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Porcelana

DUQUE DE CAXIAS RARÍSSIMO PRATO RASO EM PORCELANA PERTENCENTE AO SERVIÇO DO DUQUE DE CAXIAS, LUIZ ALVES DE LIMA E SILVA UM DOS QUATRO DUQUES BRASILEIROS (O ÚNICO SEM SANGUE REAL) . ABA NA TONALIDADE VERDE COM RESERVAS FLORAIS PINTADAS MANUALMENTE. ARREMATES EM OURO. CALDEIRA COM EXUBERANTE RESERVA FLORAL. ESSE SERVIÇO FOI APREGOADO EM LEILÃO EM 1928 ADQUIRIDO PELO COLECIONADOR INACIO AREAL REALIZADO PELO LEILOEIRO DA ÉPOCA, BASTOS DIAS. DEPOIS EM 1983 FOI LEILOADO POR FERNANDO SOARES EM SÃO PAULO ESSA PEÇA EM PREGÃO TAMBÉM ESTÁ REPRODUZIDA NO CATÁLOGO DO LEILÃO REFERIDO ACIMA (O DE FERNANDO SOARES) E FOI REPRODUZIDA EM MATÉRIA DA DÉCADA DE 90 SOBRE INVESTIMENTO EM MERCADO DE ARTES (VIDE FOTOS DA MATÉRIA E DO CATÁLOGO DO LEILÃO). PEÇA DESSE APARELHO ESTA REPRODUZIDA A PÁGINA 209 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA DO BRASIL POR JENNY DREYFUS. FRANÇA, SEC. XIX. 26,5 CM DE DIAMETRO NOTA: Luís Alves de Lima e Silva (25/8/1803-7/5/1880) nasce em Vila do Porto da Estrela, em uma família de militares. É declarado cadete aos 5 anos. Em 1823, com apenas 20 anos, participa da campanha pelo reconhecimento da independência na Bahia como tenente. Promovido a capitão, conduz a linha de frente brasileira na Guerra da Cisplatina em 1825. É nomeado major e chefia o batalhão do imperador até 1831. Em 1840 combate os focos de resistência ao governo central no Maranhão e no Piauí. Em recompensa pela pacificação das duas províncias, é elevado ao posto de brigadeiro e recebe o título de barão de Caxias. Como comandante das Armas da Corte, reprime a Revolução Liberal de 1842 em São Paulo e em Minas Gerais e dirige as tropas imperiais contra a Revolta dos Farrapos. Em 1845, dom Pedro II o indica para o Senado pelo Rio Grande do Sul. Lidera as tropas do Exército nas guerras platinas em 1851 e exerce, depois, a Presidência da província gaúcha. Em 1866 chefia as forças brasileiras na Guerra do Paraguai e conquista Assunção em 1869. No mesmo ano recebe o título de duque de Caxias. Morre na cidade de Barão de Juparanã, no Rio de Janeiro. Duque de Caxias (Luís Alves de Lima e Silva) (1803-1880) foi um militar brasileiro. É o Patrono do Exército. Foi um dos maiores vultos da nossa história. Foi chamado de O Pacificador. No dia 25 de agosto, dia do seu nascimento, é comemorado o dia do soldado. Luís Alves de Lima e Silva nasceu na fazenda São Paulo, no Taquaraçu, próximo da Vila Estrela, hoje município de Duque de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, no dia 25 de agosto de 1803. Filho de Francisco de Lima e Silva e de Cândida de Oliveira Belo cresceu em meio a uma família de militares. Seu avô, José Joaquim de Lima e Silva, um militar português, imigrou para o Brasil em 1767 e se instalou no Rio de Janeiro, então capital do país. Seu pai foi brigadeiro do Exército Imperial e membro da Regência-Trina durante a menoridade de Dom Pedro II. No dia 22 de novembro de 1808, o 1.º Regimento de Infantaria de Linha, comandado por seu avô, recebia o novo soldado com cinco anos, apenas uma homenagem a seu avô, o Ministro da Guerra. Entre 1809 e 1817, estudou no Seminário São Joaquim (hoje Colégio Pedro II). Em 1818, Luís Alves entrou para a Escola Militar do Largo do São Francisco, onde permaneceu até 1821. Foi cadete, alferes e tenente. Quando concluiu o curso, foi incorporado ao 1.º Batalhão de Fuzileiros. Em 1822, o Brasil torna-se independente e Luís Alves ingressa no Batalhão do Imperador, comandado por seu tio José Joaquim de Lima e Silva. Em 1823, participou da luta no combate aos soldados portugueses da Bahia que relutavam a aceitar a Independência do país. Com a vitória do Batalhão, Luís Alves foi promovido a Capitão e com 21 anos recebia a Imperial Ordem do Cruzeiro, das mãos de D. Pedro I. Em 1825, Luís Alves foi chamado para mais uma vez manter a unidade nacional, desta vez na Campanha da Cisplatina conflito ocorrido entre o Brasil Império e as Províncias Unidas do Rio da Prata, pela posse da "Província Cisplatina", no Uruguai. Três vezes foi citado por bravura. Ganhou as insígnias de Major e as comendas da Ordem de São Bento de Ávis e a ordem da Rosa. Em 1831, após a abdicação de D. Pedro I, Luís Alves foi um dos poucos que permaneceu ao lado do monarca. Foi chamado pelo ministro da Justiça, Padre Feijó, para organizar o Batalhão Sagrado, para manter a ordem no Rio de Janeiro, evitando a anarquia. Nesse mesmo ano, organizou a Guarda Municipal, que depois foi transformada em Guarda Municipal Permanente. Em 1832 a Guarda Municipal lutou contra a tentativa de derrubar a Regência-Trina, durante a menoridade de Dom Pedro II. No dia 2 de fevereiro de 1833, Duque de Caxias casa-se com Ana Luísa do Loreto Carneiro Vianna de apenas 16 anos, neta da Baronesa de São Salvador de Campos. Em dezembro do mesmo ano nasce Luísa de Loreto. Em 24 de junho de 1836 nasce sua segunda filha, Ana de Loreto. O filho Luís Alves Júnior faleceu na adolescência. Em 1837, com 34 anos, Luís Alves foi promovido a Tenente-Coronel, em seguida, deixou o comando da Guarda Permanente. Em 1839, foi nomeado comandante-geral das forças militares do Maranhão e presidente da Província. Sua missão: sufocar a revolta dos que se opunham ao governo provincial e ocupavam acidade de Caxias. Conhecida como Balaiada, a campanha de Lima e Silva saiu vitoriosa. Em 1841, de volta ao Rio de Janeiro, Luís Alves é promovido a General-Brigadeiro e recebeu o título de Barão de Caxias, referência à cidade que conseguiu pacificar. Em 1842, o Barão de Caxias foi nomeado "Comandante das Armas da Corte", cargo já ocupado por seu pai. Nessa época, eclodiu a revolução liberal em São Paulo e Minas Gerais, que Caxias reprimiu com facilidade e entrou em Sorocaba, onde enfrentou seu antigo chefe, o Padre Feijó. Em Minas Gerais, destacou-se no combate de Santa Luzia, decisivo para a vitória. Ao voltar, reassume o comando das armas, como o Pacificador. Após pacificar três províncias, faltava só o Rio Grande do Sul onde a Guerra dos Farrapos entrava no seu sétimo ano. Foi nomeado "presidente da província do Rio Grande do Sul"e "Comandante das Armas". Reorganizou as forças imperiais e depois de dois anos saiu vitorioso. Com a vitória, na Guerra dos Farrapos, Caxias foi agraciado com o título de Conde, em 2 de abril de 1845 e escolhido para o Senado por Dom Pedro II, mandato que exerceu junto com seu pai. Em 1855 foi nomeado para a Pasta da Guerra e em 1862 para "Presidente do Conselho". Nesse mesmo ano, foi promovido a Marechal Graduado do Exército. Caxias combateu em vários conflitos de fronteira no Sul do Brasil e voltou vitorioso ao Rio de Janeiro, quando, recebeu o título de Marquês. A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado ocorrido na América do Sul, na bacia do rio da Prata, que envolveu Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil. O Paraguai era o país que havia alcançado um certo progresso econômico autônomo e seu presidente Solano López resolveu ampliar o território paraguaio e criar o Paraguai Maior, anexando regiões da Argentina, do Uruguai e do Brasil (como Rio Grande do Sul e Mato Grosso), com o objetivo de conquistar o acesso ao Atlântico. Em 1864, o Paraguai ordenou o aprisionamento do navio brasileiro Marquês de Olinda, no rio Paraguai. A resposta brasileira foi a imediata declaração de guerra ao Paraguai. Em 1865, o Paraguai invadiu o Mato Grosso e o Norte da Argentina, e os governos do Brasil, Argentina e Uruguai criaram a Tríplice Aliança contra Solano López. O Brasil, Argentina e Uruguai contavam com o apoio inglês, recebendo empréstimos para equipar e manter poderosos exércitos. Depois de algumas derrotas, em 1867, Luís Alves de Lima e Silva, então Marquês de Caxias, assumiu o comando das forças militares imperiais, vencendo rapidamente importantes batalhas como as de Itororó, Avaí, Angosturas e Lomas Valentinas, chamadas dezembradas por terem ocorrido no mês de dezembro de 1868. Finalmente Assunção foi ocupada em 5 de janeiro de 1869. Após a vitória do Brasil na Guerra do Paraguai, Caxias com 66 anos recebe o título de Duque, com medalhas e condecorações. No dia 23 de março de 1874 morre sua esposa. Em 1875, o Duque de Caxias foi nomeado, por Dom Pedro II, para a presidência do Conselho de Ministros e assume também o Ministério da Guerra. Era um Gabinete que serviria à princesa Isabel na ausência do Imperador. Em 1877, cansado e doente, Duque de Caxias se retira para a fazenda do Barão de Santa Mônica, de seu genro, hoje Ji-Paraná, Rio de Janeiro. No dia 7 de maio de 1880, às 20 horas e 30 minutos, fechava os olhos para sempre aquele bravo militar e cidadão que vivera no seio do Exército para glória do próprio Exército. No dia seguinte, em trem especial, chegava na Estação do Campo de Santana o seu corpo, vestido com o seu mais modesto uniforme de Marechal de Exército, trazendo ao peito apenas duas das suas numerosas condecorações, as únicas de bronze: a do Mérito Militar e a Geral da Campanha do Paraguai, tudo consoante suas derradeiras vontades expressas. Outros desejos testamentários são respeitados: enterro sem pompa; dispensa de honras militares; o féretro conduzido por seis soldados da Guarnição da Corte, dos mais antigos e de bom comportamento, aos quais deveria ser dada a quantia de trinta cruzeiros (cujos nomes foram imortalizados no pedestal de seu busto, no passadiço do Conjunto Principal antigo da Academia Militar das Agulhas Negras); o enterro custeado pela Irmandade da Santa Cruz dos Militares; e seu corpo não embalsamado. Quantas vezes o caixão foi transportado, suas alças foram seguras por seis Praças de Pré do 1º e do 10º Batalhão de Infantaria. No ato do sepultamento, o grande literato Visconde de Taunay, então Major do Exército, proferiu alocução assim concluída: "Carregaram o seu féretro seis soldados rasos; mas, senhores, esses soldados que circundam a gloriosa cova e a voz que se levanta para falar em nome deles, são o corpo e o espírito de todo o Exército Brasileiro. Representam o preito derradeiro de um reconhecimento inextinguível que nós militares, de norte a sul deste vasto Império, vimos render ao nosso velho Marechal, que nos guiou como General, como protetor, quase como pai, durante 40 anos; soldados e orador, humilde todos em sua esfera, muito pequenos pela valia própria, mas grandes pela elevada homenagem e pela sinceridade da dor". Seu testamento lavrado em 23 de abril de 1874 mostra que esse grande brasileiro que defendeu invictamente o Brasil por tantas vezes e ocupou posições tão importantes morreu sem muitos bens, mas buscando honrar sua pátria e o serviço a ela prestado. Reza o texto de suas últimas vontades expressas: Em Nome de Deus Amém: Eu, Luiz Alves de Lima, Duque de Caxias, achando-me com saúde e meu perfeito juízo, ordeno o meu testamento, da maneira seguinte: sou católico romano, tenho nesta fé vivido, e pretendo morrer. Sou natural do Rio de Janeiro, batizado na freguesia de Inhamerim; filho legítimo do Marechal Francisco de Lima e Silva, e de sua legítima Mulher, dona Mariana Cândida Bello de Lima, ambos já falecidos. Fui casado a face da Igreja com a virtuosa dona Anna Luiza Carneiro Viana de Lima, Duquesa de Caxias, já falecida, de cujo matrimônio restam dois filhos que são Luiza e Anna, as quais se acham casadas; a primeira com Francisco Nicolas Carneiro Nogueira da Gama, e a segunda, com Manoel Carneiro da Silva, as quais são as minhas legítimas herdeiras. Declaro que nomeio meus testamenteiros, em 1º lugar, o meu genro Francisco Nicolas, em 2º meu genro Manoel Carneiro, em 3º meu irmão e amigo, o Visconde de Tocantins, e lhes rogo que aceitem esta testamentária, da qual só darão contas no fim de dois anos. Recomendo a estes que quero que meu enterro seja feito, sem pompa alguma, e só como irmão da Cruz dos Militares, no grau que ali tenho. Dispensando o estado da Casa Imperial, que se costuma a mandar aos que exercem o cargo que tenho. Não desejo mesmo, que se façam convites pro meu enterro, porque os meus amigos que me quiserem fazer este favor, não precisam dessa formalidade e muito menos consintam os meus filhos que eu seja embalsamado. Logo que eu falecer deve o meu testamenteiro fazer saber ao Quartel General, e ao ministro da Guerra que dispenso as honras fúnebres que me pertencem como Marechal do Exército e que só desejo que me mandem seis soldados, escolhidos dos mais antigos, e melhor conduta, dos corpos da Guarnição, pra pegar as argolas do meu caixão, a cada um dos quais o meu testamenteiro, no fim do enterro, dará 30$000 de gratificação. Declaro que deixo ao meu criado, Luiz Alves, quatrocentos mil réis e toda a roupa do meu uso. Deixo ao meu amigo e companheiro de trabalho, João de Souza da Fonseca Costa, como sinal de lembrança, todas as minhas armas, inclusive a espada com que comandei, seis vezes, em campanha, e o cavalo de minha montaria, arreado com os arreios melhores que tiver na ocasião da minha morte. Deixo à minha irmã, a Baronesa de Suruhi, as minhas condecorações de brilhantes da ordem de Pedro I como sinal de lembrança e a meu irmão, o Visconde de Tocantins, meu candieiro de prata, que herdei do meu pai. Deixo meu relógio de ouro com a competente corrente ao Capitão Salustiano de Barros Albuquerque, também como lembrança pela lealdade com que tem me servido como amanuense. Deixo à minha afilhada Anna Eulália de Noronha, casada com o Capitão Noronha, dois contos de réis. Cumpridas estas disposições, que deverão sair da minha terça, tudo o mais que possuo será repartido com as minhas duas filhas Anna e Luiza, acima declaradas. Mais nada tenho a dispor, dou por findo o meu testamento, rogando as justiças do país, que o façam cumprir por ser esta a minha última vontade escrita por mim e assinada. Rio de Janeiro, 23 Abr 1874 - Luis Alves de Lima Duque de Caxias.

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DUQUE DE CAXIAS RARÍSSIMO PRATO RASO EM PORCELANA PERTENCENTE AO SERVIÇO DO DUQUE DE CAXIAS, LUIZ ALVES DE LIMA E SILVA UM DOS QUATRO DUQUES BRASILEIROS (O ÚNICO SEM SANGUE REAL) . ABA NA TONALIDADE VERDE COM RESERVAS FLORAIS PINTADAS MANUALMENTE. ARREMATES EM OURO. CALDEIRA COM EXUBERANTE RESERVA FLORAL. ESSE SERVIÇO FOI APREGOADO EM LEILÃO EM 1928 ADQUIRIDO PELO COLECIONADOR INACIO AREAL REALIZADO PELO LEILOEIRO DA ÉPOCA, BASTOS DIAS. DEPOIS EM 1983 FOI LEILOADO POR FERNANDO SOARES EM SÃO PAULO ESSA PEÇA EM PREGÃO TAMBÉM ESTÁ REPRODUZIDA NO CATÁLOGO DO LEILÃO REFERIDO ACIMA (O DE FERNANDO SOARES) E FOI REPRODUZIDA EM MATÉRIA DA DÉCADA DE 90 SOBRE INVESTIMENTO EM MERCADO DE ARTES (VIDE FOTOS DA MATÉRIA E DO CATÁLOGO DO LEILÃO). PEÇA DESSE APARELHO ESTA REPRODUZIDA A PÁGINA 209 DO LIVRO LOUÇA DA ARISTOCRACIA DO BRASIL POR JENNY DREYFUS. FRANÇA, SEC. XIX. 26,5 CM DE DIAMETRO NOTA: Luís Alves de Lima e Silva (25/8/1803-7/5/1880) nasce em Vila do Porto da Estrela, em uma família de militares. É declarado cadete aos 5 anos. Em 1823, com apenas 20 anos, participa da campanha pelo reconhecimento da independência na Bahia como tenente. Promovido a capitão, conduz a linha de frente brasileira na Guerra da Cisplatina em 1825. É nomeado major e chefia o batalhão do imperador até 1831. Em 1840 combate os focos de resistência ao governo central no Maranhão e no Piauí. Em recompensa pela pacificação das duas províncias, é elevado ao posto de brigadeiro e recebe o título de barão de Caxias. Como comandante das Armas da Corte, reprime a Revolução Liberal de 1842 em São Paulo e em Minas Gerais e dirige as tropas imperiais contra a Revolta dos Farrapos. Em 1845, dom Pedro II o indica para o Senado pelo Rio Grande do Sul. Lidera as tropas do Exército nas guerras platinas em 1851 e exerce, depois, a Presidência da província gaúcha. Em 1866 chefia as forças brasileiras na Guerra do Paraguai e conquista Assunção em 1869. No mesmo ano recebe o título de duque de Caxias. Morre na cidade de Barão de Juparanã, no Rio de Janeiro. Duque de Caxias (Luís Alves de Lima e Silva) (1803-1880) foi um militar brasileiro. É o Patrono do Exército. Foi um dos maiores vultos da nossa história. Foi chamado de O Pacificador. No dia 25 de agosto, dia do seu nascimento, é comemorado o dia do soldado. Luís Alves de Lima e Silva nasceu na fazenda São Paulo, no Taquaraçu, próximo da Vila Estrela, hoje município de Duque de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, no dia 25 de agosto de 1803. Filho de Francisco de Lima e Silva e de Cândida de Oliveira Belo cresceu em meio a uma família de militares. Seu avô, José Joaquim de Lima e Silva, um militar português, imigrou para o Brasil em 1767 e se instalou no Rio de Janeiro, então capital do país. Seu pai foi brigadeiro do Exército Imperial e membro da Regência-Trina durante a menoridade de Dom Pedro II. No dia 22 de novembro de 1808, o 1.º Regimento de Infantaria de Linha, comandado por seu avô, recebia o novo soldado com cinco anos, apenas uma homenagem a seu avô, o Ministro da Guerra. Entre 1809 e 1817, estudou no Seminário São Joaquim (hoje Colégio Pedro II). Em 1818, Luís Alves entrou para a Escola Militar do Largo do São Francisco, onde permaneceu até 1821. Foi cadete, alferes e tenente. Quando concluiu o curso, foi incorporado ao 1.º Batalhão de Fuzileiros. Em 1822, o Brasil torna-se independente e Luís Alves ingressa no Batalhão do Imperador, comandado por seu tio José Joaquim de Lima e Silva. Em 1823, participou da luta no combate aos soldados portugueses da Bahia que relutavam a aceitar a Independência do país. Com a vitória do Batalhão, Luís Alves foi promovido a Capitão e com 21 anos recebia a Imperial Ordem do Cruzeiro, das mãos de D. Pedro I. Em 1825, Luís Alves foi chamado para mais uma vez manter a unidade nacional, desta vez na Campanha da Cisplatina conflito ocorrido entre o Brasil Império e as Províncias Unidas do Rio da Prata, pela posse da "Província Cisplatina", no Uruguai. Três vezes foi citado por bravura. Ganhou as insígnias de Major e as comendas da Ordem de São Bento de Ávis e a ordem da Rosa. Em 1831, após a abdicação de D. Pedro I, Luís Alves foi um dos poucos que permaneceu ao lado do monarca. Foi chamado pelo ministro da Justiça, Padre Feijó, para organizar o Batalhão Sagrado, para manter a ordem no Rio de Janeiro, evitando a anarquia. Nesse mesmo ano, organizou a Guarda Municipal, que depois foi transformada em Guarda Municipal Permanente. Em 1832 a Guarda Municipal lutou contra a tentativa de derrubar a Regência-Trina, durante a menoridade de Dom Pedro II. No dia 2 de fevereiro de 1833, Duque de Caxias casa-se com Ana Luísa do Loreto Carneiro Vianna de apenas 16 anos, neta da Baronesa de São Salvador de Campos. Em dezembro do mesmo ano nasce Luísa de Loreto. Em 24 de junho de 1836 nasce sua segunda filha, Ana de Loreto. O filho Luís Alves Júnior faleceu na adolescência. Em 1837, com 34 anos, Luís Alves foi promovido a Tenente-Coronel, em seguida, deixou o comando da Guarda Permanente. Em 1839, foi nomeado comandante-geral das forças militares do Maranhão e presidente da Província. Sua missão: sufocar a revolta dos que se opunham ao governo provincial e ocupavam acidade de Caxias. Conhecida como Balaiada, a campanha de Lima e Silva saiu vitoriosa. Em 1841, de volta ao Rio de Janeiro, Luís Alves é promovido a General-Brigadeiro e recebeu o título de Barão de Caxias, referência à cidade que conseguiu pacificar. Em 1842, o Barão de Caxias foi nomeado "Comandante das Armas da Corte", cargo já ocupado por seu pai. Nessa época, eclodiu a revolução liberal em São Paulo e Minas Gerais, que Caxias reprimiu com facilidade e entrou em Sorocaba, onde enfrentou seu antigo chefe, o Padre Feijó. Em Minas Gerais, destacou-se no combate de Santa Luzia, decisivo para a vitória. Ao voltar, reassume o comando das armas, como o Pacificador. Após pacificar três províncias, faltava só o Rio Grande do Sul onde a Guerra dos Farrapos entrava no seu sétimo ano. Foi nomeado "presidente da província do Rio Grande do Sul"e "Comandante das Armas". Reorganizou as forças imperiais e depois de dois anos saiu vitorioso. Com a vitória, na Guerra dos Farrapos, Caxias foi agraciado com o título de Conde, em 2 de abril de 1845 e escolhido para o Senado por Dom Pedro II, mandato que exerceu junto com seu pai. Em 1855 foi nomeado para a Pasta da Guerra e em 1862 para "Presidente do Conselho". Nesse mesmo ano, foi promovido a Marechal Graduado do Exército. Caxias combateu em vários conflitos de fronteira no Sul do Brasil e voltou vitorioso ao Rio de Janeiro, quando, recebeu o título de Marquês. A Guerra do Paraguai foi o maior conflito armado ocorrido na América do Sul, na bacia do rio da Prata, que envolveu Paraguai, Argentina, Uruguai e Brasil. O Paraguai era o país que havia alcançado um certo progresso econômico autônomo e seu presidente Solano López resolveu ampliar o território paraguaio e criar o Paraguai Maior, anexando regiões da Argentina, do Uruguai e do Brasil (como Rio Grande do Sul e Mato Grosso), com o objetivo de conquistar o acesso ao Atlântico. Em 1864, o Paraguai ordenou o aprisionamento do navio brasileiro Marquês de Olinda, no rio Paraguai. A resposta brasileira foi a imediata declaração de guerra ao Paraguai. Em 1865, o Paraguai invadiu o Mato Grosso e o Norte da Argentina, e os governos do Brasil, Argentina e Uruguai criaram a Tríplice Aliança contra Solano López. O Brasil, Argentina e Uruguai contavam com o apoio inglês, recebendo empréstimos para equipar e manter poderosos exércitos. Depois de algumas derrotas, em 1867, Luís Alves de Lima e Silva, então Marquês de Caxias, assumiu o comando das forças militares imperiais, vencendo rapidamente importantes batalhas como as de Itororó, Avaí, Angosturas e Lomas Valentinas, chamadas dezembradas por terem ocorrido no mês de dezembro de 1868. Finalmente Assunção foi ocupada em 5 de janeiro de 1869. Após a vitória do Brasil na Guerra do Paraguai, Caxias com 66 anos recebe o título de Duque, com medalhas e condecorações. No dia 23 de março de 1874 morre sua esposa. Em 1875, o Duque de Caxias foi nomeado, por Dom Pedro II, para a presidência do Conselho de Ministros e assume também o Ministério da Guerra. Era um Gabinete que serviria à princesa Isabel na ausência do Imperador. Em 1877, cansado e doente, Duque de Caxias se retira para a fazenda do Barão de Santa Mônica, de seu genro, hoje Ji-Paraná, Rio de Janeiro. No dia 7 de maio de 1880, às 20 horas e 30 minutos, fechava os olhos para sempre aquele bravo militar e cidadão que vivera no seio do Exército para glória do próprio Exército. No dia seguinte, em trem especial, chegava na Estação do Campo de Santana o seu corpo, vestido com o seu mais modesto uniforme de Marechal de Exército, trazendo ao peito apenas duas das suas numerosas condecorações, as únicas de bronze: a do Mérito Militar e a Geral da Campanha do Paraguai, tudo consoante suas derradeiras vontades expressas. Outros desejos testamentários são respeitados: enterro sem pompa; dispensa de honras militares; o féretro conduzido por seis soldados da Guarnição da Corte, dos mais antigos e de bom comportamento, aos quais deveria ser dada a quantia de trinta cruzeiros (cujos nomes foram imortalizados no pedestal de seu busto, no passadiço do Conjunto Principal antigo da Academia Militar das Agulhas Negras); o enterro custeado pela Irmandade da Santa Cruz dos Militares; e seu corpo não embalsamado. Quantas vezes o caixão foi transportado, suas alças foram seguras por seis Praças de Pré do 1º e do 10º Batalhão de Infantaria. No ato do sepultamento, o grande literato Visconde de Taunay, então Major do Exército, proferiu alocução assim concluída: "Carregaram o seu féretro seis soldados rasos; mas, senhores, esses soldados que circundam a gloriosa cova e a voz que se levanta para falar em nome deles, são o corpo e o espírito de todo o Exército Brasileiro. Representam o preito derradeiro de um reconhecimento inextinguível que nós militares, de norte a sul deste vasto Império, vimos render ao nosso velho Marechal, que nos guiou como General, como protetor, quase como pai, durante 40 anos; soldados e orador, humilde todos em sua esfera, muito pequenos pela valia própria, mas grandes pela elevada homenagem e pela sinceridade da dor". Seu testamento lavrado em 23 de abril de 1874 mostra que esse grande brasileiro que defendeu invictamente o Brasil por tantas vezes e ocupou posições tão importantes morreu sem muitos bens, mas buscando honrar sua pátria e o serviço a ela prestado. Reza o texto de suas últimas vontades expressas: Em Nome de Deus Amém: Eu, Luiz Alves de Lima, Duque de Caxias, achando-me com saúde e meu perfeito juízo, ordeno o meu testamento, da maneira seguinte: sou católico romano, tenho nesta fé vivido, e pretendo morrer. Sou natural do Rio de Janeiro, batizado na freguesia de Inhamerim; filho legítimo do Marechal Francisco de Lima e Silva, e de sua legítima Mulher, dona Mariana Cândida Bello de Lima, ambos já falecidos. Fui casado a face da Igreja com a virtuosa dona Anna Luiza Carneiro Viana de Lima, Duquesa de Caxias, já falecida, de cujo matrimônio restam dois filhos que são Luiza e Anna, as quais se acham casadas; a primeira com Francisco Nicolas Carneiro Nogueira da Gama, e a segunda, com Manoel Carneiro da Silva, as quais são as minhas legítimas herdeiras. Declaro que nomeio meus testamenteiros, em 1º lugar, o meu genro Francisco Nicolas, em 2º meu genro Manoel Carneiro, em 3º meu irmão e amigo, o Visconde de Tocantins, e lhes rogo que aceitem esta testamentária, da qual só darão contas no fim de dois anos. Recomendo a estes que quero que meu enterro seja feito, sem pompa alguma, e só como irmão da Cruz dos Militares, no grau que ali tenho. Dispensando o estado da Casa Imperial, que se costuma a mandar aos que exercem o cargo que tenho. Não desejo mesmo, que se façam convites pro meu enterro, porque os meus amigos que me quiserem fazer este favor, não precisam dessa formalidade e muito menos consintam os meus filhos que eu seja embalsamado. Logo que eu falecer deve o meu testamenteiro fazer saber ao Quartel General, e ao ministro da Guerra que dispenso as honras fúnebres que me pertencem como Marechal do Exército e que só desejo que me mandem seis soldados, escolhidos dos mais antigos, e melhor conduta, dos corpos da Guarnição, pra pegar as argolas do meu caixão, a cada um dos quais o meu testamenteiro, no fim do enterro, dará 30$000 de gratificação. Declaro que deixo ao meu criado, Luiz Alves, quatrocentos mil réis e toda a roupa do meu uso. Deixo ao meu amigo e companheiro de trabalho, João de Souza da Fonseca Costa, como sinal de lembrança, todas as minhas armas, inclusive a espada com que comandei, seis vezes, em campanha, e o cavalo de minha montaria, arreado com os arreios melhores que tiver na ocasião da minha morte. Deixo à minha irmã, a Baronesa de Suruhi, as minhas condecorações de brilhantes da ordem de Pedro I como sinal de lembrança e a meu irmão, o Visconde de Tocantins, meu candieiro de prata, que herdei do meu pai. Deixo meu relógio de ouro com a competente corrente ao Capitão Salustiano de Barros Albuquerque, também como lembrança pela lealdade com que tem me servido como amanuense. Deixo à minha afilhada Anna Eulália de Noronha, casada com o Capitão Noronha, dois contos de réis. Cumpridas estas disposições, que deverão sair da minha terça, tudo o mais que possuo será repartido com as minhas duas filhas Anna e Luiza, acima declaradas. Mais nada tenho a dispor, dou por findo o meu testamento, rogando as justiças do país, que o façam cumprir por ser esta a minha última vontade escrita por mim e assinada. Rio de Janeiro, 23 Abr 1874 - Luis Alves de Lima Duque de Caxias.

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar transportadora adequada