e muro de salvação. Assim, depois de haver intentado muitas argúcias, rangeram os dentes contra ele, porque eram eles próprios que estavam ficando loucos e não ele. De novo o Senhor não se esqueceu de Antão na sua luta, mas veio ajudá-lo. Quando olhou para cima, viu como se o teto se abrisse e um raio de luz baixasse até ele. Foram-se os demônios de repente, cessou-lhe a dor do corpo, e o edifício estava restaurado como antes. Notando que a ajuda chegara, Antão respirou livremente e sentiu-se aliviado das suas dores. E perguntou à visão: Onde estavas tu? Por que não aparecestes no começo para deter minhas dores? E uma voz lhe falou: Antão, eu estava aqui, mas esperava ver-te enquanto agias. E agora, porque aguentaste sem te renderes, serei sempre teu auxílio e te tornarei famoso em toda parte. Ouvindo isto, levantou-se e orou: e ficou tão fortalecido que sentiu o seu corpo mais vigoroso que antes. Antônio ficou conhecido como um homem bom generoso, corajoso, com bom senso, leal e sem nenhum excesso e ostentação. São Athanasius tem o credito de ter feito a biografia de Antônio que conta os detalhes de suas provações, sofrimentos e milagres. Antônio era amigo de São Paulo de Tebas, chamado de o "eremita" que recebia meio pão por dia dos corvos. Diz a tradição que quando Antônio foi visita-lo, os corvos trouxeram um pão inteiro. O Imperador Constantino, o grande (323-337) era um dos milhares que procuravam Antônio para ensinamentos e inspiração. Antônio escreveu varias cartas e sermões para jovens eremitas. A vida de Antônio, descrita por São Athanaius também salva muitos dos sermões e discursos de Antônio. Uma regra monástica datada daquela era é creditada como tendo os seus ideais, suas idéias e suas crenças. Antão morreu em 17 de janeiro de 365 e foi enterrado em um cova não marcada conforme seu pedido, mas em 561 suas relíquias foram descobertas e foi trasladado para Alexandria, Constantinopla. La Motte, a casa matriz da Ordem dos Hospitaleiros de Santo Antão, fundada em 1100 , afirma que tem as suas relíquias. Porem, acreditam os estudiosos do assunto, que as relíquias de Santo Antão foram salvas dos Sarracenos em Constantinopla (agora Istambul, Turquia) em 635 DC. Relíquias deste santo também são tidas como estando em Siena, na Itália e Burngundy, na França. Ele é o padroeiro de várias ordens e dos Cavaleiros de Santo Antônio e também dos pobres, dos doentes, dos açougueiros e dos animais domésticos. Ele é invocado contra incêndios e pragas. Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um monge da Ordem de Santo Antônio. O porco e o sino são associados a ele como resultado da Ordem dos Hospitaleiros de Santo Antônio. Santo Antão é também mostrado com uma capa em T e um sino, o símbolo do eremita. Morreu com no dia 17 de janeiro de 356 com 105 anos.
  • NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO  GRANDE IMAGEM EM MADEIRA POLICROMADA E DOURADA. EXCEPCIONAL TRABALHO DE MESTRE MINEIRO SETECENTISTA. O PLANEJAMENTO É MAGNIFICO. A ROUPA  ELABORADA CONFERE LINDO MOVIMENTO A IMAGEM COMO QUE SE ESTIVESSE ESVOAÇANTE. BASE TEM TRÊS FIGURAS DE ANJOS APRESENTADOS COMO MEDALHÕES. PEANHA FACETADA. IMAGEM DE ALTO COLECIONISMO! MINAS GERAIS, SEC. XVIII. 45,5 CM DE ALTURA
  • PAPA BENTO XVI - PATENA E PALIO BENZIDOS E UTIUZADOS EM CELEBRAÇÃO PELO PAPA EMÉRITO BENTO XVI NA CAPELLA DEL MONATERO MATER ECCLESIAE EM 2020. PATENA EM PRATA COM VERMEIL COM BRASÃO DO PONTÍFICE E PALA RICAMENTE BORDADA COM CONCHA DE VIEIRA E A INSCRIÇÃO COOPRETORES VERITATIS. O DOCUMENTO É ASSINADO PELO MONSENHOR GEORG GONSWEIN ARCEBISPO DI URBISAGLIA, PREFEITO DA CASA PONTIFICIA E SECRETARIO PARTICULAR DE SUA SANTIDADE BENTO XVI PAPA EMÉRITO. DATADO DE 26 DE JANEIRO DE 2020. 14,5 CM DE DIAMETRO (PATENA)  NOTA: Bento XVI , nascido Joseph Aloisius Ratzinger (Marktl am Inn, 16 de abril de 1927  Vaticano, 31 de dezembro de 2022), foi o Papa da Igreja Católica e Bispo de Roma de 19 de abril de 2005 a 28 de fevereiro de 2013, quando oficializou a sua abdicação. Posteriormente foi Papa Emérito e Romano Pontífice Emérito da Igreja Católica. É considerado, no catolicismo, um dos maiores teólogos da história. Autor de inúmeras obras, Ratzinger também se destacou no combate ao Marxismo,5 a ideologias e a Teologia da libertação, considerada por ele inimiga da Igreja e das Escrituras. Desde sua renúncia era Bispo emérito da Diocese de Roma. Foi eleito, no conclave de 2005, o 265.º Papa, com a idade de 78 anos e três dias, sendo o sucessor de João Paulo II e sendo sucedido por Francisco.Dominava pelo menos seis idiomas, entre os quais alemão, italiano, francês, latim, inglês, castelhano e possuía conhecimentos de português, ademais lia grego antigo e hebraico. Foi membro de várias academias científicas da Europa como a francesa Académie des sciences morales et politiques e recebeu oito doutorados honoríficos de diferentes universidades, entre elas da Universidade de Navarra, e foi também cidadão honorário das comunidades de Pentling (1987), Marktl (1997), Traunstein (2006) e Ratisbona (2006). Era pianista e tinha preferências por Mozart e Bach. Foi o sexto e talvez o sétimo papa alemão desde Vítor II (segundo a procedência de Estêvão VIII, de quem não se sabe se nasceu em Roma ou na Alemanha). Em abril de 2005 foi incluído pela revista Time como sendo uma das cem pessoas mais influentes do mundo.O último papa com este nome fora Bento XV, que esteve no cargo de 1914 a 1922 e pontificou durante a Primeira Guerra Mundial. Ratzinger foi o primeiro Decano do Colégio Cardinalício eleito Papa desde Paulo IV, em 1555, o primeiro cardeal-bispo eleito Papa desde Pio VIII, em 1829, e o primeiro superior da Congregação para a Doutrina da Fé a alcançar o Pontificado, desde Paulo V, em 1605. Bento XVI foi o primeiro papa, desde João XXIII, a voltar a usar o camauro e comumente utilizou múleos.Também foi o primeiro pontífice a visitar um museu judaico. Renunciou em 28 de fevereiro de 2013, justificando-se em sua declaração de renúncia que as suas forças, devido à idade avançada, já não lhe permitiam exercer adequadamente o pontificado.O Papa Emérito Bento XVI morreu em 31 de dezembro de 2022, às 9h34m do horário local, após apresentar uma rápida deterioração de sua saúde em consequência da idade avançada, nos dias seguintes ao Natal. Sua morte foi confirmada pelo Secretário de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.
  • SÃO CARLOS STEB  - ES OSSIBUS -  RELICÁRIO DE SÃO CARLOS STEB FUNDADOR DA ORDEM DAS IRMÃS DA MISERICÓRDIA DE VERONA. COM CERTIFICADO DATADO DE 1975 DO POSTULADOR ANTONIUS RICCIARDI. SELO EM CERA VERMELHA COM CORDÕES DE SIGILO. ACONDICIONADA EM ESTOJO COM MEDALHA DA FACE DE SÃO CARLOS STEB. DEC. 70. 12 CM DE ALTURA (ESTOJO)NOTA: Carlos Steeb (18 de dezembro de 1773 - 15 de dezembro de 1856) foi um sacerdote alemão da Igreja Católica Romana e fundador das Irmãs da Misericórdia de Verona. Steeb era originalmente um luterano, mas se converteu ao catolicismo romano enquanto estudava na Itália. Carlos Steeb nasceu em 18 de dezembro de 1773, como luterano na cidade alemã de Tubinga. Ele viajou para a França e estudou em Paris, como um adolescente, mas fugiu durante a Revolução francesa. Ele estudou em Verona, mas o contato com os sacerdotes levaram a sua conversão ao Catolicismo Romano. Seus pais repudiaram a ele quando este foi descoberto.Steeb mais tarde foi ordenado para o sacerdócio e ministrar aos enfermos. Ele estudou direito canônico e direito civil em Pavia, e mais tarde passou para o ensino de línguas. Ele foi o fundador das Irmãs da Misericórdia de Verona.Ele morreu em 15 de dezembro de 1856 em Verona, na Itália aos 82 anos de idade.
  • SÃO COSME E SÃO DAMIÃO - RELICÁRIO EM PRATA DE LEI COM RELÍQUIAS DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO SÃO SANTOS MUITO POPULARES E QUERIDOS  NO BRASIL SUA FESTA TEM EM NOSSO PAÍS TRADIÇOES SECULARES COMO A DISTRIBUIÇÃO DE DOCES PARA CRIANÇAS NO DIA 27 DE SETEMBRO. A TECA É EM PRATA DE LEI, A RELÍQUIA ESTÁ LACRADA COM SELO EM CERA VERMELHA E SIGILOS E TAMBÉM APRESENTA BRASÃO DE ARCEBISPO.  SEC. XIX. 3 CM DE ALTURANOTA: São Cosme e São Damião nasceram na cidade de Egéia, na Arábia, por volta do ano 260. Eram gêmeos, filhos de família nobre. Sua mãe, Teodata, ensinou-lhes a fé cristã. E ensinou-lhes de tal forma, que Jesus Cristo passou a ser o centro de suas vidas.. Cosme e Damião foram estudar na Síria, na época, um grande centro de estudos e formação. Lá, os gêmeos se especializaram nas ciências e na medicina. Tornaram-se médicos famosos pela competência, obtendo grandes sucessos nos tratamentos, como também na caridade para com os doentes. Por causa da profunda formação cristã que tiveram, os irmãos, vivendo num mundo paganizado, decidiram atrair as pessoas para Jesus Cristo através do exercício da medicina. E faziam isso não de maneira impositiva ou constrangedora, mas, principalmente, através da caridade, do amor e da competência.Além disso, eles não cobravam por seus serviços médicos. Por esta razão espalhou-se a ideia de que os dois gêmeos médicos não gostavam de dinheiro. Não era bem isso. Na verdade, os dois eram grandes almas que sabiam dar ao dinheiro o seu devido lugar. Eles queriam curar as pessoas no corpo e na alma, levando a elas também os ensinamentos e a salvação de Jesus Cristo. Por este motivo, São Cosme e São Damião são os padroeiros dos médicos, das faculdades de medicina e dos farmacêuticos. Na mesma época em que eles trabalhavam e ensinavam em nome de Jesus, o imperador Diocleciano lançou uma grande perseguição contra os cristãos. E o local onde eles viviam era dominado pelos romanos. Por isso, eles foram presos sob a acusação de feitiçaria e de espalharem uma seita proibida pelo imperador. O imperador odiava os cristãos porque eles desprezavam os deuses romanos e adoravam somente Jesus Cristo.Cosme e Damião foram tirados violentamente do local onde atendiam os doentes e levados ao tribunal.  Lá, foram acusados de feitiçaria, por curarem os doentes e de pregarem uma seita proibida. Ao serem questionados sobre isso, responderam: Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo, e pelo seu poder. Ele é o Filho de Deus que veio a este mundo para salvar e para curar. No tribunal, foi exigido deles que renunciassem à fé em Jesus Cristo e começassem a falar aos pacientes sobre os deuses romanos. Eles se recusaram, não renunciaram aos princípios do Evangelho e por isso foram duramente torturados. Cosme e Damião foram condenados à morte por apedrejamento e flechadas. Tudo foi preparado, então, para a execução da pena. A pena foi executada por carrascos experientes. Os santos irmãos gêmeos, porém, não morreram. Então, o magistrado ordenou que fossem queimados em praça pública. Executaram a sentença, mas o fogo não os atingiu. Cosme e Damião não paravam de louvar a Deus por estarem sendo dignos de sofrerem por Jesus Cristo. Os pacientes que eram atendidos por eles, que ainda não tinham se convertido, se converteram ao verem essas coisas. Os soldados decidiram afogar os dois, mas eles foram salvos por anjos. Por fim, a mando do magistrado, os torturadores lhes cortaram as cabeças. Cosme e Damião foram sepultados pelos pacientes que tinham sido curados por eles. Mais tarde, seus restos mortais foram transladados para uma Igreja dedicada a eles, construída pelo Papa Felix IV, em Roma, na Basílica do Fórum. Lá e em toda a Igreja, eles são venerados como santos mártires, ou seja, morreram por testemunharem sua fé em Jesus Cristo e não renegarem esta fé. A festa de Cosme e Damião é celebrada no dia 26 de setembro. No século XIX, os mártires ainda eram padroeiros de confrarias médicas, para obter o título de doutor em Coimbra, pagavam-se emolumentos para a Irmandade de S. Cosme. O culto aos gêmeos mártires foi trazido para o Brasil em 1530 por Duarte Coelho Pereira e tornaram-se padroeiros de Igarassu, em Pernambuco.8 No nordeste brasileiro passaram a ser invocados para afastar o contágios de epidemias. Os negros identificaram Cosme e Damião como o orixá Ibeji em um sincretismo religioso
  • NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO - MUITO GRANDE IMAGEM EM MÁRMORE APRESENTANDO NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO. TÊM AS MÃOS CRUZADAS JUNTO AO PEITO E ESTÁ ASSENTE SOBRE NUVENS COM TORSOS DE QUERUBINS . LINDO MOVIMENTO ESCULTURAL. EUROPA, SEC. XIX. 116 CM DE ALTURA
  • MUITO GRANDE RESPLENDOR EM PRATA DE LEI EXECUTADO COM ERUDIÇÃO. LINDO TRABALHO SETECENTISTA BRASILEIRO COM CENTRO DECORADO COM LAUREU EMOLDURANDO RESERVA COM ELEMENTOS VEGETALISTAS. FANTÁSTICO, RARO E COMPLETAMENTE FORA DO COMUM PELA GRANDE DIMENSÃO. 48 CM DE COMPRIMENTO. 30 CM DE DIAMETRO. 470 G
  • MAQUINETA DE SALÃO  - REQUINTADO E MAGNÍFICO  ORATÓRIO DO TIPO LAPINHA ORIGINARIO DE MINAS GERAIS, ESTILO E ÉPOCA DOM JOSÉ I, DATÁVEL DE MEADOS DO SEC. XVIII. CONFECCIONADO EM MADEIRA RECORTADA E ENTALHADA APRESENTADO POLICROMIA E DOURAMENTO. POLICROMIA PREDOMINANTEMENTE EM AZUL VERDE. ESTRUTURA COM DOIS NICHOS SENDO O SUPERIOR O MAIS ALONGADO QUE O INFERIOR. MOLDURA FRONTAL COM FENDA PARA RECORTE DA CERCADURA. ANTEPARO DE VIDRO. IMAGENS EM CALCITA ENTALHADA COM LEVE POLICROMIA E DOURAÇÃO COMO ERA O GOSTO DA ÉPOCA. CRUZ EM MADEIRA. ORATÓRIO DE FATURA ERUDITA! ABERTURA COM PORTA TRASEIRA. ORNAMENTAÇÃO DA TALHA COMPOSTA POR VOLUTAS, PALMETA E FRISOS DOURADOS. NO NICHO SUPERIOR CENA DE CRUCIFICAÇÃO COM CRISTO NA CRUZ, NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO, SÃO JOSÉ, SÃO JOAQUIM, SANTO ONOFRE, SÃO PAULO, SÃO FRANCISCO DE PAULA, SÃO SEBASTIÃO, SANTO ANTONIO E SÃO PEDRO. NO NICHO  INFERIOR CENA DA NATIVIDADE, SÃO JOSÉ E MARIA ALADOS POR REQUINTADOS VASOS COM FLORES. A QUALIDADE DAS IMAGENS É MUITO BOA! TETO ABOBADADO. PÉS RECURVOS. ESSE MODELO DE LAPINHA FACETADO É O MAIS ELEGANTE DOS QUE FORAM PRODUZIDOS NO SEC. XVIII, AUGE DO ESTILO DOM JOSÉ EM SUA ÉPOCA SENDO EXPOSTOS NOS SALÕES DE RESIDENCIAS ABASTADAS. MINAS GERAIS, SEC. XVIII, 75 CM DE ALTURA. NOTA: Tipicamente mineiros os oratórios denominados lapinhas geralmente apresentam dois pavimentos, a cena clássica do Calvário com a Sagrada Parentela e algum Santo de Devoção do encomendante. Embaixo geralmente uma cena de presépio COMO NO CASO DESTE. São peças elegantes bem ao gosto Dom José I e destinados a casas de proprietários abastados. Notadamente essa arte floresceu na região de Ouro preto, Mariana e Santa Luzia. De acordo com o periódico especializado A Relíquia, no bojo da arte sacra brasileira, destacam-se os oratórios, objetos de fé, testemunhos do catolicismo, pelos quais se pode recompor a trajetória de nossa civilização. Através deles acompanha-se a imersão do fenômeno barroco na vida cotidiana do Brasil colonial. O oratório representava a ligação do homem com o divino. A origem do oratório remonta à Idade Média, época em que as famílias que não podiam construir capelas, representavam-nas através de um objeto. Para Angelo Araújo o oratório "reporta-se à edícula romana, morada dos deuses lares, e desde os primórdios do cristianismo são encontrados como objeto do culto aos mártires e santos. Ao longo de dois milênios, aparecem e ressurgem em todos os territórios da cristandade, consubstanciando estilos vigentes, tendências, influências e costumes de cada região. Os oratórios chegaram ao Brasil nos primeiros navios portugueses, como protetores daqueles intrépidos navegantes. Povoaram a cena doméstica, na cidade e no campo, das cozinhas aos quartos de dormir, das varandas às salas de jantar, dos salões as senzalas.
  • MESTRE ACAIACA  PRESTE ATENÇÃO A ESTA SINGULAR IMAGEM DE SANTANA MESTRA COM A VIRGEM MARIA. COM ROSTO SOLENE SANTANA PASSA SEU BRAÇO ESQUERDO SOBRE AS COSTAS DA VIRGEM TRAZENDO-A AO ACONHEGO DE SEU CORPO E PARA PERTO DO LIVRO DE PRECEITOS QUE SUSTENTA COM A MÃO DIREITA. A VIRGEM TEM O DEDO SOBRE O LIVRO E APONTA PARA AS PALAVRAS NELE ESCRITAS AVE MARIA. SANTANA ESTÁ SENTADA SOBRE UM BANCO ESTILO DOM JOÃO V. A  ROUPA DA VIRGEM TEM LINDA POLICROMIA COM DELICADAS ROSAS DE MALABAR.  A ELEGÂNCIA DAS VESTES JUNTO AO COLO, O PANEJAMENTO DAS IMAGENS, OS TRAÇOS PERFEITOS, AS DOBRAS E OS CABELOS APONTAM PARA AUTORIA DO MESTRE ACAIACA, EXPOENTE DA ESCULTURA BARROCA NAS GERAIS DO SEC. XVIII. UMA JÓIA DA IMAGINÁRIA MINEIRA.  MINAS GERAIS, SEC. XVIII. 22 X 14 CM
  • DR. FIDÊNCIO NEPOMUCENO PRATES (1818-1900)  COVILHETE EM PORCELANA DA MANUFATURA CHARLES PYLLVUYT MEDAILLE DOR 1867, PARIS. BORDA COM FRISO EM OURO SUCEDIDA POR BARRADO NA TONALIDADE CORAL ENTRE FRISOS EM NEGRO. CALDEIRA TEM INICIAIS FP (COM F DUPLICADO PARA TRAZER SIMETRIA E ENGRANDECER O MONOGRAMA). F EM NEGRO E P EM CORAL REALÇADO EM OURO. GUARNECEU O SERVIÇO DO DR. FIDÊNCIO NEPOMUCENO PRATES, CASADO COM DONA INOCÊNCIA DA SILVA PRATES, SENDO ESTA FILHA DOS BARÕES DE ANTONINA E SOBRINHA DO BARÃO DE IBICUÍ. DR. FIDÊNCIO ERA FILHO DE FIDÉLIS NEPOMUCENO PRATES, GRANDE ESTANCIEIRO NO RIO GRANDE DO SUL, QUE CHEGOU A AJUDAR FINANCEIRAMENTE OS REBELDES FARRAPOS E FOI DEPUTADO NA CONSTITUINTE DA REPÚBLICA RIO GRANDENSE.  FOI PAI DO CONDE EDUARDO PRATES, SOBRINHO DE DOM FELICIANO JOSÉ RODRIGUES DE ARAUJO PRATES (1781-1858), PRIMEIRO BISPO DE PORTO ALEGRE (1781-1858), ERA CUNHADO DO COMENDADOR FRANCISCO FERREIRA DE CASTILHOS, CASADO COM DONA CAROLINA DE CARVALHO PRATES (IRMÃ DE FIDÊNCIO). FRANÇA, DEC. DE 1850, 23 CM DE COMPRIMENTO. NOTA: A família Prates tem suas origens na Holanda, com o nome de Prax ou Prass , e vieram para Espanha e Portugal. Em Portugal fixaram-se em Estremoz. Fidêncio Prates descende em linha direta de João Rodrigues Prates, nascido em Extremoz em 1699. Foi um dos primeiros povoadores do Rio Grande de São Pedro, depois de ter sido capitão-mór em Santa Catarina, cargo em que lhe sucedeu seu filho Paulo. Casou em Laguna em 1729 com Isabel Gonçalves Ribeiro de quem teve numerosa descendência e deu origem a vários ramos que subsistem no Brasil: Prates, Prates de Almeida, Costa Prates, Carvalho Prates, Rodrigues Prates, Souza Prates e Prates de Castilho. Dona Isabel Gonçalves Ribeiro, pelo lado brasileiro, era filha de Manuel Gonçalves Ribeiro, Juiz na Vila de Laguna em 1720, e Maria dos Passos Duarte. Maria dos Passos Duarte entronca-se com uma das mais antigas famílias de bandeirantes do Brasil. A família tem origens na Genealogia Paulistana e como quase todas as famílias importantes de São Paulo acaba no João Ramalho e nos tupis fundadores de Piratininga.
  • PRECIOSA IMAGEM EM MADEIRA REPREENTANDO NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO. TRABALHO MINEIRO DE MUITO BOA QUALIDADE APRESENTA A VIRGEM COM CABELOS ARRANJADOS EM TRÊS TRANÇAS QUE DESCEM EM REQUINTADOS ROLOS POR SUAS COSTAS. O ROSTO É SUBLIME, OS ENTALHES DO PANEJAMENTO MAGNIFICOS. NA BASE TRÊS CABEÇAS DE ANJO ARTISTICAMENTE ESCULPIDAS. RESQUICIOS DE POLICROMIA. OBRA DE OFICINA, UMA JÓIA DO ALTO PERÍODO BARROCO MINEIRO. MINAS GERAIS, SEC. XVIII. 16 CM DE ALTURA
  • SÃO FRANCISCO DE PAULA  LINDA IMAGEM EM MADEIRA COM BELA POLICROMIA. MAGNIFICO ROSTO E EXPRESSIVOS OLHOS EM VIDRO. IMAGEM ERUDITA DE MUITO BOA TALHA! A PINTURA TEM ELABORADO TRABALHO EM PONTA SECA. BRASIL INICIO DO SEC. XIX, 22 CM DE ALTURANOTA: São Francisco de Paula nasceu na região da Calábria, Itália, numa cidade chamada Paula. Seus pais se chamavam Viena de Fuscaldo e Giácomo Daléssio. O casal tinha muita devoção a São Francisco de Assis .Por isso, os dois sempre pediam a seu santo de devoção a graça de terem um filho. O casal foi atendido em suas orações. Assim, no dia 27 de março de 1416 o filho deles nasceu e recebeu o nome de Francisco, em homenagem ao santo de Assis. Aos 12 anos, o pequeno Francisco foi levado para o Convento de São Marcos. O menino permaneceu lá durante 1 ano, mas não se sentiu tocado pelo tipo de vida que levavam lá. Assim, voltou para sua cidade. Depois disso, Francisco e seus pais fizeram uma peregrinação visitando lugares santos da Itália. Nessa viagem, ao visitar o Monte Cassino (Mosteiro fundado por São Bento), o jovem conheceu a história do patriarca São Bento e se sentiu chamado para a vida de eremita. Assim, ele pediu a seus pais que o deixassem viver isolado, numa vida de rigores, oração e penitência. Sofrendo por um lado e alegrando-se por outro, os pais de São Francisco de Paula permitiram. O jovem São Francisco de Paula passou a morar isolado numa gruta no deserto. Fazia grandes sacrifícios, orações e jejuns, aos quais ele chamava de quaresmas. Num desses momentos de profunda oração, o próprio Arcanjo São Miguellhe fez uma visita, entregando a Francisco uma espécie de ostensório, no qual se via escrita a palavra Caridade. Francisco uniu esta palavra a dois outros lemas que tinha adotado em sua vida: humildade e penitência. Daí em diante, começou a pensar na fundação de uma ordem religiosa. A inspiração foi tomando corpo em seu coração e ele decidiu pedir autorização ao Papa. O Papa concedeu. Assim, tendo somente 19 anos, começou a fundação da ordem que ele chamou de Ordem dos Mínimos. E este nome tinha um alcance muito claro em toda a filosofia de vida da nova ordem. Para poderem entrar na Ordem dos Mínimos, seria preciso tornar-se pequeno, o menor entre todos, o último, atendendo ao que disse Jesus:os últimos serão os primeiros. O nome, aliás, foi sugerido peloPapa Alexandre VI, em 1435. O Jovem São Francisco de Paula começou, então, a construir um mosteiro numa colina que ficava não muito distante de sua cidade natal, Paula. Nesse tempo, Deus lhe tinha dado o dom dos milagres. Por isso, sua fama crescia. Os habitantes de Paula vinham ajudá-lo em todas as necessidades da construção. Depois disso, a Ordem dos Mínimos cresceu. São Francisco de Paula fundou mosteiros em vários outros lugares como na Cicília, na França e na Calábria. Como o movimento que ele iniciou crescia, ele fundou também um mosteiro para mulheres que seguiam as regras da Ordem dos Mínimos. Vários milagres são relatados na história do Santo. O mais extraordinário é a ressurreição de um sobrinho seu chamado Nicolas. Ele tinha o dom da cura. Por isso, o povo o procurava incessantemente em suas enfermidades. Inúmeras curas são relatadas por sua intercessão. Além disso, ele tinha também o dom de profetizar e o dom da Palavra, que arrebatava a todos em suas pregações. São Francisco de Paula teve uma vida longa. Ao final percebendo que sua morte era iminente, reuniu os monges que estavam no mosteiro de Plessis, na França, e deu a eles as últimas instruções. Depois, pediu que rezassem juntos. Faleceu aos 91 anos. Era a sexta feira santa do ano 1507. São Francisco de Paula foi canonizado pelo Papa Leão X no ano 1519. Em 1943 foi declarado padroeiro dos marinheiros e dos casais que querem engravidar, pelo fato de ele mesmo ter sido concebido depois de muita oração de seus pais.

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