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Mobiliário

SÉRGIO RODRIGUES (19272014) Elegante mesa de centro circular com capeamento em jacarandá e pés em metal cromado. Brasil, dec .60. 110 cm de diâmetro por 32 cm de altura. (excepcional estado de conservação). NOTA: Quando Sergio Rodrigues concluiu a faculdade de Arquitetura, em 1952, começavam a soprar no Brasil os ventos de uma nova linguagem modernista que vinham, sobretudo, de uma Europa interessada em racionalizar a vida doméstica. A Revolução Industrial vinha mudando corações e mentes durante o século XVIII e assentava as bases de uma vida mais prática e um fazer menos artesanal e rebuscado. Com o fim das duas guerras mundiais, a Europa se viu mergulhada em movimentos que reviam a vida perdulária das elites antes dos conflitos e apostavam em uma vida mais racional e econômica. No Brasil, as classe altas ainda se deslumbravam com os móveis europeus, estofados de veludo e outros tecidos nobres, que escondiam seu desenho interno, como o mobiliário francês, que Sergio chamava de móvel senhorita, cheio de fricotes. O designer e escultor Joaquim Tenreiro, criador de emblemáticos móveis brasileiros, falava do estilo de todos os Louises, referindo-se ao reis da França. Mas mesmo na Europa, eram ainda esses os móveis desejados. Quando Sergio começou a se interessar pela criação de móveis nos anos 1950, já vinham surgindo no país tentativas de se fazer o móvel moderno brasileiro. Nos anos 1920, por exemplo, Gregori Warchavchik, arquiteto e designer ucraniano com estudos feitos na Itália, imigrou para o Brasil e fez as primeiras casas modernistas do país. Apoiava a ideia do móvel racionalista, já em voga na Europa, e lançou o primeiro manifesto da arquitetura modernista no Brasil. Trouxe para seus móveis os metais muito usados na linguagem racionalista europeia, mas não absorveu as influências brasileiras ou os materiais encontrados aqui. Por outro lado, se concentrou no desenho de linhas mais puras da linguagem moderna e juntou-se a um grupo que abrigava também Lasar Segal, pintor e escultor lituano que se mudou para o Brasil em 1923, e que também se aventurou no design de móveis. Warchavchik sonhava com a fabricação de móveis em série da reprodução industrial, mas ainda não era chegado o momento. A sociedade estava acostumada com a referência de outros tempos e lugares, não estava preparada para aceitar os novos móveis modernos, portanto, seu sonho não se tornou realidade em seu tempo. Mesmo assim, eram os primeiros passos na direção de um novo design de móveis, embora ainda não no caminho de um projeto brasileiro. Em 1949, atua como professor assistente de David Xavier de Azambuja, que, em 1951, o convida a participar da elaboração do projeto do Centro Cívico de Curitiba, com os arquitetos Olavo Redig de Campos (1906-1984) e Flávio Regis do Nascimento, por intermédio de quem conhece Lucio Costa (1902-1998). Rodrigues transfere-se para Curitiba, onde cria a Móveis Artesanal Paranaense, em sociedade com os irmãos Hauner, que em 1954 contratam-no para comandar o setor de criação de arquitetura de interiores de sua nova empresa, a Forma S.A., em São Paulo. Nesse período, entra em contato com a produção de diversos designers europeus, conhece Gregori Warchavchik (1896-1972) e Lina Bo Bardi (1914-1992). Em 1955, pede demissão da Forma, e volta ao Rio de Janeiro. Alimenta a ideia de criar um espaço de produção e comercialização do design brasileiro, que se concretiza com a abertura da Oca, em 1955. Cria na década de 1950 as poltronas Mole, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. De 1959 a 1960, faz os primeiros estudos do SR2 - Sistema de Industrialização de Elementos Modulados Pré-Fabricados para Construção de Arquitetura Habitacional em Madeira. Os protótipos das construções são expostos no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). O sistema é utilizado na construção do Iate Clube de Brasília e de dois pavilhões de hospedagem e restaurante da Universidade de Brasília (UnB), em 1962. Com uma variação da poltrona Mole, recebe o primeiro prêmio no Concorso Internazionale Del Mobile, em 1961, em Cantù, na Itália, escolhido entre mais de 400 convidados de 35 países. Tal premiação dá projeção internacional a sua carreira como designer de móveis. Produzida na Itália pela ISA, a poltrona foi exportada para vários países com o nome de Sheriff. Com o objetivo de comercializar móveis produzidos em série a preços acessíveis, cria em 1963 a empresa Meia-Pataca, que se mantém no mercado até 1968. Nesse ano, vende a Oca e monta ateliê no Rio de Janeiro, onde trabalha com arquitetura de interiores para residências, escritórios e hotéis e realiza projetos para o Banco Central em Brasília e a sede da Editora Bloch, no Rio de Janeiro, além de desenvolver linhas de móveis para produção industrial. Participa da exposição Mobiliário Brasileiro - Premissas e Realidade, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Recebe o Prêmio Lapiz de Plata na Bienal de Arquitetura de Buenos Aires pelo conjunto de sua obra, em 1987. Participa, com Lucio Costa e Zanine Caldas (1919-2001), da Mostra Brasile 93 - La Costruzione de una Identità Culturale, em Brescia, Itália. Apresenta em 1991, na exposição Falando de Cadeira no MAM/RJ, diversos trabalhos realizados desde os anos 1950. Obtém em 2006, o 1º lugar na categoria mobiliário na 20ª edição do prêmio Design do, em São Paulo, com a poltrona DIZ. (http://www.institutosergiorodrigues.com.br/ http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa230381/sergio-rodrigues)

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Visitas: 1983

Tipo: Mobiliário

SÉRGIO RODRIGUES (19272014) Elegante mesa de centro circular com capeamento em jacarandá e pés em metal cromado. Brasil, dec .60. 110 cm de diâmetro por 32 cm de altura. (excepcional estado de conservação). NOTA: Quando Sergio Rodrigues concluiu a faculdade de Arquitetura, em 1952, começavam a soprar no Brasil os ventos de uma nova linguagem modernista que vinham, sobretudo, de uma Europa interessada em racionalizar a vida doméstica. A Revolução Industrial vinha mudando corações e mentes durante o século XVIII e assentava as bases de uma vida mais prática e um fazer menos artesanal e rebuscado. Com o fim das duas guerras mundiais, a Europa se viu mergulhada em movimentos que reviam a vida perdulária das elites antes dos conflitos e apostavam em uma vida mais racional e econômica. No Brasil, as classe altas ainda se deslumbravam com os móveis europeus, estofados de veludo e outros tecidos nobres, que escondiam seu desenho interno, como o mobiliário francês, que Sergio chamava de móvel senhorita, cheio de fricotes. O designer e escultor Joaquim Tenreiro, criador de emblemáticos móveis brasileiros, falava do estilo de todos os Louises, referindo-se ao reis da França. Mas mesmo na Europa, eram ainda esses os móveis desejados. Quando Sergio começou a se interessar pela criação de móveis nos anos 1950, já vinham surgindo no país tentativas de se fazer o móvel moderno brasileiro. Nos anos 1920, por exemplo, Gregori Warchavchik, arquiteto e designer ucraniano com estudos feitos na Itália, imigrou para o Brasil e fez as primeiras casas modernistas do país. Apoiava a ideia do móvel racionalista, já em voga na Europa, e lançou o primeiro manifesto da arquitetura modernista no Brasil. Trouxe para seus móveis os metais muito usados na linguagem racionalista europeia, mas não absorveu as influências brasileiras ou os materiais encontrados aqui. Por outro lado, se concentrou no desenho de linhas mais puras da linguagem moderna e juntou-se a um grupo que abrigava também Lasar Segal, pintor e escultor lituano que se mudou para o Brasil em 1923, e que também se aventurou no design de móveis. Warchavchik sonhava com a fabricação de móveis em série da reprodução industrial, mas ainda não era chegado o momento. A sociedade estava acostumada com a referência de outros tempos e lugares, não estava preparada para aceitar os novos móveis modernos, portanto, seu sonho não se tornou realidade em seu tempo. Mesmo assim, eram os primeiros passos na direção de um novo design de móveis, embora ainda não no caminho de um projeto brasileiro. Em 1949, atua como professor assistente de David Xavier de Azambuja, que, em 1951, o convida a participar da elaboração do projeto do Centro Cívico de Curitiba, com os arquitetos Olavo Redig de Campos (1906-1984) e Flávio Regis do Nascimento, por intermédio de quem conhece Lucio Costa (1902-1998). Rodrigues transfere-se para Curitiba, onde cria a Móveis Artesanal Paranaense, em sociedade com os irmãos Hauner, que em 1954 contratam-no para comandar o setor de criação de arquitetura de interiores de sua nova empresa, a Forma S.A., em São Paulo. Nesse período, entra em contato com a produção de diversos designers europeus, conhece Gregori Warchavchik (1896-1972) e Lina Bo Bardi (1914-1992). Em 1955, pede demissão da Forma, e volta ao Rio de Janeiro. Alimenta a ideia de criar um espaço de produção e comercialização do design brasileiro, que se concretiza com a abertura da Oca, em 1955. Cria na década de 1950 as poltronas Mole, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer. De 1959 a 1960, faz os primeiros estudos do SR2 - Sistema de Industrialização de Elementos Modulados Pré-Fabricados para Construção de Arquitetura Habitacional em Madeira. Os protótipos das construções são expostos no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). O sistema é utilizado na construção do Iate Clube de Brasília e de dois pavilhões de hospedagem e restaurante da Universidade de Brasília (UnB), em 1962. Com uma variação da poltrona Mole, recebe o primeiro prêmio no Concorso Internazionale Del Mobile, em 1961, em Cantù, na Itália, escolhido entre mais de 400 convidados de 35 países. Tal premiação dá projeção internacional a sua carreira como designer de móveis. Produzida na Itália pela ISA, a poltrona foi exportada para vários países com o nome de Sheriff. Com o objetivo de comercializar móveis produzidos em série a preços acessíveis, cria em 1963 a empresa Meia-Pataca, que se mantém no mercado até 1968. Nesse ano, vende a Oca e monta ateliê no Rio de Janeiro, onde trabalha com arquitetura de interiores para residências, escritórios e hotéis e realiza projetos para o Banco Central em Brasília e a sede da Editora Bloch, no Rio de Janeiro, além de desenvolver linhas de móveis para produção industrial. Participa da exposição Mobiliário Brasileiro - Premissas e Realidade, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Recebe o Prêmio Lapiz de Plata na Bienal de Arquitetura de Buenos Aires pelo conjunto de sua obra, em 1987. Participa, com Lucio Costa e Zanine Caldas (1919-2001), da Mostra Brasile 93 - La Costruzione de una Identità Culturale, em Brescia, Itália. Apresenta em 1991, na exposição Falando de Cadeira no MAM/RJ, diversos trabalhos realizados desde os anos 1950. Obtém em 2006, o 1º lugar na categoria mobiliário na 20ª edição do prêmio Design do, em São Paulo, com a poltrona DIZ. (http://www.institutosergiorodrigues.com.br/ http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa230381/sergio-rodrigues)

Informações

Lance

    • Lote Vendido
Termos e Condições
Condições de Pagamento
Frete e Envio
  • TERMOS E CONDIÇÕES

    1ª. As peças que compõem o presente LEILÃO, foram cuidadosamente examinadas pelos organizadores que, solidários com os proprietários das mesmas, se responsabilizam por suas descrições.

    2ª. Em caso eventual de engano na autenticidade de peças, comprovado por peritos idôneos, e mediante laudo assinado, ficará desfeita a venda, desde que a reclamação seja feita em até 5 dias após o término do leilão. Findo o prazo, não será mais admitidas quaisquer reclamação, considerando-se definitiva a venda.

    3ª. As peças estrangeiras serão sempre vendidas como Atribuídas.

    4ª. O Leiloeiro não é proprietário dos lotes, mas o faz em nome de terceiros, que são responsáveis pela licitude e desembaraço dos mesmos.

    5ª. Elaborou-se com esmero o catálogo, cujos lotes se acham descritos de modo objetivo. As peças serão vendidas NO ESTADO em que foram recebidas e expostas. Descrição de estado ou vícios decorrentes do uso será descrito dentro do possível, mas sem obrigação. Pelo que se solicita aos interessados ou seus peritos, prévio e detalhado exame até o dia do pregão. Depois da venda realizada não serão aceitas reclamações quanto ao estado das mesmas nem servirá de alegação para descumprir compromisso firmado.

    6ª. Os leilões obedecem rigorosamente à ordem do catalogo.

    7ª. Ofertas por escrito podem ser feitas antes dos leilões, ou autorizar a lançar em seu nome; o que será feito por funcionário autorizado.

    8ª. Os Organizadores colocarão a título de CORTESIA, de forma gratuita e confidencial, serviço de arrematação pelo telefone e Internet, sem que isto o obrigue legalmente perante falhas de terceiros.

    8.1. LANCES PELA INTERNET: O arrematante poderá efetuar lances automáticos, de tal maneira que, se outro arrematante cobrir sua oferta, o sistema automaticamente gerará um novo lance para aquele arrematante, acrescido do incremento mínimo, até o limite máximo estabelecido pelo arrematante. Os lances automáticos ficarão registrados no sistema com a data em que forem feitos. Os lances ofertados são IRREVOGÁVEIS e IRRETRATÁVEIS. O arrematante é responsável por todos os lances feitos em seu nome, pelo que os lances não podem ser anulados e/ou cancelados em nenhuma hipótese.

    8.2. Em caso de empate entre arrematantes que efetivaram lances no mesmo lote e de mesmo valor, prevalecerá vencedor aquele que lançou primeiro (data e hora do registro do lance no site), devendo ser considerado inclusive que o lance automático fica registrado na data em que foi feito. Para desempate, o lance automático prevalecerá sobre o lance manual.

    9ª. O Organizador se reserva o direito de não aceitar lances de licitante com obrigações pendentes.

    10ª. Adquiridas as peças e assinado pelo arrematante o compromisso de compra, NÃO MAIS SERÃO ADMITIDAS DESISTÊNCIAS sob qualquer alegação.

    11ª. O arremate será sempre em moeda nacional. A progressão dos lances, nunca inferior a 5% do anterior, e sempre em múltiplo de dez. Outro procedimento será sempre por licença do Leiloeiro; o que não cria novação.

    12ª. Em caso de litígio prevalece a palavra do Leiloeiro.

    13ª. As peças adquiridas deverão ser pagas e retiradas IMPRETERIVELMENTE em até 48 horas após o término do leilão, e serão acrescidas da comissão do Leiloeiro, (5%). Não sendo obedecido o prazo previsto, o Leiloeiro poderá dar por desfeita a venda e, por via de EXECUÇÃO JUDICIAL, cobrar sua comissão e a dos organizadores.

    14ª. As despesas com as remessas dos lotes adquiridos, caso estes não possam ser retirados, serão de inteira responsabilidade dos arrematantes. O cálculo de frete, serviços de embalagem e despacho das mercadorias deverão ser considerados como Cortesia e serão efetuados pelas Galerias e/ou Organizadores mediante prévia indicação da empresa responsável pelo transporte e respectivo pagamento dos custos de envio.

    15ª. Qualquer litígio referente ao presente leilão está subordinado à legislação brasileira e a jurisdição dos tribunais da cidade de Campinas - SP. Os casos omissos regem-se pela legislação pertinente, e em especial pelo Decreto 21.981, de 19 de outubro de 1932, Capítulo III, Arts. 19 a 43, com as alterações introduzidas pelo Decreto 22.427., de 1º. de fevereiro de 1933.

  • CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

    A vista com acréscimo da taxa do leiloeiro de 5%.
    Através de depósito ou transferência bancária em conta a ser enviada por e-mail após o último dia do leilão.
    Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
    O pagamento deverá ser efetuado até 72 horas após o término do leilão sob risco da venda ser desfeita.

  • FRETE E ENVIO

    As despesas com retirada e remessa dos lotes, são de responsabilidade dos arrematantes. Veja nas Condições de Venda do Leilão.
    Despachamos para todos os estados. A titulo de cortesia a casa poderá embrulhar as peças arrematadas e providenciar