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  • IMPÉRIO DO BRASIL - ESCUDO DO IMPÉRIO BRASEILRO EM FAIANÇA POLICROMADA. ESFERA ARMILAR COM CRUZ  DE  MALTA E 19 ESTRELAS. O ESCUDO ESTÁ SOB COROA IMPERIAL. ASSINADO NA FACE OPOSTA. ITALIA, SEC. XIX. 24 CM DE ALTURA
  • H STERN  COLEÇÃO DIGITAL COM CRAVAÇÃO DE DIAMANTE -  LINDO ANEL EM OURO 18K DA MANUFATURA H STERN COLEÇÃO DIGITAL CRAVEJADA COM UM DIAMANTE.BRANCO E PURO COM 15 PONTOS.  ARO 20. 15,99 G
  • CONDE DO PINHAL PRATO RASO EM PORCELANA, ABA DELIMITADA POR FRISO BORDEAUX ENTRE FILETES DOURADOS, DECORADO POR RAMOS E FOLHAS DOURADAS EM RELEVO E MONOGRAMA CP SOB COROA DE CONDE EM DOURADO, PERTENCENTE A ANTONIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONDE DO PINHAL. EXEMPLAR DO MESMO SERVIÇO REPRODUZIDO NA PÁGINA 307 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL, POR JENNY DREYFUS. FRANÇA, SÉC. XIX. 24 CM DE DIÂMETRO.NOTA: Antonio Carlos de Arruda Botelho (Piracicaba, 23 de agosto de 1827 São Carlos, 11 de março de 1901), primeiro e único barão, visconde e conde do Pinhal, foi um político e empresário brasileiro. Herdeiro de terras na sesmaria do Pinhal, formou várias fazendas nos municípios de São Carlos e Jaú, tendo prosperado como grande produtor de café, cujos rendimentos possibilitaram a ele investir em outros ramos de negócios. Teve importante participação política no Estado de São Paulo, principalmente no período do Segundo Império no Brasil. Casou-se duas vezes, tendo, ao todo, treze filhos. Sua residência familiar era a Fazenda Pinhal, localizada no município de São Carlos, onde o conde do Pinhal faleceu, em 1901. Antonio Carlos era neto de Carlos Bartholomeu de Arruda Botelho, que obteve entre os anos de 1785 e 1786 duas sesmarias nos conhecidos Campos ou Sertões de Araraquara , uma por meio de doação da Coroa e outra mediante compra. Um dos filhos de Carlos Bartholomeu, Manoel Joaquim Pinto de Arruda, adquiriu mais uma sesmaria nos mesmos Campos, em 1786, que juntas formaram a Sesmaria do Pinhal. Porém, foi um dos filhos de Carlos Bartholomeu, o Carlos José Botelho, conhecido também como Botelhão, que requereu a demarcação dessas terras, em 1831. Ele foi o responsável por construir a Casa de Morada nas terras que herdou do pai, na Sesmaria do Pinhal, formando, assim, a Fazenda Pinhal. Carlos José se casou em 1824 com Cândida Maria do Rosário, tendo com ela nove filhos, além de uma filha natural. Dentre os filhos do casal está Antonio Carlos de Arruda Botelho, o futuro Conde do Pinhal. Antonio Carlos se casou em primeiras núpcias, em 31 de maio de 1852, com Francisca Theodora Ferraz Coelho, natural de Piracicaba, nascida em 1834, filha de Frutuoso José Coelho e Antonia da Silva Ferraz. Do primeiro casamento, Antonio Carlos teve só um filho: o futuro senador Carlos José de Arruda Botelho, nascido em Piracicaba. Com a morte do Botelhão, em 1854, as terras da Sesmaria do Pinhal foram divididas entre seus filhos e coube a Antonio Carlos a Fazenda Pinhal e terras ao seu redor. Por volta desse período, este último, sua mulher e o filho pequeno residiam naquela propriedade. Contudo, em 10 de março de 1862, Francisca Theodora faleceu na Fazenda Pinhal. Aproximadamente um ano após a morte da primeira companheira, em 23 de abril de 1863, Antonio Carlos se casou novamente, agora com Anna Carolina de Mello Oliveira, a futura condessa do Pinhal , natural de Rio Claro, nascida em 5 de novembro de 1841, e filha de José Estanislau de Oliveira e Elisa de Mello Franco. José Estanislau foi um grande fazendeiro e influente político na região de Rio Claro, tendo obtido em 1867 o título de Primeiro Barão de Araraquara e, em 1870, o título de visconde do Rio Claro. Antonio Carlos e Anna Carolina tiveram 12 filhos. O primeiro deles, José Estanislau de Arruda Botelho, casou-se com Ana Brandina de Queirós Aranha, de Campinas. Ela era filha de Manuel Carlos Aranha, barão de Anhumas, e de Brandina Augusta de Queirós Aranha, a baronesa consorte de Anhumas, da família Pereira de Queirós, de Jundiaí, sobrinha de Antônio de Queirós Teles, barão de Jundiaí, tendo esta herdado de seus pais a Fazenda Pau d'Alho, em Campinas. Antonio Carlos de Arruda Botelho, o conde do Pinhal, faleceu na Fazenda Pinhal, após regressar de uma viagem de negócios que fez no Rio de Janeiro, em 11 de março de 1901. Após seu falecimento, a administração de seus negócios e bens passaram às mãos de sua esposa, auxiliada por filhos e netos. Anna Carolina de Mello Oliveira, a condessa do Pinhal, faleceu em 5 de outubro de 1945, exatamente um mês antes de completar 104 anos de idade. Carlos José, o Botelhão, pai do futuro conde do Pinhal, idealizou em vida fundar uma povoação próxima às suas terras na sesmaria do Pinhal. Porém, devido a sua morte, ele não pôde efetivamente pôr em prática tal projeto. Assim, seu filho Antonio Carlos, em companhia de alguns irmãos e de Jesuíno José Soares de Arruda, levaram a cabo esse objetivo. Houve a doação de terras por parte desses fazendeiros, tendo sido construída uma capela, onde hoje se encontra a catedral da cidade. A família Arruda Botelho fez a doação, para a mencionada capela, de uma imagem de São Carlos Borromeu, santo padroeiro da família e que passou a ser o padroeiro da cidade também, dando seu nome a ela. A 4 de novembro de 1857 foi oficialmente fundada São Carlos do Pinhal, a atual cidade de São Carlos, no interior do Estado de São Paulo . Antonio Carlos de Arruda Botelho herdou do pai as terras onde está localizada a Fazenda Pinhal. Essa propriedade lhe serviu de morada durante toda a sua vida, sendo o local em que criou seus filhos. Ele promoveu o desenvolvimento dessas terras, inicialmente com cana-de-açúcar e gado e, posteriormente, com o cultivo do café , que no último quartel do século XIX era o principal produto agrícola produzido na região do Oeste Paulista, configurando-se também como o principal produto nacional destinado à exportação. No caso da Fazenda Pinhal, a criação de gado sempre existiu, mesmo que em alguns momentos em pequena escala. Ao mesmo tempo, o conde do Pinhal abriu e formou várias fazendas na região, a grande maioria de café. Em Jaú, as fazendas Maria Luísa, Carlota, Sant'Ana, Santo Antonio, Santa Sofia, São Carlos, São Joaquim e Salto do Jaú; e em São Carlos, as fazendas: Palmital, Serra, Santa Francisca do Lobo e Santo Antonio. Em Ribeirão Preto, comprou de um grupo de capitalistas fluminenses, em 1892, uma companhia agrícola, conhecida como Companhia Agrícola de Ribeirão Preto, formada por nove fazendas para o cultivo de café. Ao longo de todo esse período, e devido ao desenvolvimento e expansão de sua produção cafeeira, Antonio Carlos, tal como outros grandes fazendeiros da época, inverteu parte de seus recursos em outros ramos de atividades, mas todos ligados, de certa forma, aos negócios cafeeiros. O transporte do café até o porto de Santos, por exemplo, sempre foi uma preocupação dos fazendeiros do interior. Nos municípios servidos por estradas de ferro (ferrovias), o transporte além de ser mais rápido, evitava perdas do produto pelo caminho. Até por volta de 1880, não havia nos municípios de São Carlos, Araraquara e Jaú ferrovias que fizessem o transporte em direção ao porto de Santos. Rio Claro estava ligado a Jundiaí por meio da estrada de ferro da Companhia Paulista de Estradas de Ferro; de Jundiaí a Santos, quem fazia o transporte ferroviário era a São Paulo Railway Company. A Companhia Paulista manifestou interesse em ampliar seus trilhos além Rio Claro, mas o traçado proposto era contrário aos interesses de alguns fazendeiros da região. Depois de negociações com o Governo e diante das pressões desses fazendeiros, encabeçadas por Antonio Carlos de Arruda Botelho (que na época era Deputado Provincial e Barão do Pinhal), a Paulista abdicou da concessão de prolongamento da ferrovia. Em 1882, Antonio Carlos comprou, com capital próprio e de outros fazendeiros, parte dessa concessão. Assim, elaborou-se um novo projeto e a estrada de ferro pôde ser concluída . Eles formaram, então, a Companhia do Rio Claro de Estradas de Ferro. Em 1884 foi inaugurado o trecho entre Rio Claro e São Carlos. Já o prolongamento até Araraquara foi finalizado em 1885, e em 1886 foi concluído o trecho até Jaú. Além de ter uma posição estratégica para o transporte do café, essa nova ferrovia propiciou, também, maior desenvolvimento aos municípios por ela servidos. Em 1889, a Companhia do Rio Claro de Estradas de Ferro foi comprada pela "São Paulo Railway Company", e posteriormente, em 1892, pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Outro investimento de Antonio Carlos de Arruda Botelho, diretamente ligado ao setor cafeeiro, foi a criação de uma casa comissária na cidade portuária de Santos, a Casa Comissária Arruda Botelho, que surgiu por volta de 1886/1887. As casas comissárias, nesse momento, recebiam comissões por comercializarem produtos agrícolas nacionais no exterior nesse período principalmente o café fornecendo aos fazendeiros tanto créditos em dinheiro, quanto bens de consumo e instrumentos a serem aplicados nas lavouras, tendo como garantia o produto enviado ou a ser enviado no futuro por esses mesmos fazendeiros . Além desses grandes investimentos, Antonio Carlos fundou também três bancos. Em 1889 ele fundou na cidade de São Paulo o Banco de São Paulo (banco emissor). Já os outros dois foram fundados no interior do Estado, ambos em 1891: o Banco União de São Carlos e o Banco de Piracicaba. Estes últimos, porém, não tiveram a mesma prosperidade do primeiro, tendo sido liquidados em anos posteriores, talvez devido às crises cafeeiras surgidas em fins do século XIX. Antonio Carlos de Arruda Botelho pertencia ao Partido Liberal (Brasil Império), formado no período regencial do Brasil (1831 1840) . Ele foi um importante político, tendo ocupado diversos cargos influentes. Assim, de forma cronológica, algumas de suas principais participações/atuações "políticas" Foi Juiz Municipal e Presidente da Camara Municipal de Araraquara, tenente-coronel Comandante do Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, Deputado Provincial e Senador. Além dos cargos eletivos acima mencionados, Antonio Carlos teve participação na Guerra do Paraguai, ocorrida entre 1864 e 1870. Ele ficou incumbido de abastecer as tropas, enviando carnes e açúcar; recrutar voluntários; além de promover a manutenção dos caminhos que levavam a Mato Grosso. Por sua participação na Guerra, recebeu os seguintes títulos : 23 de abril de 1867: Coronel Comandante Superior da Guarda Nacional. Em 02 de setembro de 1868: foi nomeado Oficial da Ordem da Rosa. Em 02 de agosto de 1879: Barão do Pinhal. Ao mesmo tempo, pelo empreendimento que realizou por ter criado a Companhia do Rio Claro de Estradas de Ferro, que ligou Rio Claro a Jaú, passando por São Carlos e Araraquara, Antonio Carlos, que já era o Barão do Pinhal, foi agraciado com mais dois títulos : Em 05 de maio de 1883: Visconde do Pinhal. Em 07 de maio de 1887: Conde do Pinhal. Em 1957, durante as comemorações do centenário da fundação de São Carlos, os Correios confeccionaram um selo em homenagem ao Conde do Pinhal. A família do Conde do Pinhal possuía, além de sesmarias na região de São Carlos, também na região de Piracicaba, chamada Sesmaria do Bom Jardim do Salto. O Conde se ausentava frequentemente da Fazenda do Pinhal, tendo formado várias fazendas nas regiões de São Carlos e Jaú, dentre elas: Santo Antonio, da Serra, Palmital, Maria Luiza, Carlota, Sant Ana, Santa Sophia, São Carlos, São Joaquim e Salto de Jaú. A família possuía também diversos imóveis urbanos, como o Palacete Conde do Pinhal em São Carlos, uma residência em São Paulo (demolida na década de 1940), e outra em Poços de Caldas, conhecida como Villa Pinhal (demolida nos anos 1980). Após a morte da condessa, em 1945, os bens seriam divididos entre os filhos, exceto a Fazenda Pinhal, que ficou em estado pró-indiviso por 23 anos. Nos anos 1970, a Casa do Pinhal seria comprada por Modesto Carvalhosa e sua esposa Helena Vieitas Carvalhosa, bisneta do Conde, os quais manteriam o imóvel rural nas próximas décadas. Em 2010, a Fazenda Pinhal foi adquirida por Fernão Carlos Botelho Bracher, bisneto do Conde, e sua esposa Sônia. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Carlos_de_Arruda_Botelho-
  • CONDE DO PINHAL PRATO RASO EM PORCELANA, ABA DELIMITADA POR FRISO BORDEAUX ENTRE FILETES DOURADOS, DECORADO POR RAMOS E FOLHAS DOURADAS EM RELEVO E MONOGRAMA CP SOB COROA DE CONDE EM DOURADO, PERTENCENTE A ANTONIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONDE DO PINHAL. EXEMPLAR DO MESMO SERVIÇO REPRODUZIDO NA PÁGINA 307 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL, POR JENNY DREYFUS. FRANÇA, SÉC. XIX. 24 CM DE DIÂMETRO.NOTA: Antonio Carlos de Arruda Botelho (Piracicaba, 23 de agosto de 1827 São Carlos, 11 de março de 1901), primeiro e único barão, visconde e conde do Pinhal, foi um político e empresário brasileiro. Herdeiro de terras na sesmaria do Pinhal, formou várias fazendas nos municípios de São Carlos e Jaú, tendo prosperado como grande produtor de café, cujos rendimentos possibilitaram a ele investir em outros ramos de negócios. Teve importante participação política no Estado de São Paulo, principalmente no período do Segundo Império no Brasil. Casou-se duas vezes, tendo, ao todo, treze filhos. Sua residência familiar era a Fazenda Pinhal, localizada no município de São Carlos, onde o conde do Pinhal faleceu, em 1901. Antonio Carlos era neto de Carlos Bartholomeu de Arruda Botelho, que obteve entre os anos de 1785 e 1786 duas sesmarias nos conhecidos Campos ou Sertões de Araraquara , uma por meio de doação da Coroa e outra mediante compra. Um dos filhos de Carlos Bartholomeu, Manoel Joaquim Pinto de Arruda, adquiriu mais uma sesmaria nos mesmos Campos, em 1786, que juntas formaram a Sesmaria do Pinhal. Porém, foi um dos filhos de Carlos Bartholomeu, o Carlos José Botelho, conhecido também como Botelhão, que requereu a demarcação dessas terras, em 1831. Ele foi o responsável por construir a Casa de Morada nas terras que herdou do pai, na Sesmaria do Pinhal, formando, assim, a Fazenda Pinhal. Carlos José se casou em 1824 com Cândida Maria do Rosário, tendo com ela nove filhos, além de uma filha natural. Dentre os filhos do casal está Antonio Carlos de Arruda Botelho, o futuro Conde do Pinhal. Antonio Carlos se casou em primeiras núpcias, em 31 de maio de 1852, com Francisca Theodora Ferraz Coelho, natural de Piracicaba, nascida em 1834, filha de Frutuoso José Coelho e Antonia da Silva Ferraz. Do primeiro casamento, Antonio Carlos teve só um filho: o futuro senador Carlos José de Arruda Botelho, nascido em Piracicaba. Com a morte do Botelhão, em 1854, as terras da Sesmaria do Pinhal foram divididas entre seus filhos e coube a Antonio Carlos a Fazenda Pinhal e terras ao seu redor. Por volta desse período, este último, sua mulher e o filho pequeno residiam naquela propriedade. Contudo, em 10 de março de 1862, Francisca Theodora faleceu na Fazenda Pinhal. Aproximadamente um ano após a morte da primeira companheira, em 23 de abril de 1863, Antonio Carlos se casou novamente, agora com Anna Carolina de Mello Oliveira, a futura condessa do Pinhal , natural de Rio Claro, nascida em 5 de novembro de 1841, e filha de José Estanislau de Oliveira e Elisa de Mello Franco. José Estanislau foi um grande fazendeiro e influente político na região de Rio Claro, tendo obtido em 1867 o título de Primeiro Barão de Araraquara e, em 1870, o título de visconde do Rio Claro. Antonio Carlos e Anna Carolina tiveram 12 filhos. O primeiro deles, José Estanislau de Arruda Botelho, casou-se com Ana Brandina de Queirós Aranha, de Campinas. Ela era filha de Manuel Carlos Aranha, barão de Anhumas, e de Brandina Augusta de Queirós Aranha, a baronesa consorte de Anhumas, da família Pereira de Queirós, de Jundiaí, sobrinha de Antônio de Queirós Teles, barão de Jundiaí, tendo esta herdado de seus pais a Fazenda Pau d'Alho, em Campinas. Antonio Carlos de Arruda Botelho, o conde do Pinhal, faleceu na Fazenda Pinhal, após regressar de uma viagem de negócios que fez no Rio de Janeiro, em 11 de março de 1901. Após seu falecimento, a administração de seus negócios e bens passaram às mãos de sua esposa, auxiliada por filhos e netos. Anna Carolina de Mello Oliveira, a condessa do Pinhal, faleceu em 5 de outubro de 1945, exatamente um mês antes de completar 104 anos de idade. Carlos José, o Botelhão, pai do futuro conde do Pinhal, idealizou em vida fundar uma povoação próxima às suas terras na sesmaria do Pinhal. Porém, devido a sua morte, ele não pôde efetivamente pôr em prática tal projeto. Assim, seu filho Antonio Carlos, em companhia de alguns irmãos e de Jesuíno José Soares de Arruda, levaram a cabo esse objetivo. Houve a doação de terras por parte desses fazendeiros, tendo sido construída uma capela, onde hoje se encontra a catedral da cidade. A família Arruda Botelho fez a doação, para a mencionada capela, de uma imagem de São Carlos Borromeu, santo padroeiro da família e que passou a ser o padroeiro da cidade também, dando seu nome a ela. A 4 de novembro de 1857 foi oficialmente fundada São Carlos do Pinhal, a atual cidade de São Carlos, no interior do Estado de São Paulo . Antonio Carlos de Arruda Botelho herdou do pai as terras onde está localizada a Fazenda Pinhal. Essa propriedade lhe serviu de morada durante toda a sua vida, sendo o local em que criou seus filhos. Ele promoveu o desenvolvimento dessas terras, inicialmente com cana-de-açúcar e gado e, posteriormente, com o cultivo do café , que no último quartel do século XIX era o principal produto agrícola produzido na região do Oeste Paulista, configurando-se também como o principal produto nacional destinado à exportação. No caso da Fazenda Pinhal, a criação de gado sempre existiu, mesmo que em alguns momentos em pequena escala. Ao mesmo tempo, o conde do Pinhal abriu e formou várias fazendas na região, a grande maioria de café. Em Jaú, as fazendas Maria Luísa, Carlota, Sant'Ana, Santo Antonio, Santa Sofia, São Carlos, São Joaquim e Salto do Jaú; e em São Carlos, as fazendas: Palmital, Serra, Santa Francisca do Lobo e Santo Antonio. Em Ribeirão Preto, comprou de um grupo de capitalistas fluminenses, em 1892, uma companhia agrícola, conhecida como Companhia Agrícola de Ribeirão Preto, formada por nove fazendas para o cultivo de café. Ao longo de todo esse período, e devido ao desenvolvimento e expansão de sua produção cafeeira, Antonio Carlos, tal como outros grandes fazendeiros da época, inverteu parte de seus recursos em outros ramos de atividades, mas todos ligados, de certa forma, aos negócios cafeeiros. O transporte do café até o porto de Santos, por exemplo, sempre foi uma preocupação dos fazendeiros do interior. Nos municípios servidos por estradas de ferro (ferrovias), o transporte além de ser mais rápido, evitava perdas do produto pelo caminho. Até por volta de 1880, não havia nos municípios de São Carlos, Araraquara e Jaú ferrovias que fizessem o transporte em direção ao porto de Santos. Rio Claro estava ligado a Jundiaí por meio da estrada de ferro da Companhia Paulista de Estradas de Ferro; de Jundiaí a Santos, quem fazia o transporte ferroviário era a São Paulo Railway Company. A Companhia Paulista manifestou interesse em ampliar seus trilhos além Rio Claro, mas o traçado proposto era contrário aos interesses de alguns fazendeiros da região. Depois de negociações com o Governo e diante das pressões desses fazendeiros, encabeçadas por Antonio Carlos de Arruda Botelho (que na época era Deputado Provincial e Barão do Pinhal), a Paulista abdicou da concessão de prolongamento da ferrovia. Em 1882, Antonio Carlos comprou, com capital próprio e de outros fazendeiros, parte dessa concessão. Assim, elaborou-se um novo projeto e a estrada de ferro pôde ser concluída . Eles formaram, então, a Companhia do Rio Claro de Estradas de Ferro. Em 1884 foi inaugurado o trecho entre Rio Claro e São Carlos. Já o prolongamento até Araraquara foi finalizado em 1885, e em 1886 foi concluído o trecho até Jaú. Além de ter uma posição estratégica para o transporte do café, essa nova ferrovia propiciou, também, maior desenvolvimento aos municípios por ela servidos. Em 1889, a Companhia do Rio Claro de Estradas de Ferro foi comprada pela "São Paulo Railway Company", e posteriormente, em 1892, pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Outro investimento de Antonio Carlos de Arruda Botelho, diretamente ligado ao setor cafeeiro, foi a criação de uma casa comissária na cidade portuária de Santos, a Casa Comissária Arruda Botelho, que surgiu por volta de 1886/1887. As casas comissárias, nesse momento, recebiam comissões por comercializarem produtos agrícolas nacionais no exterior nesse período principalmente o café fornecendo aos fazendeiros tanto créditos em dinheiro, quanto bens de consumo e instrumentos a serem aplicados nas lavouras, tendo como garantia o produto enviado ou a ser enviado no futuro por esses mesmos fazendeiros . Além desses grandes investimentos, Antonio Carlos fundou também três bancos. Em 1889 ele fundou na cidade de São Paulo o Banco de São Paulo (banco emissor). Já os outros dois foram fundados no interior do Estado, ambos em 1891: o Banco União de São Carlos e o Banco de Piracicaba. Estes últimos, porém, não tiveram a mesma prosperidade do primeiro, tendo sido liquidados em anos posteriores, talvez devido às crises cafeeiras surgidas em fins do século XIX. Antonio Carlos de Arruda Botelho pertencia ao Partido Liberal (Brasil Império), formado no período regencial do Brasil (1831 1840) . Ele foi um importante político, tendo ocupado diversos cargos influentes. Assim, de forma cronológica, algumas de suas principais participações/atuações "políticas" Foi Juiz Municipal e Presidente da Camara Municipal de Araraquara, tenente-coronel Comandante do Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional, Deputado Provincial e Senador. Além dos cargos eletivos acima mencionados, Antonio Carlos teve participação na Guerra do Paraguai, ocorrida entre 1864 e 1870. Ele ficou incumbido de abastecer as tropas, enviando carnes e açúcar; recrutar voluntários; além de promover a manutenção dos caminhos que levavam a Mato Grosso. Por sua participação na Guerra, recebeu os seguintes títulos : 23 de abril de 1867: Coronel Comandante Superior da Guarda Nacional. Em 02 de setembro de 1868: foi nomeado Oficial da Ordem da Rosa. Em 02 de agosto de 1879: Barão do Pinhal. Ao mesmo tempo, pelo empreendimento que realizou por ter criado a Companhia do Rio Claro de Estradas de Ferro, que ligou Rio Claro a Jaú, passando por São Carlos e Araraquara, Antonio Carlos, que já era o Barão do Pinhal, foi agraciado com mais dois títulos : Em 05 de maio de 1883: Visconde do Pinhal. Em 07 de maio de 1887: Conde do Pinhal. Em 1957, durante as comemorações do centenário da fundação de São Carlos, os Correios confeccionaram um selo em homenagem ao Conde do Pinhal. A família do Conde do Pinhal possuía, além de sesmarias na região de São Carlos, também na região de Piracicaba, chamada Sesmaria do Bom Jardim do Salto. O Conde se ausentava frequentemente da Fazenda do Pinhal, tendo formado várias fazendas nas regiões de São Carlos e Jaú, dentre elas: Santo Antonio, da Serra, Palmital, Maria Luiza, Carlota, Sant Ana, Santa Sophia, São Carlos, São Joaquim e Salto de Jaú. A família possuía também diversos imóveis urbanos, como o Palacete Conde do Pinhal em São Carlos, uma residência em São Paulo (demolida na década de 1940), e outra em Poços de Caldas, conhecida como Villa Pinhal (demolida nos anos 1980). Após a morte da condessa, em 1945, os bens seriam divididos entre os filhos, exceto a Fazenda Pinhal, que ficou em estado pró-indiviso por 23 anos. Nos anos 1970, a Casa do Pinhal seria comprada por Modesto Carvalhosa e sua esposa Helena Vieitas Carvalhosa, bisneta do Conde, os quais manteriam o imóvel rural nas próximas décadas. Em 2010, a Fazenda Pinhal foi adquirida por Fernão Carlos Botelho Bracher, bisneto do Conde, e sua esposa Sônia. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%B4nio_Carlos_de_Arruda_Botelho-
  • CONDE DO PINHAL PRATO PARA SOPA EM PORCELANA, ABA DELIMITADA POR FRISO BORDEAUX ENTRE FILETES DOURADOS, DECORADO POR RAMOS E FOLHAS DOURADAS EM RELEVO E MONOGRAMA CP SOB COROA DE CONDE EM DOURADO, PERTENCENTE A ANTONIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONDE DO PINHAL. EXEMPLAR DO MESMO SERVIÇO REPRODUZIDO NA PÁGINA 307 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL, POR JENNY DREYFUS. FRANÇA, SÉC. XIX. 24 CM DE DIÂMETRO.
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  • CONDE DO PINHAL PRATO PARA SOBREMESA EM PORCELANA, ABA DELIMITADA POR FRISO BORDEAUX ENTRE FILETES DOURADOS, DECORADO POR RAMOS E FOLHAS DOURADAS EM RELEVO E MONOGRAMA CP SOB COROA DE CONDE EM DOURADO, PERTENCENTE A ANTONIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONDE DO PINHAL. EXEMPLAR DO MESMO SERVIÇO REPRODUZIDO NA PÁGINA 307 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL, POR JENNY DREYFUS. FRANÇA, SÉC. XIX. 21,5 CM DE DIÂMETRO.
  • MANUEL ALCINO  LINDA SALVA EM PRATA DE LEI COM MARCAS PARA CIDADE DO PORTO E CONTRASTE JAVALI. MARCAS DO PRATEIRO MANUEL ALCINO. FEITIO DE FLOR. GALERIA VAZADA E PLANO COM LINDOS GUILLOCHES. ASSENTE SOBRE TRÊS PÉS EM GARAR PORTUGAL, FINAL DO SEC. XIX. 27 CM DE DIAMETRO. 437 G
  • CONDE DO PINHAL PRATO PARA SOBREMESA EM PORCELANA, ABA DELIMITADA POR FRISO BORDEAUX ENTRE FILETES DOURADOS, DECORADO POR RAMOS E FOLHAS DOURADAS EM RELEVO E MONOGRAMA CP SOB COROA DE CONDE EM DOURADO, PERTENCENTE A ANTONIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONDE DO PINHAL. EXEMPLAR DO MESMO SERVIÇO REPRODUZIDO NA PÁGINA 307 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL, POR JENNY DREYFUS. FRANÇA, SÉC. XIX. 21,5 CM DE DIÂMETRO.
  • BELISSIMO CONJUNTO EM PRATA DE LEI COM CONTRASTE 900 MM. COMPOSTO POR BULE, CREMEIRA E AÇUCAREIRO. CORPO LISO, ELEVADOS SOBRE  QUATRO PÉS. BULE TEM ISOLADORES EM MARFIM. EUROPA, INICIO DO SEC. XX. 21 CM DE ALTURA (BULE) . 1058 G
  • CONDE DO PINHAL PRATO PARA SOBREMESA EM PORCELANA, ABA DELIMITADA POR FRISO BORDEAUX ENTRE FILETES DOURADOS, DECORADO POR RAMOS E FOLHAS DOURADAS EM RELEVO E MONOGRAMA CP SOB COROA DE CONDE EM DOURADO, PERTENCENTE A ANTONIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONDE DO PINHAL. EXEMPLAR DO MESMO SERVIÇO REPRODUZIDO NA PÁGINA 307 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL, POR JENNY DREYFUS. FRANÇA, SÉC. XIX. 21,5 CM DE DIÂMETRO.
  • PIAGET MODELO GOUVERNEUR  REFERENCIA 15968PT  REQUINTADO RELOGIO EM OURO BRANCO 18K  (CAIXA E FIVELA) DA MANUFATURA PIAGET. DIAL PRATEADO, ALGARISMOS ROMANOS E  MOSTRADOR EM SAFIRA ANTE RISCOS. PULSEIRA EM COURO NATURAL COSTURADA A MÃO. MOVIMENTO AUTOMATICO COM  CAL P1050. FIVELA EM OURO 18K. 34 MM DE DIAMETRO
  • CONDE DO PINHAL  TAÇA PARA VINHO BRANCO EM CRISTAL DOUBLE  AMBAR E TRANSLÚCIDO COM FRISOS HORIZONTAIS E RESERVA COM INICIAIS CP ENTRELAÇADAS SOB COROA DE CONDE. PERTENCENTE A ANTONIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONDE DO PINHAL. EXEMPLAR DO MESMO SERVIÇO, FAZ PARTE DO ACERVO DO MUSEU IMPERIAL DE PETRÓPOLIS E ESTÁ REPRODUZIDO NAS PÁGINAS 266 E 267 DO LIVRO O CRISTAL NO IMPÉRIO DO BRASIL DE JORGE GETULIO VEIGA ET AL.  FRANÇA, SÉC. XIX. 12,5 CM DE ALTURA.
  • PRATA DE LEI INGLESA. ROBUSTO TANKAR ESTILO GEORGE III CONSTRUÍDO EM PRATA DE LEI COM MARCAS PARA CIDADE DE LONDRES E LETRA DATA  PARA 1935. PRATEIRO CARRINGTON & CO ESTABELECIDO NA REGENT STREET EM LONDRES. CORPO LISO. TAMPA BASCULANTE. INGLATERRA, INICIO DO SEC. XX. 16 CM DE ALTURA. 845 G
  • CONDE DO PINHAL  TAÇA PARA VINHO BRANCO EM CRISTAL DOUBLE  AMBAR E TRANSLÚCIDO COM FRISOS HORIZONTAIS E RESERVA COM INICIAIS CP ENTRELAÇADAS SOB COROA DE CONDE. PERTENCENTE A ANTONIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONDE DO PINHAL. EXEMPLAR DO MESMO SERVIÇO, FAZ PARTE DO ACERVO DO MUSEU IMPERIAL DE PETRÓPOLIS E ESTÁ REPRODUZIDO NAS PÁGINAS 266 E 267 DO LIVRO O CRISTAL NO IMPÉRIO DO BRASIL DE JORGE GETULIO VEIGA ET AL.  FRANÇA, SÉC. XIX. 12,5 CM DE ALTURA.
  • CONDE DO PINHAL  TAÇA PARA VINHO BRANCO EM CRISTAL DOUBLE  AMBAR E TRANSLÚCIDO COM FRISOS HORIZONTAIS E RESERVA COM INICIAIS CP ENTRELAÇADAS SOB COROA DE CONDE. PERTENCENTE A ANTONIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, CONDE DO PINHAL. EXEMPLAR DO MESMO SERVIÇO, FAZ PARTE DO ACERVO DO MUSEU IMPERIAL DE PETRÓPOLIS E ESTÁ REPRODUZIDO NAS PÁGINAS 266 E 267 DO LIVRO O CRISTAL NO IMPÉRIO DO BRASIL DE JORGE GETULIO VEIGA ET AL.  FRANÇA, SÉC. XIX. 12,5 CM DE ALTURA. POSSUI UM BICADO
  • BRIGADEIRO RAFAEL TOBIAS DE AGUIAR  (SEGUNDO MARIDO DA MARQUESA DE SANTOS) 1793 -1857 -  FAQUEIRO EM PRATA DE LEI COM MARCAS PARA CIDADE DE LISBOA, COM MARCAS PARA A DECADA DE 1820. COM MONOGRAMA DUPLO T COM E NO CENTRO. PERTENCEU A RAFAEL TOBIAS DE AGUIAR, SEGUNDO MARIDO DE DOMITILA DE CASTRO CANTO E MELLO, MARQUESA DE SANTOS. COMPOSTO 12 GARFOS DE JANTAR, 12 FACAS DE MESA, 12 GARFOS DE SOBREMESA, 12 FACAS PARA FRUTASM, FACA E TRINCHANTE. A FAMÍLIA ACRESCENTOU 12 COLHERES DE SOPA, 12 COLHERES DE SOBREMESA E 12 COLHERES DE CHÁ EM COMPLEMENTAÇAO AO FAQUEIRO ORIGINAL ESSES FEITOS PELO PRATEIRO ROUBLES SEGUINTO MODELO SEMELHANTE AOS DO BRIGADEIRO. DEC. 1820 E COMPLEMENTAÇÃO NA SEGUNDA METADE DO SEC. XX. PERTENCE A QUINTA GERAÇÃO DOS DESCENDENTES DA MARQUESA DE SANTOS E DO BRIGADEIRO TOBIAS AGUIAR. 4850 (PESO TOTAL)NOTA: NOTA: RAFAEL TOBIAS DE AGUIAR era um paulista de cepa. Rico sorocabano, politico influente em toda Província de São Paulo. Era filho, neto e bisneto de comerciantes de gado. Pela imensa riqueza tinha a alcunha de "Reizinho de São Paulo". Quando Domitila de Castro Canto e Melo, a Marquesa de Santos, voltou para São Paulo no final de 1929, grávida de sua última filha com Dom Pedro I e expulsa da da corte por seu antigo amante, encontrou em São Paulo um ambiente dividido entre marquesistas e anti marquesistas. Para alguns ela era a moça do Imperador e para outros a filha de São Paulo que fez brilhar sua terra. O Brigadeiro Tobias Aguiar era do grupo dos anti marquesistas ferrenho inimigo de Domitila. Tal a implicância com a Marquesa que teria até apelidado uma escrava fujona e problemática como Domitila. Mas se a Marquesa derreteu o coração do Imperador, como não poderia fazer o mesmo com o coração do Reizinho de São Paulo? Já em 1832 sua implicância abrandou, talvez conhecendo a figura cativante, as reservas tenham se dissipado. O fato é que já em 1833 os dois aparecem juntos como padrinhos de batismo de uma criança. No mesmo ano o Brigadeiro já havia passado a administrar os bens da Marquesa e em 1834 tiveram o primeiro filho juntos. Nascido no dia quatro de outubro de 1795,Rafael Tobias de Aguiarera proveniente de Sorocaba. Seus pais, Antônio Francisco de Aguiar e Gertrudes Eufrosina Aires, eram fazendeiros e possuíam um enorme patrimônio. Rafael passou apenas sua infância na cidade natal, logo foi para São Paulo, onde iniciou seus estudos e foi colega de escola doPadre Diogo Antônio Feijó. Após concluí-los, não tardou muito também para iniciasse sua vida pública como representante da comarca de Itu, aos 26 anos de idade. Foi sua responsabilidade participou da escolha dos deputados brasileiros do Estado de São Paulo que integraram as Cortes Gerais e Constituintes de Lisboa. Anos depois, em 1824 foi eleito membro do Conselho da Província de São Paulo. Na época do fico, em 1821, ele foi um dos que contribuiram enviando tropas fiéis a Dom Pedro I. Armou a própria cussta mais de 100 homens e marchou com eles para o Rio de Janeiro. Chegou a contribuir com 12 contos de réis (uma grande fortuna) para a causa da independência do Brasil. Tobias era tão rico que não apenas uma vez emprestou dinheiro para cobrir as finanças do tesouro da província sem cobrar juros. Pagou por suas expensas inclusive o salário dos servidores do Estado na impossibilidade da máquina pública assumir o compromisso. Foi ele a fundar o Gabinete Topográfico que seria o embrião da Escola Politécnica de São Paulo. Além disso, também foi nomeado pelo imperador Dom Pedro I para o Conselho de Estado, órgão criado após a dissolução da Assembleia Constituinte. O principal objetivo dessa autarquia era elaborar a primeira constituição do país. Rafael Tobias de Aguiarse envolveu muito com a vida pública e se tornou um dos grandes líderes liberais da primeira metade do século XIX. Sua carreira se desenvolveu com muita rapidez, em pouco tempo ele se tornou conselheiro do governo provincial. Este cargo foi sucedido pelas posições de deputado provincial e deputado geral em várias legislaturas. Dez anos apenas depois de ter iniciado sua vida pública, Rafael Tobias de Aguiar chegou ao respeitável posto de Presidente da Província de São Paulo, o primeiro paulista a ocupar o cargo. (que ocupou por duas vezes, inclusive). Durante o exercício de seus dois mandatos, Rafael ganhou a admiração de todos por conduzir ótimas gestões administrativas e investir o próprio salário em melhorias nas escolas e em obras públicas e de caridade. Sua conduta o rendeu o título de Brigadeiro Honorário do Império, tornando-o, então, conhecido comoBrigadeiro Rafael Tobias de Aguiar. Foi um dos principais nomes do movimento liberal no século XIX e foi um dos chefes da Revolução Liberal de 1842. Nesta época, uniu-se a seu colega de escola, Padre Diego Antônio Feijó, para combater os conservadores que ganhavam espaço no começo do reinado deDom Pedro II. Os revolucionários mudaram provisoriamente a capital da Província de São Paulo para Sorocaba e formaram um exército de 1500 homens que recebeu o nome de Coluna Libertadora para invadir São Paulo e depor o Presidente da Província,Barão de Monte Alegre. Porém, o movimento foi derrotado pelo então Barão de Caxias que chegou com suas tropas às portas da cidade de Sorocaba fazendo com que Tobias de Aguiar buscasse refúgio no Rio Grande do Sul, junto aos rebelados daGuerra dos Farrapos. O Brigadeiro acabou preso em 1842 e levado para a Fortaleza de Laje no Rio de Janeiro encravada em uma rocha no meio da Baia da Guanabara. A marquesa de Santos, ao saber da sua prisão, partiu para a corte onde, por meio de um procurador, rogou ao imperador d. Pedro II que pudesse viver com o marido na Fortaleza de Laje para cuidar da saúde dele, o que foi concedido. Em 1844 Tobias de Aguiar foi anistiado e o casal retornou para São Paulo, onde foram recebidos como heróis por uma multidão. Como Presidente da Província de São Paulo criou a Guarda Municipal Permanente, que em 1891 virou Força Pública e, na década de 70, Polícia Militar. Também abriu a Estrada da Maioridade ligando São Paulo ao Rio de Janeiro. Uma de suas frases mais marcantes para falar de sua dedicação à São Paulo era: Servir São Paulo é, sobretudo, antes de tudo e acima de tudo, servir ao Brasil!. O Brigadeiro Rafael Tobias de Aguiar, além de político e militar, era também rico fazendeiro em Sorocaba. A ele se deve a criação daqueles vistosos cavalos, pelagem de duas cores, conhecidos como pampas. Quando de sua retirada para o Rio Grande do Sul, no remate doloroso da Revolução Liberal de Sorocaba, em 1842, presenteou certo fazendeiro gaúcho de Cruz Alta com alguns desses cavalos, que se reproduziram e espalharam até o Rio do Prata, formando uma raça cavalar que tomou o nome do criador sorocabano - Raça Tobiana. Tobias de Aguiar morreu aos 63 anos, a bordo de um navio Piratininga, na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro quando se dirigia à cidade para procurar tratamento médico. Estava em companhia da Marquesa e de um de seus filhos. Seu corpo, embalsamado e trazido por Domitila para São Paulo, foi sepultado em 26 de outubro de 1857 no jazigo da Ordem Terceira da Igreja de São Francisco. O relacionamento entre Tobias e Domitila foi o mais longo da marquesa, durando 24 anos ao longo dos quais o casal teve seis filhos, sendo que 4 conseguiram chegar a idade adulta: Rafael Tobias de Aguiar e Castro (1834 1891). João Tobias de Aguiar e Castro (1835 1901). Gertrudes de Aguiar e Castro (1837 1841). Antônio Francisco de Aguiar e Castro (1838 1905). Brasílico de Aguiar e Castro (1840 1891). Heitor de Aguiar e Castro (1842 1846).
  • MARQUÊS DE TRÊS RIOS JOAQUIM EGYDIO DE SOUZA ARANHA PRIMEIRO SERVIÇO DO TITULAR AINDA COMO BARÃO. EM 10 ANOS DE ATIVIDADE É O PRIMEIRO APRESENTADO EM NOSSOS LEILOES, É RARISSIMO.  PRATO FUNDO EM PORCELANA DA MANUFATURA DE WILLIAM MONTLOECK & SONS. DECORADO COM BARRADO VERDE NA ABA, PRECEDIDO POR FITA EM OURO DE FEITIO HELICOIDAL. NA PARTE SUPERIOR TAMBÉM NA ABA, FLÂMULA EM VERDE SOB COROA, CONTENDO A LEGENDA BARÃO DE TRÊS RIOS. PERTENCEU AO SERVIÇO DE JOAQUIM EGYDIO DE SOUZA ARANHA. ESSE PRIMEIRO SERVIÇO É IDÊNTICO AO ENCOMENDADO POR SUA MÃE A VISCONDESSA DE CAMPINAS DONA MARIA LUZIA DE SOUZA ARANHA (1797-1879) O QUE FAZ SUPOR QUE TRATA-SE DE UMA MESMA ENCOMENDA. NATURALMENTE O DA MÃE TEM INSCRIÇÃO BARONESA DE CAMPINAS E O DO TITULAR BARÃO DE TRÊS RIOS. AMBOS ASCEDERIAM APÓS A ENCOMENDA DESSA LOUÇA A TITULOS MAIS IMPORTANTES DE NOBREZA. DONA MARIA LUZIA RECEBEU O TITULO DE 2. BARONESA DE CAMPINAS  EM 1875 E TORNOU-SE VISCONDESSA DE CAMPINAS EM 1879. JOAQUIM EGYDIO DE SOUZA ARANHA FOI BARÃO DE TRÊS RIOS EM 1872, VISCONDE EM 1879, CONDE EM 1880 E MARQUES EM 1887.  REPRODUZIDO A PÁGINA 336 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL, POR JENNY DREYFUS. INGLATERRA, SÉC. XIX.24,3 CM DE DIAMETRO. NOTA: Joaquim Egídio de Sousa Aranha, primeiro e único barão, conde, visconde e marquês de Três Rios, (Campinas, 19 de março de 1821 São Paulo, 19 de maio de 1893) foi um proprietário rural, cafeicultor e político brasileiro. Em 1876, passou a residir em São Paulo. Membro proeminente do Partido Liberal, o qual chefiou, tendo sido eleito vereador à Câmara Municipal de Campinas, nos triênios de 1849 a 1852, 1857 a 1860 e 1873 a 1876, presidindo a edilidade nesta última legislatura. Eleito por diversas vezes deputado provincial por São Paulo, tendo ocupado a presidência da Província de São Paulo por três períodos, de 7 de dezembro de 1878 a 12 de fevereiro de 1879, de 4 de março a 7 de abril de 1881, e de 5 de novembro de 1881 a 7 de janeiro de 1882. Filho de Francisco Egídio de Sousa Aranha e de sua prima Maria Luzia de Sousa Aranha, viscondessa de Campinas, proprietários (por herança de Joaquim Aranha Barreto de Camargo) do Engenho e Fazenda Mato Dentro, antiga Sesmaria em Campinas. Irmão gêmeo do tenente-coronel José Egídio de Sousa Aranha (que foi casado em primeiras núpcias com Maria Luísa Pereira de Queirós, e em segundas, com Antonia Flora Pereira de Queirós tendo recusado o título de barão de Campinas que lhe foi oferecido). Foi também irmão de Ana Teresa de Sousa Aranha, que foi casada com seu primo Manuel Carlos Aranha, Barão de Anhumas, não tendo se tornado baronesa consorte de Anhumas, por ter falecido antes da concessão do título, tendo sido a baronesa a segunda esposa, Blandina Augusta de Queirós Aranha Também foi sua irmã, Libânia de Sousa Aranha, que foi casada com seu primo Joaquim Policarpo Aranha, barão de Itapura. Casou-se em primeiras núpcias, em 30 de novembro de 1842, com Ana Francisca de Pontes (viúva do capitão Antônio José da Silva), nascida em Campinas, em 1822 onde faleceu em 16 de agosto de 1875, sendo filha de José Pereira de Pontes e Cecília Barbosa de Almeida. Casou-se em segundas núpcias, em São Paulo, em 19 de fevereiro de 1876, com Maria Hipólita dos Santos Silva, nascida em 2 de janeiro de 1824 e falecida em 19 de outubro de 1894, viúva de Amador Rodrigues de Lacerda Jordão, barão de São João do Rio Claro, e filha de José Joaquim dos Santos Silva, barão de Itapetininga. Faleceu o Marquês de Três Rios a 19 de maio de 1893, em São Paulo, sendo sepultado no Cemitério do S.S. Sacramento. A Marquesa pouco tempo sobreviveu ao marido, pois, também faleceu na Capital do Estado, sendo sepultada no Cemitério da Consolação, não deixando geração. Deixou o Marquês uma das maiores fortunas de São Paulo em seu tempo.
  • MARQUÊS DE TRÊS RIOS JOAQUIM EGYDIO DE SOUZA ARANHA PRIMEIRO SERVIÇO DO TITULAR AINDA COMO BARÃO. EM 10 ANOS DE ATIVIDADE É O PRIMEIRO APRESENTADO EM NOSSOS LEILOES, É RARISSIMO.  PRATO RASO EM PORCELANA DA MANUFATURA DE WILLIAM MONTLOECK & SONS. DECORADO COM BARRADO VERDE NA ABA, PRECEDIDO POR FITA EM OURO DE FEITIO HELICOIDAL. NA PARTE SUPERIOR TAMBÉM NA ABA, FLÂMULA EM VERDE SOB COROA, CONTENDO A LEGENDA BARÃO DE TRÊS RIOS. PERTENCEU AO SERVIÇO DE JOAQUIM EGYDIO DE SOUZA ARANHA. ESSE PRIMEIRO SERVIÇO É IDÊNTICO AO ENCOMENDADO POR SUA MÃE A VISCONDESSA DE CAMPINAS DONA MARIA LUZIA DE SOUZA ARANHA (1797-1879) O QUE FAZ SUPOR QUE TRATA-SE DE UMA MESMA ENCOMENDA. NATURALMENTE O DA MÃE TEM INSCRIÇÃO BARONESA DE CAMPINAS E O DO TITULAR BARÃO DE TRÊS RIOS. AMBOS ASCEDERIAM APÓS A ENCOMENDA DESSA LOUÇA A TITULOS MAIS IMPORTANTES DE NOBREZA. DONA MARIA LUZIA RECEBEU O TITULO DE 2. BARONESA DE CAMPINAS  EM 1875 E TORNOU-SE VISCONDESSA DE CAMPINAS EM 1879. JOAQUIM EGYDIO DE SOUZA ARANHA FOI BARÃO DE TRÊS RIOS EM 1872, VISCONDE EM 1879, CONDE EM 1880 E MARQUES EM 1887.  REPRODUZIDO A PÁGINA 336 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA NO BRASIL, POR JENNY DREYFUS. INGLATERRA, SÉC. XIX.24,5 CM DE DIAMETRO.
  • MARQUÊS DE TRÊS RIOS  JOAQUIM EGYDIO DE SOUSA ARANHA  BACCARAT  -  BORDA TEM BICADO - TAÇA PARA CHAMPAGNE  EM CRISTAL LAPIDADO COM FRISOS EM OURO E VERDE. RESERVA COM INICIAS TR ENTRELAÇADAS SOBRE COROA DE CONDE. PERTENCERAM A JOAQUIM EGYDIO DE SOUSA ARANHA, BARÃO, CONDE E MARQUÊS DE TRÊS RIOS. POR SEU CASAMENTO COM DONA MARIA HIPÓLITA DOS SANTOS SILVA, VIÚVA DO BARÃO DE SÃO JOÃO DO RIO CLARO PASSOU A SER EM 1876 PROPRIETÁRIO DA FAZENDA SANTA GERTRUDES, ONDE RECEBEU A PRINCESA ISABEL E SEUS FAMILIARES. EXEMPLAR DESSE SERVIÇO ESTÁ REPRODUZIDO NA PÁGINA 352 E 353  DO LIVRO O CRISTAL NO IMPÉRIO DO BRASIL DE JORGE GETULIO VEIGA. FRANÇA, SEC. XIX. 10 CM  CM DE DIAMETRO (BICADO NA BORDA).NOTA: (1821-1893), primeiro e único BARÃO, CONDE E MARQUÊS DE TRÊS RIOS. No ano de seu casamento passou o casal a residir na Capital da Província. O Marquês foi Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.Fez generosos donativos às instituições de caridade.Foi Presidente da Companhia Paulista, construtora da Estrada de Ferro Jundiaí a Campinas.Foi também um dos fundadores do Banco Comércio e Indústria de São Paulo.Membro proeminente do Partido Liberal, o qual chefiou, foi eleito por diversas vezes deputado provincial por São Paulo, tendo ocupado em três períodos a Presidência da Província. Filho de Francisco Egídio de Sousa Aranha e de sua prima Maria Luzia de Sousa Aranha, Viscondessa de Campinas, Casou-se em primeiras núpcias, em 30 de novembro de 1842, com Ana Francisca de Pontes(viúva do capitão Antônio José da Silva), nascida em Campinas, em 1822 onde faleceu em 16 de agosto de 1875,sendo filha de José Pereira de Pontes e Cecília Barbosa de Almeida. O Solar do Marquês de Três Rios, na cidade de São Paulo, foi onde recebeu a família imperial ,o Conde d'Eu, a Princesa Isabel e três filhos que hospedou. Construído entre os anos de 1850 e 1860, posteriormente, foi adaptado como sede da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em 1894.Em Campinas, no Solar do Largo da Catedral, foram recebidos, em ocasiões diferentes o IMPERADOR DOM PEDRO II a PRINCESA IMPERIAL D. ISABEL DE BRAGANÇA, também o CONDE DEU e os filhos do casal (em 1884). Nessa mesma viagem hospedou a Princesa Isabel e sua família na Fazenda Santa Gertrudes.

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